DICIONÁRIO BÍBLICO

Está em ordem alfabética.

Poderá também clicar acima em Editar Localizar ou Aperte as teclas crtl+f

A até e

AARÁ. Terceiro filho de Benjamim (1 Cr 8.1).

AARÁ. Terceiro filho de Benjamim (1 Cr 8.1).

ABA. Pai. Esta palavra aramaica aparece no Evangelho de Marcos quando descreve a oração de Jesus em Getsêmani (14.36). Aparece, também, nas invocações a Deus, inspiradas pelo Espírito Santo em Romanos 8.15 e Gálatas 4.6. Em todos os casos a frase é colocada da seguinte maneira: "Aba, Pai", estando o termo Aba, seguido do equivalente grego tomado talvez como complemento. Talvez não passe de modo de interpretação, pois não há o que explique o uso daquelas palavras no momento da oração. Provavelmente a invocação "Aba", tenha se tornado sagrada pelo constante emprego de Jesus. Desta maneira, conservada pelos cristãos, que falavam grego, como uma espécie de nome próprio (Deus), sendo a designação "Pai" uma adição natural.

ABANDONAR. Deixar, largar, Deixar só; Desamparar, Renunciar a, desistir de, Não se interessar por, Descuidar, Desprezar.

ABATER. Fazer cair, Lançar por terra, Derrubar, Matar, Diminuir o prestígio, Deprimir.

ABDOM. Servil. 1. Cidade na tribo de Aser (Js 21.30; 1 Cr 6. 74; em Js 19.28 chama-se Ebrom. Está identificada com Abdé, pequenas ruínas sobre um monte, que domina a planície de Acre. 2. O décimo-primeiro dos doze juizes (Jz 12.13, 15). 3. *veja 1 Cr 8.23. 4. Primogênito de Jeiel, pai de Gibeom (1 Cr 9.35, 36) 5. Filho de Mica, que foi mandado com outros pelo rei Josias à profetisa Hulda a fim de consultá-la a respeito do Livro da Lei, que se encontrou no templo (2 Cr 34.20). Em 2 Rs 22.12 e chamado Acbor.

ABEL. Respiração ou vapor. l. O segundo filho de Adão e Eva, pastor de ovelhas, assassinado pelo seu irmão Caim. Caim ofereceu ao Senhor dos frutos da terra, e Abel a principal rês do seu rebanho. A oferta de Caim foi rejeitada, e aceita a de Abel; movido de inveja, Caim irou-se contra seu irmão e o matou (Gn 4.2 a 15, cp. com Hb 11.4). Jesus Cristo falou de Abel, como primeiro mártir (Mt 23.35). Em Hb 12.22 -24 a frase de Gn 4.10 ("A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim") é modificada, fazendo ver o contraste entre antiga e a nova aliança: "Mas tendes chegado... ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel." 2. Prado.

ABELHA. (Dt 1.44). Alude-se nesta passagem à conhecida natureza belicosa das abelhas, bem como no Sl 118.12. Embora a abelha da Palestina seja considerada uma espécie distinta pelos naturalistas, parece pertencer à subespécie da abelha vulgar, Apis mellif

ABEL-MIZRAIM. Nome dado pelos cananeus à eira de Atade, onde José, os seus irmãos, e os egípcios choraram a morte de Jacó (Gn 50.11). Provavelmente a passagem contém um jogo de palavras, como entre Abel, prado, e Ebel, lamentação. Pela narrativa do fato poder-se-ia entender algum lugar nos limites de Canaã, primitivamente chamado Campina do Egito, mas a afirmação de que era "além do Jordão" coloca o sítio muito mais ao nordeste, implicando uma grande volta para os pranteadores.

ABENÇOAR. Quando Moisés abençoou os filhos de Israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a ma

ABIAIL. Meu pai é poder. 1. Pai de Zuriel, chefe da família levítica de Merari, contemporâneo de Moisés (Nm 3.35). 2. Mulher de Abisur (1 Cr 2.29). 3. 1 Cr 5.14. 4. Uma descendente de Eliabe, irmão mais velho de Davi (2 Cr 11.18). 5. Pai de Ester e tio de Mordecai (Et 2.15; 9.29).

ABIAS. O Senhor é pai. 1. Filho de Roboão e rei de Judá depois de seu pai (1 Rs 14.31; 2 Cr 12.16). É chamado Abias no Livro das Crônicas e Abião no livro dos Reis. Abias esforçou-se em recuperar o reino das dez tribos (Israel), e fez guerra a Jeroboão. F

ABIATAR. Pai da abundância ou Deus é pai. Décimo-primeiro sumo sacerdote, sucessor de Arão. Ele escapou, quando Doegue, o edomita, instigado por Saul, matou seu pai Abimeleque e oitenta e cinco sacerdotes, em virtude de ter Abiatar intercedido por Davi e ter-lhe dado o pão da proposição e a espada de Golias (1 Sm 21; Cf. Marcos 2.26, onde "Abiatar" deve ser Abimeleque). Juntou-se a Davi em Queila, trazendo consigo uma estola que habilitou o futuro rei, na crise do seu exílio, a consultar o Senhor (1 Sm 23.9; 30.7). Abiatar e Zadoque foram mandados a Jerusalém com a arca (2 Sm 15). Depois ele conspirou para que Adonias fosse o sucessor de Davi; foi desterrado para a sua terra natal, Anatote, em Benjamim (Js 21.18); por fim, Salomão o afastou do seu cargo. Foi poupada a sua vida por causa dos serviços prestados a Davi (1 Rs 2. 27 a 36).

ABIBE. O germinar do trigo. Antigo nome cananeu do primeiro mês do ano sagrado dos hebreus, sendo o sétimo do civil; foi no dia 15 desse mês que partiu do Egito o povo de Israel (Êx 13.4). Para comemorar esta libertação, foi a lua da Páscoa, mais tarde, considerada o princípio do ano judaico (Êx 12.2). Depois do Exílio mudou-se o nome para nisã, termo babilônico (março-abril).

ABIGAIL. Meu pai é alegria. 1. Formosa mulher de Nabal, rico possuidor de cabras e carneiros no monte Carmelo. Quando os mensageiros de Davi foram desconsiderados por Nabal, tomou Abigail sobre si a culpa de seu marido, e levou a Davi e aos seus homens os solicitados mantimentos, apaziguando-o desta maneira. Passados dez dias morreu Nabal; casou-se a viúva com Davi. Teve dela um filho, chamado Quileabe, em 2 Sm 3.3, mas Daniel, em 1 Cr 3.1. 2. Uma irmã de Davi, casada com Jeter, o ismaelita, e mãe de Amasa, a quem Absalão nomeou capitão em lugar de Joabe (2 Sm 17.25; 1 Cr 2.17).

ABILENE. (Também Abilinia, Abilina), uma planície. Tetrarquia, mencionada por S. Lucas, e que era governada por Lisânias (Lc 3.1). Abila era a capital, situada na inclinação oriental do Antilíbano, numa região fertilizada pelo rio Barada. A tradição liga o nome de Abila, distante 29 km. de Damasco, com a morte de Abel; e seu suposto túmulo, chamado Neby Havil, está numa elevação sobre as ruínas da cidade, que ficava num notável desfiladeiro, onde o rio corre da montanha até à planície de Damasco.

ABIMELEQUE. Meleque (rei) é pai. 1. Rei de Gerar no tempo de Abraão (Gn 20.2), o qual levou Sara para o seu harém. Todavia, avisado por Deus, num sonho, a respeito da sua leviana ofensa, restituiu Sara, e fez uma aliança de paz com Abraão em Berseba. 2. O

ABINADABE. Meu pai é nobre. l. Um israelita da tribo de Judá, que vivia perto de Quiriate-Jearim, e em cuja casa a arca, depois de ter sido restituída pelos filisteus, permaneceu durante vinte anos (1 Sm 7.1, 2; 2 Sm 6.3 a 4; 1 Cr 13.7). 2. Segundo filho de Jessé, e portanto irmão de Davi, o qual combateu por Saul na guerra contra os filisteus (1 Sm 16.8; 17.13; 1 Cr 2.13). 3. Filho de Saul, que foi morto em Gilboa pelos filisteus, juntamente com Jônatas e outros irmãos (1 Sm 31.2; 1 Cr 8.33; 9.39; 10.2). 4. Pai de um dos oficiais de Salomão, também chamado Ben-Abinadabe (1 Rs 4.11).

ABISAI. Meu pai é Jessé. Dedicado sobrinho de Davi, filho mais velho da sua irmã Zeruia (1 Cr 2.16). Ele foi à noite com Davi ao campo de Saul (1 Sm 26.6), e teria atravessado o rei com a sua lança se Davi não o tivesse contido. Abisai implorou a permissão de matar Simei, que amaldiçoou a Davi quando este fugia de Absalão (2 Sm 16.9 a 14). Mais tarde tomou parte na grande batalha que pôs fim à insurreição de Absalão (2 Sm 20.6). Ele combateu vitoriosamente contra os amonitas (2 Sm 10.10; 1 Cr 19. 11), e contra os edomitas (2 Sm 8.13; 1 Cr 18.12). Auxiliou no desleal assassinato de Abner (2 Sm 3.30) e na perseguição de Bicri (2 Sm 20.6, 10). Na guerra com os filisteus, Abisai livrou Davi de ser morto às mãos de Isbi-Benobe o gigante, a quem ele matou. Mostrou grande valor, lutando com trezentos homens (2 Sm 23.18; 1 Cr 11.20).

ABNER. Meu pai é uma lâmpada. Comandante chefe do exército de Saul. O pai de Abner, chamado Ner, era irmão do pai de Saul, o qual se chamava Quis, daí serem primos Abner e Saul. Foi ele que trouxe Davi à presença de Saul, depois do combate com o gigante G

ABOMINAÇÃO. Termo especialmente usado a respeito de coisas ou atos pelos quais se tem religiosa aversão. É aplicado aos sentimentos dos egípcios com respeito a comerem juntamente com os hebreus (Gn 43.32), e aos sacrifícios israelíticos de animais que no Egito se consideravam sagrados (Êx 8.26); e também com relação aos pastores (Gn 46.34). E mais freqüentemente a abominação se refere (havendo com o mesmo sentido diferentes palavras hebraicas), àquilo que era detestado pelo povo ou pelo Senhor Deus de Israel, como as carnes imundas (Lv 11), carne imprópria para os sacrifícios, práticas pagãs, e especialmente a idolatria e os deuses gentílicos (Jr 4.1; 7.30; vede o artigo seguinte).

ABOMINÁVEL DA DESOLAÇÃO. Na sua profecia sobre a destruição de Jerusalém (Mc 13.14), deu Jesus aos Seus discípulos um sinal pelo qual eles saberiam quando estaria iminente o acontecimento, devendo então fugir, enquanto havia tempo. "Quando, pois, virdes o

ABRAÃO (ABRÃO). A provável significação de Abrão é: O pai é engrandecido. A forma mais extensa não quer dizer coisa alguma, mas por uma semelhança de som sugere a significação hebraica de "pai da multidão" (Gn 17.6). Fundador da nação judaica (como se vê

ABRAÃO (SEIO DE ABRAÃO). Os judeus, quando tomavam as suas refeições, recostavam-se em leitos, apoiando-se cada um no seu braço esquerdo, e desta forma podia-se dizer que o seu vizinho próximo se reclinava no seu seio (*veja Jo 13.23). Portanto, o seio de Abraão, sendo este o pai da raça hebraica, significava uma situação de grande honra e bênção depois da morte (Lc 16.22).

ABRONA. O trigésimo-primeiro acampamento dos israelitas: a sua situação era perto do golfo Elanítico (Nm 83.84, 35).

ABSALÃO. Meu pai é paz. Terceiro e favorito filho de Davi; nasceu em Hebrom, sendo Maaca sua mãe (2 Sm 8.3). Ele deseja, primeiramente, ser o vingador de sua irmã Tamar, que tinha sido violada por seu irmão Amnom, o filho mais velho de Davi e de Ainoã, a

ABSINTO. Há, na Palestina, várias espécies de absinto, sendo a mais conhecida destas plantas o Artemisia absynthium dos botânicos; é uma planta de qualidades medicinais, pertencente à família das compostas, também chamada abrótano. Usavam-na os gregos em

ACÃ. Perturbado. Homem da tribo de Judá. Na destruição da cidade de Jericó por Josué, tirou Acã parte do despojo e escondeu">, pelo que ele e sua família foram apedrejados e mortos (Js 7). Por isto teve aquele lugar, onde foi realizado o castigo, o nome de Acor.

ACABE. Irmão de pai. 1. Filho de Onri, sétimo rei de Israel, e o segundo de sua família, que se sentou naquele trono. A história do seu reinado vem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, que era adorador do de

ACÁCIA. Na profecia de Is 41.19 acha-se (acácia) no número das árvores que deviam ser plantadas no deserto. Noutros lugares usa-se a expressão madeira de acácia. As referências a esta madeira acham-se no livro do Êxodo e em Dt 10.3; e, pelo que aí se diz, sabemos que foi ela principalmente usada na construção do tabernáculo e da respectiva mobília. A árvore de que se trata o "sunt" do Egito é a acácia seyal, que produz a goma-arábica do comércio. Cresce principalmente na península do Sinai, e aparece também na Palestina, sendo encontrada no vale do Jordão e na parte oriental do mar Morto. Tem uma haste dura e espinhosa, e produz flores amarelas entre a sua folhagem peniforme. A sua vagem é como a do laburno. A madeira é rija, durável, e admiravelmente adaptada a obras de marceneiro (Êx 25, 26, 27, 30, 35, 36, 37, 38; Dt 10.3).

AÇAFRÃO. Este nome deriva-se do arábico zafaran. Obtém-se em pequenas quantidades dos estigmas amarelos e do estilete de um croco, sendo precisos, como dizem, 60.000 botões para preparar um arratel de açafrão. No Oriente se faz com esta planta uma substância odorífera (Ct 4.14), usada para dar gosto à comida e ao vinho, empregada também como poderoso medicamento estimulante. Também serve para tinta; e desta se fabrica uma qualidade inferior com o Carthamus tinctorius, uma planta alta da família das Compostas.

ACAIA. Emprega-se no N.T. esta palavra para designar uma província romana, que incluía o Peloponeso e grande parte da Hélade, com as ilhas adjacentes. Acaia e Macedônia juntas formavam a Grécia (At 19.21; Rm 15.26). Na ocasião em que Paulo foi levado à presença de Gálio, era a Acaia governada por um procônsul da parte do Senado Romano.

ACAMPAMENTO. No cap. 33 de Números acham-se mencionados quarenta e um acampamentos ou estações, na viagem dos israelitas através do deserto. Todavia, não devemos supor que os acampamentos dos israelitas eram formados segundo um estrito regulamento militar

ACAZIAS. 1. Filho de Acabe e Jezabel, e oitavo rei de Israel. Estava para partir numa expedição contra o rei de Moabe, que, sendo seu vassalo, se tinha revoltado, quando adoeceu por haver caído pelas grades de um quarto no seu palácio de Samaria. Quando t

ACELDAMA. Campo de sangue. Porção de terreno, em Jerusalém, comprado com as trinta peças de prata que Judas recebeu por ter entregado Jesus (At 1.19). O tradicional sítio chama-se hoje Hakk-ed-Dumon, e existe na extremidade oriental de um largo terraço, numa inclinação para o sul do vale de Hinom, não ficando longe do tanque de Siloé.

AÇO. Embora fosse conhecida dos antigos uma certa espécie de ferro, refinado e endurecido, contudo, num certo número de passagens algumas traduções dão a palavra "cobre" e não aço. Se alguns traduzem as palavras de Naum (2.3), "cintila o aço dos carros", outros dão esta tradução: "Os carros correrão como fogo de tochas". (*veja Armas, Cobre.)

ACO. Esta povoação foi mais tarde chamada Ptolemaida, e S. João d'Acre; atualmente é Akka. É um porto de importância na costa da Síria, cerca de 48 km ao sul de Tiro. Acha-se situado na baía de Acre, uma reentrância formada peio cabo do Carmelo, que entra pelo mar Mediterrâneo. Na divisão da terra de Canaã entre as tribos de Israel, coube Aco a Aser, mas nunca foi tomada aos seus primitivos habitantes (Jz 1.31); e por isso é contada entre as cidades da Fenícia. A única referência que se faz no N.T. a esta povoação é a de At 21.7, quando fala da passagem de S. Paulo por ali, vindo de Tiro para Cesaréia.

AÇOITES. O costume geral de castigar, no Oriente, era, e ainda é, bater com varas (Dt 25.1 a 3; Pv 22.15, etc.). No A.T. há referência ao açoite ou chicote em 1 Rs 12.11, 14, 2 Cr 10.11, 14 (não Lv 19.20). Quanto ao emprego do açoite, em sentido figurado,

ACUDIR. Ir em socorro, defesa ou proteção de; socorrer; auxiliar.

ADAR. Glorioso. 1. Nome (babilônico) do décimo-segundo mês do ano sagrado judaico (fevereiro-março), Ed 6.15; Et 3.7, etc. Foi dobrado sete vezes em dezenove anos para harmonizar o ano lunar com o solar. 2. Uma cidade nos confins de Judá (Js 15.3).

ADIVINHAÇÃO. O dom da profecia foi concedido por Deus apenas a pouquíssimas pessoas, na história da Humanidade; mas nos tempos bíblicos havia quem pretendesse ter o dom da adivinhação, praticando várias espécies de artifícios com o fim de fazerem crer que

ADOÇÃO. Termo pelo qual Paulo exprime o parentesco que a frase "filhos de Deus" designa. Em Rm 8.15 a 23; 9.4; Gl 4.5; e Ef 1.5, há referência ao costume legal, entre os romanos, pelo qual a criança adotada tomava o nome do seu novo pai, e tornava-se seu

ADOECER. Ficar doente ou enfermo.

ADONIAS. O SENHOR é o Senhor. 1. Quarto filho de Davi, nascido em Hebrom, quando seu pai era rei de Judá (2 Sm 3.4). Nos últimos anos do reinado de Davi, formou Adonias em volta de si um partido forte, e começou a manifestar suas pretensões, aspirando a s

ADORAÇÃO. Há duas palavras no A.T. significando adoração: uma delas, em certos lugares, tem o sentido de fazer "reverência", "inclinar-se" (Dn 2.46; 3.5); a outra usa-se a respeito do culto prestado ao SENHOR e a outros deuses ou objetos de reverência (Gn 24.26, 48, etc.; Êx 34.14; Dt 4.19,etc.); e também a respeito do "príncipe do exército do Senhor" (Js 6.14). No N.T. a palavra mais freqüentemente empregada significava, na sua origem, beijar a mão de alguém, como sinal de consideração, fazendo-se uma inclinação respeitosa. É usada com as seguintes significações: adoração a Deus (Mt 4.10); reverência para com Jesus Cristo (Mc 5.6); e culto idólatra (At 7.43; cf. Ap 9.20; 14.9; 22.8).

ADRAMELEQUE. 1. ídolo dos de Sefarvaim, que Salmaneser II, rei da Assíria, trouxe para colonizar as cidades da Samaria, depois de ter levado para aquele país os habitantes cativos (2 Rs 17.31). Este ídolo era adorado com ritos semelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrificadas as crianças. 2. Filho de Senaqueribe, rei da Assíria; auxiliado por seu irmão Sarezer, matou o pai na casa do deus Nisroque, estando ele a adorar ali (2 Rs 19.37).

ADRIEL. Filho de Barzilai, meolatita, a quem Saul deu a sua filha Merabe, ainda que a tinha prometido a Davi (1 Sm 18.19). Cinco filhos de Adriel estavam entre aqueles sete descendentes de Saul, os quais Davi entregou aos gibeonitas (2 Sm 21.9), com o fim de dar-lhes uma satisfação por ter Saul empregado todos os seus esforços para extirpá-los, embora em outros tempos tivessem os israelitas feito uma aliança com eles (Js 9.15).

ADULÃO. Cidade de Judá (Js 15.35), sede de um rei cananeu (Js 12.15), evidentemente lugar de grande antigüidade (Gn 38.1 a 20): é hoje Aid-el-Ma. Havia muitas cavernas nas colinas de pedra calcária, existentes nos subúrbios da povoação; era ali o ponto de reunião de Davi e seus companheiros. Ali também se encontraram com Davi, seus irmãos e toda a casa de seu pai, indo de Belém (1 Sm 22.1). Foi naquele sítio que se deu o ousado ato dos três valentes, que arriscaram a vida indo a Belém buscar água para Davi (2 Sm 23.14 a 17; 1 Cr 11.15 a 19). A cidade de Adulão foi fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.7), e foi um dos lugares reocupados pelos judeus depois da sua volta da Babilônia (Ne 11.30). Há, ainda, muitas cavernas nos montes de pedra calcária, ali perto.

ADULTÉRIO. Este ato é proibido no sétimo mandamento (Êx 20.14; Dt 5.18). *veja em Nm 5.11 a 29 a descrição da prova de impureza por meio da água amarga, que era dada à mulher suspeita para beber. As referências que os profetas fazem ao adultério indicam u

ADVOGADO. A palavra grega Parakletos, traduzida "advogado" em português, em 1 Jo 2.1, aplica-se também ao Espírito Santo em Jo 14.16, 26; 15.26; 16.7. A significação grega é a de "alguém chamado para defender outra pessoa", especialmente quando se trata de uma acusação legal. Em latim advocatus. A tradução "consolador" acha-se nas passagens citadas do Evangelho de S. João. O cristão tem, portanto, ou no Espírito Santo ou em Jesus Cristo, quem defenda a sua causa, e lhe dê conforto nas horas tristes. (*veja Espírito Santo.)

AFEQUE. Fortaleza. 1. Cidade real dos cananeus, cujo rei foi morto por Josué (Js 12.18). Coube, na distribuição das terras, a Issacar. 2. Cidade situada na extremidade norte de Aser, nos limites dos amorreus (Js 19.30), donde não foram expulsos os cananeus. 3. Lugar em que acamparam os filisteus, enquanto os israelitas se conservavam em Ebenézer, antes da fatal batalha em que foram mortos os filhos de Eli e tomada a arca (1 Sm 4.1). Era perto de Jerusalém, ao nordeste. 4. Campo da batalha em que Saul foi derrotado e morto (1 Sm 29.1). 5. Cidade na estrada militar que vai da Síria a Israel (1 Rs 20.26). Acha-se esta cidade identificada com a moderna Fik, no cimo do Wadi Fik, 10 km ao oriente do mar da Galiléia, passando ainda pela povoação a grande estrada entre Damasco e Jerusalém. Foi teatro da derrota de Ben-Hadade (1 Rs 20.30), e de muitas outras batalhas.

AGAGUE. Violento. Rei dos amalequitas (1 Sm 16), cuja vida Saul poupou, desobedecendo à ordem divina. Samuel declarou que, por este ato, a sucessão sairia da família de Saul, e ele próprio mandou buscar Agague, fazendo-o em pedaços. Hamã, o agagita, de cuja sorte se fala no livro de Ester, era, seguindo a crença dos judeus, descendente de Agague, e por isso eles odiavam a sua raça. Em Nm 24.7 parece ser o nome Agague usado como título geral dos reis amalequitas.

ÁGAPE. Festa de amor cristão Os membros da Igreja apostólica encontravam-se em dias determinados para participarem todos de uma refeição comum como irmãos (At 2.46). Estas reuniões estavam em estreita conexão com a Ceia do Senhor (1 Co 11.20 e seg.), e deste modo davam ocasião a grandes desgostos, pois às vezes havia abusos da parte dos falsos crentes (2 Pe 2.13; Jd 12). Com o aumento da Igreja, as distinções sociais se afirmaram de novo, caindo em descrédito as festas de amor.

ÁGAPE. Festa de amor cristão Os membros da Igreja apostólica encontravam-se em dias determinados para participarem todos de uma refeição comum como irmãos (At 2.46). Estas reuniões estavam em estreita conexão com a Ceia do Senhor (1 Co 11.20 e seg.), e deste modo davam ocasião a grandes desgostos, pois às vezes havia abusos da parte dos falsos crentes (2 Pe 2.13; Jd 12). Com o aumento da Igreja, as distinções sociais se afirmaram de novo, caindo em descrédito as festas de amor.

AGARRAR. Pegar algo, Apanhar, Prender, Segurar com força, aprisionar.

AGEU (LIVRO DE). Encerra este livro quatro mensagens proféticas, todas elas apresentadas durante 4 meses pouco mais ou menos (1.1; e 2.1, 10, 20). Na primeira são censurados os judeus por desprezarem o templo; faz-se a promessa de que o favor divino havia

AGEU. Festivo. Um dos três profetas da Restauração. Pouco se sabe a respeito da sua personalidade, mas o tempo do seu aparecimento pode deduzir-se do seu livro e do de Esdras. Nasceu, provavelmente, durante o cativeiro, e pertenceu ao número dos que vieram com Zorobabel da Babilônia para Jerusalém, no ano 536 a.C. A reedificação do templo começou com grande zelo, mas, por causa da oposição dos samaritanos, foram suspensas as obras pelo espaço de quatorze anos. Subindo, então, Dario Histaspes ao trono da Babilônia, foi Ageu inspirado por Deus a exortar Zorobabel e Josué a que recomeçassem o trabalho do templo. Os seus arrazoados produzir um efeito (Ag 1.14; 2.1), prosseguindo os judeus na reedificação no ano 520, dezesseis anos depois da volta do cativeiro. Diz-se que Ageu foi sepultado em Jerusalém, perto dos sepulcros dos sacerdotes.

AGRADAR. Causar ou inspirar complacência ou satisfação, Ser agradável, Contentar, Satisfazer, Sentir ou causar prazer.

AGRICULTURA. A Palestina, à exceção da parte mais meridional, é terra de ribeiros d'águas e de fontes que correm das montanhas e dos vales (Dt 8.7 a 9). As primeiras chuvas caem em outubro. Não são chuvas contínuas, mas intermitentes, dando isso ocasião a

AGUARDAR. Esperar, Permanecer na expectativa de, Respeitar, Acatar.

ÁGUIA. Há, constantemente, referências na Bíblia ao espantoso número de aves de presa de todos os tamanhos, que se acham na Palestina e na Arábia. Em algumas das passagens, onde ocorre a palavra "águia", teria sido melhor tradução "abutre". Por exemplo, e

ÁGUIA. Há, constantemente, referências na Bíblia ao espantoso número de aves de presa de todos os tamanhos, que se acham na Palestina e na Arábia. Em algumas das passagens, onde ocorre a palavra "águia", teria sido melhor tradução "abutre". Por exemplo, e

AGUILHÃO. Uma grande vara para conduzir gado, tendo numa das extremidades um ferro de ponta aguçada (Jz 3.31; 1 Sm 13.21; Ec 12.11). Em At 26.14 a frase "Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões" é uma expressão proverbial muito vulgar em grego e latim, para mostrar que é vã a resistência quando o poder é grande.

AI. Montão. 1. Cidade de Canaã, que já existia no tempo de Abraão (Gn 12.8). Foi a segunda cidade que Israel conquistou e totalmente destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Js 7,8,9,10, 12). "Os homens de Betel e Ai", em número de 223, voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2.28). Aiate, por onde Senaqueribe passou na sua marcha sobre Jerusalém, e Aia, são outras formas de Ai (Is 10.28; Ne 11.31). 2. Cidade dos amonitas (Jr 49.3).

AÍAS. Irmão do SENHOR. 1. Sacerdote do Senhor em Silo. A arca de Deus estava sob o seu cuidado; ele trazia a estola e inquiria do Senhor por meio da arca (1 Sm 14.18). Provavelmente é o mesmo que Aimeleque em 1 Sm 21: eram filhos de Aitube (1 Sm 14.3; 22.

AICÃO. Meu irmão se levantou. Quando Safa, o escriba, trouxe ao rei Josias o Livro da Lei que Hilquias, o sumo sacerdote, tinha achado no templo, foi Aicão mandado pelo rei com outros delegados consultar a profetisa Hulda (2 Rs 22). Quando, no reinado de Jeoaquim, os sacerdotes e profetas acusaram o profeta Jeremias perante os príncipes de Judá de ter feito arrojadas declarações sobre os pecados da nação, Aicão usou da sua influência para proteger o profeta (Jr 26.24). O seu filho Gedalias foi nomeado governador de Judá por Nabucodonosor, rei da Babilônia, e a ele Jeremias foi entregue, quando saiu da prisão (Jr 39.14 e <l0.5).

AIJALOM. Lugar de gazelas. 1. Cidade dos coatitas (Js 21.24), dada à tribo de Dã (Js 19.42); todavia, a tribo foi incapaz de desapossar os amorreus daquele lugar (Jz 1.35). Aijalom foi uma das cidades fortificadas pelo rei Roboão (2 Cr 11.10), durante os seus conflitos com o novo reino de Israel; e a última notícia que temos dessa povoação é que os filisteus a tomaram e habitaram. A cidade tem sido identificada fora de dúvida, com a moderna Yalo, um pouco ao norte da estrada de Jafa e cerca de 23 km distante de Jerusalém. Está situada na encosta de um extenso monte, que forma o limite sul do belo vale das searas de trigo, e que agora tem o nome de Merj Ibn'Amir; parece, pois, não haver razão para duvidar d e que esse é o antigo vale de Aijalom, onde se deu a derrota dos cananeus (Js 10.12). 2. Lugar de Zebulom, mencionado como sepultura de Elom, um dos juizes (Jz 12.12).

AIMAÁS. Meu irmão está irado. 1. Pai da mulher de Saul, Ainoã (1 Sm 14.50). 2. Filho de Zadoque, sacerdote no reinado de Davi. Quando Davi fugia de Jerusalém por causa da rebelião de seu filho Absalão, aconteceu que Zadoque e Abiatar, acompanhados de seus

AINOÃ. Meu irmão é gracioso. 1. Mulher de Saul, primeiro rei de Israel (1 Sm 14.50). 2. Uma mulher de Jezreel, que veio a ser mulher de Davi, quando este andava errante (1 Sm 25.43); com esta e com a outra sua mulher Abigail foi Davi à corte de Aquis, rei de Gate (1 Sm 27.3). Foi mãe de Amnom, o filho mais velho de Davi (2 Sm 3.2).

AITOFEL. irmão de loucura. Um gilonita, conselheiro de Davi; a reputação de Aitofel era tão alta que as suas palavras tinham a autoridade de um oráculo divino. Se, como se pode depreender de 2 Sm 23.34, em comparação com 11.3, era ele avô de Bate-Seba, ta

ALABASTRO. *veja Mt 26.7; Mc 14.3; Lc 7.37 - as passagens que descrevem o caso de ter uma mulher derramado o precioso bálsamo, contido num vaso de alabastro, sobre a cabeça do Salvador. Os antigos consideravam o alabastro (espécie de mármore branquíssimo - carbonato de cálcio), como o melhor material para conservar os seus ungüentos. A forma usual desses frascos era redonda, bojuda no fundo, terminando para cima num estreito gargalo, que era cuidadosamente selado. Na narrativa de S. Marcos diz-se que a mulher quebrou a redoma, antes de derramar o ungüento. Isto apenas significa a quebra do selo ou do gargalo; :mas também pode querer dizer que o vaso foi destruído para não tornar a ser usado.

ÁLAMO. Na passagem em que esta palavra ocorre (Gn 30.37), a primitiva vem de uma raiz que significa "coisa branca". O álamo branco é comum na Palestina, e preenche as condições do texto da Escritura em que esse nome se encontra. Era plantada em virtude da sua sombra, e usava-se a madeira para utensílios de casa. Varas descascadas do álamo foram postas por Jacó diante do rebanho de Labão (Gn 30.37). A árvore mencionada em Gn 30.31 não nasce no sítio indicado; provavelmente a palavra empregada significa amendoeira.

ÁLAMO. Na passagem em que esta palavra ocorre (Gn 30.37), a primitiva vem de uma raiz que significa "coisa branca". O álamo branco é comum na Palestina, e preenche as condições do texto da Escritura em que esse nome se encontra. Era plantada em virtude da sua sombra, e usava-se a madeira para utensílios de casa. Varas descascadas do álamo foram postas por Jacó diante do rebanho de Labão (Gn 30.37). A árvore mencionada em Gn 30.31 não nasce no sítio indicado; provavelmente a palavra empregada significa amendoeira.

ALAÚDE. Instrumento de canta, semelhante à viola. É a tradução da vulgar palavra hebraica nebel. Nebel é a maior parte das vezes traduzido pelo termo saltério. As cordas eram tocadas com os dedos (Is 5.12; 14.11; Am 5.23; 6.5). (*veja Música.)

ALELUIA. Forma grega na versão dos Setenta para a palavra composta do hebreu Hallelujah, "louvai ao Senhor". Acha-se o vocábulo da versão dos Setenta nos salmos 105, 106, e outros, traduzidos da Vulgata Latina. Em outras traduções vem o significado "louvai ao Senhor", e na margem - Aleluia. Adaptação da palavra hebraica no culto cristão é devida ao seu uso no Ap 19.1 a 7. Já no 4º. século era o termo Aleluia reconhecido como uma exclamação cristã de alegria e de vitória. Os aleluias tinham um lugar especial nas primitivas liturgias da Igreja oriental e ocidental.

ALESTINA, NEGUEBE, SEFELÁ. A terra dos filisteus. É propriamente o território da Terra Santa, que foi habitado pelos filisteus. Ficava na costa ocidental de Canaã, estendendo-se desde o rio do Egito, um pouco ao sul de Gaza, até Jope. A palavra Palestina

ALEXANDRE. Auxiliador dos homens. Cinco pessoas com este nome, que era vulgar, acham-se mencionados no N.T. 1. Filho de Simão, o cireneu, que foi compelido a levar a cruz de Jesus (Mc 15.21). 2. Um parente de Anás, sumo sacerdote, o qual era membro diretor do Sinédrio em Jerusalém, quando Pedro e João foram presos e levados àquele tribunal (At 4.6). 3. Um judeu de Éfeso, a quem os seus compatriotas impeliram para diante durante o tumulto, provocado por Demétrio, ourives de prata (At 19.33). 4. Um convertido que tinha abandonado a sua fé, e que Paulo entregou a Satanás (1 Tm 1.19, 20). 5. Um latoeiro que fez muito mal a Paulo, e que havia resistido às suas palavras (2 Tm 4.14); talvez este indivíduo seja o mesmo do número 3.

ALEXANDRIA. Cidade edificada sobre o delta do rio Nilo, fundada por Alexandre Magno, rei da Macedônia, 332 a.C., para ser a metrópole do seu império ocidental. Desde o princípio foi misturada a sua população; chamava-se a região dos judeus um dos três bai

ALFA. A primeira letra do alfabeto grego, sendo Ômega a última. A frase "Eu sou o Alfa e o Ômega" vem no Ap 1.8 e 21.6, como expressão do Senhor. Originariamente uma forma expressiva da perfeição, teve depois especial aplicação à eternidade e onipresença de Deus, pois é do supremo Ente que têm origem todas as coisas, e para o qual todas as coisas tendem. Frases de significação semelhante se encontram em Is 41.4; Rm 11.36; 1 Co 8.6; e Hb 2.10. No Ap 22.13 é transferido o título para Jesus glorificado, revelador e realizador do divino plano de redenção, em quem está o "Sim" e o "Amém", a confirmação e cumprimento de todas as promessas de Deus (2 Co 1.20; *veja também Jo 1.3; 1 Co 8.6; Cl l. 15, 17; Hb 1.2,3).

ALFARROBA. É o fruto da alfarrobeira. Esta árvore tem folhas escuras e brilhantes, e produz vagens grandes, sendo estes frutos pisados para alimento de gado e porcos Os pobres também os empregam na alimentação, e acham-nos muito nutritivos. É a este fruta que se refere a parábola do Filho Pródigo, em Lc 15.16.

ALFEU. 1. Pai de Levi (Mc 2.14), que deve ser o mesmo que Mateus, o apóstolo. 2. Em cada uma das quatro listas dos apóstolos (Mt 10; Mc 3; Lc 6; e At 1), o nono lugar é dado a Tiago, filho de Alfeu.

ALFORJE. Um saco que os viajantes usam para levar dinheiro e mantimento para a jornada. Era feito de diversos materiais, geralmente pele ou couro, e estava preso à cintura (1 Sm 17.40; Mt 10.10; Lc 12.33 a 36). (*veja Bolsa.)

ALIANÇA. Concerto, pacto. Era um contrato, ou convenção que solenemente se realizava entre homem e homem, ou entre homem e Deus. Exemplos do primeiro caso ocorrem em Gn 21.27, e 31,44,45; Js 9.6 a 15. O concerto entre Deus e o homem de tal modo predomina

ALIANÇAS. Abraão fez uma aliança com os régulos de Canaã (Gn 14.13), e com Abimeleque (Gn 21.22). A última foi renovada por Isaque (Gn 26.26). Todavia, quando o povo israelita se estabeleceu em Canaã, era-lhe proibido efetuar alianças com as nações circun

ALIMÁRIA. Os animais irracionais, de utilidade ou não.

ALIMENTAÇÃO IMUNDA. A Lei de Moisés prescrevia exatas indicações, quanto ao alimento que se podia ou que não se podia comer. O que se podia comer era "limpo"; o que a Lei proibia comer era "imundo". O intuito da distinção era a separação dos hebreus como

ALIMENTO. O alimento de origem vegetal é muito mais comum entre os orientais, do que o de origem animal. Em lugar de manteiga, banha de porco, e gordura, fazem uso do azeite. Uma sopa de favas e lentilhas, temperada com alho e azeite, é um prato favorito.

ALJAVA. O receptáculo em que se levavam as setas (Js 39.23). Usa-se metaforicamente em Sl 127.6. E em Gn 27.3 é possível que se trate de uma espada ou outra arma, suspensa do ombro.

ALMA. O termo alma representa o hebraico "nephesh", que em muitas outras passagens se traduz por "vida" ou criatura. Usa-se esse vocábulo a respeito de um ser vivo (Gn 17.14; Nm 9.13, etc.); e dos animais, como criaturas (Gn 2.19, 9.15, etc.); e da alma c

ALOÉS. O aloés da Escritura não tem relação com a florida planta dos jardins modernos, mas representa uma madeira odorífera, que desde tempos remotos foi empregada no Oriente para fins sagrados e comuns. Nas passagens: Sl 45.8, Ct 4.14, e Pv 7.17, está o aloés juntamente com mirra como perfumes agradáveis e atraentes; uma só vez se acham mencionados no N.T. em conexão com o enterro de Jesus, em que tomaram parte José, de Arimatéia e Nicodemos (Jo 19.39).

ALPARCA. Tipo de sandália que se prende ao pé por tiras de couro ou de pano amarradas, bastante utilizado na época de Jesus.

ALQUEIRE. A palavra grega, traduzida por alqueire (Mt 5.15), significa aquela medida, a que se faz referência em Gn 18.6; Mt 13.33; e Lc 13.21, e que era a terça parte de um efa (effi), a medida padrão.

ALTAR. Vem da palavra latina "altus", e chamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é "lugar de matança". Duas outras palavras em hebra

AMA. A ama, entre as famílias orientais, é sempre uma pessoa considerada, fazendo parte da família, seja ela ama de leite ou tenha a posição de aia. Ela acompanha sempre a noiva à casa do marido: "Então despediram a Rebeca...e a sua ama" (Gn 24.69). *veja também Gn 36.8; Nm 11.12; Rt 4.16; 2 Sm 4.4; 2 Rs 11.2; Is 49.23.

AMALEQUE, AMALEQUITAS. Segundo o que se diz em Gn 36.12 a 16, era Amaleque neto de Esaú, e um dos príncipes de Edom (*veja lCr 1.36). Em qualquer outra parte o nome não é de pessoa, mas de tribo - amalequitas (Êx 17.8 a 16); e há boa razão para dar à trib

AMALEQUE, AMALEQUITAS. Segundo o que se diz em Gn 36.12 a 16, era Amaleque neto de Esaú, e um dos príncipes de Edom (*veja lCr 1.36). Em qualquer outra parte o nome não é de pessoa, mas de tribo - amalequitas (Êx 17.8 a 16); e há boa razão para dar à trib

AMARIAS. O SENHOR prometeu 1. *veja 1 Cr 6.7, 62. 2. Sumo sacerdote do tempo de Josafá (2 Cr 19.11); parece ter apoiado os esforços deste rei para a realização de uma reforma em Israel e Judá. 3. *veja 1 Cr 23.19 e 24.23. 4. Chefe de um dos vinte e quatro turnos de sacerdotes, cujo turno tinha aquele nome no tempo de Davi, de Ezequias e de Neemias; e também é chamado Imer (1 Cr 24.14; 2 Cr 31.16; Ne 10.3 e 12.2 a 13). 5 Um daqueles que no tempo de Esdras casaram com mulheres estrangeiras (Ed 10.42). 6. *veja Sf 1.1, 7. *veja Ne 11.4.

AMASA. Portador de carpa. 1. Filho de uma irmã de Davi (2 Sm 17.25). Absalão nomeou-o comandante-chefe do seu revoltoso exército em lugar de Joabe, por quem foi derrotado no bosque de Efraim (2 Sm 18.6 ). Mais tarde Amasa foi perdoado por Davi e nomeado para o lugar de Joabe, que tinha incorrido no desagrado do rei pelo fato de ter matado a Absalão (2 Sm 19.13). Depois disto, Joabe matou traiçoeiramente Amasa, quando fingia saudá-lo (2 Sm 20.10). 2. Um dos chefes dos filhos de Efraim (2 Cr 28.12).

AMASAI. Portador de carga. 1. *veja 1 Cr 6.25. 2. Chefe dos homens de Judá e Benjamim, que se juntaram a Davi em Ziclague; talvez o mesmo que Amasa (1) (1 Cr 12.18). 3. Um sacerdote que tocava a trombeta diante da arca, quando Davi a levou da casa de Obede-Edom (1 Cr 15.24). 4. Um levita mencionado em 2 Cr 29.12.

AMAZIAS. Fortaleza do SENHOR. l. Oitavo rei de Judá, que, tendo vinte e cinco anos de idade, sucedeu a seu pai Joás, que tinha sido assassinado pelos seus servos (2 Rs 12 e 14). Declarou guerra aos edomitas, derrotou-os no vale do Sal, ao sul do mar Morto

AMÉM. Advérbio hebraico, formado de uma raiz, que significa "assegurar, firmar", e por isso é empregado no sentido de confirmar o que outrem disse. Amém - assim seja. 1. No Antigo Testamento aceita e ratifica uma maldição (Nm 5.22; Dt 27.15 a 26; Ne 6.13)

AMÊNDOA, AMENDOEIRA. A vara de Arão produziu flores e "dava amêndoas" (Nm 17.8). Em Jeremias a expressão "vejo uma vara de amendoeira" (Jr 1.11) é simbólica de pressa, porque a raiz da palavra hebraica, traduzida por amêndoa, significa "apressar-se". Most

AMÊNDOA, AMENDOEIRA. A vara de Arão produziu flores e "dava amêndoas" (Nm 17.8). Em Jeremias a expressão "vejo uma vara de amendoeira" (Jr 1.11) é simbólica de pressa, porque a raiz da palavra hebraica, traduzida por amêndoa, significa "apressar-se". Most

AMETISTA. Esta pedra preciosa (espécie de cristal de rocha) era posta no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.19, e 39.12). É mencionada no Ap 21.20, como sendo uma das pedras que adornavam os fundamentos do muro da Jerusalém celestial. A ametista oriental, oriunda da Índia, é uma jóia rara, muito brilhante, somente em dureza inferior ao diamante, e ordinariamente tem cor de púrpura. A palavra hebraica implica a crença de que usar a pedra era causa de sonhos favoráveis; e a palavra grega dá a entender que era uma proteção contra a embriaguez.

AMOM. Hábil obreiro. 1. Rei de Judá, filho e sucessor de Manassés. Serviu a falsos deuses, e depois de um reinado de dois anos foi assassinado g Rs 21.19 a 26; 2 Cr 33.20 a 25). Para conhecimento da deplorável condição de Jerusalém durante o seu reinado, *veja o livro de Sofonias. O nome acha-se na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.10). 2. Governador de Samaria, no reinado de Acabe (1 Rs 22.26; 2 Cr 18.26). 3. Um dos servos de Salomão (Ne 7.õ9). 4. Um deus egípcio (Jr 46.25).

AMOM. O nome de um povo (1 Sm 11.11; Sl 83.7); mais geralmente amonitas, filhos de Amom. Segundo se lê em Gn 19.38, eles descendiam de Ben-Ami, o filho de L6. Os amonitas eram uma raça de terríveis salteadores, tão cruéis que chegavam a vazar os olhos aos

AMOREIRA. A amoreira (Lc 17.6) é uma árvore vulgar da Arábia do Norte, incluindo a Palestina, sendo conhecidas duas variedades, a preta e a branca, que nos dão o seu fruto, alimentando-se das suas folhas os bichos-da-seda. A árvore a que se faz referência em 2 Sm 5.23, 24 e 1 Cr 14.14, 15 não é bem a amoreira. Pode ser o sicômoro ou o choupo, de que há quatro espécies na Palestina: a preta, a branca, a lombarda (muito conhecida na Europa), e ainda aquela espécie que guarnece o Jordão, e outros rios do país. O choupo cede naturalmente à ação do vento, tremendo, agitando-se, ao mais leve sopro.

AMORREUS. Habitantes das montanhas, serranos. Os amorreus ocupavam um lugar importante entre os povos que possuíam a terra de Canaã antes de ser conquistada pelos israelitas. Parece que, primeiramente, fizeram parte da grande confederação dos descendentes

AMÓS (LIVRO DE). O estilo de Amós é simples, mas de maneira alguma deficiente na sua beleza pitoresca. O seu modo de vida pode descobrir-se pelas ilustrações que ele escolhe, e que na maior parte são tiradas dos serviços campestres. Muitas são originais e

AMÓS. Condutor de carga. l. Autor do livro que com o seu nome está na coleção dos "Doze Profetas" ou "Profetas menores"; provavelmente a sua profecia é a mais antiga dos escritos proféticos. Quanto ao tempo em que Amós escreveu, como parece que ele exerce

AMOZ. Forte. O pai do profeta Isaías (Is 1.1).

AMPLIAR.Tornar amplo, Aumentar, Alargar, Dilatar, Desenvolver.

AMPLÍATO. Um cristão romano (Rm 16.8). Acha-se o nome em 2 notáveis inscrições (sendo possível que uma delas seja do primeiro século): nas catacumbas de Roma e no túmulo de Sta. Domitília. Significa isto a honra dada a um escravo, por meio do qual uma nobre família de Roma foi convertida ao Cristianismo?

ANÁTEMA. Palavra grega que significa "coisa exaltada" dentro de um templo; por exemplo, como oferta de voto a um ídolo. (Assim, em Lc 21.5.) Na versão dos LXX o termo é aplicado aos animais que, oferecidos a Deus, deviam ser mortos (Lv 27.28, 29): daqui vem o sentido genérico "condenado", amaldiçoado (Js 6.17; 7.12). Com esta significação se encontra o termo grego em 1 Co 16.22; Rm 9.3; 1 Co 12.3 e Gl 1.8,9. Em At 23.14 está a palavra empregada no sentido de "maldição".

ANATOTE. Respostas. 1. Cidade de Benjamim, três quilômetros ao oriente de Gibeá, concedida aos sacerdotes (Js 21.18; 1 Cr 6.60). Abiatar foi desterrado para Anatote, depois de ter falhado a sua tentativa de pôr no trono Adonias (1 Rs 2.26). Foi a terra natal de Abiezer, um dos trinta capitães de Davi (2 Sm 23.27; 1 Cr 11.28; 27.12); de Jeú, outro dos valentes (1 Cr 12.3); e de Jeremias (Jr 1.1; 11.21; 29.27). Foi novamente ocupada depois da volta do cativeiro. Esta cidade é, agora, segundo dizem, a moderna Anata, não longe de Jerusalém, com os seus campos bem cultivados de trigo, oliveiras e figueiras. Existem ainda as ruínas de muralhas, e as suas pedreiras ainda fornecem pedras a Jerusalém para as suas edificações. 2. Um filho de Bequer (1 Cr 7.8). 3. Um dos chefes que assinaram o pacto com Neemias (Ne 10.19).

ANCIÃOS. Nas primitivas formas de governo, eram revestidos de autoridade aqueles que, sendo já pessoas de idade e de reconhecida experiência, podiam tomar a direção dos negócios gerais como representantes do povo. Esta instituição não era, de maneira algu

ANCORA. A âncora era, antigamente, lançada da popa do navio (At 27.29). Nesta passagem a referência pode ser feita a uma âncora de quatro dentes, geralmente usada em águas pouco fundas; ou, trata-se de quatro âncoras distintas (*veja Navio). Usada simbolicamente, a palavra âncora designa tudo o que sustenta a alma em tempos de violência e perturbação. A esperança tem uma admirável influência sobre o coração crente e chama-se, por isso, a sua âncora (Hb 6.19). A âncora foi um dos mais antigos símbolos usados na Igreja Cristã, e acha-se em anéis e monumentos.

ANDORINHA. É mencionada em Sl 84.3, e Pv 26.2; e também em Is 38.14; Jr 8.7. Estas passagens contêm referências aos hábitos das andorinhas na confecção dos seus ninhos, ao seu rápido e incansável voar, ao tom da sua chilreada, e à sua anual emigração. Há, na Palestina, diversas variedades de andorinhas.

ANDRÉ. Varonil. Irmão de Simão Pedro, e um dos doze discípulos. Nos evangelhos sinópticos, ele é pouco mais do que um nome. Tirando as narrativas da chamada dos primeiros quatro discípulos (Mt 4 e Mc 1), e as listas dos doze apóstolos, as outras referênci

ANEL. Tanto nos tempos antigos como nos modernos, os dedos sempre foram adornados de anéis. Com efeito, eles tinham uma significação oficial. Foi neste sentido que Faraó presenteou a José com um anel, quando este foi revestido de autoridade (Gn 41.42), e que Assuero deu também um anel a Hamã (Et 3.10). A razão disto era que o anel se usava como selo, e os selos foram sempre muito comuns no Oriente, sendo a sua marca, impressa no documento, equivalente à nossa assinatura. Tinha, também, freqüentes vezes gravado o nome do possuidor, e era usado na mão direita (Jr 22.24). O pai do pródigo pôs um anel no dedo do seu filho como sinal de que ele tornava a alcançar o favor paterno e o poder que tinha antes (Lc 15.22).

ANER. l. Um dos três chefes hebronitas, que cooperaram com Abraão na perseguição dos quatro reis invasores (Gn 14.13 a 24). 2. Cidade da meia tribo de Manassés, ao ocidente do rio Jordão, a qual foi dada aos coatitas (1 Cr 6.70). Parece ser o mesmo lugar que Taanaque (Js 21.25).

ANGUSTIADO. Cheio de angústia, Aflito, Agoniado, Atormentado, Atribulado.

ANJO. Mensageiro. Anjos, na qualidade de assistentes de Deus, mensageiros da Sua vontade, é doutrina que corre por toda a Bíblia. l. A sua natureza. Pouco se acha dito sobre isto. Os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gn 18; At 1.10), e alguma

ANO NOVO. A lua nova do sétimo mês (tisri, ou outubro) indicava o começo do ano civil; e a festa que nesse dia, o dia do ano novo judaico, se celebrava, recebia o nome de Festa das Trombetas (Lv 23. 23 a 26). Era um descanso solene, antecipando-se ao Dia da Expiação, que vinha nove dias depois. Com respeito ao serviço especial e sacrifícios do ano novo, *veja Nm 29.1 a 6.

ANO. Uma comparação entre Dn 7.25 e 12.7 e Ap 11.2, 3 e 12.6, mostra que se faz nesses lugares referência a um ano de 360 dias. Um tempo, tempos, e meio tempo ou 3,5 anos ou 42 meses ou 1.260 dias. Mas um ano de 360 dias teria tido logo este mau resultado

ANTICRISTO. (Isto é, rival de Cristo, contra Cristo.) O termo ocorre somente em 1 Jo 2.18 a 22, 4.3, e 2 Jo 7, onde a última hora é assinalada pela atividade de falsos mestres, "os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne". Mas a idéia aparece sob

ANTIGO TESTAMENTO. O título. É difícil resolver se "Pacto" ou "Testamento" representa exatamente a palavra "diatheke" na frase "he kaine diatkeke" em Lc 22.20; 1 Co 11.25 (cp. com Hb 9.15). O que parece é que a palavra hebraica "berith" significa propriam

ANTÍOCO. O nome de Antíoco não se encontra nas Escrituras, mas há várias referências aos monarcas desta designação. Antíoco II é um dos reis a que se refere Daniel 11.6: "Mas, ao cabo de anos, eles se aliarão um com o outro." Era rei da Síria, e estivera

ANTIOQUIA. Havia duas importantes cidades com este nome. (1) Antioquia da Síria. Nenhuma cidade, depois de Jerusalém, está em tão íntima conexão com a primitiva história do Cristianismo como Antioquia da Síria. Os cristãos que tiveram de sair de Jerusalém

ANUNCIAR. Divulgar, Fazer conhecer, Levar o conhecimento a mais pessoas. Anunciar a Jesus Cristo, dar conhecimento de suas palavras.

APEDREJAMENTO. Entre os judeus era o apedrejamento método usual da execução da pena de morte. Qualquer crime que merecesse a morte, exceto se a lei estabelecesse expressamente outra forma, era punido com o apedrejamento. As testemunhas deviam arremessar as primeiras pedras (Dt 17.7). Eis algumas referências do A.T. a esse costume: Êx 8.26; 19.13; 21.28 a 32; Lv 20.2, 10, 27; Dt 13.5, 10; 1 Rs 21.10. Nas referências do N.T. o apedrejamento é, não somente, uma punição legal, mas também um ato de violência da população (Lc 13.34; Jo 8.5; 10.31 a 33; At 5.26; 7.58, 59; 14.19).

APOCALIPSE. O livro da Revelação. Chama-se assim o último livro da Bíblia pelo fato de conter as proféticas doutrinas reveladas ao autor por Jesus Cristo. A sua autoria é, pelo próprio livro, atribuída a João (1.1,4,9; 22.8). Foi o servo de Jesus Cristo (

APÓCRIFOS (LIVROS). Livros não canônicos. l. A palavra Apócrifo significa oculto, e com toda probabilidade foi o termo primitivamente empregado por certas seitas a respeito de livros seus, que eram guardados para seu próprio uso. O termo Apócrifo é, agora

APODERAR. Tomar posse, Apossar.

APOLO. Eloqüente judeu de Alexandria, que veio a Éfeso durante a ausência de S. Paulo, sendo aí mais perfeitamente instruído na doutrina de Jesus Cristo por Áqüila e Priscila. Por conselho destes foi a Corinto, onde foi bem sucedido no seu trabalho, especialmente nas discussões com os judeus (At 18.24 a 28). Quando Paulo escreveu a sua primeira epístola aos Coríntios, a igreja de Corinto estava dividida em diversas parcialidades; uns cristãos eram do partido de Apolo em oposição a outros que arrogavam a si próprios os nomes de Paulo, de Cefas, e de Cristo (1 Co 1.12; 3.4 a 6, 22; 4.6). Apolo não era, de modo algum, responsável por aquele cisma, pois é certo que Paulo tinha inteira confiança nele (1 Co 16.12). A não ser a referência que lhe é feita em Tito 3.13, nada mais se sabe a seu respeito.

APÓSTOLO. Esta palavra significa mais do que "mensageiro": a sua significado literal é a de "enviado", dando a idéia de ser representada a pessoa que manda. O apóstolo é um enviado, um delegado, um embaixador. I. Nos Evangelhos. S. Lucas diz-nos que o nom

APROXIMAR. Pôr próximo, Tornar próximo, Achegar, Estabelecer relações, Relacionar, Unir, Ligar, Fazer chegar, Apressar, Efetuar um processo de aproximação.

AQUEDUTO. Quando se aproximava de Jerusalém o exército da Assíria, mandou Ezequias tapar o manancial superior das águas de Giom, fazendo-as correr por meio de um canal para o isso executado com o fim de garantir aos habitantes um suprimento de água, que seria desviado dos invasores. Outras referências se fazem "do aqueduto do construído açude superior", e também a outro, por ordem de Ezequias (2 Rs 18.17; Is 7.3; 36.2; e 2 Rs 20.20; *veja, também, Is 22.9,11). Existem ainda as ruínas de vários aquedutos, tendo sido um destes construído pelo rei Salomão para levar a Jerusalém a água, que vinha de uma distância de 24 km dos "poços de Salomão", além de Belém.

ÁQÜILA. Águia. Um judeu que, por força de um édito de Cláudio, foi obrigado a sair de Roma com sua mulher Priscila. S.Paulo encontrou-os em Corinto por ocasião da sua primeira visita, e trabalhou com eles no oficio de fazer tendas. Quando, passados dezoit

ÁQÜILA. Águia. Um judeu que, por força de um édito de Cláudio, foi obrigado a sair de Roma com sua mulher Priscila. S.Paulo encontrou-os em Corinto por ocasião da sua primeira visita, e trabalhou com eles no oficio de fazer tendas. Quando, passados dezoit

ARÃ. É o país situado ao norte e nordeste da Palestina, alta planície que está 600 metros acima do Mediterrâneo. Estendia-se desde o Líbano, Fenícia e Mediterrâneo até ao Eufrates (Nm 23.7; 1 Cr 2.23). Até certo ponto incluía a Mesopotâmia e o território

ARABÁ. A planície, o deserto. Arabá é esse profundo vale que forma a mais admirável característica da Palestina, e se estende, de ambos os lados do Jordão, desde acima do mar da Galiléia, ao norte, até ao Golfo Elanítico do mar Vermelho, constituindo uma das mais notáveis depressões na superfície do globo. A parte meridional deste vale irregular, e de uma maneira especial o sul do mar Morto, ainda tem o nome de Arabá, sendo particularmente interessante pelo fato de ter sido ali o teatro das peregrinações dos filhos de Israel, depois que foram repelidos do sul da Terra Prometida. É, na maior parte, uma região pavorosamente desoladora, listrada de raríssima vegetação sob um sol ardente: "Terra seca e deserta, terra em que ninguém habita, nem passa por ela homem algum" (Jr 51. 43). A palavra acha-se em Js 18.18; mas geralmente em lugar de Arabá vem o termo "planície".

ARÁBIA. Deserto. A primeira vez que se menciona esta região na Sagrada Escritura é quando se refere a Salomão, recebendo ouro de "todos os reis da Arábia" (1 Rs 10.15, 2 Cr 9.14). Josafá recebeu dos seus habitantes 7.700 carneiros e 7.700 bodes (2 Cr 17.1

ARADO. O arado da Síria, empregado em todas aquelas regiões, era um instrumento muito simples, sendo tão leve que um homem podia facilmente conduzi-lo. Na verdade, algumas vezes não era mais do que um ramo de árvore, cortado abaixo da bifurcação, e usado sem rodas. Com uma máquina tão imperfeita, era impossível fazer mais do que raspar a superfície da terra. Mesmo aqueles arados, providos de relhas e de dentes, eram, e ainda hoje são, muito leves, obrigando o lavrador a apoiar-se neles com toda a sua força para que possam rasgar a terra (Lc 9.62). Algumas vezes a extremidade do cabeçalho era guarnecida de ferro, ficando de tal forma que as profecias de Isaías (2.4) e de Joel (3.10) poderiam facilmente ser realizadas.

ARAMAICO. A língua do povo de Arã. Ela propagou-se por toda parte, exerceu influência sobre o hebraico, sendo no tempo de Jesus Cristo a língua popular da Palestina. As conquistas dos árabes destruíram a posição que o aramaico conservava.

ARANHA. Em dois casos (Jó 8.14; Is 59.5,6) não há dúvida de que se trata da aranha, pois é ela mencionada com a sua teia. A Palestina tem aranhas em grande número, que habitam a superfície do chão, e debaixo da terra em buracos, nas árvores, nas casas, e nas cavernas, vendo-se algumas vezes as paredes e os buracos completamente cobertos das suas teias. Jó compara a esperança do malvado à fraqueza da filamentosa teia de aranha (8.14).

ARÃO. A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de Israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo d

ARARATE. Território montanhoso da Armênia, mencionado na Escritura, para designar o lugar onde repousou a arca depois do dilúvio (Gn 8.4); foi o asilo dos filhos de Senaqueribe (2 Rs 19.37; Is 37.38), e o seu povo era aliado, e provavelmente vizinho, de M

ARCA. Uma caixa, ou qualquer vaso de forma semelhante. Há três arcas, que pedem especial menção. l. A arca de Noé (Gn 6.14 a 8.19). Noé, por mandado de Deus, construiu uma embarcação na qual ele, sua família e uma grande variedade de animais foram salvos

ARCANJO. Anjo principal. 2 Ts 4.16; Jd 9 (*veja Anjo.)

ARCO-ÍRIS. A correta interpretação de Gn 9.13 não é que pela primeira vez tenha aparecido então o arco-íris, mas sim que Deus consagrou esse fenômeno como sinal do Seu amor e testemunho da Sua promessa.

AREÓPAGO. ou Monte de Marte. Areópago significa literalmente o monte de Marte ou de Ares. Estava situado num cimo rochoso de Atenas, em frente da Acrópole. O sítio é memorável pelo fato de ali reunir-se o senado do Areópago, a mais antiga e venerável das

ARETAS. O rei Aretas (2 Co 11.32). Houve muitos príncipes da Arábia com este nome, mas o único mencionado nas Escrituras é aquele, cujo governador em Damasco (9 a. C. até 40 d. C.) procurou prender Paulo, que escapou descendo num cesto por uma janela da muralha. Trata-se daquele Aretas, cuja filha casou com Herodes Antipas. Quando este repudiou sua mulher para unir-se a Herodias (mulher de seu irmão Filipe), Aretas mandou um exército contra ele, alcançando uma grande vitória. Foi esta guerra, no juízo da plebe, o justo castigo do Céu, que Antipas sofreu por ter mandado assassinar João Batista.

ARGANAZ. Acha-se mencionado quatro vezes na Escritura: em Lv 11.5; em Dt 14.7, entrando no número daqueles animais, de que ninguém se podia alimentar, porque "ruminam, mas não têm a unha fendida"; em Sl 104.18, como achando abrigo nas rochas; e em Pv 30.26, pertencendo às quatro pequenas coisas, que são muito sábias: "povo não poderoso, contudo fazem a sua casa nas rochas." O que se traduz por "arganaz" é o Hyraz Spria-cus. Destes animais, parecidos com o nosso coelho, há ainda abundância na Síria; vivem nas rochas e procuram refúgio logo ao menor sinal de perigo.

ARGOBE. Amontoado de pedras. 1. Território ao oriente do Jordão, em Basã, no reino de Ogue, contendo sessenta grandes cidades fortificadas. Argobe estava na porção que coube à meia tribo de Manassés, tendo tomado a respectiva posse Jair, o chefe daquela t

ARGUEIRO. Uma partícula de qualquer coisa seca como o pó (Mt 7.3).

ARIÉ. Leão. Foi, juntamente com Argobe, conspirador ou oficial (2 Rs 15.25). (*veja Argobe.)

ARÍETE. (Ez 4.2; 21.22). Máquina de guerra, feita de uma comprida trave de qualquer madeira dura, como carvalho. Numa extremidade tinha uma pesada chapa metálica com a feição de cabeça de carneiro. Esta trave estava suspensa sobre um estrado de vigas grossas, e era colocada diante do muro ou portão que devia ser derrubado: a cabeça de carneiro era movida para trás, e, impelida depois fortemente, ia bater no alvo. Os romanos fizeram grande uso desta arma no cerco de cidades fortificadas. (*veja Armas.)

ARISTARCO. Judeu de Tessalônica e companheiro de viagem de S.Paulo, pela primeira vez mencionado nos Atos como tendo sido arrebatado pelo povo no tumulto de Éfeso (At 19.29). Foi um dos delegados daquelas igrejas que contribuíram "para os santos" de Jerusalém, e acompanhou a esta cidade o Apóstolo S. Paulo na sua terceira viagem missionária (At 20.4; *veja 1 Co 16.1 a 4; e 2 Co 8.9). Navegou com S. Paulo desde Cesaréia a Roma (At 27.2), e estava com o Apóstolo quando este escreveu dali a Filemom e à igreja de Colossos, falando de Aristarco como seu cooperador, bom amigo, e ainda como seu companheiro de prisão (Fm 24; Cl 4.10,11). Como na epístola a Filemom, 23, 24, somente Epafras é indicado como companheiro de prisão e na epístola aos Cl 4.10 a 14 somente Aristarco, podemos supor que os companheiros de Paulo se revezavam em compartilhar voluntariamente do seu cativeiro.

ARMAGEDOM. A montanha de Megido. Nome simbólico da cena da última grande luta espiritual, e derivado de 2 Cr 35.22. (Ap 16.16.) O vale de Megido é o grande campo de batalha do Antigo Testamento, onde se efetuaram as principais lutas entre os israelitas e os inimigos do povo de Deus. Foi ali, na planície de Esdrelom, que Baraque ganhou uma grande vitória sobre os cananeus, e Gideão sobre os midianitas (Jz 4 e 5, e 7). Ali também encontrou a morte o rei Saul às mãos dos filisteus (1 Sm 31.8), e Josias às mãos dos egípcios (2 Rs 23.29,30g Cr 35.22).

ARMAS. Primeiramente, vamos tratar das armas ofensivas, mencionadas na Bíblia: 1. A espada, o instrumento de guerra mais usual, na antigüidade, era menor do que a moderna, como podemos inferir da descrição em Jz 3.16, onde se diz que o punhal de Eúde tinh

ARNOM. Torrente. Um rio que servia de limite ao país de Moabe, tendo ao norte o país dos amorreus. Nasce nas montanhas da Arábia, corre através do deserto para o mar Morto, em frente de En-Gedi. Atualmente chama-se Mojeb. O seu curso é através de uma ravina de grande profundidade. À corrente em plano segue-se uma descida precipitada, que abre caminho à água por entre precipícios de pedra calcária; a largura de crista a crista é de quase cinco quilômetros. Em certa parte ainda ali se vêem vestígios de uma empedrada estrada romana, existindo também o arco da ponte. O rio corre por entre ricos prados, e em certos lugares há, nas margens, abundância de loureiros e salgueiros. Quando o Arnom se precipita no mar Morto, a sua largura é de 24 m, tendo pouco mais de um metro de profundidade, com lados perpendiculares de arenita, escura, avermelhada e amarela.

ARQUELAU. Guia do povo. Filho de Herodes Magno e de Mataca, a quem Herodes legou a maior parte do seu reino (Judéia, Iduméia e Samaria) com o título de rei. A única menção que dele se faz no N.T. é significativa. Quando José, casado com Maria, ouviu "que

ARQUEUS. Uma das famílias cananéias que habitaram em Arca, cidade situada ao norte da Fenícia (Gn 10.17; 1 Cr 1.15). Arca tornou-se famosa pelo culto que os seus habitantes prestavam a Afrodite. Foi fortificada pelos árabes e atacada pelos Cruzados, que, sob o comando de Raimundo de Tolosa, em vão a cercaram em 1099 durante o espaço de dois meses. Todavia, mais tarde, foi tomada por Guilherme de Sartanges. Em 1202 foi totalmente destruída por um terremoto. O lugar que agora tem o nome de Arca está à distância de dezenove quilômetros mais ou menos, ao norte de Trípoli, e de oito quilômetros ao sul de Nahr-el-Kebir (Eleutero). A grande estrada da costa passava entre essa povoação e o mar.

ARQUITETURA. O mais antigo edifício de que há memória é a Torre de Babel, construida com tijolos cozidos ao fogo, fortemente ligados por meio de betume, tão abundante no vale do Eufrates (Gn 11). Há, pelo menos, duas cidades nas terras a que se refere a B

ARREBATAMENTO. A palavra grega, traduzida por arrebatamento ou êxtase, somente a emprega Lucas, o médico (At 10.10; 11.5; 22.17). Pedro experimentou um arrebatamento quando viu os céus abertos e toda espécie de animais quadrúpedes que desciam até perto de

ARREPENDIMENTO. Arrependimento é o sentimento de pesar por faltas cometidas, ou por um ato praticado. Neste último sentido se diz a respeito de Deus, como se vê em Gn 6.6; 1 Sm 15.11, etc.; e, semelhantemente, as ações divinas são, a outros respeitos, apr

ARRUDA. Pequeno arbusto, de sessenta a noventa centímetros de altura, com folhas peque-as e flores amarelas. O seu aroma é demasiadamente ativo para os ocidentais, mas era apreciado dos antigos. A arruda foi, antigamente, usada como condimento, e também para fins medicinais (Lc 11.42).

ARTAXERXES. O grande rei. Nos livros de Esdras e Neemias, o nome de Artaxerxes parece pertencer a dois reis da Pérsia: (1) o Artaxerxes de Esdras 4, que mandou suspender as obras do templo, é de vários modos identificado com Cambises, o pseudo-Smeredis ou Xerxes; (2) e o monarca posterior a quem se refere Esdras 7 e Ne 2.1, 5.14, 13.6, o qual permitiu e favoreceu a reedificação das muralhas de Jerusalém. A identificação, porém, do primeiro Artaxerxes é difícil, porque as inscrições refutam a teoria de que Artaxerxes era título real, e não simplesmente um nome. Já é geralmente aceita a opinião de que há referência apenas a um Artaxerxes, estando, por conseqüência, fora de lugar a parte de Esdras 4.6 a 27. Deve, provavelmente, ser identificado com Artaxerxes 1º, o Longímano, que reinou de 464 a 425 a.C.

ÁRVORE. Em quase todos os países há certas árvores tidas como sagradas, e a Palestina não faz exceção. Não é raro ver ali árvores a que estão presos alguns pedaços de pano, como sinal da oração que aí foi feita por certos adoradores, pois se pensa que elas possuem uma sagrada virtude para afastar doenças. Esta reverência recua a tempos remotíssimos, muito antes dos patriarcas, e explica alguns casos em que se faz especial menção das árvores. O aserá (*veja Bosque), que é um tronco ou poste, não é mais que a forma convencional de uma árvore, e como tal se acha em conexão com um falso culto.

ÁRVORE. Em quase todos os países há certas árvores tidas como sagradas, e a Palestina não faz exceção. Não é raro ver ali árvores a que estão presos alguns pedaços de pano, como sinal da oração que aí foi feita por certos adoradores, pois se pensa que elas possuem uma sagrada virtude para afastar doenças. Esta reverência recua a tempos remotíssimos, muito antes dos patriarcas, e explica alguns casos em que se faz especial menção das árvores. O aserá (*veja Bosque), que é um tronco ou poste, não é mais que a forma convencional de uma árvore, e como tal se acha em conexão com um falso culto.

ASA. Médico. 1. Filho de Abias e rei de Judá, que se distinguiu pela sua dedicação ao verdadeiro culto do SENHOR e pela sua ativíssima hostilidade à idolatria (1 Rs 15.9 a 24; 2 Cr 15.1 a 19). Sua avó Maaca prestava culto a certo ídolo num bosque, mas Asa

ASAEL. Deus o fez. 1. Filho mais novo de Zeruia, irmã de Davi, afamado como corredor. Foi um dos trinta valentes de Davi, dando-lhe este rei um comando no exército (2 Sm 23.24 e 1 Cr 27.7). Quando combatia sob as ordens do seu irmão Joabe em Gibeom contra o exército de Is-Bosete, ele perseguiu Abner, que, depois de lhe pedir que o deixasse, foi obrigado a matá-lo em defesa própria (2 Sm 2.18). 2. Um levita, a quem Josafá mandou ensinar a lei ao povo em Judá (2 Cr 17.8). 3. Um levita, que por mandado do rei Ezequias tinha a seu cargo as ofertas, os dízimos e as coisas consagradas (2 Cr 31.13). 4. O pai de um agente empregado por Esdras (Ed 10.15).

ASAFE. Cobrador. 1. Levita, um dos principais músicos de Davi, e a quem o rei nomeou para "dirigir o canto na casa do Senhor" (1 Cr 6.31, 39). Asafe era, também, "vidente" (2 Cr 29.30), e são-lhe atribuídos doze salmos, todos eles de caráter profético (Sl 50,73 a 83). Os seus descendentes ou partidários, os "filhos de Asafe", tomaram parte na purificação do templo e na celebração daquele acontecimento (2 Cr 29.13 a 30,35.15). 2. Antepassados de Joá, chanceler de Ezequias (2 Rs 18.18; Is 36.3 a 22). 3. Oficial do rei da Pérsia, guarda das florestas reais em Judá (Ne 2.S). 4. Levita mencionado em 1 Cr 9.15; Ne 11.17).

ASAÍAS. O SENHOR o criou. l. O oficial a quem, juntamente com outros, o rei Josias mandou procurar informação divina a respeito do Livro da Lei, que Hilquias tinha achado no templo (2 Rs 22.12 a 14 e 2 Cr 34.20). 2. Príncipe simeonita, no reinado de Ezequias, o qual expulsou de Gedor os pastores de Cão (1 Cr 4. 36). 3. Levita, no reinado de Davi, da família de Merari (1 Cr 6.30). Ele auxiliou a levar a arca, desde a casa de Obede-Edom até Jerusalém (1 Cr 15.6). 4. O primogênito da "silonita", segundo 1 Cr 9.5, o qual com a sua família voltou de Babilônia a Jerusalém. Em Ne 11.5 chama-se Maaséias.

ASCALOM. Uma das cinco cidades dos senhores dos filisteus (Js 13.3; 1 Sm 6.17). Estava situada à borda do mar Mediterrâneo (Jr 47.7). O sítio ainda conserva o antigo nome. Sansão desceu de Timna para Ascalom, onde ele matou trinta homens, despojando-os do que tinham. Era uma cidade afastada, e muito menos notável nas Escrituras do que as outras principais cidades da Filístia. No tempo de Orígines viam-se alguns poços de notável configuração perto da cidade, os quais se julgou serem os cavados por Isaque, ou de qualquer modo pertencentes à época patriarcal. Ascalom teve parte notável nas lutas dos Cruzados: dentro dos seus muros, ainda firmes, estabeleceu Ricardo Coração de Leão a sua corte. Echalota é uma planta com o cheiro e sabor do alho, a qual existia por aqueles sítios de Ascalom, donde deriva a palavra.

ASDODE. Fortaleza, castelo. Cidade bem fortificada, dominando a planície da Filístia. Está situada no cimo de um monte, e domina a entrada da Palestina, para quem vai do Egito, devendo a este fato a sua grande importância histórica. Asdode foi, também, a

ASER. Feliz. Oitavo filho de Jacó nascido de Zilpa, serva de Lia (Gn 30.13). O território que coube aos descendentes de Aser ficava no litoral da Palestina desde o monte Carmelo até Sidom. Continha alguns dos mais belos terrenos da Terra Santa, e na sua n

ÁSIA. Província romana, que compreendia apõe-nas a parte ocidental do que hoje é conhecido com o nome de península da Ásia Menor, e da qual era Éfeso a capital. Esta província teve a sua origem na doação de Atalo, rei de Pérgamo, ou rei da Ásia, que em testamento legou à república romana os seus domínios hereditários, a oeste da península (133 a.C.). A fronteira foi um tanto alterada, vindo a Ásia a constituir a província, que no tempo de Augusto era governada por um procônsul. Continha muitas cidades importantes, entre as quais estavam as sete igrejas do Apocalipse. Os "príncipes da Ásia" (At 19.31), ou asiarcas, eram oficiais da província, encarregados de dirigir os jogos públicos e as festividades religiosas. Não se sabe se este cargo era anual ou conservado por quatro anos.

ÁSIA. Província romana, que compreendia apõe-nas a parte ocidental do que hoje é conhecido com o nome de península da Ásia Menor, e da qual era Éfeso a capital. Esta província teve a sua origem na doação de Atalo, rei de Pérgamo, ou rei da Ásia, que em testamento legou à república romana os seus domínios hereditários, a oeste da península (133 a.C.). A fronteira foi um tanto alterada, vindo a Ásia a constituir a província, que no tempo de Augusto era governada por um procônsul. Continha muitas cidades importantes, entre as quais estavam as sete igrejas do Apocalipse. Os "príncipes da Ásia" (At 19.31), ou asiarcas, eram oficiais da província, encarregados de dirigir os jogos públicos e as festividades religiosas. Não se sabe se este cargo era anual ou conservado por quatro anos.

ASIMA. Era um deus adorado pelo povo de Hamate. O respectivo culto foi introduzido na Samaria pelos colonos de Hamate, a quem o rei da Assíria estabeleceu naquela terra (2 Rs 17.30).

ÁSPIDE. Esta palavra encontra-se em diversas passagens, como Jó 20.14, 16, "veneno de áspides sorveu"; Is 11.8, "A criança de peito brincará sobre a toca da áspide". No Sl 58.4, "como a víbora surda que tapa os ouvidos", víbora é a tradução da palavra hebraica queem outros lugares se acha vertida para áspide. O réptil de que se trata é o que se conhece pelo nome de cobra vendada do Egito. Acha-se, geralmente, nos terrenos mais ermos da Palestina, ainda que seja vulgar ao sul de Berseba. Vive em buracos de rochas e de muros velhos. Esta cobra é muito sensível à arte do encantador, mas há algumas que afrontam todas as tentativas para acalmá-las, e chamam-se "surdas" (Sl 58.4), embora ouçam bem. É verdade que as serpentes não têm grande sensação de som; somente notas agudas e penetrantes como as da flauta é que podem produzir sobre elas alguma impressão.

ÁSPIDE. Esta palavra encontra-se em diversas passagens, como Jó 20.14, 16, "veneno de áspides sorveu"; Is 11.8, "A criança de peito brincará sobre a toca da áspide". No Sl 58.4, "como a víbora surda que tapa os ouvidos", víbora é a tradução da palavra hebraica queem outros lugares se acha vertida para áspide. O réptil de que se trata é o que se conhece pelo nome de cobra vendada do Egito. Acha-se, geralmente, nos terrenos mais ermos da Palestina, ainda que seja vulgar ao sul de Berseba. Vive em buracos de rochas e de muros velhos. Esta cobra é muito sensível à arte do encantador, mas há algumas que afrontam todas as tentativas para acalmá-las, e chamam-se "surdas" (Sl 58.4), embora ouçam bem. É verdade que as serpentes não têm grande sensação de som; somente notas agudas e penetrantes como as da flauta é que podem produzir sobre elas alguma impressão.

ASSENTAR. Basear-se, Firmar-se, Fundar-se, Fundamentar-se.

ASSIR. Prisioneiro. Freqüente nome na família de Coré. 1. Filho de Coré (Êx 6.24; 1 Cr 6.22). 2. Filho de Ebiasafe, filho de Coré (1 Cr 6.37). 3. Filho de Ebiasafe, filho de Elcana, sendo, deste modo, Assir sobrinho de Samuel (1 Cr 6.23).

ASSÍRIA, ASSUR. Assur era um dos netos de Noé (Gn 10.11,22), a quem a idolatria dos últimos tempos tinha elevado à posição de um deus. Os assírios chamam muitas vezes ao seu país "a terra do deus Assur"; nos tempos primitivos a capital do império era Assu

ASSÍRIA, ASSUR. Assur era um dos netos de Noé (Gn 10.11,22), a quem a idolatria dos últimos tempos tinha elevado à posição de um deus. Os assírios chamam muitas vezes ao seu país "a terra do deus Assur"; nos tempos primitivos a capital do império era Assu

ASSOBIAR. O ato de chamar alguém por meio de assobio significava poder e autoridade (Is 5.26; 7.18). Quando Zacarias fala da volta do cativeiro, diz que o Senhor assobiará para juntar a casa de Judá, e trazer os judeus ao seu próprio pais. A palavra "assobiar", ou o som, significava geralmente insulto e desprezo (1 Rs 9.8; Jó 27.23; Jr 19.8; 49.17; 51.37; Lm 2.15; Ez 27.36; Sf 2.15).

ASSÔS. Cidade e porto de mar da província romana da Ásia, no território chamado antigamente Mísia. Ficava situada no golfo do Adramítio, à distância de onze quilômetros mais ou menos da costa fronteira de Lesbos, perto de Metimna. A estrada romana, que liga as cidades da parte central da província com Alexandria e Trôade passava por Assôs, sendo a distância entre os dois últimos lugares de 32 km. aproximadamente. Estes pontos geográficos esclarecem a rápida passagem de S. Paulo pela cidade, como se acha mencionada em At 20.13,14. Existem, ainda, muitas ruinas da antiga cidade, incluindo a cidadela, donde se divisa uma paisagem surpreendente. A Rua dos Túmulos, que vai até à Porta Grande, é outro notabilíssimo ponto. Este lugar, outrora importante, é hoje uma pequena vila, Bairam Kalessi (*veja Trôade).

ASSUERO. 1. Pai de Dario, o Medo (Dn 9.1). 2. Assuero, rei da Pérsia, acha-se mencionado em Ed 4.6. Depois da morte de Ciro, os inimigos dos judeus, desejando embargar a reedificação da cidade de Jerusalém, fizeram a Assuero acusações contra eles. Pode ser identificado com o do número seguinte. 3. O Assuero do livro de Ester deve ser o mesmo que Xerxes, filho de Dario Histaspes, mais bem conhecido pela sua derrota na batalha de Salamina, quando invadiu a Grécia, 480 anos antes de Cristo. Ele divorciou-se da rainha Vasti, em virtude de ela recusar-se a aparecer em público num banquete, e quatro anos mais tarde casou-se com a judia Ester, prima e pupila de Mordecai. (*veja Ester.)

ASTAROTE. Estrela, o planeta Vênus. A principal divindade feminina dos fenícios, como Baal era o principal dos deuses. Assim como Baal foi identificado com o Sol, assim Astarote, ou Astarte, com os seus crescentes, o era com a Lua, simbolizada pela vaca. O culto desta deusa veio dos caldeus para os cananeus. Era a deusa do poder produtivo, do amor, e da guerra. Entre os filisteus o seu culto era acompanhado de grande licenciosidade, em que os bosques representavam uma proeminente parte. As pombas eram-lhe consagradas. (*veja Bosque.)

ASTRÓLOGO. O fato de predizer o futuro pelos aspectos, influências e posições dos corpos celestes, esteve muito em voga entre o povo da antigüidade, excetuando-se, talvez, os hebreus. A palavra astrólogo é derivada das palavras gregas aster (estrela) e lo

ATALIA. Jah é grande. 1. Filha de Acabe e Jezabel, a qual casou com Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá, e introduziu nas terras do sul o culto de Baal, que já estava espalhado pelo reino de Israel. Depois da subida de Jeú ao trono de Samaria, ela matou

ATENAS. A mais afamada cidade da antiga Grécia. S. Paulo visitou-a quando vinha da Macedônia, e parece ter ficado ali por algum tempo (At 17). No tempo deste Apóstolo era Atenas uma cidade livre, isto é, isenta de pagar tributos, fazendo parte da provínci

ATIRAR. Arremessar, Lançar, Disparar, Jogar, Proferir, de súbito e com violência.

ATOS DOS APÓSTOLOS. Título e Plano. O titulo do livro nos mais antigos MSS é simplesmente Atos, ou "Atos dos Apóstolos". Esta indeterminação é própria da natureza seletiva dos fatos narrados. As primeiras palavras estabelecem a ligação entre o que se lê n

ATROTE-SOFÃ. Cidade de Gade (Nm 32.35).

AUGUSTO. Este nome ocorre três vezes no N.T. No evangelho de S. Lucas (2.1) se diz: "Naqueles dias foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se." Trata-se aqui de Otaviano, segundo sobrinho de Júlio César, o qual, depois de grandes lutas, foi proclamado imperador de Roma no ano 29 a. C. Foi o primeiro dos imperadores, que teve o nome de Augusto, nome que lhe foi conferido pelo Senado em 27 a.C., para significar que ele era digno de veneração religiosa. Nas outras duas passagens (At 25.21, 25), Augusto quer simplesmente dizer o imperador, que era naquele tempo Nero.

AVES. As aves achavam-se divididas em animais limpos e imundos na Lei de Moisés. As aves imundas, que por isso mesmo não podiam servir de alimento, eram aquelas que se alimentavam de carne, peixe e animais mortos. As que se alimentavam de insetos, de grão

AVESTRUZ. Em Jó (39.13 a 18) há uma vívida pintura da sua ostentação, e do modo como cruelmente e com estupidez trata os seus ovos e os filhos pequenos. É posto pela lei entre as aves imundas, e é considerado como criatura que habita na desolação do deserto (Lv 11.16; Dt 14.15; Jó 30.29; Is 13.21; 34.13; 43.20; Jr 50.39; Mq 1.8). Não é verdade que o avestruz oculte alguma vez a sua cabeça na areia, julgando-se então invisível. Desde tempos remotíssimos se conhecem os avestruzes, na Síria, na Arábia e na Mesopotâmia.

AVEUS. Povo primitivo da Palestina. Habitava em vilas, ou em acampamentos nômades, ao sul de Sefela, grande planície ocidental, que vai até Gaza. Nestas ricas possessões foram os aveus atacados pelos invasores filisteus, "os caftorins, que saíram de Caftor", sendo destruídos por estes, que habitaram aquelas terras em seu lugar (Dt 2.23). Fala-se da parte restante desse povo em Js 13.3, 4, como habitando ao sul dos filisteus. Tem sido identificado com os heveus.

AZARIAS. A quem o Senhor ajudou. Nome vulgar hebraico, especialmente nas famílias de Eleazar. As principais pessoas, que tiveram este nome, foram: 1. O sumo sacerdote, que foi sucessor do seu avô Zadoque (1 Rs 4.2). Ele oficiou na consagração do templo, e

AZECA. Cidade de Judá, com aldeias independentes, situadas no Sefelá, uma rica planície agrícola. Josué, na perseguição dos cananeus, depois da batalha de Bete-Horom, foi até Azeca (Js 10.10, 11). Os filisteus acamparam entre Azeca e Socó, antes da batalha, na qual Golias foi morto (1 Sm 17.1). Foi uma das cidades fortificadas pelo rei Roboão (2 Cr 11.9), e acha-se mencionada como lugar reocupado pelos judeus, depois da sua volta do cativeiro (Ne 11.30).

AZEITE. A principal fonte de azeite entre os judeus era a oliveira. Havia comércio de azeite com os negociantes do Tiro, os quais, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não o produzem de boa qualidade. Foi na quantid

AZEL. Nobre. Descendente de Saul (1 Cr 8.37,38; 9.43). Declive, rampa. O lugar até onde há de chegar a ravina do monte Olivete, quando o Senhor aí Se manifestar (Zc 14.5).

AZMAVETE. A morte é forte. l. Um dos valentes de Davi (2 Sm 23.31; 1 Cr 11.33). 2. Um descendente de Mefibosete ou Meribe-Baal (1 Cr 8.36). 3. O pai de Jeziel e de Pelete, dois dos hábeis fundibulários e frecheiros, que se juntaram a Davi em Ziclague (1 Cr 12.3). 4. Superintendente dos tesouros reais, no reinado de Davi (1 Cr 27.25). 5. Uma aldeia dos confins de Judá e Bergamim; atualmente Hismeh. Quarenta e dois dos filhos de Azmavete voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2.24). Em outro trecho o nome é Bete-Azmavete.

AZUL. O vestuário real era, comumente, de uma cor azul, ou purpúrea (Êx 25.4), visto que não há na língua hebraica termo algum para designar o verdadeiro azul. A cor azul era, como a púrpura, derivada de uma espécie de marisco, sendo a cor obtida do próprio animal, e não da concha. (*veja Cores.) A palavra traduzida pelo termo azul é, também, usada para indicar uma certa espécie de tapeçarias (Et 1.6).

BAAL (BAALIM). Senhor, Principal. Este nome, na sua origem, significava senhor, ou possuidor, mas posteriormente empregava-se para mostrar a relação do homem para com sua mulher, ou da divindade para com o seu adorador. Nunca foi estritamente um nome próp

BAAL-ZEBUBE ou BELZEBU. Senhor da mosca. Deus filisteu de Ecrom. Acazias consultou-o (2 Rs. 1.2). Supõe-se que o nome é uma desdenhosa modificação judaica de Baal-Zebul "Senhor da casa alta" (Mt 10.25) e também "Senhor da mosca da esterqueira". Não deixa de ser natural tal designação, visto como são numerosas as moscas nos climas quentes, sendo certo, também, que os egípcios fizeram do escaravelho um deus.

BAANÁ. Filho da dor. l. Oficial do comissariado de Salomão em Jezreel, ao norte do vale do Jordão. Filho de Ailude (1 Rs 4.12). 2. Oficial do comissariado de Salomão em Aser (1 Rs 4.16). 3. Pai de Helebe, um dos trinta valentes de Davi (2 Sm 23.29; 1 Cr 11.30). 4. Capitão do exército de Is-Bosete (2 Sm 4.2 a 9). Assassinou com seu irmão a Is-Bosete e foi castigado com a morte por Davi. Os corpos dos assassinos foram pendurados sobre o tanque de Hebrom. 5. O pai de Zadoque que voltou com Zorobabel, e auxiliou a reparação da muralha de Jerusalém (Ne 3.4). Talvez também em Esdras 2.2. 6. Um chefe que selou o pacto (Ne 10.27).

BAASA. Homem de origem muito humilde "levantado do pó" (1 Rs 16.2). Filho de Aías, e usurpador do trono de Israel. Para garantir sua posição real determinou que Nadabe e todos os da família de Jeroboão fossem mortos em Gibetom, e assim se cumpriu a profecia (1 Rs 14.10). Desprezando o aviso de Deus (1 Rs 16.1 a 5), o seu governo foi cheio de perturbações, pois esteve continuamente em guerra com Judá. No seu reinado, Ben-Hadade, rei da Síria, tomou diversas cidades ao norte de Israel, obrigando-o, desta maneira, a desistir de fortificar Ramá contra Judá (1 Rs 15.20 a 22; 2 Cr 16.4,5). Todavia, depois de um reinado de vinte e quatro anos, foi ele um dos poucos reis a morrer de morte natural. Foi sepultado em Tirza (1 Rs 15.21), e a sua dinastia foi extirpada por Zinri (1 Rs 16.9 a 13).

BABEL. Em assírio é Bab-ilu, porta de Deus; o verbo hebraico balal significa confundir (Gn 10.10). Cidade na planície de Sinear, fundada por Ninrode. Depois do dilúvio, os sobreviventes viveram juntos até que alcançaram Sinear. Aqui fizeram tijolos e edificaram uma cidade, que eles esperavam havia de ser o centro do império do mundo (Gn 11). Talvez, como lembrança do dilúvio, eles pensassem em prevenir-se contra outra calamidade semelhante, edificando uma torre altíssima, identificada com Birs, agora Birs Nimrude. Mas os seus planos foram frustrados por Deus (Gn 11.5,8), que confundiu a sua linguagem e os obrigou a dispersarem-se sobre a terra. (*veja Babilônia.)

BABILÔNIA (CIDADE DE). A moderna Hil-lah (Babel). A forma grega do hebraico Babel. Babilônia foi a capital do reino caldaico da Babilônia. Embora não fosse a cidade mais antiga do império, tornou-se no decorrer do tempo a mais importante pela sua grandeza

BABILÔNIA (IMPÉRIO DA). A importância, para o estudante da Bíblia, do que foi o império da Babilônia, vê-se no fato de haver nas Sagradas Escrituras cerca de trezentas referências ao pais e ao seu povo. No Antigo Testamento a palavra hebraica Babel pode s

BACIA. l. Vaso de cerâmica ou de metal, que servia nos ritos judaicos. A palavra hebraica também se acha traduzida por taça e fiala. Poucos objetos de barro ou de metal se vêem hoje, que pertenceram aos antigos judeus. As taças e bacias de uso comum, entr

BALAÃO. Significação desconhecida, talvez devorador. Um adivinho ou profeta, a quem Balaque, rei de Moabe, ordenou que amaldiçoasse os israelitas. Era filho de Beor, e residia em Petor, na Mesopotâmia (Nm 22.5). Em lugar de amaldiçoar os inimigos de Balaq

BALANÇA. Instrumento de pesar; julgar. Freqüentemente vê-se empregada esta palavra na Sagrada Escritura no sentido de uma atitude mental ou valor moral. Foi assim no caso de Belsazar (Dn 5.27). Em Is 40.15 emprega-se a expressão "pó na balança" no sentido

BALEIA. A palavra hebraica que quatro vezes se traduz por "baleia" em certas versões (Gn 1.21; Jó l.12; Ez 32.2; Mt 12.40), é também traduzida por grande animal marinho, monstro marinho, crocodilo, grande peixe. Encontram-se baleias nas costas de Espanha, e diz-se que entram de tempos em tempos no mar Mediterrâneo. Duas espécies de hiperodontidas, ou baleias pontiagudas, se acham também no Mediterrâneo. A respeito de cetáceos menores, como o golfinho, a foca, e outros, habitam eles também nesse mesmo mar. Qualquer destes animais podia ser posto na classe de monstros marinhos que dão de mamar aos seus filhos, visto como todos eles são mamíferos aquáticos, que dão à luz seres vivos, e os amamentam. A baleia-esperma, que errando pelos mares talvez se possa ver no Mediterrâneo, e também o tubarão, podem engolir um homem. (*veja Jonas.)

BÁLSAMO. (Gn 37.25). Uma resina extraída de uma árvore balsamífera. A planta que produz o verdadeiro bálsamo é oriunda da costa oriental da África, mas essa substância balsâmica era preparada e exportada de certos lugares ao oriente e sul da Palestina, se

BALUARTE. Fortaleza, Lugar seguro.

BANDEIRA. (Is 49.22). As palavras bandeira, estandarte, insígnia são termos sinônimos, usados todos eles nas Sagradas Escrituras. Os filhos de Israel, nas suas peregrinações pelo deserto, levavam à frente bandeiras que indicavam o lugar de cada divisão. Nestas bandeiras estavam bordados determinados planos, como necessária precaução a tão grande multidão de gente. Numa subdivisão já não se empregava a bandeira, mas somente uma simples lança, a que estava preso no alto algum emblema. Os estandartes egípcios e romanos eram apenas modificações da lança arvorada, levando em cima um sólido emblema de metal, geralmente de ouro. (*veja Insígnia, Estandarte.)

BANHO. O banho era o ato de limpeza, que devia ser praticado por aqueles que se suspeitava terem adquirido a doença da lepra, ou estarem imundos por outros motivos (Lv 15.16 a 28; Nm 19.7; 2 Rs 5.10). Era, também, necessário no período do luto, pois este implicava profanação (2 Sm 12.20). O sumo sacerdote tinha de efetuar freqüentemente banhos cerimoniais, na sua consagração, no dia da expiação, e antes de qualquer ato solene de propiciação (Êx 40.12; Lv 16.4). Havia lugares de banho no templo e nas casas de gente rica. Era costume ungir e perfumar o corpo depois do banho (Et 2.12). Os tanques (*veja Siloé) eram sítios para banhos públicos (Ne 3.15,16; Is 22.11; Jo 9.7) com defesas em volta deles. Os banhos quentes de Emaús, e os que estavam na parte extrema, ao nordeste do mar Morto, eram muito procurados, tornando-se centros de moda e de vaidades no tempo dos gregos e romanos.

BANQUETE. O banquete, como ato distinto da simples refeição de cada dia, figurava largamente na vida religiosa e social dos hebreus. Dos dias de festa religiosa, em que havia banquetes, se tratará quando se descreverem as diversas Festividades. Havia banq

BARBA. Entre os judeus, e de modo geral no Oriente, sempre foi atribuída grande importância à barba, como sinal de excelsa civilidade; e para o homem não havia maior ofensa do que tratá-la alguém com indignidade. Tocar-lhe alguém com a mão, mostrando desp

BARCOS. (Ed 2.53). Uma família de levitas, que voltou do exílio com Neemias (Ne 7.55). O nome significa filho ou adorador do deus Cos, e pertence a uma grande classe de nomes próprios teóforos.

BARJESUS. Filho de Jesus (At 13.6 a 12). Feiticeiro e falso profeta, que fazia parte da comitiva de Sérgio Paulo; era este um romano e oficial superior em Pafos, na ilha de Chipre. Quando Paulo e Barnabé estavam na ilha, desejou Sérgio Paulo receber deles instrução religiosa. Mas Barjesus, receando que a sua própria reputação e posição, bem como os seus proventos, estivessem em perigo por causa das doutrinas que aqueles apóstolos ensinavam, fez-lhes forte oposição. Como resultado desta atitude, Deus o feriu de cegueira por meio de Paulo. Barjesus era judeu, mas o segundo nome (8), pelo qual é conhecido, o de Elimas, tem origem árabe, derivado de uma palavra que significa mago ou apto, sendo no N.T. a sua tradução "encantador ou mágico".

BARNABÉ. Filho da consolação. Talvez, na sua origem, filho de Nebo; conhecido primeiramente pelo nome de José (At 4. 36). Barnabé, levita, natural da ilha de Chipre, era um dos mais antigos crentes em Jesus Salvador, e parece ter tido especial zelo em exo

BARRABÁS. Filho do pai, ou do Rabi. Aquele a quem Pilatos libertou, em conformidade a um antigo costume na Páscoa, deixando Jesus preso. Difere nos quatro Evangelhos a descrição do crime pelo qual aquele homem tinha sido lançado na prisão. Em Mt 27.16 ele é apenas "um preso muito conhecido"; Marcos diz (15.7) que Barrabás tinha sido "preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido um homicídio"; Lucas confirma a exposição de Marcos, mas afirma também que a insurreição tinha sido na própria cidade de Jerusalém; e Zoão (18.40) não diz mais do que isto: "Barrabás era salteador".

BARRO. Era de várias espécies o barro, usado para edificação (*veja Tijolo), e para obra de olaria (Is 29.16; 45.9, etc"Rm 9.21). Também se usava o barro para selar (Jó 38.14); o túmulo de Jesus Cristo parece ter sido assim selado (Mt 27.66). A prática de selar portas por meio do barro, com o fim de facilitar a descoberta de qualquer ato ilícito, é ainda hoje comum no Oriente. O barro era uma substância relativamente rara, especialmente na Palestina, e tinha mais ou menos valor segundo a sua qualidade. A sua preparação acarretava grande trabalho, sendo amassado e pisado debaixo de água, para o tornar perfeitamente macio e livre de impurezas (Is 41.25). O barro era, então, no seu estado macio, absolutamente obediente à mão do oleiro que lhe dava a forma que entendia. Acontecia, também, ser desfeito um objeto para lhe darem outro feitio (Is 64.8; Jr 18.4).

BARSABÁS. 1. Filho de Sabá ou filho do sábado, como tendo nascido naquele dia (At 1.23). Ele foi mencionado para suceder a Judas no apostolado, mas, sendo rejeitado, é escolhido Matias. A organização não parecia estar completa enquanto o número dos doze (cp. com as doze tribos) não fosse completado. O seu nome por extenso era José Barsabás Justo, e tem-se pensado desde o quinto século que ele era um dos setenta (Lc 10.1). 2. De outro Barsabás se faz menção em At 15.22. Também era chamado Judas, e era membro proeminente da igreja de Jerusalém.

BARTIMEU. Filho de Timeu. Um mendigo, cego, de Jericó, a quem Jesus Cristo deu vista (Mc 10.46), Mateus e Lucas descrevem o mesmo incidente (Mt 20.30; Lc 18.35), mas Lucas conta que o milagre foi feito quando Jesus entrava na cidade e não quando saia. É singular ser Bartimeu o único cego curado, cujo nome se menciona nos Evangelhos. A sua fé era tão forte que, apesar de lhe ordenarem algumas vezes que se calasse, para não incomodar o Mestre, ele continuou clamando mais ainda, para chamar a atenção do Salvador. Desde que recuperou a vista, seguiu a Jesus Cristo, sendo um dos Seus humildes discípulos.

BARTOLOMEU. Filho de Tolmai. Um dos doze apóstolos (Mt 10.3). O seu verdadeiro nome não é conhecido, mas era chamado Bartolomeu, o filho de Tolmai. Tem sido identificado com Natanael, visto como Bartolomeu não está na lista dos discípulos, segundo o Evangelho de S. João, mas está Natanael, sobre o qual os outros guardam silêncio. Era natural de Caná de Galiléia, homem de bom caráter, recebendo, por isso, o elogio de Jesus Cristo. Diz-se que a Armênia foi o seu campo de trabalho, e que foi até à Índia, pregando e ensinando. Segundo uma lenda ele sofreu o martírio, sendo esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo.

BARUQUE. Abençoado. 1. Filho de Nerias, irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36.4 e seguintes). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51.59), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, escreveu Baruque as p

BARZILAI. l. Indivíduo gileadita. Homem abastado que protegeu Davi quando este fugia do seu rebelde filho Absalão (2 Sm 17.27). Mais tarde, quando a revolta foi dominada, desejou Davi que Barzilai viesse estabelecer a sua residência na corte, mas o ancião desculpou-se por sua avançada idade, mandando em seu lugar seu filho Quimã para Jerusalém (2 Sm 19.32 a 39). A gratidão de Davi para com este seu fiel súdito nunca se desvaneceu, e nas suas últimas recomendações a Salomão, ele pediu que continuasse a ser amigo da família de Barzilai (1 Rs 2.7). Cp. com Ed 2.61; e Ne 7.63. 2. Pai de Adriel, o marido de Merabe (2 Sm 21.8).

BASÃ. País fértil. A primeira menção que se faz de Basã é em Nm 21.33, onde se narra que os israelitas derrotaram Ogue rei de Basã, em Edrei, cidade da fronteira, aonde ele tinha vindo para resistir ao exército invasor de Israel. É um extenso país e de gr

BATE-RABIM. Filha de muitas multidões (Ct 7.4). Porta da antiga cidade de Hesbom, perto da qual estavam duas piscinas, que são comparadas pela noiva aos olhos do seu amado.

BATE-SEBA, BATE-SUA. (1 Cr 3.5). Filha do juramento. A formosa esposa de Urias, a qual foi depois mulher de Davi e mãe de Salomão (2 Sm 11.3 e 12.24; 1 Rs 1). O pecado de Davi com Bate-Seba tornou-se mais negro ainda quando ele buscou a morte de seu marid

BATE-SEBA, BATE-SUA. (1 Cr 3.5). Filha do juramento. A formosa esposa de Urias, a qual foi depois mulher de Davi e mãe de Salomão (2 Sm 11.3 e 12.24; 1 Rs 1). O pecado de Davi com Bate-Seba tornou-se mais negro ainda quando ele buscou a morte de seu marid

BATISMO DO ESPÍRITO SANTO E COM FOGO. (Mt 3.11). Como no grego não vem preposição alguma antes da palavra fogo, isso mostra que João se refere a dois aspectos de um só batismo. Tem de ser espiritual, em contraste com o material e externo; e deve ser purificante. Tem-se levantado a questão sobre se esse "fogo" se refere à purificação dos piedosos que verdadeiramente acpurificadorismo do Es-pírito, ou à destruição dos perversos, como nos vers. 10 e 12. Mas a obra da presença de Deus é sempre dupla, visto como a alma ou submete-se espontaneamente, ou faz o contrário (Is 31.9; 33.14,15).

BATISMO, BATIZAR. Mergulhar. João não introduziu costume algum novo quando batizava os seus discípulos no rio Jordão, pois que, entre os judeus, a imersão de todo o corpo, em água corrente, sendo possível, era um meio de limpar toda a cerimonial impureza

BATISMO, BATIZAR. Mergulhar. João não introduziu costume algum novo quando batizava os seus discípulos no rio Jordão, pois que, entre os judeus, a imersão de todo o corpo, em água corrente, sendo possível, era um meio de limpar toda a cerimonial impureza

BAURIM. Vila de jovens. Fica entre o rio Jordão e Jerusalém. O nome importa unicamente por causa dos fatos interessantes em relação com o lugar. Foi aqui que Mical voltou para Davi (2 Sm 3.16). Aqui, também, foi Davi amaldiçoado por Rimei, quando fugia de Jerusalém (2 Sm 16.5 a 14). E foi em Baurim que Jônatas e Aimaás se esconderam, descendo a um poço, para escaparem à vingança de Absalão (2 Sm 17.18). Foi igualmente a terra natal de um dos homens fortes de Davi (2 Sm 23.31). Sítio desconhecido.

BAVAI. Desejando. Filho de Henadade, chefe do tempo de Neemias, que ajudou a reedificar os muros de Jerusalém (Ne 3.18).

BAZLITE. Despojando. Família de servidores do templo, que voltou do exílio com Zorobabel (Ed 2.52; Ne 7.54).

BDÉLIO. (Gn 2.12). Goma aromática, comum no Oriente, e é produção da terra de Havilá. Supõem escritores autorizados que a palavra significa pérola, ou qualquer outra pedra preciosa. Diz-se em Nm 11.7 que o maná tem a aparência do bdélio. Ora, sendo em Êx 16.14 assemelhado o maná à geada branca, deve o bdélio ter tido o mesmo brilho que tem a pérola e algumas espécies de goma, na ocasião em que esta transuda da árvore.

BEBER. Engolir ou ingerir líquido.

BEBIDA; BEBIDA FORTE. A bebida forte, a que se faz referência em Is 5.22, era feita de cevada, tendo misturadas diversas especiarias. Outras bebidas havia, além do vinho, feitas de mel, de trigo, e de tâmaras. Algumas passagens (Sl 107.27; Is 24.20 e 49.26 e 51.17 a 22) referem-se aos efeitos do uso da bebida forte. Era proibida aos sacerdotes, quando estavam em serviço (Lv 10.9, e também aos nazireus (Nm 6.3).(*veja Embriaguez.)

BECA. Fração. Meio ciclo, quantia equivalente pouco mais ou menos a 6 gramas. Era a contribuição de todo o israelita depois dos vinte anos de idade (Êx 30.12 a 16; e 38.26). veja também Mt 17.24 a 27.

BEELIADA. Baal, sabe (1 Cr 14.7). Um filho de Davi. A forma original deste nome tornou-se odiosa para os israelitas por causa da sua relação com o culto de Baal, achando-se, por isso, a palavra mudada em Eliada "Deus sabe" (2 Sm 5.16; 1 Cr 3.8).

BEELZEBUBE. *veja Baal-Zebube.

BEER. Um poço (Nm 21.16). l. Estação dos israelitas além de Arnom; assim chamada por causa do "poço" cavado pelos príncipes do povo. Podemos identificar Beer com o "Beer-Elim", "Poço de heróis" de Is 15.8, podendo os heróis ser uma referência aos príncipes e nobres que o cavaram, ou melhor, o mandaram cavar. Cavar o poço era, certamente, uma expressão simbólica. Quando se encontrava um poço e se preparava para uso do povo, ia o chefe da tribo proceder à formalidade de cavá-lo, havendo durante o ato canções, por meio das quais o poeta da tribo celebrava as virtudes da água (Nm 21.17,18). O sítio foi há pouco identificado com um lugar que existe perto das ruínas de El-Modeyne. 2. Lugar para onde fugiu Jotko, filhõ de Gideão, por medo do seu irmão Abimeleque. Acha-se a treze quilômetros ao ocidente de Hebrom (Jz 9.21).

BEER-LAAI-ROI. O poço daquele que vive e me vê. O nome da fonte, onde apareceu um anjo do Senhor a Hagar, quando esta fugia da cólera de Sara, mulher de Abraão (Gn 16.14). Que esse poço ficava no deserto de Berseba, para o ocidente do mar Morto, mostra-se em Gn 21.14 a 21. Esta parte da Arábia do norte parece ter sido a terra de onde Hagar era natural, e não o Egito. Era, pois, de esperar que ela voltasse para o seu próprio povo, quando foi despedida por Abraão. Isaque também habitou ali (Gn 24.62; 25.11). (*veja Hagar, Ismael e Muraim.)

BEEROTE. Poços (Dt 10.6). l. Uma das quatro cidades dos heveus, que se puseram em segurança por meio de um tratado de paz com Josué (Js 9.17); foi dada a Benjamim (Js 18.25). Era a terra natal dos assassinos de Is-Bosete (2 Sm 4.2), e também de um dos heróis de Davi (2 Sm 23.37; 1Cr 11.39). veja, igualmente, Ed 2.25 e Ne 7.29. Beerote, ou antes El Bireh, cerca de 13 km. ao norte de Jerusalém, é ainda o primeiro lugar de paragem para caravanas, embora seja apenas uma insignificante aldeia com menos de 1000 habitantes. Segundo a tradição, foi ali que Maria e José deram pela falta de Jesus (Lc 2.43). 2. Houve, também, uma estação dos israelitas, que se chamava Beerote-Bene-Zaacã (Dt 10.6; Nm 33.31).

BEIJO. Costume de saudação entre os hebreus. No A.T. nota-se o seu uso entre pais e filhos (Gn 27.26); entre parentes (Êx 4.27); entre pessoas não aparentadas (2 Sm 20.9). Usava-se no encontro de pessoas, e quando se separavam (Gn 29.11; Rt 1.14). Podia ser uma prova de homenagem (Sl 2.12), e era assim usado no culto idolátrico (1 Rs 19.18; Os 13.2). No N.T. o beijar os pés a alguém apresenta-se como ato de humilde reverência (Lc 7.45). Os crentes saudavam-se uns aos outros, beijando-se (At 20.37; Rm 16.16; 1 Ts 5.26; 1 Pe 5.14).

BELÉM. Casa do pão, ou lugar de comida. l. Belém, que primitivamente se chamou Efrata, era uma das mais antigas cidades da Palestina (Gn 35.19). O seu nome atual é Beit-Lahm. Situada à distância de 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, a cidade está em magn

BELIAL. Maligno, Indignidade. Uma palavra muitas vezes empregada nas Sagradas Escrituras. No seu uso comum significa o que é vil, indigno e inútil, quer se trate de coisas (Sl 41.8), ou de uma pessoa ou classe de pessoas, como "homens malignos" (Dt 13.13), "filho de Belial" (1 Sm 25.17), "todos os maus e filhos de Belial" (1 Sm 30.22). Mas nunca no Antigo Testamento se emprega de uma maneira restrita como nome próprio.

BEN. Filho. Palavra que se antepõe com freqüência a nomes, como Ben-Hadade, que quer dizer filho de Hadade, como Benjamim, etc.

BENAIA. Jah edificou. l. Um dos oficiais de Davi (2 Sm 23.22,23), filho de Joiada, tinha este nome. Era homem dotado de alma heróica, e distinguiu-se em diversas ocasiões. Foi partidário de Salomão contra as pretensões de Adonias (1 Rs 1.8 e seguintes), e

BÊNÇÃO. l. A consciência judaica do poder e amor de Deus achou natural expressão em palavras de louvor, reconhecendo a Sua bondade e misericórdia. "Bendito o Senhor Deus de Israel" (1 Sm 25.32, etc.) é uma frase do Antigo Testamento freqüentes vezes em re

BENDITO. Aquele a quem se abençoou, Abençoado, Bom, Feliz.

BENFEITOR. Esta palavra somente se encontra no vers. 25 do cap. 22 de S. Lucas: "Os que exercem autoridade são chamados benfeitores". A referência é ao título, tomado por certos reis. Ptolomeu, rei do Egito, é assim intitulado: "Evergetas" ou Benfeitor.

BEN-HADADE. Filho de Hadade. Título religioso dos reis de Damasco, sendo Hadade, ou Adade, o deus da tempestade, na Síria. Era costume juntar este nome aos nomes de indivíduos. 1. Filho de Rezom que, como senhor de Damasco, foi pouco a pouco adquirindo in

BENJAMIM. Filho da mão direita. 1. Nome que lhe foi dado por seu pai Jacó. A sua mãe moribunda tinha dado à recém-nascida criança o nome de Benoni, filho da minha aflição (Gn 35.18). Benjamim era dos doze filhos do patriarca Jacó o mais novo, e teve com o

BENJAMlM, TRIBO DE. Ainda que pequena, esta tribo foi, de uma maneira especial, enérgica e belicosa. Ainda caminhavam no deserto, e já os seus guerreiros eram mais de 35.000 (Nm 1.37); mas foi aumentado o número de modo que, quando os israelitas entraram

BEQUER. Camelo novo. 1. O segundo filho de Benjamim. Foi um dos quatorze descendentes de Raquel, que se estabeleceram no Egito (Gn 46.21; 1 Cr 7.6,8). A esta família pertencia aquele Seba (2 Sm 20), que se revoltou contra Davi depois da morte de Absalão. (*veja Seba.) Bequer foi um dos antepassados de Saul e Abner, seguindo-se as gerações nesta ordem: Bequer, Abias, Becorate, Zeror, Jeiel, Ner, Quis, Saul (1 Cr 7.8; 1 Sm 9.1; 1 Cr 9.36). Abner era irmão mais novo de Quis, e por isso tio de Saul. 2. Filho de Efraim (Nm 26.35).

BERACA. Bênção. 1. Guerreiro benjamita, afeiçoado a Davi (1 Cr 12.3). Juntou-se às tropas deste rei em Ziclague. 2. Vale perto de Tecoa, ao sul de Judá, identificado com o moderno Beireicute. Está na altura da estrada principal de Belém a Hebrom. Este Vale de Bênção foi o lugar de grande regozijo e de uma festa de ação de graças do rei Josafá e seu povo, depois da derrota dos amonitas e moabitas pela imediata intervenção de Deus (2 Cr 20.26).

BERÉIA. Cidade que hoje tem o nome de Verria ou Kara Verria, e está situada na rampa oriental da serra do Olimpo, na base do monte Bermios, na Baixa Macedônia. O fato de estar no caminho da viagem de S. Paulo, explica ter sido escolhida esta povoação para

BERENICE. Esta mulher, que estava presente quando Paulo fez o seu discurso diante de Festo (At 25 e 26), era filha de Herodes Agripa I, e irmã de Herodes Agripa II. Era dotada de um caráter licencioso, e julgada, mesmo naqueles tempos de costumes depravados, como mulher sem princípios de moralidade. Ela, casualmente, foi amante do imperador Tito. O ter ela aparecido na presença de Paulo foi um caso interessante, porque o Apóstolo já tinha pregado a respeito do pecado e do juízo vindouro diante da sua adúltera irmã Drusila (At 24.24). Berenice era mulher de grande importância política, e mais tarde, durante alguns anos, lutou para tornar a colocar os Herodes no trono da Judéia. Os seus planos, porém, falharam completamente.

BEREQUIAS. O Senhor abençoa. 1. Filho de Zorobabel, e descendente de Joaquim, rei de Judá (1 Cr 3.20). 2. Pai de Asafe, o principal dos cantores (1 Cr 15.17). 3. Levita que viveu perto de Jerusalém (1 Cr 9.16 e 15.23). Era filho de Asa. 4. Um efraimita (2 Cr 28.12). Foi um dos principais da sua tribo, no tempo de Acaz. 5. O pai de Mesulão, estando na lista dos que reedificaram os muros de Jerusalém (Ne 3.4,30 e 6.18). 6. O pai do profeta Zacarias (Zc 1.1,7).

BERIAS. 1. Este triste nome, que lembrava grande infelicidade, foi dado ao filho de Efraim por causa de uma tragédia doméstica (1 Cr 7.21 a 23). Os filhos de Efraim tinham ido buscar o seu gado, e nessa ocasião foram assassinados pelos homens de Gate; e, quando nasceu outro filho a Efraim, foi-lhe posto o nome de Berias, "porque as coisas iam mal na sua casa". 2. Filho de Aser, do qual descendeu a família dos beritas (Gn 46.17; Nm 26.44,45; 1 Cr 7.30,31). 3. Filho de Elpaal, e bergamita por adoção, por causa dos serviços prestados ao povo de Benjamim, quando os habitantes de Gate foram expulsos. Ele e seu irmão Sema foram nos tempos primitivos chefes dos moradores de Ajalom (1 Cr 8.13). 4. Filho de Simei, levita e gersonita, que vivia no tempo de Davi (1 Cr 23.10,11).

BERILO. Em Êx 28.20 e 39.13 é a turqueza. Esta jóia era a décima pedra, ou a primeira da quarta ordem, engastada no peitoral do sumo sacerdote. Não se sabe bem que espécie de pedra era essa. Era, também, a oitava das pedras preciosas que formavam os fundamentos da Jerusalém Celestial (Ap 21.20), onde, provavelmente, significa o moderno berilo, que é muito semelhante à esmeralda. Plínio descreve-a como sendo de cor verde-mar.

BERSEBA. Poço do Juramento, mas segundo outros, Poço dos sete (Gn 21.22 a 33; 26.26 a 33). Tendo sido outrora um sítio de certa importância, é hoje, sob o nome moderno de Bir-es-Seba, apenas um lugar de ruínas, com dois imensos poços, cercados de bebedour

BETÁ. Confidência. Era uma cidade pertencente a Hadadezer, da qual levou Davi um grande despojo de bronze (2 Sm 8.8). Em 1 Cr 18.8 vem a mesma povoação com o nome de Tibate.

BETÂNIA. A casa das tâmaras. É muito interessante o caso de esta povoação, tão relacionada com a vida do nosso Salvador, ter atualmente o nome de el-Azeriete, a "vila de Lázaro". Está situada na encosta, a sudeste do monte das Oliveiras, 670 metros acima do nível do mar, distante 1600 metros do cume, e 3 km de Jerusalém, perto da estrada de Jericó (Jo 11.18; Mc 10.46). Foi a povoação onde Jesus recebeu hospitalidade da família de Lázaro, e onde se deu a ressurreição deste seu amigo (Jo 11.1 a 46 e 12.1); foi a residência de Simão, o leproso (Mt 26.6); e dali partiu Jesus para Jerusalém, no dia em que foi recebido nesta cidade de uma maneira triunfal (Mc 11.1). Igualmente em Betânia Jesus descansou de noite, na semana anterior à Sua crucificação, e ai se realizou a Sua ascensão (Mt 21.17 e Lc 24.50).

BETE-ANATE. Templo da deusa Anate. Fortaleza, ou "cidade murada" de Naftali, na qual permaneceram os primitivos habitantes, depois de ter sido conquistado o resto do país pelos israelitas (Js 19.38), ficando sujeitos aos seus conquistadores com o fim somente de trabalharem nas obras públicas (Jz 1.33). É hoje Aenitha, na alta Galiléia.

BETE-ARÃ. Casa da montanha. Cidade de Gade ao oriente do Jordão (Js 13.27). Bete-Harã em Nm 32.36. Sendo primitivamente uma cidade dos amorreus, foi depois fortificada por Gade. O seu nome moderno é Tell-er-Rameh. Esta povoação está 200 metros acima do nível do mar, quase defronte de Jericó, entre Hesbom e o Jordão. Perto deste lugar havia umas fontes de água quente, que se dizia serem eficazes contra a lepra, sendo por isso um lugar de banhos muito freqüentado. Herodes, o Grande, tinha ali um palácio, e Herodes Antipas cercou-o de muros.

BETE-ÁVEN. Casa de iniquidade, ou de idolatria. 1. Lugar ao oriente de Betel (Js 7.2), situado entre Betel e Micmás (1 Sm 13.5). O seu sítio não foi ainda identificado, mas é certo ter sido na extremidade do deserto (Js 18.12). 2. Um sinônimo injurioso de Betel (Os 4.15, 5.8; 10.5).

BETE-BAAL-MEOM. Casa de Baal-Meom. Cidade moabita dada a Rúben. Ficava ao norte de Arnom, um pouco ao sul do monte Nebo, a leste do Jordão (Js 13.17). Foi primeiramente chamada Baal-Meom (Nm 32.38), a que juntaram os israelitas o prefixo Bete. Também tinha o nome de Bete-Meom (Jr 48.23) e de Beom, uma condensada forma da palavra (Nm 32.3). É um dos lugares, mencionados na "Pedra Moabita", e nesta se diz ter o rei Mesa edificado, ou reedificado, aquela cidade. O seu sítio é notado por algumas ruínas, que têm o nome de "Fortaleza de Miun".

BETE-BARA. Casa do vau. Um lugar de Gade, ao oriente do Jordão (Jz 7.24). Aqui alcançou Gideão uma grande vitória, indo contra os midianitas; e foi este sítio o termo da incursão dos homens de Efraim. As águas a que o texto se refere eram os Hachos que corriam dos montes de Efraim, e iam desaguar no rio Jordão.

BETE-BIRI. Casa da minha criação. Cidade de Simeão (1 Cr 4.31), aquele mesmo lugar que se chama Bete-Lebaote em Js 19.6. Ficava situada na parte mais meridional da Terra Santa, nas proximidades de Berseba.

BETE-CAR. A pastagem das ovelhas ou a casa de um cordeiro. Foi este o lugar onde os israelitas cessaram de perseguir os filisteus, tendo sido a perseguição desde Mispa (1 Sm 7.11). Pelo texto se infere que a cidade, ou fortaleza, estava edificada no alto de um monte. Aqui, também, Samuel colocou uma pedra (vers. 12), e lhe chamou Ebenézer, em memória do auxilio que o Senhor tinha dado aos homens de Israel, e também como sinal do fim da perseguição.

BETE-DAGOM. Casa de Dagom. 1. Cidade de Judá, cujo nome mostra que o culto prestado ao deus Dagom pelos filisteus tinha-se propagado além dos limites da Filístia. A sua posição era nos sítios baixos de Judá, mas a verdadeira localidade ainda não foi identificada, sabendo-se apenas que ficava perto de Gede-rote (Js 15.41). 2. Cidade nos limites de Aser, e perto da costa. Foi uma possessão dos filisteus (Js 19.27), e agora é conhecida pelo nome de Tell d'Auk.

BETE-HAQUEREM. Casa da vinha. Uma estação com farol entre Tecoa e Jerusalém, sob o domínio de Recabe (Ne 3.14; Jr 6.1). Este tem sido identificado com Ain-Karim, que fica um pouco ao sudoeste de Jerusalém. Como praça militar estava bem situada, porque achando-se superior às terras circundantes, a sua luz no alto se tornaria visível a toda a região em volta. Veja Jr 6.1: "tocai a trombeta de Tecoa, e levantai o facho sobre Bete-Haquerém." Era, também, lugar de abundância, que merecia ser protegido. As pedras sobre as quais deviam, talvez, ter sido postos os luzeiros, tendo uma delas 12 metros de altura e 40 metros de diâmetro, ainda se podem ver no topo da montanha.

BETEL. Casa de Deus. l. A importância de Betel na história bíblica não se pode bem avaliar pelo número de vezes (65), que aparece na Bíblia. Fica no centro da terra de Canaã, 19 km ao norte de Jerusalém, perto de Luz. Foi Jacó quem lhe deu o nome (Gn 28.1

BETESDA. Casa de misericórdia. Nome de um tanque ou reservatório de Jerusalém, perto do mercado das ovelhas (Jo 5.2 a 7). O fornecimento de água era intermitente, explicando-se assim o movimento da água (vers. 3), e a resposta do enfermo a Jesus, usando da palavra "agitada" ou "movida" (vers 7). A menção que se faz de cinco alpendres pode indicar que se trata de dois tanques, porque os alpendres constavam de galerias que eram levantadas sobre os quatro lados, com uma separação que dividia o tanque em duas partes. Estas galerias deviam dar ampla acomodação a grande número de inválidos que ali se reuniam para receber benefícios do movimento das águas. Foi novamente descoberto este lugar em 1888, perto da Igreja de Sant'Ana, e consta de dois tanques, tendo cada um deles 18 metros de comprimento por 3,5 metros de largura, colocados juntos em todo o seu comprimento.

BETE-SEÃ. Casa de sossego. Cidade distante seis quilômetros ao ocidente do rio Jordão, ficando 29 quilômetros ao sul do mar de Tiberíades. Foi, por muito tempo, conhecida como Citópolis, talvez por ter sido conquistada pelos citas cerca do ano 600 a. C. E

BETE-SEMES. Casa do Sol. 1. Cidade da fronteira, em terreno acidentado ao nordeste das montanhas de Judá, embora tivesse sido possessão da tribo de Dã (Js 15.10). Hoje é conhecida pelo nome de Ain-Semes, perto da região baixa da Filístia. Que ela estava s

BETE-ZUR. Casa de rocha. Cidade nas montanhas de Judá (Js 15.58), dominando a estrada principal de Berseba e Hebrom para Jerusalém. Foi fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.7); e os seus habitantes auxiliaram Neemias na reedificação dos muros de Jerusalém depois do cativeiro (Ne 3.16). Tendo sido primitivamente o lugar mais forte de toda a Judéia, é hoje representada por uma simples aldeia, no meio de antigas ruínas, à distancia de sete quilômetros de Hebrom.

BETFAGÉ. Casa de figos verdes. (A palavra traduzida por "começou a dar seus figos" em Ct 2.13 é "phagim"). Este lugar está perto de Betânia, no monte das Oliveiras, na estrada entre Jericó e Jerusalém (Mt 21.1; Mc 11.1; Lc 19.29). As posições relativas de Betfagé e Betânia, e destas para com Jerusalém, têm sido diversa mente compreendidas. Quando Jesus vinha de Jericó parece ter entrado em Betfagé antes de chegar a Betânia, e por isso o mesmo lugar de Betfagé ficaria provavelmente um pouco abaixo daquela cidade para o lado do oriente.

BETSAIDA. Casa da pesca. Parece ter havido dois lugares com este nome: um deles foi a terra natal de André, Pedro e Filipe; o outro estava perto do sítio onde se deu a alimentação das 5000 pessoas. 1. A primeira destas povoações, Betsaida da Galiléia, fic

BETUEL. Homem de Deus. 1. Filho de Naor, irmão de Abraão, e pai de Rebeca (Gn 22.22,23; 24.15,24). Chamava-se (Gn 25.20) "Betuel, o arameu". Ainda que o nome se veja diversas vezes, todavia a própria pessoa só uma vez aparece (Gn 24.50), e supõe-se que a sua morte ocorreu logo depois. 2. Cidade simeonita (1 Cr 4.30). Em Js 15.30 chama-se Quesil, e Betul em Js 19.4.

BETUME. Esta substância era colhida na forma de lodo na região do mar Morto, e do Eufrates, eem outros lugares, sendo usada como cal nas construções (Gn 11.3); era especialmente empregada para proteger da umidade em toda a extensão as camadas inferiores. O betume que jorra das nascentes é freqüentemente visto flutuando à superfície do mar Morto em grandes pedaços, e também correndo pelo rio Eufrates abaixo. Erupções de betume são freqüentes ao longo das praias do mar Morto, que também se chama "Lago do Asfalto". Empregava-se muito nas construções, tendo-se encontrado certas quantidades de betume, seco e duro, nas grandes ruínas, como as de Babilônia (Gn 6.14; Êx 2.3; Is 34.9).

BICHO. Não se trata exclusivamente dos bichos que vivem dentro da terra, mas de qualquer animal rasteiro, como a lagarta. Pode significar bichos da terra em Mq 7.17; a larva das moscas em Êx 16.20; Jó 7.5, etc. (Cf. Mc 9.48); a lagarta da traça em Is 51.8; alguma larva de inseto em Dt 28.39; Jn 4.7.

BIDCAR. Capitão de Jeú, e primeiramente seu companheiro de armas e colega (2 Rs 9.25). Ele próprio executou o que já estava sobre Jorão, filho de Acabe (vers. 26), depois que Jeú o tinha atravessado com uma flecha; e foi isso arremessar o seu corpo para o campo de Nabote, o jezreelita.

BIGTÃ. Eunuco que conspirou contra Assuero. Mordecai, descobrindo a conspiração, pôde salvar a vida do rei, e mais tarde recebeu por esse fato grandes honras, ao passo que os conspiradores foram dependurados numa forca (Et 2.21; 6.2). A morte destes deve ter sido por crucificação ou por empalação, pois que não era então usada a corda. A mesma terrível morte foi dada a Hamã (Et 7).

BILA. 1. Serva de Raquel, a filha mais nova de Labão. Foi concubina de Jacó, que teve dela dois filhos: Dã e Naftali (Gn 29.29 e 35.25). O seu pecado com Rúben levou Jacó a predizer o mal que havia de cair sobre os seus descendentes (Gn 35.22 e 49.4). 2. Cidade de Simeão (1 Cr 4.29). Também é chamada Balá em Js 19.3 e Baalá em Js 15.29. A sua posição é desconhecida.

BILDADE. Um dos três amigos de Jó (Jó 2.11). Era suíta, descendente direto de Abraão, e habitava ao oriente da Arábia. Como consolador falhou, sendo rude e sem piedade. Atribuiu a morte dos filhos de Jó às suas próprias vidas más; e quanto a Jó, disse que certamente ele devia ter cometido grandes pecados para ser assim tão severamente castigado. Ele representa justamente a sabedoria do mundo e a falta de sentimento. Jó se impôs, por fim, com os seus argumentos, e o repreende pela sua falta de caridade (Jó caps. 8,18,25). (*veja Jó.)

BILEÃ. Destruição do povo. Cidade levítica que, com os seus arrabaldes, foi cedida aos filhos de Coate (1 Cr 6.70). É aquele lugar chamado Ibleã em Js 17.11. Fica ao norte de Samaria, um pouco ao ocidente do monte Gilboa, e foi incluído na meia tribo ocidental de Manassés. Acha-se identificado com Belame, ao norte de Nablus. (*veja Ibleã.)

BINUI. Fundando uma família. 1. Pai de Noadias, sendo este um levita designado para pesar o ouro e a prata que Esdras tinha trazido da Babilônia (Ed 8.33). 2. Filho de Paate-Moabe, que tinha casado com mulher estrangeira (Ed 10.30). 3. Membro da família de Bani. Menciona-se como tendo casado com mulher estrangeira (Ed 10.38). 4. Indivíduo pertencente à família de Henadade (Ne 3.24); ele ajudou a reedificar os muros de Jerusalém sob a direção de Neemias. Talvez o mesmo que Bavai, vers. 18. 5. Uma família que voltou com Zorobabel (Ne 7.15). Na lista de Esdras acha-se o nome de Bani para designar a mesma pessoa (Ed 2.10). 6. Um levita (Ne 12.8).Talvez os indivíduos dos números 4 e 6 sejam idênticos.

BISPO. (No grego, episkopos, donde se deriva a palavra episcopal. Superintendente. Antes de ser aplicado este termo a um pastor da Igreja cristã, empregava-se geralmente para designar o cargo de superintendente. E assim os operários empregados pelo rei Jo

BITÍNIA. Distrito e província romana, na Ásia Menor; é, agora, uma parte da moderna Anatólia. Limita-se ao norte pelo mar Negro, ao oriente pelas províncias do Ponto e Galácia, ao sul pela da Ásia, e ao ocidente pelo mar de Mármora. Houve, provavelmente,

BLASFÊMIA. Todo aquele que amaldiçoava a Deus blasfemava o nome do Senhor, ou fosse estrangeiro ou israelita era castigado com a morte, como se vê em Lv 24.16. O transgressor de que se fala em Lv 24.11 era filho de mãe hebréia e de pai egípcio. Procurou-se a direção de Deus para tratar deste caso. E quando foi conhecida a disposição do Senhor (Lv 24.12), o blasfemo foi levado para fora do arraial: os que tinham ouvido a ofensa puseram as suas mãos sobre ele, e toda a congregação o apedrejou (Lv 24.14,23). Era nas palavras de Lv 24.16 que os rabinos baseavam a sua crença de que não era lícito pronunciar distintamente o nome do Senhor. (*veja Jeová.) A blasfêmia é tratada por Jesus Cristo como ofensa de especial gravidade.

BLASTO. Camarista. Fidalgo da câmara do rei Herodes Agripa I (At 12.20). Pessoas de Tiro e Sidom o persuadiram a que pedisse para eles uma audiência do rei, mostrando este fato que ele era um homem de considerável influência.

BlLHA. Vaso de barro para conter água, azeite, mel, etc. (1 Sm 26.11). (*veja Botija.)

BOANERGES. Filhos do trovão. Epíteto dado a Tiago e João, filhos de Zebedeu, por causa do seu temperamento altivo e zeloso (Mc 3.17). Para se compreender esse zelo excessivo dos dois irmãos, *veja Mc 9.38 e Lc 9.54. Os críticos ainda não puderam determinar com exatidão a origem da palavra.

BOAZ. Força, firmeza. l. Um lavrador natural de Belém e descendente de Jacó. Foi um dos antepassados dos reis judaicos (Mt 1.5), e finalmente de Jesus Cristo. Era homem abastado, possuindo caráter reto, como se vê no justo tratamento para com a sua jovem parenta Rute, a moabita, cuja causa ele sustentou, e com quem casou. 2. Uma das colunas de bronze, levantadas no pórtico do templo de Salomão, e que tinha 18 côvados de altura (1 Rs 7.15 a 21); era oca, e terminava num capitel ornamental com a altura de cinco côvados (2 Cr 3.17). As diferentes medidas, nas diversas narrativas, são devidas à inclusão ou exclusão do capitel.

BOI SELVAGEM. É tradução da palavra hebraica re'em. É algum animal bem conhecido, pela sua grandeza e ferocidade, e notável pelos seus chifres (Nm 23.22; 24.8; Dt 33.17; Jó 39. 9,10; Sl 29.6; 92.10; Is 34.7). O boi bravo ou o urus, que em tempos antigos a

BOI,VACA. Entre os israelitas, os bois executavam certos trabalhos de agricultura. Empregavam-se para lavrar a terra (Dt 22.10; 1 Rs 19.19); para pisar o trigo (Dt 25.4; Os 10.11); para puxar ao carro (Nm 7.3; 1 Sm 6.7); e no serviço de animais de carga (1 Cr 12.40). Os israelitas alimentavam-se da sua carne (Dt 14.4; 1 Rs 1.9). Os bois eram oferecidos em sacrifício (Gn 15.9; 2 Cr29.33; 1 Rs 8.63), sendo também o leite das vacas usado na alimentação e para fazer manteiga. Por via de regra, permitia-se que os bois andassem vagueando pelos campos, mas havia seleção deles para serem engordados e sustentados a seco para os ricos. As vacas gordas distinguem-se das vacas de pasto em 1 Rs 4.23.

BOI,VACA. Entre os israelitas, os bois executavam certos trabalhos de agricultura. Empregavam-se para lavrar a terra (Dt 22.10; 1 Rs 19.19); para pisar o trigo (Dt 25.4; Os 10.11); para puxar ao carro (Nm 7.3; 1 Sm 6.7); e no serviço de animais de carga (1 Cr 12.40). Os israelitas alimentavam-se da sua carne (Dt 14.4; 1 Rs 1.9). Os bois eram oferecidos em sacrifício (Gn 15.9; 2 Cr29.33; 1 Rs 8.63), sendo também o leite das vacas usado na alimentação e para fazer manteiga. Por via de regra, permitia-se que os bois andassem vagueando pelos campos, mas havia seleção deles para serem engordados e sustentados a seco para os ricos. As vacas gordas distinguem-se das vacas de pasto em 1 Rs 4.23.

BOLSA. l. A bolsa usada por Judas (Jo 12.6; 13.29) era uma pequena caixa, significando a palavra primitiva um estojo para guardar a embocadura de um instrumento de sopro. 2. Um saco de couro ou de seda, suspenso da cintura, que era usado pelos viajantes e também pelos negociantes, trazendo estes últimos nessa bolsa o seu dinheiro e os seus pesos. As bolsas usadas pelas mulheres tinham, algumas vezes, magníficos ornatos (Is 3.22). Outra espécie de bolsa era formada numa cinta de lã muito comprida, por meio de uma tira de pano, cosida a uma das suas extremidades. Punha-se a cinta em volta da cintura, afivelava-se a primeira roda, e envolvia-se a mesma cintura com a parte restante, ficando a extremidade para dentro (Pv 1.14; Mt 10.9; Me 6.8; Lc 10.4; 22.35,36).

BONS PORTOS. Uma enseada na costa meridional de Creta, perto de Laséia, onde o navio que levava Paulo a Roma foi obrigado a ancorar. Este lugar é, ainda hoje, conhecido pelo seu antigo nome grego de Kaloi Limenes. A costa, um pouco ao ocidente de Bons Portos, dirige-se de repente para o norte. O navio permaneceu em Bons Portos, porque não podia lutar contra os fortes ventos do noroeste, que o impediam de continuar a viagem (At 27.8).

BORDADO. Esta arte de embelezar o pano de linho, ou de outra espécie, com desenhos artísticos, feitos por meio do tear ou da agulha, existe desde os tempos mais remotos. Provavelmente veio da Babilônia para a terra dos hebreus, ou então do Egito (Js 7.21; Ez 27.7). São dignas de nota certas referências bíblicas a esses trabalhos de bordadura; (1) a vestimenta do sumo sacerdote (Êx 28, obra matizada, que provinha provavelmente de serem unidas fazendas diferentes); (2) as cortinas e véus do tabernáculo (Êx 26.36); (3) Jz 5.30; Ez 16.10,13,18; 26.16; 27.7, 16,24. A preparação do fio de ouro para bordados acha-se descrita no livro do Êxodo (39.3).

BOSQUE. O mesmo que poste-idolo. Esta palavra ocorre freqüentes vezes no A.T., como uma das feições do culto idólatra, sendo tal culto proibido ao povo de Israel (Êx 34.13; Jz 6.25 a 30; 1 Rs 16.33; 2 Rs 18:4; Is 17.8, etc.). A palavra hebraica é Aserá, ou (pl.) Aserim, que parece ter sido uma coluna sagrada para marcar o lugar do culto pagão, ou como símbolo de qualquer adorada divindade. Segundo alguns intérpretes, o termo bosque ou arvoredo não está bem em 1 Sm 22.6, devendo ser substituído por tamargueira.

BOTIJA. Vaso de barro de forma cilíndrica, como a da garrafa (Jr 19). (*veja Bilha.)

BOZRA. Aprisco. l. A cidade real de Jobabe, rei de Edom (Gn 36.33; 1 Cr 1.44), situada no território montanhoso, que fica perto da fronteira setentrional do país, a meio caminho entre Petra e o mar Morto. Era terra afamada pelos seus carneiros, e foi assunto para proféticas denunciações (Is 34.6; 63.1; Jr 49.13,22; Am 1.12; Mq 2.12.). O lugar que representa a antiga cidade de Bozra chama-se hoje el-Buseira ao sueste do mar Morto. Carneiros e bodes, que Isaías menciona, ainda se encontram na vizinhança daquela povoação. 2. Cidade de Moabe, nas colinas arenosas a leste do mar Morto. Sofreu na geral desolação do país (Jr 48.24). O rei Mesa declara na Pedra Moabita que ele a tinha reedificado.

BRACELETE. Diferentes palavras da língua hebraica são traduzidas pela palavra bracelete. Em 2 Sm 1.10 e em Êx 35.22 há referência à forma anular do bracelete. Em Gn 38.18 a palavra significa um fio, trazendo suspenso um sinete circular. Ocorre mais freqüe

BRASAS. Trata-se do carvão de madeira, empregado como combustível. Aquela refeição de Elias, "um pão cozido sobre pedras em brasa", significa um bolo cozido sobre uma pedra quente, como é ainda usual no Oriente (1 Rs 19.6). A expressão proverbial "amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça" (Pv 25.22) foi adotada por S. Paulo para exprimir a vergonha ardente que os homens devem sentir quando o mal que fizeram é pago com o bem (Rm 12.20).

BRASEIROS. Serviam os braseiros para levar brasas vivas, e este uso estava em relação com os holocaustos; eram de bronze (Êx 27.3; 38.3), ou de ouro (2 Rs 25.15; Jr 52.19). A mesma palavra hebraica também se traduz por espevitadores para espevitar os candeeiros (Êx 25.38; 37.23; Nm 4.9), e por "incensário" para levar incenso (Lv 10.1; 16.12; Nm 16.6). Um antigo braseiro, que foi encontrado na cidade de Jerusalém, podia ser visto na Exposição Judaica de Whitechapel, no ano de 1906. Era de bronze, e tinha aproximadamente três decímetros de comprimento, com inclusão do cabo, sendo a superfície da própria pá 60 centímetros mais ou menos.

BRINCOS. Os brincos eram simples enfeites lisos, ou tinham preso um pingente, que podia ser uma pequena campainha. Usavam-nos as senhoras elegantes, que se vestiam à moda, acrescentando a isso outros adornos como braceletes, anéis, pendentes do tornozelo,

BUGIO. "De três em três anos voltava a frota de Társis, trazendo ouro e prata, marfim, bugios e pavões" (1 Rs 10.22; 2 Cr 9.21). Bugios e macacos de várias espécies acham-se pintados nos monumentos assírios; e eram livremente introduzidos no Egito. O estarem no citado texto associados os bugios e pavões com os dentes do elefante significa que esses navios de Társis vinham da Índia e Ceilão. (*veja Társis.)

BUL. O oitavo mês do ano sagrado dos judeus, correspondente ao nosso outubro ou novembro. Era o segundo mês do ano civil, e principiava na primeira lua nova de outubro. O nome é de origem cananéia, evidentemente o nome de um deus, e foi adotado pelos israelitas (1 Rs 6. 38). (*veja Mês.)

BUXO. Era uma espécie de cedro, assemelhando-se geralmente ao cipreste (Is 60.13). A profecia em Is 41.19 quer dizer que o deserto se tornará como as rampas do Líbano, cobertas de árvores; o buxo crescia muito naquelas regiões montanhosas, e é de pequena dimensão, raras vezes excedendo seis metros de altura. O seu crescimento é perpendicular, com os seus ramos para cima, formando peque-nos cones.

BUZ. l. O segundo filho de Milca e de Naor, irmão de Abraão (Gn 22.21). A sua família estabeleceu-se na Arábia Petréia (Jr 25.23). Eliú, um dos confortadores de Jó, era descendente de Buz, e tinha a sua casa nesta região (Jó 32.2). O nome é interessante, porque nos fornece outro exemplo de um particular costume judaico, que consistia em dar aos parentes nomes que soam semelhantemente: assim Uz e Buz, Imná, Isvá e Isvi (Gn 46.17); e Uzi e Uziel (1 Cr 7.7). Dizem que os árabes gostam tanto de empregar palavras consonantes que ainda chamam Kabil a Caim, e Abil a Abel. 2. Um habitante de Gade (1 Cr 5.14).

CABANA. No Oriente, muitas vezes os acampamentos eram abertos, sem reparos, apenas guardados por um vigia, que ficava sentado dentro de uma barraca no alto dalguma colina. Este abrigo era apenas suficiente para proteger do mau tempo uma única pessoa (Jó 2

CABEÇA. l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da Igreja (Cl 1.18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. O marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3.16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3.7) e à excelência do conhecimento (1 Co 14.35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118.22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba; e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44.20). (*veja Cabelo.)

CABELO. As mulheres hebréias usavam o cabelo comprido e separavam-no em certo número de tranças, que eram depois entrelaçadas juntamente. O cabelo preto, entre os israelitas, era considerado como o mais belo (Ct 5.11). Os hebreus usavam o cabelo natural c

CABRA MONTÊS. Há referências à cabra selvagem do sul da Palestina, em 1 Sm 24.2; Jó 39.1 e Sl 104.18. O lugar de En-Gedi (Ain Jid), ou "a fonte das cabras", é assim chamado por causa das cabras monteses, que ainda algumas vezes ali são vistas. Andam em pequenos grupos, são tímidas, e habitam nos menos acessíveis retiros das montanhas. A carne destes animais é uma excelente comida, e, sem dúvida, foi esta caça aquela que Isaque mandou que seu filho lhe alcançasse por meio de aljava e do arco (Gn 27). A gazela, a única espécie comum de caça livre no país, tem uma carne seca, e é de inferior qualidade.

CABRA. A cabra doméstica era um dos animais limpos, para alimentação e para sacrifícios. O cabrito era considerado comida delicada (Gn 38.17; Jz 15.1; Lc 15.29), e ainda é o prato obrigatório em qualquer festa, ou no uso da hospitalidade, entre árabes. O

CABZEEL. Deus ajunta. Cidade situada na extremidade de Judá, a sueste, justamente no princípio da subida de Acrabim (Js 15.21); a terra natal de Benaias, filho de Joiada, um dos valentes de Davi (2 Sm 23.20; 1 Cr 11.22); foi repovoada depois do cativeiro.

CAÇADOR, CAÇA. Os monumentos da Assíria apresentam os seus monarcas em perseguição da caça. A vida patriarcal era mais a do possuidor de rebanhos do que a de caçador; mas Ninrode (Gn 10.9) e Esaú (Gn 25.27) são considerados caçadores de fama. Parece que a Palestina tinha animais ferozes em abundância quando os hebreus a conquistaram (Jz 14.5; 1 Sm 17.34). As feras e as aves eram apanhadas com armadilhas, ratoeiras, laços e redes; e a prática destes atos era bastante familiar, daí usar-se a respectiva linguagem figurada (Js 23.13; Jó 18.10; Jr 5.26).

CAÇADOR, CAÇA. Os monumentos da Assíria apresentam os seus monarcas em perseguição da caça. A vida patriarcal era mais a do possuidor de rebanhos do que a de caçador; mas Ninrode (Gn 10.9) e Esaú (Gn 25.27) são considerados caçadores de fama. Parece que a Palestina tinha animais ferozes em abundância quando os hebreus a conquistaram (Jz 14.5; 1 Sm 17.34). As feras e as aves eram apanhadas com armadilhas, ratoeiras, laços e redes; e a prática destes atos era bastante familiar, daí usar-se a respectiva linguagem figurada (Js 23.13; Jó 18.10; Jr 5.26).

CACO. Pedaço de louça partida (Jó 2.8). Esses pedaços de louça eram largamente usados no Egito, como coisas próprias para escrever e de baixo preço; e, pelo emprego que lhe davam, possuímos muitas informações com respeito à linguagem de todos os dias e costumes dos tempos, em que foi gravada neles qualquer escrita.

CADEIA, COLAR. O colar de ouro colocado ao pescoço de José (Gn 41.42), e a prometida a Daniel (Dn 5.7), eram insígnias próprias de certas posições. O primeiro-ministro e os juizes do Egito usavam cadeias. Semelhantemente, homens e mulheres usavam colares, como ornamento (Pv 1.9). Os midianitas adornavam os pescoços dos seus camelos com colares feitos de peças de metal em forma de crescente (Jz 8.21,26). Os meios empregados entre os judeus para segurar os prisioneiros eram umas manilhas em volta dos pulsos e nos tornozelos, sendo ligadas por cadeias (Jz 16.21; 2 Sm 3.34; 2 Rs 25.7; Jr 39.7). Entre os romanos estava o prisioneiro seguro a um guarda e, às vezes, a dois, ligando-se a algema de um à do outro por uma cadeia (At 12.6,7; 21.33).

CADEIA. 1. Cadeias, ou cordas, ou laços (Jz 15.14; Ec 7.26; Jó 38. 31). Os costumes pecaminosos encadeiam qualquer pessoa. A paz e o amor são laços que unem os crentes (Ef 4.3; Cl 3.14). 2. Em Os 11.4 compreende-se por meio do termo cordas, ou cadeias, a influência moral exercida. A escravidão, a dor, o receio, e a perplexidade, se chamam ataduras ou cadeias ou as varas do jugo, porque restringem a liberdade (Is 28.22; Ez 34.27).

CADES. (En-Mispate, a fonte do juízo.) É hoje Ain-Kadis, oitenta quilômetros ao sul de Berseba. No limiar da Terra Prometida (Gn 16.14; 20.1). Foi aqui que Quedorlaomer derrotou os chefes dos amorreus (Gn 14.7). Os filhos de Israel acamparam neste lugar enquanto os espias observavam a terra (Nm 13.26; 32.8; Dt 1.2,19,46; 9.23; Js 14.6,7), sendo ali, provavelmente, o seu quartel general durante trinta e oito anos. Foi, também, o lugar onde Moisés feriu a rocha (Nm 27.14; Dt 32.51); dali partiram os israelitas para suas jornadas (Nm 14.25; Dt 2.1,14); e ao mesmo sítio voltaram, no seu caminho para Canaã pelo Monte Hor, morrendo nessa ocasião Miriã (Nm 20.1,14,22; 33.36,37; Jz 11.16,17). (*veja Meribá, Quedes 3.)

CADES-BARNÉIA. Conhecido local de acampamento e habitação de Israel, tem sido identificado como "Ain Quedeis", que está localizada a uns 78 km a sudoeste de Berseba.

CAFARNAUM. Aldeia de Naum. Achava-se situada ao norte do mar da Galiléia. A sentença contra ela pronunciada e contra outras povoações foi singularmente cumprida. Cafarnaum é, para nós, um lugar interessante pelo fato de ter sido residência de Jesus Cristo

CAIFÁS. Genro de Anás, foi sumo sacerdote desde o ano 18 até ao ano 36 (A.D.), exercendo, pois, esta alta função sacerdotal por muito tempo, o que raramente acontecia. Depois da ressurreição de Lázaro, proferiu Caifás perante o Sinédrio aquela inconsciente predição de que Jesus havia de morrer pela nação (Jo 11.50). Ele teve conhecimento da conspiração para prender Jesus com dolo (Mt 26.3,4). E Jesus, depois de interrogado por Anás, foi por este enviado, manietado, a Caifás (Jo 18.24), a quem Ele confessou que era o filho de Deus. Por esta razão Caifás o considerou digno de morte (Mt 26.66). Este príncipe dos sacerdotes também interrogou os apóstolos Pedro e João (At 4.6).

CAIM. 1. Primogênito de Adão e Eva, que num acesso de inveja, em virtude de ter sido aceito o sacrifício de Abel e rejeitado o seu, se levantou contra o seu irmão e o matou. As palavras que se acham em Gn 4.15, podem ser traduzidas desta maneira: "Um sinal foi determinado pelo Senhor, para que Caim não fosse ferido por qualquer que o encontrasse." Caim fundou a primeira cidade, à qual deu o nome do seu filho Enoque. Com respeito aos seus descendentes, Lameque instituiu a poligamia; Jabal estabeleceu a vida nômada; Jubal inventou os instrumentos musicais; e Tubalcaim foi o primeiro ferreiro. As referências a Caim, feitas no N.T., estão em Hb 11.4; 1 Jo 3.12; Jd 11. 2. Cidade no país montanhoso de Judá (Js 15.57). Chama-se hoje Yukin.

CALÁ. Firmeza. Uma das mais antigas cidades da Assíria, fundada por Assur (Gn 10.11); acha-se identificada com Ninrode, cujas ruínas estão situadas cerca de 32 km. ao sul de Konyunjik (Nínive). Tiglate-Pileser, Esar-Hadom, e outros monarcas, erigiram na real Calá edifícios de considerável extensão e grande magnificência. Os objetos assírios, que se acham no Museu Britânico, são na maior parte, provenientes da antiga cidade de Calá.

CALABOUÇO. (Jr 37.16.) O cárcere de Jeremias era, provavelmente, um subterrâneo (v. 38.6), no meio do pátio interior da casa, com recessos abobadados em volta, onde os prisioneiros eram colocados (*veja Prisão).

CALCANHAR. Ter os calcanhares descobertos significava vergonha, desprezo, cativeiro e aflição (Jr 13.22). Levantar o calcanhar, dar pontapé, e pagar o bem com o mal, como fez Judas (Sl 41.9; Jo 13.18). Os homens são apanhados pelos calcanhares num laço, quando o mal os surpreende (Jo 18.9). O cumprimento da profecia "tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn 3.15), provavelmente deve ver-se nos sofrimentos infligidos a Jesus Cristo.

CALÇÃO. Em certas ocasiões, especialmente no dia da expiação, o sacerdote oficiante tinha de usar calção, que cobria o corpo "da cintura às coxas" (Êx 28.42), quando entrava no lugar santo. Eram, também, usados pelos sacerdotes quando realizavam os sacrifícios.

CALDÉIA. Província situada ao sul de Babilônia, na parte mais baixa do rio Eufrates; ao ocidente do rio Tigre; era o limite do deserto da Arábia e estendia-se até ao golfo Pérsico. Nos tempos do Antigo Testamento era cortada por numerosos canais, sendo aq

CALDEUS. Eram, primitivamente, uma tribo que vivia em grandes regiões pantanosas, nas embocaduras do Tigre e do Eufrates, ao sul da Babilônia. Esta tribo estava destinada a exercer importante influência na vida do povo babilônio. No governo de Merodaque-B

CALEBE. Filho de Jefoné (Nm 13.6). Um dos dozes espias que, um de cada tribo, foram enviados à terra de Canaã para examiná-la acontecendo este fato no segundo ano do Êxodo. Calebe representava a tribo de Judá. Ele e Josué foram os únicos que voltaram com

CÁLICE. Segundo o costume dos judeus, nos seus sacrifícios de ação de graças, o anfitrião tomava um cálice de vinho na mão, e em palavras solenes rendia graças e louvores a Deus pelos benefícios recebidos, naquela ocasião especial, e passava depois o cálice a todos os convidados, cada um dos quais bebia dele. O Salmista refere-se a este costume em Sl 116.13; nosso Salvador, na célebre reunião em que se despedia dos Seus discípulos, seguiu a mesma prática. S. Paulo, em 1 Co 10.16, faz referência ao uso do "cálice de bênção". É, algumas vezes, uma expressão eufêmica por "amaldiçoar", e assim se acha traduzida em Jó 1.5,11 e 2.5,9.

CALVÁRIO. Três dos evangelistas conservam o nome aramaico do lugar onde Jesus foi crucificado, isto é, Gólgota (a caveira), e acrescentam a interpretação - "Lugar da Caveira" (Mt 27.33; Mc 15.22; Jo 19.17). Lucas omite isto, e mais simplesmente diz: "Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram" (Lc 23.33). Na Vulgata, e traduções da Vulgata, adota-se o termo latino Calvário, que é empregado como nome próprio, "o lugar que se chama Calvário". E é este o nome pelo qual é mais conhecido em Portugal e no Brasil o sítio da crucificação de Jesus Cristo (*veja Gólgota).

CALVÍCIE; CALVA. A calvície natural não é muito comum no Oriente, e quando, porventura, ocorre em alguém, dá esse fato ocasião a ser ridicularizada a pessoa calva. Eliseu foi um dia insultado por uns rapazes (não meninos) de Betel, mas não se trata tanto

CAMA. As camas, no Oriente, sempre foram de uma forma mais simples do que na Europa. Os colchões, ou colchas estofadas, eram usados para dormir, sendo colocados sobre o divã que era uma pequena elevação, no sobrado do quarto, e que se achava coberto de um

CAMBISTA. Todo o israelita, rico ou pobre, que tivesse chegado aos vinte anos, ou já passado essa idade, devia pagar na casa do sagrado tesouro, quando se fazia o recenseamento da população, a metade de um siclo, como oferta ao Senhor (Êx 30.13 a 15). Os cambistas que Jesus expulsou do templo (Mt 21.12; Mc 11.15; Jo 2.15) eram aqueles negociantes que forneciam os meios ciclos, pelo qual podiam exigir um certo ágio, aos judeus de todas as partes do mundo, que, vindo a Jerusalém durante as grandes festividades, tinham de pagar o seu tributo ou o dinheiro do resgate em moeda hebraica. Também se recorria a esses cambistas para fins gerais do câmbio.

CAMELO. O mais valioso de todos os animais nas desertas regiões do Oriente. Os camelos serviam para levar pessoas (1 Sm 30.17), para transportar cargas, e para puxar carros (Is 21.7). Os camelos pequenos podem com uma carga de 800 arratéis, e os grandes c

CAMINHO DUM DIA. As codornizes foram espalhadas pelo arraial até à distância de 25 a 32 km. que era o caminho de um dia (Nm 11.31). O caminho de um dia de sábado (Mt 24.20; At 1.12) eram 1400 metros, distância que podia ser percorrida sem quebrar a lei (Êx 16.29).

CAMINHO. Esta palavra aparece na Bíblia no sentido de via, de estrada (Gn 16.7; Nm 14.25; Mc 10. 32). Muitas vezes o termo "caminho" significa os simples hábitos da vida; "endireitai os vossos caminhos"; "todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na

CAMPAINHA. As campainhas em forma de discos ou címbalos de metal eram instrumento muito antigo, ainda que a primeira menção que delas se faz na Escritura é do tempo de Moisés. No livro de Êxodo, 28.33, se diz a respeito do sumo sacerdote que as bordas inf

CAMPO DO OLEIRO. Pensou-se que este lugar havia recebido esse nome por estar em conexão com a olaria que havia em Jerusalém (Is 30.14), ou talvez, por virtude da casa do oleiro, a que se refere Jeremias (18.2). Este pedaço de terreno foi comprado com o dinheiro da traição, aquele dinheiro que Judas devolveu aos sacerdotes; e fez-se naquele lugar um cemitério para sepultura dos judeus estrangeiros (Mt 27.7,10).

CAMPO. Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada; ou limitada extensão de terreno (Gn 23.13,17; Is 5.8) ou toda herança de um homem (Lv 27.16; Rt 4.5; Jr 32.9,25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22.5). O "campo fértil", em Ez 17.5, significa uma terra para plantação de árvores; muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em Is 10.18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25.31).

CANA AROMÁTICA. (Is 43.24; Jr 6.20). Talvez seja o cálamo de bom cheiro, que era oferecido no ritual assírio.

CANÁ DA GALILÉIA. Cidade, ou vila, notável pelo fato de ter sido ali que se operou o primeiro milagre de Jesus Cristo (Jo 2.1 a 11; 4.46), realizando o Salvador, mais tarde, no mesmo lugar, outro sinal maravilhoso (Jo 4.54). Era, também, a terra natal do apóstolo Natanael (Jo 21.2). Nenhuma dessas passagens nos pode indicar de uma maneira precisa a situação de Caná. O que se pode depreender do que está escrito é que aquela povoação não ficava muito longe de Cafarnaum (Jo 2.12; 4.46). Investigações recentes tendem mais a identificá-la com Curbete Caná, que fica 1õ km ao norte de Nazaré, do que com Queque Quená, que está apenas 5 km ao nordeste.

CANA. As palavras hebraicas traduzidas por cana são termos genéricos, que se aplicam a uma certa variedade de vegetais, como canas, juncos, tábuas, etc. O cesto onde Moisés foi posto (Êx 2.3) teria sido feito de juncos ou outras plantas que crescem na águ

CANAÃ (TERRA DE). Em Sf 2.5 e em Mt 15.22, a terra de Canaã se restringe à parte marítima da Filístia e da Fenícia, e essa parte, sendo a mais baixa de todo o país, está em harmonia com a significação da palavra Canaã (terra Baixa), mas a sua aplicação era extensiva a toda a região ao ocidente do rio Jordão e do mar Morto, entre estas águas e as do Mediterrâneo. A língua de Canaã (Is 19.18), isto é, a fenícia, tinha grande semelhança com a hebraica dos israelitas.

CANAÃ. Baixo, plano. 1. Quarto filho de Cão (Gn 10.6; 1 Cr. 1.8), progenitor dos vários povos que antes da conquista dos israelitas, se tinham estabelecido no litoral da Palestina, ocupando, de um modo geral, todo o país ao ocidente do rio Jordão (Gn 10.15). Uma maldição foi lançada sobre a terra de Canaã, em virtude do procedimento pouco respeitoso de Cão para com seu pai Noé (Gn 9.20 a 27). 2. O nome de Canaã é, algumas vezes, empregado por "terra de Canaã".

CANANEUS. Esta designação é usada em sentido restrito, e também em sentido lato. Implica ou a tribo que habitava uma particular porção da terra ao ocidente do Jordão antes da conquista, ou o povo que habitava, de uma maneira geral, todo o país de Canaã. Q

CANDEEIRO. Foi ordenado a Moisés que fizesse um candeeiro ou candelabro para o tabernáculo, como se acha descrito em Êx 25.31 e 37, e 37.17 a 24. Assim como o castiçal de Moisés simbolizava a luz da lei, do mesmo modo os candeeiros se tornaram símbolos do

CÂNON DAS SANTAS ESCRITURAS. A aplicação do termo cânon ao conjunto dos livros, que constituem as Escrituras do Antigo e Novo Testamento, somente se fez pelo fim do quarto século, quando todo o Novo Testamento se apresenta reconhecido pelas igrejas. Mas a

CANTARES. CÂNTICOS DE SALOMÃO. O assunto deste Cântico é a mútua afeição e ternuras entre esposo e esposa. Tem sido objeto de muita discussão saber quem é o autor e quando foi escrito. A voz universal da antigüidade atribui o livro a Salomão, e a prova in

CANTARES. CÂNTICOS DE SALOMÃO. O assunto deste Cântico é a mútua afeição e ternuras entre esposo e esposa. Tem sido objeto de muita discussão saber quem é o autor e quando foi escrito. A voz universal da antigüidade atribui o livro a Salomão, e a prova in

CANTO DO CAMPO. Segundo a Lei, o canto dos campos não devia ser completamente ceifado, pois isso fazia parte da provisão para os pobres (Lv 19.9). Os constantes queixumes dos profetas com respeito a serem defraudados os pobres (Is 10.2; Am 5.11; 8.6) parecem mostrar que essa disposição da Lei tinha perdido a sua força na prática. Aos hebreus era proibido cortar os "cantos", isto é, as extremidades do cabelo e das suíças em volta das orelhas (Lv 19.27; 21.5).

CÃO. 1. Um dos filhos de Noé, talvez o mais novo (Gn 5.32). É possível que o nome signifique crestado ou preto, sendo esta qualidade peculiar aos povos tidos como seus descendentes, por Cuxe seu filho mais velho; e esses povos são: os assírios, os babilôn

CÃO. Os cães são numerosos no Oriente. Não tendo donos, correm pelas estradas em grupos, vivendo do que podem apanhar, ou do que por acaso lhes é lançado. Eles comem toda espécie de restos; e, mesmo as sepulturas humanas, se não estiverem bem fechadas, nã

CAPACETE. O capacete que os israelitas usavam era na forma de uma carapuça com peças que cobriam as orelhas e o pescoço. Era de bronze ou metal amarelo. Os capacetes que Uzias forneceu ao seu grande exército (2 Cr 26.14), eram do mesmo metal, bem como os de Saul e Golias (1 Sm 17.5,38). Estes capacetes de bronze eram usados somente pelos principais guerreiros, sendo o simples soldado, segundo parece, provido de carapuças enchumaçadas, com hastes de metal, ou então de barretes feitos de feltro ou de couro. Os heteus usavam capacetes mais largos para cima, do que os usados comumente, ao passo que os oficiais da Assíria os usavam altos e em ponta.

CAPADÓCIA. Província oriental da Ásia Menor, limitada ao sul e oriente pela cordilheira do Tauro, e pela corrente superior do Eufrates. Nos tempos primitivos estendia-se mais para o Norte, até ao mar Negro; mas, no tempo dos apóstolos, achava-se dividida em duas províncias romanas, Ponto e Capadócia, achando-se esta perto do monte Tauro. É uma região elevada e plana, cortada por cadeias de montanhas, famosa pelos seus pastos para criação de gado, sendo, também, rica em searas. A sua metrópole era Cesaréia, situada perto do monte Argeu, a mais alta montanha da Ásia Menor. Alguns judeus da Capadócia achavam-se em Jerusalém entre os ouvintes do primeiro sermão de Pedro (At 2.9); e alguns dos cristãos ali residentes pertenciam ao número dos leitores da sua primeira epístola (1 Pe 1.1).

CARAVANÇARÁ. Grande abrigo, para hospedagem gratuita de caravanas, e que de ordinário consta de quatro pavilhões em volta de um pátio.

CARMELO. Lugar bem coberto de vegetação. l. Uma montanha que nos fornece notável e característica feição de Canaã. Entra no mar Mediterrâneo formando um grande promontório, e estende-se pela terra dentro, quase em linha reta, numa distância de mais de 19

CARMESIM. "Ainda que os vossos pecados são como a escarlate...; ainda que são vermelhos como carmesim..." (Is 1.18). A palavra carmesim refere-se à fêmea do inseto cochonilha, que se pega à azinheira da Síria. Quando viva, a ninfa é quase tão grande como o caroço da cereja, tendo uma cor escura de amaranto; mas quando está morta, torna-se tão pequena como um grão de trigo. Vê-se muito na Palestina, e ainda por vezes se usa para tingir. A escarlate provém do mesmo inseto, mas nem sempre são essas cores exatamente distintas.

CARNE. A palavra hebraica do A.T., basar, tem freqüentemente o sentido literal de carne, ou seja do homem ou de animal (Gn 2.21; 9.4; Lv 6.10; Nm 11.13), e também significa todas as criaturas vivas (Gn 6.13,17); além disso tem a significação especial de Humanidade, sugerindo algumas vezes quanto é grande a fraqueza do homem, posta em confronto com o poder de Deus (Sl 65.2; 78.39). No N. T. a palavra sarx é empregada da mesma maneira (Mc 13.20; 26.41; Hb 2.14; 1 Pe 1.24; Ap 17.16) S. Paulo põe habitualmente em contraste a carne e o espírito; e faz a comparação entre aquela vida de inclinação à natureza carnal e a vida do crente guiado pelo Espírito (Rm 7.5, 25, 8.9; Gl 5.17; etc.). A frase "Carne e sangue" (Mt 16.17; Gl 1.16) é para fazer distinção entre Deus e o homem (*veja Alimento).

CARQUEMIS. Cidade do norte da Síria, dominando a passagem do Eufrates, e era, por esse fato, objeto de contenda. Foi tomada por Faraó-Neco, e depois reconquistada por Nabucodonosor (2 Cr 35.20; Is 10.9; e Jr 46.2). Em 1911 fizeram-se escavações no sitio da antiga Carquemis, Jerablus; mas, posto que alguns esclarecimentos se colheram desses trabalhos com respeito aos heteus, os resultados, em geral, não foram satisfatórios (*veja Heteus).

CARRO DE GUERRA. O poder militar de uma nação era avaliado, principalmente, pelo número de carros de guerra que ela possuía. Até ao tempo de Davi, os israelitas poucos ou nenhum carro dessa espécie possuíam, mas o rei Salomão mantinha uma força de 1.400 c

CARRO. Veículo puxado por bois (2 Sm 6.3), que deve distinguir-se dos carros de guerra, tirados por cavalos. Eram abertos, ou cobertos, e serviam para levar pessoas, cargas, ou produtos. Com efeito, ainda que a maneira comum de viajar no Oriente seja em palanquim ou a cavalo, empregavam-se contudo, também os carros. Eram grosseiros veículos, em fortes rodas, puxados por bois. Segundo a sua representação nos monumentos, eram usados para levar os frutos dos campos, e transportar mulheres e crianças nas suas viagens. José mandou carros a fim de que seu pai e família fossem conduzidos, juntamente com os bens da casa, para o Egito (Gn 45.19, 21,27; 46.5). Quando se celebrou a dedicação do tabernáculo, as ofertas dos "príncipes", isto é, dos principais personagens, foram levadas em seis carros, sendo cada um puxado por uma junta de bois (Nm 7.3, 6, 7).

CARVALHO. Há, na Síria, umas nove espécies de carvalho, e quase outras tantas variedades. Quando a terra foi colonizada pelos cananeus, era, provavelmente, a Palestina ocidental tão rica de montados, como o é hoje a Palestina oriental. Alguns carvalhos sã

CASA. No sentido mais lato da palavra 'baytith' emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas ve

CASAMENTO (CERIMÔNIAS DO). O conhecimento das cerimônias relacionadas com os atos nupciais no Oriente é essencial para a compreensão de várias passagens da Escritura. Os esponsais realizam-se festivamente, com muita alegria, e então é permitido aos dois q

CASAMENTO, NOIVA. A instituição do casamento tem, segundo a Sagrada Escritura, a sua origem na criação (Gn 2.23,24), e assim é esse ato considerado por Jesus Cristo (Mt 19.4,5). As mais antigas memórias do casamento no A.T. mostram que eram os pais que co

CASAMENTO, NOIVA. A instituição do casamento tem, segundo a Sagrada Escritura, a sua origem na criação (Gn 2.23,24), e assim é esse ato considerado por Jesus Cristo (Mt 19.4,5). As mais antigas memórias do casamento no A.T. mostram que eram os pais que co

CASIFIA. Um lugar na estrada, entre Babilônia e Jerusalém (Ed. 8. 17), residência de levitas e servidores do templo, que acompanharam Esdras, quando este sacerdote voltava de Babilônia.

CÁSSIA. Um dos ingredientes do "óleo sagrado para a unção" (Êx 30.24). Acha-se mencionada em conexão com a noiva real, em Sl 45.8: "Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia." Era artigo de comércio no mercado de Tiro (Ez 2l.19). A cássia, pequena planta, semelhante a um arbusto, é oriunda da Cochinchina e da Costa do Malabar. A cássia para mercadoria é a casca da árvore. O cheiro é mais penetrante e menos agradável do que o do cinamomo.

CATIVEIRO, CATIVEIROS DE ISRAEL E DE JUDÁ. A origem destas calamidades vamos encontrá-la nos pecados dos governantes e do povo, e ainda nas alianças com os poderes pagãos. Peca, rei de Israel, procurou o auxílio de Rezim, rei da Síria, contra Acaz, rei de

CATIVEIRO, CATIVEIROS DE ISRAEL E DE JUDÁ. A origem destas calamidades vamos encontrá-la nos pecados dos governantes e do povo, e ainda nas alianças com os poderes pagãos. Peca, rei de Israel, procurou o auxílio de Rezim, rei da Síria, contra Acaz, rei de

CAVALO. As referências que se lêem nas Sagradas Escrituras dizem respeito ao cavalo de guerra, à exceção, talvez, da passagem de Is 28.28, onde se mencionam cavalos para fazer a debulha do trigo. A bela descrição poética em Jó 39.19 a 25 aplica-se somente

CAVERNA. As rochas na Palestina, na sua maior parte calcárias, abundam em cavernas, muitas das quais têm sido alargadas pelas mãos do homem para servirem de abrigo e defesa. Os pastores que vivem perto de Hebrom deixam, no verão, as suas aldeias e vão hab

CEBOLA. Os israelitas lembravam-se das cebolas do Egito com grande desejo de comê-las (Nm 11.5); elas são de um sabor mais doce do que as nossas. Os orientais sempre foram muito apreciadores deste vegetal.

CEDRO. O cedro-do-líbano pertence à família das Pináceas. O seu principal habitat é nas cordilheiras do Touro e do Líbano, sendo esta última o seu limite mais meridional. O tronco dos maiores exemplares, que desta árvore existem na floresta do Líbano, med

CEDROM. Escuro. É o nome de um ribeiro, cuja nascente está ao noroeste de Jerusalém, e desliza para o oriente pelo lado setentrional até à distância de 2,5 km; depois dá uma volta apertada para o sul passando entre a cidade e o monte das Oliveiras; contra

CEGO, CEGUEIRA. A cegueira é uma triste e freqüente manifestação em todos os povos do Oriente. Causas físicas produzem esse mal, que a falta de cuidado e mau tratamento agravam. Era defeito que tornava qualquer homem inábil para o sacerdócio (Lv 21.18). Q

CEGO, CEGUEIRA. A cegueira é uma triste e freqüente manifestação em todos os povos do Oriente. Causas físicas produzem esse mal, que a falta de cuidado e mau tratamento agravam. Era defeito que tornava qualquer homem inábil para o sacerdócio (Lv 21.18). Q

CEGONHA. A cegonha é uma ave de arribação, que chega à Palestina no fim de março. Voa de dia, de maneira que a sua elevação "no céu" é manifesta a toda a gente (Jr 8.7). Era considerada ave imunda (Lv 11.19; Dt 14.18). As penas das asas são pretas, num belo contraste com a restante plumagem, que é alvíssima. Tem-se imaginado que Jó se referiu a esta feição característica das cegonhas (39.13). As asas são grandes e fortes, com uma envergadura de 2 metros (Zc 5.9), podendo, assim, essas aves voar a grande altura, percorrendo longas distâncias.

CEIA DO SENHOR. Trata-se da ceia do Senhor de um modo distinto em cinco passagens do N.T. : nas três narrativas dos Evangelhos, quando se referem à sua instituição; em 1 Co 10; e em 1 Co 11. Os nomes pelos quais é conhecida esta ordenação no N.T. são: O "

CEIA. Havia apenas duas refeições por dia na vida de um oriental. A primeira era ao meio-dia, pouco mais ou menos (Gn 43.16; 1 Rs 20.16; Rt 2.14; Lc 11.37; 14.12). A segunda, chamada a ceia, constituía a principal refeição, e era a certa hora da tarde (Jz 19.21). A festa do cordeiro pascal era, também, celebrada a essa hora (Êx 16.12).

CEIFA. O tempo da ceifa começa em abril e acaba em princípios de junho. Medeia o espaço de três meses entre a semeadura e a primeira colheita, e um mês entre esta e a ceifa completa. A cevada tem já a espiga cheia em todo o território da Terra Santa, no c

CENTURIÃO. Acham-se referências a "centurião" em Mt 8.5 e 27.54, e freqüentemente nos Atos. Era o capitão de cem homens, entre os romanos. (*veja Exército.)

CERA. Este termo é usado metaforicamente para designar qualquer coisa suave e que facilmente se amolga (Sl 22.14; 68.2; 97.5; Mq 1.4).

CERCA. Obra de pedra, ou de silvado, ou de madeira, com que na Palestina os lavradores, ou os pastores, cercam os seus pomares ou seus apriscos. A protetora providência de Deus também se chama circunvalação, cerca (Jó 1.10; Is 5.2). Os obstáculos e inquietações são como que uma cerca, ou uma sebe que nos estorva no nosso caminho (Jó 19.8; Lm 3.7; Os 2.6). Veja, também, Pv 15.19. Em Is 5.5 trata-se de uma silveira para proteger a vinha.

CÉSAR. No N.T. é o imperador de Roma. Os judeus pagavam-lhe tributo e tinham o direito de para ele apelar, se eram cidadãos romanos. Era o nome de família de Júlio César, e foi adotado como título por todos os imperadores romanos. Ha referências a quatro "Césares" no N.T.: Augusto (Lc 2.1); Tibério (Mt 22.17 e lugares paralelos; Jo 19.12). Cláudio (At 17.7); e Nem (At 25; Fp 4.22). Também se encontra no N.T. a expressão casa de César, significando todos os que faziam serviço no palácio, incluindo os escravos. "Os santos da casa de César" (Fp 4.22) eram, provavelmente, alguns dos mais humildes servos. Alguns que tinham sido convertidos antes da chegada de Paulo são mencionados no cap. 16 da epístola aos Romanos.

CESARÉIA DE FILIPE. "Cesaréia de Filipe" era assim chamada para distingui-la da Cesaréia, porto do mar. Banias é seu nome atual. Uma cidade edificada numa pitoresca posição, na base da serra de Hermom, para o sul, dominando a rica planície do Jordão superior (Huleh). Estava aqui uma das principais nascentes do rio. O lugar era antigamente conhecido pelo nome de Panéias, (do deus Pã), mas quando a povoação foi compreendida no território de Filipe, tetrarca de Traconites, este alargou-a e embelezou-a, chamando-lhe Cesaréia em honra do imperador. Está incluída nas jornadas de Jesus Cristo; foi ali que Pedro reconheceu o caráter messiânico de seu Divino Mestre (Mt 16.13 a 16; Mc 8.27 a 29); e por aqueles sítios provavelmente subiu Jesus ao monte da Transfiguração, uma das eminências da serra de Hermom (Mt 17.1; Mc 9.2).

CESARÉIA. (Não se deve confundir com Cesaréia de Filipe.) Chama-se hoje Kaisarich, cidade situada na costa do mar Mediterrâneo, cerca de trinta e três quilômetros ao sul do monte Carmelo, precisamente acima da linha que separa a Samaria da Galiléia, na es

CESTO. Os cestos da Palestina eram de muitas formas e tamanhos e na sua fabricação entravam vimes e muitos outros rebentos, bem como canas e ervas. Eram geralmente baixos; algumas vezes, porém, viam-se largos e fundos, com a competente tampa, servindo para armazenar objetos. Os cabazes para levar gêneros sobre o costado do cavalo ou do burro eram algumas vezes feitos de vime. Um cesto de vime também se usava para levar refeições (Gn 40.16; Êx 29.3; Lv 8.2; Jz 6.19). Os cestos, a que se faz referência no milagre da alimentação dos 5.000 (Mt 14.20; Mc 8.19), eram pequenos; os da alimentação dos 4.000 (Mt 15.37 e Mc 8.20), eram grandes. Foi num cesto desta última espécie que os discípulos desceram S. Paulo em Damasco (At 9.25). A palavra traduzida por cesto em 2 Rs 10.7 e Jr 24.2, significa realmente uma espécie de alcofa.

CETRO. Palavra grega significando propriamente bastão curto, que é uma insígnia de reis, de governadores e doutras pessoas de autoridade (Gn 49.10; Nm 24.17; Is 14.5). O cetro serve, também, de vara de correção e para mostrar a suprema autoridade que castiga ou humilha (Sl 2.9; Pv 22.15; etc.). O cajado do pastor era, também, chamado cetro (Lv 27.32); nesta passagem a palavra vara é a queem outros lugares se traduz por cetro (*veja também Mq 7.14). Os cetros eram feitos de ferro, de ouro, de prata, e doutros metais (Sl 2.9; 125.3); e também os havia de marfim e de madeira preciosa. Do mesmo modo se usava metaforicamente a palavra para exprimir predomínio (Gn 49.10); e ao governo de Deus se chama o "cetro de equidade" (Sl 45.6; Hb 1.8).

CÉU. Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados "as aves dos céus" (Jó 35.11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, da

CEVADA. (Ez 4.9.) O pão de cevada era a principal alimentação das classes mais pobres, e vem logo depois do trigo nas produções da Palestina. A cevada era, também, muito empregada para alimento de cavalos, etc. (1 Rs 4.28). Em Jz 7.13, um pão de cevada é figura de um exército de aldeãos, não querendo isso significar qualquer fraqueza da parte dos 300 de Gideão. Na lei mosaica se prescrevia uma oferta de farinha de cevada para certos casos, em que a moral era afrontada (Nm 5.15). A cevada era semeada em outubro e colhida em março ou abril. Como amadurecia mais cedo do que o trigo, havia, algumas vezes, segunda semeadura. Barcos de seis remos, com cevada, acham-se esculpidos nos monumentos e moedas do Egito, do século VI antes de Cristo.

CHAVE. A chave usada nos tempos do A.T., muito diferente da moderna, era uma grande peça de madeira, ajustada com arames ou pregos pequenos. Quando introduzida na concavidade, que servia de fechadura, levantava outras peças dentro da chapa, para deste modo fazer recuar a lingüeta. É comum entre os mouros ver um homem de autoridade, andando com uma grande chave de metal amarelo presa ao ombro num pedaço de pano. Isto serve para explicar Is 22.22: "Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi" (Cp com Mt 16.19).

CHIFRE. Esta palavra tem muitos sentidos na Sagrada Escritura: 1. São as pontas de um animal (como em Gn 22.13), ou a sua imitação (1Rs 22.11). 2. O chifre servia, e ainda hoje serve, de vaso, para conter certos líquidos ou perfumes (1 Sm 16.1). 3. Era ta

CHIPRE. Uma grande, bela e fértil ilha do mar Mediterrâneo; era a terra natal de Barnabé (At 4.36); cedo recebeu o Evangelho e mandou evangelistas a diversos lugares (At 11.19, 20 e 21.16); foi visitada por Paulo e Barnabé na sua primeira viagem missionária (At 13.4 a 13); Barnabé a visitou de novo (At 15.39); Paulo passou ao sul de Chipre por volta da sua terceira viagem missionária (At 21.3); e quando ia para Roma, por ali navegou outra vez (At 27.4). A ilha de Chipre tornou-se célebre pelas suas minas de cobre, que em certa ocasião foram arrendadas a Herodes, o Grande. Um notável fato da sua história foi a terrível insurreição dos judeus, no reinado do imperador Trajano (117 d.C.), trazendo isso em resultado a mortandade dos habitantes gregos em primeiro lugar, e depois dos próprios insurgentes. (*veja Quitim.)

CHUMBO. O chumbo é pela primeira vez mencionado em Êx 15.10. Era usado para servir de peso, e davam-lhe então a forma de um bolo redondo e chato (Zc 5.7), ou a de uma dura pedra, não trabalhada (Zc 5.8). Em tempos antigos empregavam geralmente as pedras como pesos (Pv 16.11). Jó exprime o desejo de que as suas palavras fossem gravadas com pena de ferro e com chumbo na rocha (19.24). Refere-se isto à prática de entalhar inscrições na pedra, derramando depois chumbo derretido nas cavidades das letras. E assim se tornavam estas mais legíveis e duradouras. A maneira de purificar o chumbo tirando-lhe a escória que está misturada com ele, por meio de uma chama ativa, fornece várias alusões na Escritura ao castigo de Deus e purificação do povo (Ez 22.18,20).

CHUVA. Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt 11.14; Jr 5. 24; Os 6.3; Jl 2.23; Tg 5.7). As primeiras caíam pelos meses de outubro e novembro (não muito depois do começo do ano civil), e as últimas na primavera. Na Palestina, a chuva, de modo geral, cai entre aquele espaço de tempo. Aquela trovoada e chuva miraculosamente vindas durante a sega dos trigos, encheram o povo de medo e de espanto (1 Sm 12.16 a 18). E Salomão pôde falar da "chuva na ceifa" para dar expressivamente a idéia de alguma coisa fora do seu lugar, que não é natural (Pv 26.1). As chuvas, a maior parte das vezes, vinham do ocidente e do sudoeste (Lc 12.54).

CIDADÃO (DIREITOS DE). O privilégio de cidadão romano adquiria-se por compra (At 22.28), por serviços militares, ou por mercê. Uma vez obtido, passava esse direito para os filhos. Grande número de judeus, que eram cidadãos romanos, estavam espalhados pela Grécia e Ásia Menor. Um cidadão romano não podia ser acorrentado ou encarcerado sem julgamento formal (At 22.29), e ainda menos era permitido que ele fosse açoitado (At 16.37); e, se ele quisesse, podia apelar de um tribunal de província para o imperador de Roma (At 25.11). Qualquer infração deste privilégio trazia consigo um castigo severo. Em figura é aplicado por S. Paulo esse direito de cidadão aos privilégios e responsabilidades do cristão (Ef 2.19, e Fp 1.27 e 3.20).

CIDADE DE REFÚGIO. Eram seis as cidades levíticas, escolhidas para lugares de refúgio, quando se tratava de homicídio involuntário (Nm 35 e Js 20). Estavam espalhadas por diversas tribos: três achavam-se do lado oriental do rio Jordão, isto é, Bezer em Rúben, Ramote-Gileade em Gade e Golã em Manassés. As outras três que se viam no lado ocidental eram Quedes em Naftali (ainda hoje Quedes, distante 32 km. da cidade de Tiro), Siquém no monte Efraim, e Hebrom em Judá.

CIDADE MURADA. Era cidade onde havia defesas permanentes, que constavam de muralhas, coroadas de parapeitos com seteiras, e havendo torres e espaços regulares (2 Cr 32.5; Jr 31.38). Em tempos posteriores foram colocadas máquinas de guerra sobre os muros, e em ocasiões de luta havia sentinelas vigilantes nas torres (Jz 9.45; 2 Rs 9.17; 2 Cr 26.9,15). A cidade de Jerusalém estava cercada de três muralhas, sobre as quais, segundo se diz, havia, respectivamente, 90,14 e 60 torres. Em muitas cidades havia um castelo, como último recurso para os defensores; e era isso assim, por exemplo, em Siquém, e Tebes (Jz 8.17; 9.46,51; 2 Rs 9.17).

CIDADE. Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da

CILÍCIA. Província marítima ao sueste da Ásia Menor, cercada de altas cordilheiras. A parte oriental era notável pela sua beleza, fertilidade e suavidade do seu clima; e tornou-se, por isso, a residência favorita dos gregos, depois que a Grécia foi incorporada no império da Macedônia. A sua capital, Tarso, foi sede de uma celebrada escola de filosofia. Era a Cilícia, pela sua posição geográfica, a via de comunicação entre a Síria e o Ocidente; e na idade apostólica estabeleceram-se os judeus ali em número considerável. Tarso era a terra natal de Paulo (At 9.11, 30; 21.39; 22.3); logo depois da sua conversão ele visitou a Cilícia (At 9.30; Gl 1.21), dirigindo-se para ali outra vez por ocasião da sua segunda viagem missionária (At 15.41).

CINAMOMO. O cinamomo é a casca de uma árvore, importada do extremo Oriente - Cochinchina, Ceilão, e a Costa de Malabar - sendo conhecida na Palestina desde tempos remotos. Acha-se mencionada em Êx 30.23, como uma das partes componentes do óleo da santa unção; em Pv 7.17, como um perfume para o leito; em Ct 4.14, como uma das plantas do jardim que é a imagem da noiva; e Ap 18.13 (canela de cheiro), como uma das mercadorias da grande Babilônia.

CINGIR O NAVIO. Esta expressão somente se lê em At 27.17. Eram amarrados uns cabos em volta do casco do navio abaixo da sua quilha, sendo depois ligados ao convés. Havia desses cabos especiais nos arsenais das galeras de Atenas. Este processo de amarrar o barco tem sido empregado nos tempos modernos.

CINTA. Artigo indispensável no vestuário de um oriental, e que se usa com o fim de arregaçar as compridas vestimentas, que doutro modo seriam um impedimento para trabalhar ou para caminhar. Geralmente era feito de couro, de 1ã, ou de linho, tendo, muitas

CINZA. A cinza de uma novilha, inteiramente queimada, segundo o que se acha prescrito em Nm 19, tinha eficácia cerimonial na purificação dos imundos (Hb 9.13), mas poluía os limpos. As cinzas esparsas sobre uma pessoa, e especialmente postas sobre a cabeça, eram usadas como sinal de tristeza; e aquela passagem de Jó 2.8, "sentado em cinza", é uma expressão de dor extrema. A cinza é, também, figuradamente usada em Jó 30.19; Is 44.20; Ml 4.3 eem outros lugares.

CIRCUNCISÃO. Esta cerimônia foi ordenada por Deus a Abraão e seus descendentes, como sinal do Pacto estabelecido entre o Senhor e o povo escolhido. O rito fazia parte da herança comum a hebreus, cananeus e outras nações da antigüidade, constituindo uma no

CIRENE. É hoje El-Krenna. Era a principal cidade da Cirenaica (Trípoli). Este pais estendia-se desde Cartago ao Egito, e desde a Líbia (At 2.10) ao Mediterrâneo. Cirene era habitada por um considerável número de judeus, que deram o seu nome a uma das sinagogas de Jerusalém (At 2.10; 6.9); era natural desta mesma cidade aquele homem de nome Simão, que levou a cruz do Salvador (Mt 27.32; Mc 15.21; Lc 23.26), e também alguns dos primeiros evangelistas. Ainda que Cirene estava na costa africana, era uma cidade grega.

CIRO. O sol. A primitiva carreira deste grande imperador acha-se inextricavelmente envolta em lenda: nada sobre ela se encontra nas Sagradas Escrituras. A narração mais digna de fé estabelece que ele era filho de Cambises, um persa de sangue real, e pelo

CISTERNA. Os verões na Síria são muito secos, e, como há falta de nascentes em muitas partes do país, a água da chuva, que cai durante as outras estações, é ajuntada em cisternas e reservatórios. Os depósitos públicos de água são de costume chamados "lagoas". A natureza rochosa do solo torna fácil, de um modo especial a construção de cisternas, ou por escavação, ou pelo alargamento de cavidades naturais. As cisternas da Palestina têm, atualmente, uma abertura circular em cima, feita algumas vezes de cantaria, estando provida de uma roldana e de um balde para tirar água. As cisternas vazias serviam, algumas vezes, de cárcere e de lugares de detenção. Era assim a cova onde José foi lançado (Gn 37.22). Jeremias foi lançado numa lodosa cisterna, que não tinha água (Jr 38.6).

CITA. Uma só vez é mencionada esta palavra, sendo então um termo geral com a significação de povo rude e bárbaro (Cl 3.11). Cícero coloca os citas na mesma classe dos bretões. O país da Cítia estendia-se desde o mar Negro através da Ásia Central; mas o termo cita é usado pelos primitivos historiadores muito vagamente para designar as tribos nômades não civilizadas, que erravam por aquelas vastas planícies limitadas ao ocidente pelo mar Cáspio e mar Negro, prolongando-se para o oriente. Os citas chegaram à Palestina, pois Bete-Seã se chamava Citópolis; e diz Heródoto que os egípcios os derrotaram em Asdode.

CIÚMES. A passagem em Nm 5.11 a 31 mostra qual o processo prescrito para a descoberta e castigo da mulher, que tinha provocado o ciúme de seu marido.

CLÁUDIO. Foi o quarto imperador de Roma, governando o império desde o ano 41 a 54 (d.C.). Ele deu a Agripa toda a Judéia, e a seu irmão Herodes o reino de Cálcis. Pôs fim à disputa que havia entre os judeus e os alexandrinos, dando força aos primeiros na

CNIDO. (Agora é Kria do Cabo. ) Cidade situada na extremidade sudoeste do promontório da Caria, na Ásia Menor, por onde passou Paulo, quando navegava para Roma. As ruínas mostram que a antiga Cnido devia ter sido uma povoação de grande magnificência. (*veja At 27.7.)

COATE. Era o segundo filho de Levi e avô de Moisés, Arão, e Miriã. Dele, por Arão, descendente de Coate, mesmo os que não eram sacerdotes, tinham superioridade sobre os outros descendentes de Levi (embora Coate não fosse o filho mais velho de Levi), pelo fato de que na família de Coate residia exclusivamente o sacerdócio. Era a família de Coate que levava a arca e os vasos sagrados do tabernáculo, quando os israelitas caminhavam pelo deserto. A herança dos coatitas, não falando dos sacerdotes que tinham treze cidades em Judá, Simeão, e Benjamim, constava de terras na meia tribo de Manassés, em Efraim, e em Dã. Mais tarde tomaram uma parte diretiva no serviço do templo (Gn 46.11; Êx 6.16,18; Nm 3.17; etc.; 4.2, etc. 7.9; 10.21; 16.1; 26.57; Js 21.4, etc; 1 Cr 6.1, etc; 9.32; 15.5; 23.6; 2 Cr 20.19; 29.12; 34.12).

COBRE, LATÃO. Há referência ao minério de cobre em Dt 8.9, e à sua fundição em Jó 28.2. A liga que se conhece pelo nome de metal amarelo foi inventada no século treze (d.C.). Havia minas de cobre nos montes de Canaã, sendo este metal empregado em grande n

COBRE, LATÃO. Há referência ao minério de cobre em Dt 8.9, e à sua fundição em Jó 28.2. A liga que se conhece pelo nome de metal amarelo foi inventada no século treze (d.C.). Havia minas de cobre nos montes de Canaã, sendo este metal empregado em grande n

CODORNIZ. Uma pequena ave da família das perdizes. Os israelitas foram miraculosamente contemplados com codornizes, no deserto de Sim (Êx 16.13), e em Quibrote-Taavá (Nm 11.31 a 34). Dizem alguns críticos que as codornizes que caíram no arraial dos israelitas foram para ali levadas na sua emigração anual, pelo vento sudoeste, que sopra da Etiópia e do Egito sobre as praias do mar Vermelho.

COLCHETE. Uma espécie de ganchos para prender cortinas e outras coisas do tabernáculo (Êx 26,27,36,38). Em 2 Rs 19.28; Is 37.29; Ez 29.4; e 38.4 há, sem dúvida, referência ao anel colocado no nariz dos animais, pelo qual podiam ser guiados.

COLHEITAS (FESTA DAS). *veja Tabernánculos (Festa dos ).

COLÔNIA. Uma designação de Filipos, a famosa cidade de Macedônia, em At 16.12. Augusto, depois da batalha de Actio, cedeu aos seus veteranos aquelas partes da Itália que tinham abraçado a causa de Antônio, e transportou para Filipos e outras cidades muitos dos habitantes expulsos. Foi feita de Filipos uma colônia romana, por haver prevalecido ali o Jus Italicum, e por ser Paulo um cidadão romano é que se considerou uma ilegalidade terem os magistrados daquela cidade mandado que o Apóstolo fosse açoitado.

COLOSSENSES (EPÍSTOLA AOS). Esta epístola foi escrita durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma pela primeira vez, e foi, provavelmente, também por essa ocasião que ele escreveu as cartas dirigidas aos Efésios e a Filemom, sendo as três cartas man

COLOSSOS. Grande cidade da Frígia, Ásia Menor, nas margens do rio Lico, a qual, tendo sido em tempos antigos de grande importância, já nos tempos do Novo Testamento estava decadente perante as suas rivais Laodícéia e Hierápolis. Achava-se situada junto da grande estrada que ia de Éfeso ao Eufrates, e estava distante cerca de cinco km. do lugar que é hoje a vila de Conas. Foi sede de uma igreja cristã, à qual S. Paulo dirigiu uma das suas epístolas; ali residiu Filemom e o seu escravo Onésimo (Cl 4.9) e Arquipo (Cl 4.17), e Epafras (Cl l.7; e Fm 23), que foi o fundador da igreja ali estabelecida. Pelo que se lê em Cl 2.1, Paulo não tinha visitado Colossos.

COLUNA OU PILAR. Em tempos muito antigos, usavam-se pedras toscas colocadas verticalmente, com fins votivos e para memória, realizando-se muitas vezes certos sacrifícios perto delas. Vê-se isto nas colunas de Jacó (Gn 28.18; 31.45,51,52; 35.14); nos pilar

COMBUSTÍVEL. A falta de combustível, no Oriente, obriga, por vezes, os habitantes a fazerem uso de todas as coisas próprias para alimentar o fogo. Os caules secos de ervas e flores, as gavinhas da videira, os pequenos ramos de murta, de alecrim, e outras plantas, tudo isto se emprega para aquecer os fogões. Jesus refere-se à "erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno" (Mt 6.30). Nesta passagem a erva inclui, em geral, todas as plantas de hastes tenras. Daqui deriva a expressão "o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela" (Ec 7.6). Às vezes era tão grande a falta de lenha que o povo chegava a usar como combustível o esterco de animais (Ez 4.12 a 16). Em Am 4.11 há esta frase: "um tição arrebatado da fogueira". Isto refere-se às varas da videira e a outros gravetos para o lume, usados no Oriente, e que em pouco tempo são consumidos pelo fogo.

COMÉRCIO. Abraão era rico em objetos e ornamentos de prata e de ouro, o que mostra que já naqueles primitivos tempos as raças nômades tinham relações comerciais com outras (Gn 13.2; 24.22,53). Desde os tempos mais remotos o Egito tinha uma alta situação c

COMINHO. É uma pequena e tenra semente, que era debulhada, batendo-a com uma vara (Is 28.25 a 27). Os antigos empregavam o cominho como condimento no peixe e em certos guisados, e como estimulante do apetite; e os cozinheiros egípcios costumavam salpicar de cominho os bolos e o pão. Em Mt 23.23 menciona-se o cominho entre as pequenas ervas, das quais os escribas e fariseus escrupulosamente pagavam dízimos.

CONCUBINA. Na idade patriarcal não aparece muito clara a diferença entre esposa e concubina, devido ao predomínio da poligamia. Contudo, a concubina era, em geral, uma escrava. Com respeito aos filhos das concubinas, como as idéias de legitimidade não eram compreendidas como hoje, aparecem nas genealogias exatamente como os das esposas. Se a concubina fosse hebréia que tivesse sido comprada a seu pai como escrava, ou fosse uma pagã prisioneira de guerra, eram os seus direitos protegidos por lei (Êx 21.7; Dt 21.10 a 14). Um hebreu não podia tomar para sua concubina uma mulher cananéia, embora fosse nesta classe de mulheres que as concubinas dos reis eram, na maior parte, procuradas. As mulheres hebréias livres, podiam, também, tornar-se concubinas (*veja Poligamia ).

CONGREGAÇÃO (O MONTE DA). "No monte da congregação me assentarei", diz o rei da Babilônia na visão de Isaías (Is 14.13). Ele refere-se a um monte ao norte da Babilônia, onde, segundo a mitologia, tinham os deuses as suas reuniões.

CONGREGAÇÃO. Esta palavra é mui freqüentemente aplicada a todo o povo hebreu, como sendo ele uma comunidade religiosa (Êx 12.3, etc; Lv 4.13, etc.; Nm 1.2, etc,). Antes da instituição da monarquia, o parlamento da congregação constava do chefe ou pai de cada casa, família e tribo. Os delegados tinham o nome de anciãos ou príncipes; exerciam direitos soberanos; e o povo achava-se ligado aos atos desses magistrados, ainda mesmo quando os desaprovava (Js 9.18). Outra palavra hebraica se emprega a respeito de uma assembléia, convocada para qualquer fim especial, como, por exemplo, a que se realizava por ocasião de uma das grandes festividades (1 Rs 8.65; 2 Cr 7.8; 30.13). Há, ainda, uma terceira palavra hebraica que aparece várias vezes em certas frases. Assim traduzidas: tenda da congregação, tabernáculo do testemunho etc.

CONSELHO. 1. *veja Sinédrio. 2. "Quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal" (Mt 5.22). O tribunal a que aqui se refere era um dos tribunais inferiores. (*veja também Mt 10.17; Mc 13.9). 3. Uma espécie de júri ou conselho privado, constando de assessores, que ajudavam os governadores romanos na administração da justiça e outros casos públicos (At 25.12).

CONVOCAÇÃO. Geralmente santa convocação. Aplica-se somente ao sábado e às grandes festividades anuais dos judeus (Êx 12.16; Lv 23.2; Nm 28.18; 29.1; Is 1.13).

COPEIRO. Era um empregado superior na casa dos monarcas orientais, sendo a sua missão servir o vinho ao rei, e preservá-lo de qualquer veneno. Neemias tinha este emprego na corte do rei da Pérsia (Ne 1.11). O despenseiro de Faraó era copeiro (Gn 40.1 a 13; *veja também 1 Rs 10.5 e 2 Cr 9.4). O serviço prestado pelo copeiro era pessoal, porque não só tinha de superintender em certos preparativos da mesa, mas também era seu dever passar a taça de vinho ao seu senhor. Nos tempos primitivos era isso uma garantia de que o vinho não estava envenenado.

COR. As cores naturais que a Bíblia menciona são branco, preto, vermelho, amarelo e verde. O branco era símbolo de inocência; e por isso as vestes angelicais e as dos santos na glória se descrevem como alvas (Mc 16.5; Jo 20.12; Ap 19.8,14). Era, também, e

CORAÇÃO. Os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental - inteligência, vontade e emoção (Ez 13.2; Os 7.11; Lc 8.15; At 16.14).

CORAL. (Jó 28.18; Ez 27.16.) Os recifes de coral e as ilhas de coral são abundantes no mar Vermelho, onde, provavelmente, tomaram os hebreus conhecimento dessa produção marinha. Há corais de diferentes cores: branco, preto e vermelho, sendo o desta última cor o mais precioso.

CORASÃ. Um dos lugares, que Davi e os seus homens costumavam visitar, e para onde mandou presentes, aos seus amigos, do despojo tirado aos amalequitas. Talvez o Asã de Josué 15.42 (1 Sm 30.30).

CORAZIM. Hoje é Querazé, que fica a 4 km ao norte de Tel Hum (Cafarnaum) sobre o mar da Galiléia. As extensas ruínas abrangem as de uma sinagoga. Jesus Cristo operou sinais maravilhosos em Corazim, mas pela incredulidade dos seus habitantes denunciou a cidade (Mt 11.21; Lc 10.13).

CORBÃ . Palavra hebraica que está no Evangelho de Marcos (7.11), mas que não vem no lugar paralelo de Mt 15.5, sendo a sua significação "oferta para o Senhor". Freqüentemente ocorre o termo em Levítico (p. ex. 2.4) no sentido de oblação; literalmente, qu

CORÇO. O corço da Escritura é a gazela; era permitido comer a sua carne, e ia à mesa do rei g)t 12.15,22; 14.5; 15.22; 1 Rs 4.23). A gazela de Dorcas é muito comum na Palestina, especialmente no deserto da Judéia e na Arábia. Manadas de gazelas, em número de vinte a cinqüenta ou sessenta, vêem-se freqüentes vezes entre Berseba e Gaza. São elegantes, tímidas, belas, e mais velozes na carreira do que os mais ligeiros cavalos.

CORDA. Era usada para segurar tendas, para levar animais, para atrelar bois, cavalos, etc. ao arado ou ao carro, para ligar as mãos dos presos, para armar os arcos das flechas, para formar o cordame de um navio, para medir o chão, para pescar, para fazer

CORDÃO. Um fio ou faixa em volta da base dos capitéis das colunas do templo (Jr 52.21) ou do tabernáculo e seu pátio (Êx 27.10; 36.38).

CORDEIRO DE DEUS. A frase ocorre somente duas vezes (Jo 1.29,36) e tem relação com Is 53.7 (cp com At 8.32). As palavras foram usadas por João, quando se aproximava a Páscoa, sugerindo assim o sacrifício do cordeiro pascal (Êx 12.5; cp com João 19.36; e 1 Co 5.7; e 1 Pe 1.19). Esta expressão "cordeiro de Deus" dá a idéia não só da inocência de Jesus, mas também dos seus sofrimentos de substituição. Foi Ele o cordeiro designado para o sacrifício pelo próprio Deus (Gn 22.8). O epíteto de cordeiro aplica-se vinte e nove vezes a Jesus Cristo no Apocalipse, sendo a respectiva palavra grega somente encontrada no próprio Apocalipse e em Jo 21.15. É uma forma diminutiva da palavra usada em Lc 10.3. (*veja Expiação.)

CORDEIRO. São diversas as palavras que no A.T. se traduzem por "cordeiro". A mais livremente usada, especialmente em Levítico e Números, refere-se ao cordeiro macho. O cordeiro pascal tanto podia ser um cordeiro, como um cabrito (Êx 12.5), visto como a respectiva palavra hebraica se aplica aos dois animais. O cordeiro aparecia notavelmente entre os sacrifícios ordenados pela Lei. Era oferecido todos os dias (Êx 29.38; Nm 28.3); e designadamente no sábado (Nm 28.9; cp com Ez 46.4,13;); na Páscoa (Êx 12.5), no Pentescoste (Lv 23.18), na Festa dos Tabernáculos (Nm 29.13), eem outras ocasiões. No N.T. há três palavras gregas traduzidas como "cordeiro". O cordeiro aparece como símbolo de inocência e da impotência no Antigo e Novo Testamento (Is 11.6 e 53.7; cp com Lc 10.3, e At 8.32). (*veja Sacrifício, e Cordeiro de Deus.)

CORÉ. l. Um coreíta (1 Cr 9.19; 26.1). 2. Um levita, que estava encarregado das ofertas voluntárias que se entregavam na porta oriental do templo (2 Cr 31.14). 3. Em 1 Cr 26.19, "os filhos dos coreítas" devem ser filhos de Coré. 4. Um coatita, que não estando satisfeito com a posição que tinha entre os filhos de Levi, e invejando a autoridade de seus primos, Moisés e Aarão, se revoltou contra estes juntamente com Datã, Abirão e Om, e mais 250 dos principais levitas (Nm 16). Coré e os seus partidários pereceram por motivo de se ter aberto o chão que pisavam, saindo da terra línguas de fogo (*veja Judas 11).

COREÍTAS. Os descendentes de Coré ou Corá, que tinham escapado da catástrofe, continuaram a fazer serviço no tabernáculo, como antes. Foram nomeados por Davi para o serviço do templo, sendo a sua missão guardar as portas e cantar louvores ao Senhor (1 Cr 9.19 a 31). Diversos salmos lhes são atribuídos pelo nome de Coré. Mas é duvidoso se os salmos foram compostos por eles, ou se a sua composição foi feita para serem cantados por eles. (*veja Hemã.)

CORÍNTIOS (EPÍSTOLAS AOS). Como resultado dos trabalhos de Paulo e de Apolo foi formada em Corinto uma numerosa e florescente igreja; e doutrinadores eram ali colocados para instruir os convertidos, sendo regularmente observados os preceitos cristãos. Tod

CORINTO. Famosa cidade grega, edificada sobre o istmo que liga o Peloponeso ao continente, gozando assim do benefício de dois portos, o de Cencréia ao oriente e o de Léquio ao ocidente. Recebe de uma parte as ricas mercadorias da Ásia, e da outra parte as

CORNÉLIO. Centurião que fazia serviço em Cesaréia, e um dos mais antigos convertidos da religião pagã ao Cristianismo (At. 10). Cornélio e Simão Pedro tiveram visões celestiais que resultaram num encontro entre eles. "Vós bem sabeis", disse Simão Pedro, "

CORO. A maior das medidas para coisas secas, equivalente ao hômer, contendo perto de 220 litros (1 Rs 4.22; Ez 45.14; 2 Cr 2.10; 27.5).

COROA DE ESPINHOS. Em Nosso Senhor Jesus Cristo foi posta, pelos soldados romanos, uma coroa de espinhos, para assim escarnecerem do "Rei dos Judeus" (Mt 27.29 e textos paralelos). A planta de que se serviram pode ter sido a nabk da Arábia, que tem muitos espinhos, possuindo, ao mesmo tempo, ramos muito flexíveis, que facilmente se prestam a ser entrelaçados. O emprego da coroa de espinhos foi mais para escarnecer do que para torturar.

COROA. As coroas são constantemente mencionadas na Sagrada Escritura, e representam várias palavras de significação diferente. No A.T. acham-se designadas: a coroa ou a orla de ouro em volta dos ornamentos do tabernáculo (Êx 25.11,24 e 30.3); a coroa do sagrado ofício, que o sumo sacerdote punha na cabeça (Êx 29.6; v. 28.36,37); a usada pelo rei (2 Sm 1.10); e, mais freqüentemente, o diadema real (2 Sm 12.30). Emprega-se, também, simbolicamente, tanto a coroa sagrada (Sl 89.39) como a real (Pv 12.4 e 16.31 e 17.6). No N.T. fala-se do diadema real no Ap 12.3 e 13.1 e 19.12. Em outros lugares há referências à coroa da vitória (1 Co 9.25; 1 Pe 5.4; etc.), ou à da alegria festiva.

CORREIA. Tira de couro com que se prendia a sandália ao pé. Constava de duas correias, passando uma delas entre o dedo grande do pé e o segundo, e a outra em volta do calcanhar e sobre o peito do pé. Desatar as correias era tarefa de um servo (Mc 1.7).

CORREIO. Pessoa encarregada de levar correspondência, despachos, etc. (2 Cr 30.6; Et 3.13,15; 8.10,14; Jó 9.25; Jr 51.31). O estabelecimento de correios regulares, com substituições de corredores a pé ou a cavalo, é geralmente atribuída aos persas. A rapidez com que as mensagens eram levadas ao seu destino é quase inacreditável. Para que não houvesse qualquer demora, estavam os postilhões autorizados a obrigar aqueles homens ou animais ao seu serviço a caminharem apressadamente. Acontecia, às vezes, serem as mensagens levadas de um sítio a outro pelas vozes de homens estacionados sobre as eminências dos montes.

CORTE. Entre os cananeus e povos vizinhos era corrente a prática de rapar a cabeça e mutilar o corpo, como meio de tornar propícios os espíritos dos mortos. A lei proibia aos israelitas imitar esses gentios com tais atos (Lv 19.28). Os sacerdotes de Baal golpeavam-se com canivetes para aplacarem o seu deus (1 Rs 18.28). Outro costume, também proibido, era o de praticarem a tatuagem com o fim de mostrarem a sua submissão a uma divindade. A isto se faz evidentemente alusão no livro de Ap 13.16. O rasgar a carne por motivo de haver morrido uma pessoa era considerado prova de afeição (Jr 16.6; 41.5 e 48.31).

CORUJA, BUFO. O grande bufo (ou coruja) da Palestina (Lv 11.17; Dt 14.16; Is 34.15) é a águia bufo do Egito, e quase se limita esta espécie ao Egito e Palestina. É uma grande ave, que tem quase sessenta centímetros de comprimento, habitando nas ruínas e n

CORUJA, BUFO. O grande bufo (ou coruja) da Palestina (Lv 11.17; Dt 14.16; Is 34.15) é a águia bufo do Egito, e quase se limita esta espécie ao Egito e Palestina. É uma grande ave, que tem quase sessenta centímetros de comprimento, habitando nas ruínas e n

CORVO. É a primeira ave mencionada pelo seu nome na Bíblia (Gn 8.7). Os corvos, por determinação de Deus, levaram alimento ao profeta Elias, junto ao ribeiro de Querite (1 Rs 17.4,6). Em Pv 30.17 há uma referência àquele bem conhecido costume do corvo, que invariavelmente ataca primeiro os olhos dos animais pequenos ou doentes. O corvo é citado para explicar a providência de Deus com respeito às Suas criaturas, visto como ele vive em lugares solitários, onde o alimento é muito escasso, achando, contudo, sempre o seu sustento (Jó 38.41; Sl 147.9; Lc 12.24). As aves da espécie do corvo são abundantes na Palestina: em geral se alimentam de animais mortos, e por isso eram consideradas animais imundos, sendo a sua carne alimento proibido (Lv 11.15; Dt 14.14).

CÓS. Hoje chama-se Stâncio, uma pequena ilha, afastada da costa da Cária, Ásia Menor, onde Paulo passou a noite, quando voltava da sua terceira viagem missionária (At 21.1); foi célebre pelas suas fábricas de tecidos e pelos seus vinhos, bem como pelo seu templo consagrado ao deus Esculápio, anexa ao qual havia uma escola de Medicina, com um museu de Anatomia e Patologia.

COURAÇA. Uma veste de malha, que cobria o corpo pela frente e nas costas. Constava de duas partes, unidas nos lados (Jr 46.4; 51.3). É aquilo a que se refere o Ap em 9.9. Armadura para proteger a parte superior do corpo (Jó 41.26).

COZEBA. Enganador. São chamados "homens de Cozeba" uns certos descendentes de Selá, o filho de Judá (1 Cr 4.22).

COZINHAR. Geralmente a carne não fazia parte da alimentação entre os judeus. Poucos animais eram mortos para esse fim, exceto em ocasiões de hospitalidade e de festividade. A goela do animal, fosse ela de cabrito, de cordeiro, ou de vitela, era cortada pa

CRETA. Uma das maiores ilhas do mar Mediterrâneo, igualmente distante da Europa, Ásia e África, mas sempre considerada como fazendo parte da Europa. Era habitada por considerável número de judeus, alguns dos quais estavam em Jerusalém no célebre dia de Pentencoste (At 2.11); por esta ilha, do lado sul, passou Paulo na sua viagem para Roma (At 27.7 a 13,21); e, provavelmente, foi pelo mesmo Apóstolo visitada depois da sua primeira prisão em Roma (Tt 1.5); foi campo dos trabalhos de Tito, que ali recebeu a epístola de Paulo, na qual são descritos os seus habitantes como gente sem lei e imoral (Tt 1.10 a 13). O seu próprio poeta Epimênides (600 a.C.) é citado contra eles (Tt 1.12). Tito foi muito venerado em Creta durante a Idade Média. O nome da ilha é hoje geralmente Cândia.

CRETENSE. Os habitantes de Creta (Tt 1.12 e At 2.11).

CRISTAL. No livro de Jó (28.17) declara-se que a sabedoria é mais preciosa do que o ouro e o cristal. Em Ez 1.22 quer-se, com esta palavra, significar o cristal de rocha. No Ap 4.6 e 22.1 a palavra tem o significado de gelo ou cristal.

CRISTÃO. Esta palavra ocorre somente três vezes no Novo Testamento (At 11.26; 26.28; 1 Pe 4.16); e todas estas referências sugerem que o nome era de origem e aplicação pagãs. Eram os cristianos donde se derivou cristão. A mesma formação se vê na palavra "

CROCODILO. O crocodilo de Jó 41.1 a 34 é o que se encontra no Nilo do alto Egito, e ainda existe no Zerka ou rio do Crocodilo, que nasce perto de Samaria, e corre pela planície de Sarom. O crocodilo ataca principalmente o peixe, que ele persegue com a velocidade do raio, mas também às vezes se alimenta de qualquer anima! que pode apanhar. O crocodilo era animal sagrado entre os egípcios. No Sl 104.25,26, não se faz referência ao crocodilo, mas algum monstro da espécie da baleia; porquanto não há crocodilos no Mediterrâneo, o "mar vasto, imenso" da passagem. Em Jó 3.8 parece haver uma alusão ao dragão mitológico, que devora o Sol, quando há eclipse. No Sl 74.14 e em Is 27.1 usa-se o termo metaforicamente a respeito do Egito.

CRÔNICAS. O título do primeiro e segundo livro de Crônicas foi dado por Jerônimo. Os dois livros eram, primitivamente, um só livro, que se chamava "Palavras dos Dias", isto é, judeus incluídos nos Quetubins, ou Hagiógrafos. Na versão dos LXX são conhecido

CRONOLOGIA. Os hebreus não tinham divisão do tempo em frações da hora. A noite estava dividida em três vigílias. Mas no N.T. acham-se mencionadas quatro (Mc 6.48 e 13.35), originando-se a idéia, provavelmente, dos romanos. A semana era um período de sete

CRUZ. A crucificação era um método romano de execução, primeiramente reservado a escravos. Neste ato se combinavam os elementos de vergonha e tortura, e por isso este processo de justiçar os réus era olhado com o mais profundo horror. O castigo da crucifi

CUBO. 1 Rs 7.33: Cubo de roda é a peça onde entra o eixo e donde saem os raios para as pinas.

CUMPRIR. Ocorre freqüentes vezes no N.T. a frase "para se cumprir", ou "para que se cumprisse" (Mt 2.15, 17,23; 8.17; 12.17). Isto geralmente não quer dizer que aquelas pessoas que tomavam parte no acontecimento soubessem que estavam cumprindo uma profecia. O sentido, na maioria dos casos, deve ser, na realidade, o seguinte: "neste acontecimento se verificou o que foi dito pelo profeta...".

CUXE. 1. Filho de Cão, neto de Noé, e pai de Ninrode (Gn 10.6,8). O nome é mais geralmente empregado como termo geográfico e étnico, significando o país (Is 11.11) e povo da Etiópia, que é a sua usual versão no Antigo Testamento. A Etiópia correspondia, em geral, ao que hoje se conhece pelo Sudão do Egito, incluindo também a costa ocidental do sul da Arábia, bem como a costa fronteira da África. O professor Sayce diz que "era habitada na sua maior parte pela raça branca, cujos característicos físicos manifestam a sua conexão com os egípcios. Mas no vale meridional do Nilo estava esta raça em contato com duas raças pretas, a negra e a dos Núbios". Esta última excetuando a cor da pele e do cabelo, possuia uma estrutura física mais aperfeiçoada e melhor aparência do que os negros. 2. Um benjamita mencionado no titulo do Salmo 7, mas desconhecido.

CUZA. Era o procurador de Herodes Antipas, sendo Joana, sua mulher, uma das crentes que acompanhavam Jesus e os Seus discípulos (Lc 8.3). Ela foi também das que muito cedo se dirigiram ao sepulcro naquela manhã da ressurreição (Lc 24.10).

DÃ. 1. Quinto filho de Jacó, e o primeiro de Bila (Gn 30.6), de cuja vida pessoal nada sabemos. Quando se fez a enumeração do povo, no deserto do Sinai, continha a tribo de Dã 62.700 homens, que podiam trabalhar, sendo esse número apenas excedido por Judá

DAGOM. O deus nacional dos filisteus. Havia templos consagrados ao deus Dagom em Gaza e Asdode (Jz 16.21 a 30; 1 Sm 5.5,6; 1 Cr 10.10). Dagom era deus da agricultura. Procede desta circunstância o fato de serem mandados pelos filisteus ao Deus de Israel cinco ratinhos de ouro, semelhantes aos do campo, como sacrifício expiatório pelo pecado; o rato do campo simbolizava, talvez, aquele Deus que tinha castigado os adoradores de Dagom. Há, provavelmente, alguma conexão no fato de que a praga era, na sua origem, uma doença de rato.

DÃ-JAÃ. Lugar situado ao noroeste do reino de Davi, e que foi visitado por Joabe para a numeração do povo (2 Sm 24.6). Talvez possa ser identificado com Damã, cujas ruínas se vêem seis quilômetros ao norte de Aczibe.

DALILA. Uma mulher de Soreque, na Filístia, amada por Sansão. Foi por instigação de Dalila que os filisteus puderam saber onde estava o segredo da força daquele afamado israelita (Jz 16.4 a 18). Ela recebeu, pela sua traição, a importância de 5500 peças de prata (700 libras).

DALMÁCIA. Região montanhosa na costa oriental do mar Adriático, fazendo parte da província romana do Ilírico, para onde Tito foi mandado (2 Tm 4.10). O próprio apóstolo Paulo tinha pregado o Evangelho nas terras circunvizinhas (Rm 15.19). Não foi propriamente nome de uma província senão depois do ano 70 (d.C.)

DÂMARIS. Bezerra. Mulher convertida em Atenas com as pregações de Paulo (At 17.34). Não parece ter sido uma senhora da nobreza ateniense, porque tal dama não teria estado no auditório de S. Paulo.

DAMASCO. A mais importante e uma das mais antigas cidades da Síria, situada numa fértil planície, quase circular, com 48 km. de diâmetro; é banhada pelo Barada e o Awaj (Abana e Farfar). Dista de Jerusalém para o nordeste 218 km. Foi, por séculos, um cent

DANÇA. As mulheres hebréias exprimiam por meio de dança os seus sentimentos; e quando os seus maridos ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo de combater pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu encontro com danças de triunfo (Êx 15.20; Jz 11.34)

DANIEL (LIVRO DE). Conteúdo. O livro acha-se dividido em duas partes: (I) histórica (1 a 6), e (II) profética (7 a 12). Na primeira parte fala-se de Daniel na terceira pessoa; na segunda parte (à exceção de preliminares notícias, 7.1 a 10.1), é ele própri

DANIEL. Deus é meu Juiz. 1. Segundo filho de Davi, que lhe nasceu em Hebrom, de Abigail, a carmelita (1 Cr 3.1). Mas em 2 Sm 3.3 o seu nome é Quileabe. 2. O profeta Daniel, de cuja vida pouco se sabe, a não ser o que pode ser colhido do livro que tem o se

DARDO. "Dardos inflamados" (Ef 6.16) são setas ou outras armas de arremesso, lançadas quando estão em fogo ou têm em si qualquer material combustível.

DARIO. Três reis deste nome são mencionados no Antigo Testamento: 1. Dario, o Medo, que sucedeu no governo da Babilônia ao rei Belsazar. Nessa ocasião tinha ele 62 anos de idade (Dn 5.31 e seg.). Foi ele quem escolheu Daniel para ser um dos três president

DAVI. O segundo e o mais ilustre dos reis de Israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escrav

DEBIR. Significação desconhecida: será relicário ? l. É hoje Edh-Dhaherayeh, uma cidade nas montanhas de Judá (Js 15.49), em outros tempos chamada Quiriate-Sefer (Js 15.15; Jz 1.11). Está situada no cimo de uma comprida crista achatada, um território árido sem nascentes; mas conta hoje quatorze na distância de uns onze km para o norte. Cidade real de Anaquim, a qual foi tomada por Otoniel (Js 10,11,12 e 15; Jz 1.12,13), e concedida aos sacerdotes (Js 21.15; 1 Cr 6.58). 2. Lugar na fronteira norte, de Judá, perto do vale de Acor (Js 15.7). 3. Um sítio perto da fronteira de Gade, no vale oriental do Jordão (Js 13.26). 4. Rei de Eglom, um dos cinco monarcas que Josué mandou enforcar (Js 10.3,23).

DÉBORA. Abelha. l. A ama de Rebeca (Gn 35.8; cp. com 24.59). No Oriente as amas eram pessoas importantes da família, e de grande consideração. Débora acompanhou Rebeca à terra do seu marido (Gn 24.59). 2. Uma profetisa que julgava a Israel debaixo das pal

DECÁPOLIS. Dez cidades. Trata-se de uma confederação de cidades gregas, que se calcula terem sido dez, e que se estendiam por uma área que abrangia ambos os lados do Jordão, ao sul do mar da Galiléia e na direção do norte. Depois do ano 63 a.C. recebiam d

DEDÃ. 1. Filho de Raamá e neto de Cuxe (Gn 10.7). 2. Filho de Jocsã (Gn 25.3). Os dedanitas, Is 21.13, e os de Dedã, Ez 27.20, descendentes de um ou do outro tronco, eram uma tribo árabe; viviam como negociantes de caravana entre o Oriente e o Ocidente, e sua residência principal era perto de Edom (Ez 25.13). Há uma ilha chamada Dadã, perto do golfo Pérsico, cujo nome pode ter alguma conexão com a Dedã bíblica.

DEDICAÇÃO (FESTA DA) Festa instituída para comemorar a purificação do templo e a reedificação do altar, depois que Judas Macabeu expulsou os sírios (164 a. C.). É apenas mencionada uma vez na Bíblia (Jo 10.22). Celebrava-se essa festa com muitos cânticos, e conduzindo ramos de árvores. Ainda hoje é observada pelos judeus (Hanucá), e costuma realizar-se pelos fins de dezembro.

DEFEITO. Esta palavra é aplicada aos sacerdotes. Isto quer dizer que os ministros da religião mosaica não deviam ter defeito físico, que fosse neles uma incapacidade para a sua missão sacerdotal. Esses defeitos acham-se especificados em Lv 21.18 a 20. Deste modo a perfeição física dos sacerdotes era uma representação do sacerdote perfeito, que é Cristo. Também a palavra defeito se emprega com relação aos sacrifícios: não devia haver neles defeito algum (Lv 22.20 a 24). Isto se realizou em Cristo, o cordeiro imaculado e incontaminado (1 Pe 1.19), que se sacrificou pelos homens.

DEMÉTRIO. 1. Fabricante de pequenas relíquias de Diana, em Éfeso, representando elas, provavelmente, a deusa colocada dentro de um nicho de prata. Era costume essas relíquias com a imagem de Diana serem trazidas pelas pessoas, ou postas nas casas, servindo de amuletos ou de sortilégios. Eram facilmente compradas pelos que visitavam o famoso templo. Demétrio foi causador de uma grande gritaria contra Paulo, quando este Apóstolo pregou o Evangelho em Éfeso; Demétrio pensava, com razão, que com essas doutrinas da religião cristã corria perigo o negócio de fazer representações da deusa (At 19.24). 2. Um convertido de quem São João faz o elogio, e que vivia em Éfeso, ou perto desta cidade (3 Jo 12).

DEMÔNIO (POSSESSO DO). A possessão demoníaca figura largamente nos Evangelhos e nos Atos. Três palavras representam o espírito do mal e a condição de estar a alma na sua sujeição: demônio, endemoninhado, endemoninhar. Implicam a existência de seres que po

DEMÔNIO, SATANÁS. Diabo, Acusador, Adversário. l. O falso acusador, que calunia Deus perante o homem, e o homem perante Deus. Em Gn 3.5 procura o demônio fazer crer que Deus é um dominador arbitrário e egoísta. Como acusador do homem, vide Jó caps. 1 e 2.

DEMÔNIO, SATANÁS. Diabo, Acusador, Adversário. l. O falso acusador, que calunia Deus perante o homem, e o homem perante Deus. Em Gn 3.5 procura o demônio fazer crer que Deus é um dominador arbitrário e egoísta. Como acusador do homem, vide Jó caps. 1 e 2.

DENÁRIO. O denário, queem outra tradução é um dinheiro, era a principal moeda romana de prata. Era, geralmente, o salário que um homem recebia pelo trabalho de um dia. Era moeda de grande uso por todo o império romano, nos tempos do N.T. O seu nome latino era denarius, e em grego, denarion (Mt 20.2; 22.19; Mc 6.37; 12.15; Lc 20.24; Jo 6.7; 12.5; Ap 6.6). À dracma, peça de prata, equivalia o denário romano, que correu em toda a Europa, ainda muito depois do desmembramento do Império. O que circulava no tempo de Cristo, tinha no anverso a cabeça de Tibério, com esta inscrição: "Tibério César Augusto, filho do deificado Augusto." No reverso estava a imagem da imperatriz Lívia, com cetro e flor. (*veja Moeda.)

DERBE. Cidade da Licaônia, geograficamente falando, embora fizesse parte da província romana da Galácia. Foi visitada por S. Paulo, como se lê em At 14.20 e 16.1, sendo possível que também ali tivesse ido, quando ele visitou a província da Galácia e Frígia (At 18.23). Gaio, companheiro do Apóstolo, era natural de Derbe (At 20.4). O sítio onde estava Derbe é, provavelmente, o da muralha de Gudelissim, uns 48 km. ao sudoeste de Listra.

DESERTO DA JUDÉIA. Chamava-se assim aquela região de Judá, que ficava ao oriente e ao sul de Jerusalém. Trata-se de um território áspero, bastante acidentado, tendo muitas covas, e correntes de água, que se vêem secas na maior parte do ano. Os rebanhos de algumas tribos errantes andam por ali, alimentando-se nas fracas pastagens, juntamente com as cabras bravas e coelhos (Jz 1.16). Foi ao ocidente desta região que Davi, foragido, encontrou o miserável Nabal, no monte Carmelo; e na orla oriental teve ele o memorável encontro com Saul na caverna de En-Gedi (*veja esta palavra). Neste mesmo deserto João Batista fez as suas pregações (Mt 3.1); e geralmente se crê que foi aqui, também, que se deu a tentação de Jesus. (*veja Deserto.)

DESERTO. A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. Os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existê

DESPENSEIRO. O encarregado da despensa.

DEUEL. Pai de Eliasafe (Nm 1.14; 7.42,47; 10.20).

DEUS. I. Os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador. (a) O termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando

DEUTERONÔMIO. Quinto livro do A.T., e último do Pentateuco. O nome, derivado dos assuntos que encerra, significa "Segunda Lei". Quanto às suas matérias, podem elas ser resumidas da seguinte maneira: I. Introdução, ou Prefácio, tendo por fim chamar a atenç

DEZ MANDAMENTOS. Os mandamentos estão escritos no livro de Êx 20.3 a 17; Dt 5.6 a 21; as circunstâncias em que eles foram dados a Moisés acham-se descritas no Êx 19 a 24. Os Dez Mandamentos foram gravados em duas tábuas de pedra, e estas colocadas dentro da arca. São também chamadas as Tábuas do Testemunho, algumas vezes simplesmente "o testemunho"; é o testemunho da vontade de Deus para com os homens, é a própria Retidão, exigindo a retidão do homem (Êx 25.16; 31.18). Para se conhecer a maneira como devem ser compreendidos pelos cristãos, vejam-se as palavras de Jesus Cristo em Mt 5.21 a 32.)

DIA NATALÍCIO. Somente três vezes se usa esta expressão: uma vez no A.T., quando em Gn 40.20 se faz referência ao dia do nascimento de Faraó, o qual era sempre dia de festa; e duas vezes no N.T., em que se menciona o dia do nascimento de Herodes (Mt 14.6 e Mc 6.21). No Oriente, como em qualquer outra parte, é muito antigo o costume de comemorar o dia do nascimento com grandes demonstrações de alegria. Mais tarde os judeus não tinham por estas festas muita consideração, devido isso ao fato de se praticarem, muitas vezes, nesses dias festivos, certos atos de idolatria; mas nos dias antigos da Igreja cristã eram celebrados, como se fossem aniversários natalícios, os dias em que tinham sido martirizados os discípulos de Jesus Cristo, comemorando-se assim a sua entrada na vida eterna.

DIA. O "calor do dia" (Mt 20.12) significa o tempo das nove horas, quando no Oriente o sol resplandece vivamente no Céu. "Pela viração do dia" (Gn 3.8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a pri

DIACONISA. Em virtude da referência em Rm 16.1: "Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia", tem-se pensado que a mesma Febe pertencia a uma já reconhecida ordem de diaconisas. Mas não há prova alguma de que isto era assim. A

DIÁCONO. É o título usualmente aplicado aos sete, a que em Atos 6 se faz referência. Os Apóstolos, tomando em consideração as queixas que os judeus gregos faziam de que as suas viúvas eram desprezadas no ministério quotidiano, convocaram a multidão dos cr

DIAMANTE. Pedra preciosa (Êx 28.18 e 39.11; Ez 28.13). Os modernos comentadores preferem traduzir por ônix a palavra hebraica. Esta palavra é derivada de uma palavra grega, que significa invencível. Primitivamente aplicava-se ao mais duro metal, e também metaforicamente a qualquer coisa fixa e inalterável; em Ez 3.9 e Zc 7.12, a palavra é tradução do hebraico Shamir, sendo alguma pedra de grande dureza (talvez corundo, cristalizado em alumina), que se empregava para cortar.

DIANA. Diana é o nome latino da deusa grega, Artemis, e havia em Éfeso um famoso templo para lhe prestarem culto os seus adoradores (At 19). Pensava-se naquela cidade que ela era o sustentáculo de todas as criaturas vivas. E acreditavam os efésios que a imagem dessa deusa tinha caído do céu. O templo era servido por um grupo de sacerdotes e por virgens consagradas a Vesta (*veja Éfeso e Demétrio). Era esse grandioso edifício uma das 7 maravilhas do mundo: tinha sido construído com mármore brilhante, demorando 220 anos a sua construção. Por detrás da imagem da deusa havia um tesouro, onde as nações e também reis depositavam os seus preciosos objetos. Esta famosa obra arquitetônica foi queimada pelos godos no ano 260 (d.C.).

DIBOM, DIBOM-GADE. 1. Dibom, que fica cinco quilômetros ao norte de Arnom. Cidade de Moabe (Nm 21.30), foi acampamento dos israelitas (Nm 33.45,46), cedida a Rúben, reedificada por Gade (Nm 32.3,34; Js 13.9,17), e reconquistada por Moabe (Is 15.2 e Jr 48.18,22). Também se chama Dimom (Is 15.9), e foi o sítio da descoberta da pedra moabita. 2. Cidade que foi novamente habitada pelos homens de Judá, depois da volta do cativeiro (Ne 11.26). (*veja Dimona.)

DIBOM, DIBOM-GADE. 1. Dibom, que fica cinco quilômetros ao norte de Arnom. Cidade de Moabe (Nm 21.30), foi acampamento dos israelitas (Nm 33.45,46), cedida a Rúben, reedificada por Gade (Nm 32.3,34; Js 13.9,17), e reconquistada por Moabe (Is 15.2 e Jr 48.18,22). Também se chama Dimom (Is 15.9), e foi o sítio da descoberta da pedra moabita. 2. Cidade que foi novamente habitada pelos homens de Judá, depois da volta do cativeiro (Ne 11.26). (*veja Dimona.)

DIMONA. Pantanoso lugar. Cidade que ficava na extremidade sul de Judá (Js 15.22); é provavelmente o mesmo que Dibom (2).

DINA. Julgado ou vingado. Filha de Jacó e de Lia; ela acompanhou seu pai desde a Mesopotâmia até Canaã, e foi violada por Siquém, filho de Hamor; Simeão e Levi, irmãos de Diná, por seu pai e mãe, tomaram terrível vingança por esta ofensa, assassinando todos os indivíduos do sexo masculino da cidade de Hamor, sendo esta cidade (Gn 34) também saqueada.

DINAÍTAS. Tribo assíria, transportada para a Samaria pelo rei assírio Asnaar (Assurbanipal) (668 a 626 a.C.), depois da conquista do reino de Israel e cativeiro das dez tribos. Esses assírios opuseram-se à reedificação do templo (Ed 4.9). Tem-se conjeturado que eles eram o povo Dayani, que vivia na Armênia Ocidental.

DINHEIRO. Nos tempos antigos, antes da fabricação da moeda, o ouro e a prata eram pesados para os pagamentos (Gn 23.16). Em toda a história de José achamos provas de se fazer uso do dinheiro de preferência à troca. Todo o dinheiro do Egito e de Canaã foi dado a Faraó pelo trigo comprado, e só então tiveram os egípcios de recorrer à permutação (Gn 47. 13 a 26). No tempo do Êxodo o dinheiro era ainda pesado (Êx 30.13), sendo a prata o metal mencionado; o ouro, ainda que estimável, não se empregava como dinheiro. Não encontramos na Bíblia alguma prova de se usar dinheiro cunhado, antes do tempo de Esdras. Vejam-se as palavras que significam as diversas espécies de moeda. (*veja Denário.)

DIREITO DE PRIMOGENITURA. No Oriente, o primogênito, ou o filho mais velho, gozava de certos privilégios em relação aos outros filhos. Dava-se isto de um modo especial entre os hebreus. O primogênito era consagrado ao Senhor (Êx 22.29). Pertencia-lhe a ex

DISCÍPULO. É discípulo o que aprende de alguém, ou o que segue os princípios de um Mestre, seja de Moisés (Jo 9.28), ou de João Batista (Mt 9.14), ou dos fariseus (Mt 22.16); mas de um modo preeminente se dá a qualidade de discípulo, ou em geral aos que seguiam Jesus Cristo (Mt 10.42), ou de um modo restrito aos Apóstolos (Mt 10.1). A palavra é também aplicada a uma mulher, no caso de Dorcas (At 9.36). (*veja Escolas, Apóstolo.)

DISPERSÃO, OS JUDEUS DA. Os judeus da dispersão são aqueles que habitavam em países estrangeiros. Estas colônias conservavam inteiramente o tipo israelita, evitando perder-se nas nações, onde viviam por meio de uma poderosa coesão da sua fé. Nestas novas

DIVÓRCIO. A lei de Moisés permitia que o marido israelita repudiasse sua mulher (Dt 22.19,29; e 24.1 a 4), mas por que motivos ele podia tomar tal deliberação é assunto para discussões. Jesus Cristo disse: "Qualquer que repudiar sua mulher exceto em caso de adultério, a expõe a tornar-se adúltera, e aquele que casar com a repudiada, comete adultério" (Mt 5.32). (*veja Adultério, Casamento.)

DÍZIMO. Décima parte. Abraão apresentou o dizimo de tudo a Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.20). Jacó, depois de ter a visão dos anjos, prometeu ao Senhor o dízimo do que o Senhor lhe desse, se de novo voltasse em paz à casa de seu pai

DODANIM ou RODANIM. Raça descendente de Javã, filho de Jafé (Gn 10.4; 1 Cr l.7). Podem eles representar uma colônia grega da Ásia Menor. Se Rodanim é a forma correta, designará certamente os naturais da ilha de Rodes. Rodes tinha sido, em tempos primitivos, ocupada pelos fenícios, cujos túmulos têm sido descobertos nos antigos cemitérios da ilha; mas a colônia fenícia foi subseqüentemente inutilizada pelos gregos dóricos.

DOEGUE. Ansioso. O capataz dos pastores de Saul, um idumeu que deu a Saul informações sobre ter Aimeleque auxiliado Davi. Ele destruiu os sacerdotes de Nobe e suas famílias, em número de oitenta e cinco pessoas, e também todas as suas propriedades (1 Sm 21.7; 22.9,17,22).

DOMINGO. (*veja Dia do Senhor.)

DONINHA. Esta palavra ocorre somente em Lv 11.29, sendo mencionada entre os animais imundos, que se arrastam. Há, na Palestina, vários animais desta espécie, parecendo que aquele de que se trata aqui é o icneumon, que abundantemente se encontra nos lugares rochosos por toda a extensão das planícies cultivadas. Assemelha-se, sob certos aspectos, à doninha, e é também parecido com o furão, muito vulgar na Palestina. Pelo seu corpo comprido e curtas pernas foi provavelmente classificado entre os animais que andam rastejando.

DONS ESPIRITUAIS. São os poderes ou graças que o Espírito Santo confere a certos crentes em benefício da Igreja. A natureza desses dons e o modo do seu reto exercício são tratados em Rm 12, e 1 Co 12 a 14; veja também 1 Co 7.7; 1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6; 1 Pe 4.10. São mais do que exemplos das simples graças cristãs ("o fruto do Espirito", Gl 5.22,23), porque são certos e determinados poderes.

DOR. Atualmente é Tantura; cidade real de Canaã sobre um promontório rocaz, 22km. para o sul do monte Carmelo. O rei de Dor ajuntou-se a Jabim, rei de Hazor, contra Josué (Js 11.1,2; e 12,23). Dor estava dentro do território de Aser, mas tinha sido dado em quinhão a Manassés; não foram daí expulsos os seus habitantes, ficando apenas sujeitos a pagar certo tributo (Js 17.11; Jz 1.27,28); e foi provedoria de Salomão (1 Rs 4.11). Entre as suas ruínas se acham os restos do antigo porto.

DORCAS, TABITA. Palavra grega, cujo significado é gazela, por causa dos grandes olhos do animal, assim como Tabita é a palavra aramaica para gazela, por virtude da beleza que esta geralmente apresenta. Foi uma querida mulher cristã de Jope, que fazia vestidos para os pobres. Foi levantada dentre os mortos por Pedro (At 9.36 a 42).

DORCAS, TABITA. Palavra grega, cujo significado é gazela, por causa dos grandes olhos do animal, assim como Tabita é a palavra aramaica para gazela, por virtude da beleza que esta geralmente apresenta. Foi uma querida mulher cristã de Jope, que fazia vestidos para os pobres. Foi levantada dentre os mortos por Pedro (At 9.36 a 42).

DOTÃ. Chama-se atualmente Tel, e é uma cidade sobre uma elevação, que fica 20 km. ao norte de Samaria, numa planície que se prolonga entre as serras meridionais, desde o lado sudoeste dos planos do Esdrelom. Era nesta planície que se achavam os irmãos de José, pastoreando os seus rebanhos, quando o venderam como escravo aos midianitas (Gn 37.17); e foi na cidade de Dotã que o profeta Eliseu recebeu maravilhoso auxílio contra as forças que o rei assírio mandou para o prenderem (2 Rs 6.13).

DRACMA. Moeda de prata (Lc 15.8,9). Era uma moeda grega, tendo quase o mesmo valor que o Denário romano. O duplo dracma (didracma) é a mesma coisa que metade de um siclo, dois dos quais formavam o estáter, de que se fala em Mt 17.27. (*veja Denário, Dinheiro.)

DRAGÃO (FONTE DO). Ficava a oeste, ou na parte sudoeste da muralha de Jerusalém (Ne 2.13). O nome provavelmente é devido ao culto que antes dos israelitas se prestava ali a uma serpente sagrada, ou a um jinn na forma de serpente.

DRAGÃO, CHACAL. Com esta palavra, em algumas traduções, faz-se referência ao chacal. A Terra Santa, com o seu grande número de cavernas e de velhos túmulos, oferece lugares favoritos ao chacal, que anda em busca de animais desgarrados, ou cabritos, mas não se atreve a atacar o homem. O dragão do cap. 12 do Ap é simbólico, não se referindo necessariamente, a qualquer criatura realmente existente. S. João pode ter tido na sua mente a boa, quando ele descreve Satanás como sendo o grande dragão vermelho, ferindo veemente com a sua cauda.

DRAGÃO, CHACAL. Com esta palavra, em algumas traduções, faz-se referência ao chacal. A Terra Santa, com o seu grande número de cavernas e de velhos túmulos, oferece lugares favoritos ao chacal, que anda em busca de animais desgarrados, ou cabritos, mas não se atreve a atacar o homem. O dragão do cap. 12 do Ap é simbólico, não se referindo necessariamente, a qualquer criatura realmente existente. S. João pode ter tido na sua mente a boa, quando ele descreve Satanás como sendo o grande dragão vermelho, ferindo veemente com a sua cauda.

DROMEDÁRIO. Em Is 60.6 e Jr 2.23. Camelo de corrida, de uma só corcova.

DRUSILA. Drusila era a terceira filha de Herodes Agripa, o que mandou matar o Apóstolo Tiago (At 12.1,2), e que lançou Pedro na prisão (At 12.3,4), tendo, depois de uma vida iníqua, uma terrível morte na ocasião em que falava ao povo em Cesaréia (At 12.23). Drusila era notável pela sua beleza. O seu segundo marido foi Cláudio Félix, governador da Judéia, de quem teve um filho, cujo nome era Agripa. Foi diante de Drusila e de seu marido Félix que o Apóstolo Paulo compareceu, defendendo a sua profissão cristã (At 24.24). Agripa, o filho de Drusila, pereceu na grande erupção do Vesúvio, no ano 79 (d.C.); pensam alguns escritores que filho e mãe morreram na mesma ocasião.

DUMÁ. Silêncio. l. Uma tribo ismaelita da Arábia, sendo por isso Dumá também o nome do principal lugar ou território, habitado por aquela tribo (Gn 25.14; e 1 Cr 1.30). A principal povoação chama-se agora Jof, e está situada na parte setentrional da península, quase a meio caminho entre Petra e o Eufrates. 2. Cidade no território montanhoso de Judá (Js 15.52), à distância de cerca de onze quilômetros de Hebrom e atualmente é Ed-Dômeh, lugar de grandes ruínas com túmulos cavados na rocha. 3. Em Is 21.11 parece ser um título da profecia seguinte, para exprimir o "silêncio" do destino de Edom.

DURA. Era um lugar na província de Babilônia, que dava o seu nome à planície que o rodeava, sendo aqui onde o rei Nabucodonosor mandou levantar a imagem de ouro (Dn 3.1). Dura tem sido identificado com o terreno plano de Dowair ou Duair, ao sudeste de Babilônia, onde foi descoberto o pedestal de uma colossal estátua.

EBAL (MONTE). Descoberto. Um monte célebre com 900 m de altura, ao norte do vale de Siquém. Ebal e Gerizim são montes gêmeos, próximos um do outro, estando apenas separados por um profundo vale, em que ficava situada a cidade de Siquém, a moderna Nablus (

EBAL. 1. Um horeu (Gn 36.23; 1 Cr 1.40). 2. Um filho de Joctã, descendente de Sem (1 Cr 1.22). É chamado Obal em Gn 10.28.

EBENÉZER. Pedra de auxílio. Uma pedra memorial erigida por Samuel, depois de libertados dos filisteus os israelitas (1 Sm 4.1, 5.1 e 7.12). Isto foi feito em certo lugar que ficava entre Mispa, a "torre de vigia", à distância de oito quilômetros ao norte de Jerusalém, e Sem; mas, na verdade, a sua exata situação não é conhecida.

ÉBER (HEBER). 1. Bisneto de Sem, e filho de Salá. Foi um dos antepassados de Abraão, na sétima geração (Gn 10.21; e 11.14 a 26). 2. O chefe de uma fami1ia de Gade (1 Cr 5.13). 3. Um filho de Elpaal, da tribo de Benjamim (1 Cr 8.12). 4. Um filho de Sasaque, também da tribo de Benjamim (1 Cr 8.22). 5. Um sacerdote da família de Amoque (Ne 12.20). (*veja Hebreus.)

EBROM. Uma cidade de Aser (Js 19.28).

ECLESIASTES (LIVRO DO). O Eclesiastes acha-se agora classificado entre os sagrados escritos, que fazem parte dos "Livros da Sabedoria". Estas obras distinguem-se na sua substância e na sua natureza das dos Profetas. Elas são mais refletivas e éticas do qu

ECLESIÁSTICO (LIVRO DO). Este é o titulo latino de um livro, que está compreendido entre os Apócrifos, e que na Versão dos Setenta se chama "Sabedoria de Jesus, filho de Siraque". Jesus ben Siraque, a quem se atribui a obra, parece ter sido um judeu da Pa

ECROM. Era a mais setentrional das cinco cidades pertencentes aos príncipes dos filisteus (Js 13.3). Estava situada nas terras baixas, e foi destinada a Judá (Js 15.11, 45,46). Foi também dada a Dã (Js 19.43), mas passado tempo recuperaram-na os filisteus. Foi a última cidade filistéia, para onde foi mandada a arca, antes de esta voltar para o poder dos israelitas (1 Sm 5.10). A mortalidade neste lugar foi maior do que tinha sido em Asdode, ou em Gate. Era lugar santo para o culto de Baal-Zebube (2 Rs 1.2 a 6). A destruição de Ecrom é predita em Am 1.8; Sf 2.4; e Zc 9.5). O seu nome atual é Akri, à distância de alguns quilômetros ao sudoeste de Ramlé.

ÉDEN. Delícias 1. O Éden é o jardim ou paraíso, que Deus preparou para receber o homem (Gn 2.8). A localidade do Jardim do Éden não pode ser exatamente determinada, embora dois dos seus quatro rios sejam indubitavelmente o Tigre e o Eufrates. Não tem dado

EDER. 1. Chama-se a "torre de Eder" o lugar onde Jacó permaneceu entre Belém e Hebrom (Gn 35.21). Era uma das torres que serviam para os pastores vigiarem os rebanhos. Também serviam de lugares de abrigo, ou ainda como pontos de reunião, no estio, para os seus possuidores. A torre de Eder ficava afastada de Belém cerca de 1600 metros. Em Mq 4.8 parece estar empregada a torre de Eder pela própria cidade de Belém, como terra natal do Messias. 2. Cidade da fronteira, na extremidade sul de Judá (Js 15.21). 3. Um neto de Merari, filho de Levi (1 Cr 23.23).

EDOM. Vermelho. Foi este o nome dado a Esaú por motivo da cor vermelha da sopa de lentilhas, pela qual ele vendeu a Jacó o seu direito de primogenitura (Gn 25.30; 36.1). 2. O país que nos tempos do N.T. era conhecido pelo nome de Iduméia (Mc 3.8). Primiti

EDREI. Fortaleza. 1. Cidade fortificada, sobre um promontório roqueiro, que se salienta no ângulo sudoeste do Lejá. Foi uma das duas principais cidades de Basã, e o ponto da derrota de Ogue pelos israelitas (Nm 21.33 a 35; Dt 1.4; 3.10; Js 9.10; 12.4; 13.12). Foi cedida à meia tribo oriental de Manassés (Js 13.29 a 31); mas depois disso não lhe é feita qualquer outra referência. Ainda que foi outrora uma grande fortaleza, é agora apenas um montão de ruínas, ao qual está ligado ainda o seu antigo nome (Edrael). 2. Cidade de Naftali ao norte da Palestina (Js 19.37), à distância de três quilômetros ao sul de Quedes.

EFA. Medida para secos e líquidos. A medida equivale a 22 litros. Era esta medida da mesma capacidade que o bato (Êx 16.36).

EFÉSIOS (EPÍSTOLA AOS). A data em que foi escrita a epístola do Apóstolo Paulo pode ser deduzida da narrativa. Foi escrita pelo mesmo tempo em que o foram as dirigidas aos Colossenses e a Filemom, quando Paulo era prisioneiro em Roma. Ele está antevendo a

ÉFESO. Cidade situada naquela região que hoje se chama Ásia Menor, nas margens do rio Caístro, à distância de uns dez quilômetros da sua foz. Era uma cidade livre, centro da administração romana, habitando lá muitos judeus. Esta povoação era grandemente f

EFRAIM (CIDADE DE). Cidade "vizinha ao deserto", para onde Jesus Cristo se retirou, quando era viva a hostilidade dos judeus de Jerusalém (Jo 11.54). É, provavelmente, a mesma cidade que Ofra. (*veja esta palavra.) Não se sabe se é idêntica àquela povoação, mencionada em 2 Sm 13.23, a qual ficava na vizinhança da herdade de Absalão.

EFRAIM (FLORESTA DE). A floresta ou bosque de Efraim (1 Sm 14.25; 2 Rs 2.24) ficava ao oriente do Jordão, perto de Jabes-Gileade e foi um lugar memorável pela batalha que ali se travou entre Davi e o rebelde exército de Absalão (2 Sm 18.6).

EFRAIM (MONTE DE). (Js 17.15; 19.50; 20.7.) Também se diz região montanhosa de Efraim. Deu-se este nome à cordilheira que se estende de norte a sul pelas terras de Efraim. Era fértil o solo tanto das rampas orientais como das ocidentais.

EFRAIM (PORTA DE). Uma das portas de Jerusalém, perto daquela que é hoje conhecida pelo nome de porta de Damasco (2 Rs 14.13; 2 Cr 25.23; Ne 8.16).]

EFRAIM (TRIBO DE). Os descendentes de Efraim ocuparam uma das mais férteis regiões da Palestina, tendo o mar Mediterrâneo ao ocidente, e protegendo-os pelo oriente o rio Jordão. Ao norte era limitada pela tribo de Manassés, e era fechada ao sul pelas tribos de Dã e Benjamim. A família de Efraim tinha saído do Egito, extraordinariamente forte em número (Nm 2.18,19); e Josué, ele próprio efraimita, deu-lhe a porção de território acima descrita (Js 16.1 a 10). A arca e o tabernáculo por muito tempo permaneceram no território desta tribo, em Silo; e, depois da revolta e separação das dez tribos, esteve a capital do seu reino sempre dentro dos limites de Efraim, de maneira que a todo o povo se dá algumas vezes o nome de efraimitas (Jr 31.9, 18.20).

EFRAIM. Fértil. Segundo filho de José, nascido no Egito (Gn 41. 52). Quando foi levado à presença do patriarca Jacó com Manassés, Jacó pôs a sua mão direita sobre ele. Quis José mudar as posições dos seus dois filhos, mas Jacó recusou (Gn 48.8 a 20).

EFROM. Fortaleza. 1. Heteu que possuía o campo onde estava a cova de Macpela, o qual foi comprado por Abraão pela quantia de 400 siclos de prata (Gn 23.8 a 17; 25.9; 49.29,30). 2. Monte que, com o circunjacente território, servia de baliza ao norte de Judá (Js 15.9). 3. Cidade perto de Betel, no deserto de Judá (2 Cr 13.19). Foi tomada com outras cidades a Jeroboão por Abias, rei de Judá.

EGITO. Por toda a história da Bíblia, desde que Abraão desceu ao Egito para ali habitar (Gn 12.10) por causa da grande fome que havia em Canaã, até àquele dia em que José, a um mandado do Senhor, se levantou às pressas, e, tomando de noite o menino e sua

EGLOM. 1. Eglom era rei dos moabitas, que, com o auxilio dos amonitas e dos amalequitas (Jz 3.12 e seg.), tomou Jericó, oprimindo o povo de Israel pelo espaço de dezoito anos, e obrigando-o a pagar tributo. Foi assassinado por um israelita, chamado Eúde, que tinha obtido por meio de um presente ser chamado à sua presença. (*veja Eúde.) 2. Uma das cidades dos amorreus, que em poder do seu rei Debir, e na confederação de quatro outras cidades, fez guerra a Gibeom. Foi destruída por Josué (Js 10.3 a 35; e 12.12); e coube na divisão das terras à tribo de Judá (Js 15.39). Hoje chama-se Ailã e fica 22 km ao nordeste de Gaza, e distante 16 km de Beit Jibrim, ao sul da grande planície marítima. (*veja Josué.).

ELAMITAS. Ed, 4.9; At 2.9. (*veja Elão.)

ELÃO. 1. Filho mais velho de Sem, cuja família deu o seu nome a um território que fica ao sul da Assíria, tendo a Pérsia ao oriente. Dele descenderam os elamitas e os persas (Gn 10.22). O país estava situado na Baixa Mesopotâmia, no cimo do golfo Pérsico,

ELASA. Deus criou. 1. Sacerdote que casou com uma mulher estrangeira no tempo de Esdras (Ed 10.22). 2. Embaixador do rei Zedequias, que foi à Babilônia falar com Nabucodonosor. Ele também levava uma carta aos judeus, que estavam cativos na Babilônia (Jr 29.3).

ELASAR. Os domínios do rei Arioque (Gn 14.1). Nos tempos de Abraão era Elasar a capital de um reino, sujeito a Elão. Tem sido identificada essa povoação com a antiga cidade de Larsa, na Caldéia, a qual hoje se chama Senkereh.

ELATE. Uma praia do mar, na terra de Edom, que hoje se chama Eilé, e que se achava situada na parte superior do golfo Arábico. Pertencia primitivamente aos idumeus, estando no país da Iduméia. Quando Davi conquistou Edom, e "em todo o Edom pôs guarnições"

ELCANA. Possessão de Deus. l. (Êx 6.24). 2. Pai de Samuel (1 Sm 1.1 a 23; 1 Cr 6.27,34). Ele viveu no tempo de Eli, e era casado com duas mulheres; uma delas, chamada Ana, em resposta às suas orações, teve um filho ao qual foi dado o nome de Samuel. 3. Um levita, que deve ser o mesmo que 1, e um dos primitivos antepassados de 2 (1 Cr 6.23). 4. Também antepassado mais próximo de 2 (1 Cr 6.26). 5. (1 Cr 9.16). 6. Um coraíta, que se juntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12.6). 7. Um levita (1 Cr 15.23). 8. Um oficial do rei Acaz (2 Cr 28.7).

ELEAL OU ELEALE. Deus é engrandecido. Cidade moabita, ao norte de Hesbom, foi dada a Rúben (Nm 32.3). Está situada ao oriente do Jordão em terra de pastagem. Foi denunciada tanto por Isaías como por Jeremias. Podem ainda ver-se as suas ruínas, que têm o nome de El-Áal, no cimo de um monte, cercado de uma larga planície (Is 15.4; 16.9; Jr 48.34).

ELEAZAR. Deus nos auxiliou. 1. Terceiro filho de Arão e de Eliseba, sendo esta filha de Aminadabe, descendente de Judá por Perez (Gn 38.29; Êx 6.23; Rt 4.18). Ele e os da sua família que o seguiram, sucederam a Arão no cargo de sumo sacerdote, conservando

ELEITO, ELEIÇÃO. As expressões "meu eleito", e "meu escolhido", e "meus eleitos" encontram-se algumas vezes na segunda parte do livro de Isaías (42.1; 45.4; 65.9,22); e muitas outras passagens se vêem em que há referências a Israel como povo escolhido de

ELEITO, ELEIÇÃO. As expressões "meu eleito", e "meu escolhido", e "meus eleitos" encontram-se algumas vezes na segunda parte do livro de Isaías (42.1; 45.4; 65.9,22); e muitas outras passagens se vêem em que há referências a Israel como povo escolhido de

ELEMENTOS. Esta palavra tem diversas significações: (1) as letras do alfabeto, e por conseqüência os rudimentos (o a b c ) de qualquer ramo de conhecimentos; (2) os elementos de que é composto o nosso globo: terra, ar, água, e fogo; (3) os corpos celestia

ELI. Engrandecido. Sumo sacerdote e juiz de Israel. Foi o antecessor de Samuel, e descendia de Arão por Itamar (cp. 2 Sm 8.17 com 1 Rs 2.27, e 1 Cr 24.3). Como resultado da sua fraca influência sobre os seus dois filhos, Hofni e Finéias, foi-lhe dito que

ELIABE. Deus é pai. l. Era filho de Helom e chefe da tribo de Zebulom quando foram enumeradas as tribos no deserto do Sinai (Nm l.9). 2. Filho de Palu (Nm 26.8), e pai de Datã e Abirã (Nm 16.1). Era membro de uma das principais famílias da tribo de Rúben,

ELIAQUIM. A quem Deus estabelece. l. Um dos oficiais da corte de Ezequias. Sucedeu a Sebna como mordomo da casa real, e foi nomeado para conferenciar com o rei da Assíria, que estava então cercando a cidade de Jerusalém (2 Rs 18 e 19; Is 22.20). 2. Filho e sucessor do rei Josias. Foi posteriormente chamado Jeoaquim (2 Rs 23.34). (*veja Joaquim.) 3. Sacerdote que assistiu à festa da dedicação dos muros, no tempo de Neemias (Ne 12.41). 4. e 5. Antepassados de Jesus Cristo (Mt 1.13; Lc 3.30).

ELIAS. O SENHOR é Deus. 1. Elias era tesbita, natural de Gileade, país ao oriente do Jordão, e foi "o maior e o mais romântico caráter que houve em Israel". É dramático o seu aparecimento público. No reinado de Acabe, rei de Israel, que recebia a forte in

ELIASIBE. Deus restaurou. 1. Sumo sacerdote, que fez inconveniente uso do templo, dando ali refúgio a um seu parente, Tobias, o amonita, excitando desse modo a ira de Neemias (Ne 13.4 a 7). O seu neto casou com a filha de Sambalá, o horonita (Ne 13.28). Ele aparece pela primeira vez auxiliando a reedificação dos muros da cidade (Ne 3). 2. Um sacerdote (1 Cr 24.12). 3. Um descendente da casa de Judá (1 Cr 3.24). 4. Um músico do templo (Ed 10.24). 5 (Ed 10.27). 6. (Ed 10.36). 7. Pai de Joanã (Ed 10.6; Ne 12.22,23). Talvez o mesmo que o do número 1.

ELIEZER. Deus me ajuda. l. O principal servo de Abraão, que era chamado "damasceno Eliezer" (Gn 15.2). "Um servo nascido na minha casa" (vers. 3), quer dizer, que era membro da família. Era ele o "mais antigo servo da casa", que foi mandado por Abraão procurar mulher para Isaque (Gn 24.2). 2. Segundo filho de Moisés (Êx 18.4, 1 Cr 23.15,17). 3. Neto de Benjamim (1 Cr 7.8). 4. (1 Cr 15.24). 5. (1 Cr 27.16). 6. Profeta que profetizou contra Josafá (2 Cr 20.37). 7. (Ed 8.16). 8. (Ed 10.18). 9. (Ed 10.23). 10. (Ed 10.31). 11. Um dos antepassados de José na genealogia de Cristo (Lc 3.29).

ELIFAZ. 1. Filho de Esaú e de Ada, a filha de Elom (Gn 36.4; 1 Cr 1.35). 2. O principal dos três amigos de Jó. Era temanita, da província da Iduméia, a qual tinha sido colonizada por um filho de Esaú (Gn 36.10,11; *veja Jr 49.7,20). Elifaz sustentava, mais que os outros amigos de Jó, que a infelicidade de Jó provinha do Senhor como castigo dos seus pecados ocultos. Ele trata mais amavelmente Jó do que Zofar ou Bildade. A grande verdade que ele apresenta é a assombrosa pureza e majestade de Deus (Jó 4.12 a 21). (*veja Jó, Livro de )

ELIFELETE. Deus, caminho da salvação. l. Um dos filhos de Davi, nascido em Jerusalém (2 Sm 5.16). 2. Outro filho de Davi (1 Cr 3.6. Cp. com *veja 8). 3. (2 Sm 23.34); também chamado Elifal (1 Cr 11.35). 4. (1 Cr 8. 39). 5. (Ed 8.13). 6. (Ed 10.33).

ELIM. Palmeiras. O segundo acampamento dos israelitas depois que eles atravessaram o mar Vermelho, sendo célebre pelas suas doze nascentes e setenta palmeiras (Êx 15.27; Nm 33.9, 10). É, provavelmente, a elevada e ondulosa planície da margem sul do Wady Gurundel.

ELIMAS. Mago ou feiticeiro. Falso profeta, que resistiu a Saulo e Barnabé em Pafos, na ilha de Chipre (At 13.8).(*veja Barjesus.)

ELIMELEQUE. Deus é Rei. O marido de Noemi, sogra de Rute. Pertencia à família hezronita, que habitava em Efrata de Belém no tempo dos juizes. Não só Elimeleque, mas também seus filhos morreram em Moabe, voltando por isso Noemi e sua nora Rute para Belém, onde esta última casou com Boaz, seu parente, "da família de Elimeleque" (Rt 1.2, 3; 2.1,3; 4.3,9). (*veja Rute.)

ELISEU. Deus é Salvação. Eliseu, filho de Safate, foi discípulo e sucessor de Elias. O profeta Elias, a quem Deus tinha mandado que ungisse Eliseu como profeta, foi para este fim a Abel-Meolá, onde encontrou Eliseu, ocupado em lavrar a terra com doze junt

ELIÚ. Ele é o meu Deus. 1. Filho de Baraquel, o buzita. Eliú, embora fosse o mais novo, interveio na controvérsia entre Jó e seus amigos, não sendo favorável ao patriarca Jó o seu juízo na questão (Jó caps. 32-37). 2. Um dos antepassados do profeta Samuel (1 Sm 1.1). 3. (1 Cr 12.20). 4. (1 Cr 26.7). 5. Um irmão de Davi, que foi chefe da tribo de Judá (1 Cr 27.18). (*veja Eliabe 3.)

ELOÍ, ELI, SABACTÂNI. Meu Deus. (Pronuncia-se como trissílabo - E-lo-í). S. Marcos (15.34) apresenta aquela expressão de dor, proferida na cruz por Cristo, da seguinte forma - Eloí, Eloí, Lamá sabactâni? Mas S. Mateus diz assim: "Eli, Eli, etc.". Provém a diferença de ter sido o termo hebraico substituído em um dos lugares pelo aramaico nas palavras citadas do Sl 22.1. Em ambas as passagens vem a palavra aramaica "sabactâni" em vez da hebraica "azabtâni" (me abandonaste); mas S. Mateus conserva a forma hebraica "Eli" (Meu Deus), ao passo que S. Marcos usa o equivalente aramaico Eloí. Devemos interpretar com toda a reverência aquele grito de angústia, no grande sofrimento da cruz. Era a citação de um salmo em que uma alma crente, sucumbida pela demora do auxílio de Deus, tem grande confiança na vitória.

ELOÍ, ELI, SABACTÂNI. Meu Deus. (Pronuncia-se como trissílabo - E-lo-í). S. Marcos (15.34) apresenta aquela expressão de dor, proferida na cruz por Cristo, da seguinte forma - Eloí, Eloí, Lamá sabactâni? Mas S. Mateus diz assim: "Eli, Eli, etc.". Provém a diferença de ter sido o termo hebraico substituído em um dos lugares pelo aramaico nas palavras citadas do Sl 22.1. Em ambas as passagens vem a palavra aramaica "sabactâni" em vez da hebraica "azabtâni" (me abandonaste); mas S. Mateus conserva a forma hebraica "Eli" (Meu Deus), ao passo que S. Marcos usa o equivalente aramaico Eloí. Devemos interpretar com toda a reverência aquele grito de angústia, no grande sofrimento da cruz. Era a citação de um salmo em que uma alma crente, sucumbida pela demora do auxílio de Deus, tem grande confiança na vitória.

ELUL. O sexto mês do ano sagrado dos judeus, correspondendo, em parte, ao mês de setembro (Ne 6.15). (*veja Meses ).

EMANUEL. É a forma grega da palavra hebraica Immanuel (Mt 1.23). Significa Deus conosco. Foi o nome simbólico dado à criança, cujo nascimento é anunciado por Isaías, como sinal, a Acaz, rei de Judá (Is 7.14). O nome ocorre de novo somente em 8.8 de Isaías

EMBAIXADOR. Pessoa encarregada de uma mensagem, amistosa ou hostil, de governador para governador (1 Rs 20.2 a 6; 2 Rs 14.8; 16.7; 18.14). A palavra aparece também, algumas vezes, com a significação de intérprete, ou de pessoa que finge levar uma mensagem (2 Cr 32.31; Js 9.4), e também de mensageiro, no sentido mais lato (Pv 13.17; 25.13; Is 18.2; 57.9; Jr 49.14; Ob 1.1). Há, nas Escrituras, exemplos mostrando que já em tempos remotíssimos se mandavam embaixadores, com o fim de obter qualquer benefício ou explicações (Nm 20.14; 21.21; Jz 11.12 a 19; *veja também 2 Rs 18.17). No N.T. a palavra é usada metaforicamente (2 Co 5.20; Ef 6.20). Encontra-se também a palavra embaixada, querendo significar embaixadores (Lc 14.32 e 19.14).

EMBALSAMAMENTO. As mais antigas memórias de embalsamamento vamos encontrá-las nos monumentos egípcios. O costume teve a sua origem na suposta necessidade de preservar o corpo para ser novamente ocupado no futuro, quando a alma tivesse acabado todas as sua

EMBRIAGUEZ. O primeiro exemplo de embriaguez, registrado nas Escrituras, é o de Noé (Gn 9.21). O pecado da embriaguez acha-se condenado em Rm 13.13; 1 Co 6.9,10; Ef 5.18; 1 Ts 5.7,8. Representam-se os homens como embriagados de tristeza, de aflições, e com o vinho da ira de Deus (Is 63.6; Jr 51.57; Ez 23.33). Pessoas que vivem sob a influência da superstição, da idolatria, e da ilusão, diz-se estarem embebedadas (Is 28.7; Ap 11.2).

EMINS. Terríveis. Antiga tribo de gigantes, que habitava a região oriental do Jordão e do mar Morto. Eles eram aliados dos enaquins (Dt 2.10,11) e de outras tribos, cujos indivíduos eram de estatura gigantesca. Foram derrotados por Quedarlaomer em Savé-Quiriataim (Gn 14.5).

EMPRÉSTIMOS. Nos primitivos tempos dos hebreus era dever religioso emprestar ao pobre, e de maneira nenhuma se devia cobrar juro por isso (Êx 22.25; Lv 25.35,37; Dt 15.3,7 a 10; 23.19,20). Com o desenvolvimento do comércio foi introduzido o princípio do juro, mas o espírito original da lei teve a aprovação de Cristo (Mt 5.42; 25.27; Lc 6.35; 19.23). Rígidas precauções eram contidas na Lei de Moisés contra o duro tratamento para com os devedores (Êx 22.26; Dt 24.6,10,11,17). Um devedor hebreu não podia ser conservado como escravo por mais tempo do que o sétimo ano (ou ano sabático), e nunca para época mais afastada do que o ano do jubileu (Êx 21.2; Lv 25.39,42; Dt 15.9). Esta provisão não se aplicava aos estrangeiros, que viviam entre os hebreus, e eram presos por dívidas (Lv 25.46; 2 Rs 4.2; Is 50.1; 52.3). Em tempos posteriores o devedor estava sujeito a prisão até pagar toda a dívida (Mt 5.26).

ENAQUINS. Raça de gigantes, assim chamados ou pela sua estatura ou pela sua força (Dt 2.10). Eram descendentes de Arba, um dos filhos de Sete, habitando, depois da morte de Abraão, na parte meridional de Canaã, e particularmente em Hebrom. Umas vezes são chamados filhos de Enaque (Nm 13.33) e outras, filhos dos enaquins (Dt 1.28). Eles incutiram terror nos corações dos israelitas com a sua aparência guerreira (Nm 13.28; Dt 9.2); Josué, porém, expulsou-os completamente de Canaã, à exceção dos que se refugiaram nas cidades filistéias de Gaza, Gate, e Asdode (Js 11.21,22), onde perderam a sua separada existência. A sua principal cidade, Hebrom, foi possuída por Calebe, que fez sair dali os três filhos, ou antes as famílias ou tribos, de Enaque (Js 15.14; Jz 1.20).

ENCANTADOR, ENCANTAMENTO. A prática do encantamento acha-se ligada com coisas de bruxaria e de feitiçaria, e é condenada pela lei de Moisés (Dt 18.9 a 12). Frases especiais se usam na Bíblia para designar encantamentos: (1) no Sl 58.5, falar em voz baixa, falar por entre os dentes, é costume dos mágicos nas suas operações de magia; (2) coisas secretas, são aquelas de que Moisés fala, quando se refere às habilidades, operadas pelos mágicos de Faraó; (3) a ilusão da vista e dos sentidos do povo é efetuada por aqueles que praticam a prestidigitação, a magia, e habilidades (2 Cr 33.6); (4) encantar serpentes, isto é, tornar amável e sociável o que até ali era violento, perigoso, e intratável (Dt 18.11).

ENCANTADOR, ENCANTAMENTO. A prática do encantamento acha-se ligada com coisas de bruxaria e de feitiçaria, e é condenada pela lei de Moisés (Dt 18.9 a 12). Frases especiais se usam na Bíblia para designar encantamentos: (1) no Sl 58.5, falar em voz baixa, falar por entre os dentes, é costume dos mágicos nas suas operações de magia; (2) coisas secretas, são aquelas de que Moisés fala, quando se refere às habilidades, operadas pelos mágicos de Faraó; (3) a ilusão da vista e dos sentidos do povo é efetuada por aqueles que praticam a prestidigitação, a magia, e habilidades (2 Cr 33.6); (4) encantar serpentes, isto é, tornar amável e sociável o que até ali era violento, perigoso, e intratável (Dt 18.11).

EN-DOR. Fonte de dor. Cidade da tribo de Manassés, onde residia a feiticeira que o rei Saul foi consultar antes da batalha de Gilboa (Js 17.11; 1 Sm 28). En-Dor é, também, considerado o lugar da grande vitória alcançada por Baraque sobre Sísera (Sl 83.10). Existe, atualmente, sob o nome de Endur, uma aldeia abandonada, à distância aproximada de 7 km, ao sul do monte Tabor, na rampa de uma montanha cheia de cavernas.

ENDRO. Ocorre esta palavra somente em Mt 23.23: "vós, escribas e fariseus, ...dais o dízimo da hortelã, do endro, e do cominho." É uma planta que nasce livremente na Palestina, cujas sementes são aromáticas, e por isso muito empregadas para condimentar os alimentos. Também tem uso medicinal nas terras do Oriente.

ENFORCAR. O ato de pendurar no madeiro era, na primitiva história dos judeus, mais um sinal de opróbrio (Dt 21.22) do que castigo; e, geralmente, se infligia aos corpos já mortos. Todavia, mais tarde, tornou-se esse ato uma forma de pena capital, embora não fosse tão geral como a estrangulação, qualquer coisa à maneira do garrote na Espanha. Que os suicidas faziam uso dessa maneira de pôr fim à vida, claramente se vê na morte de Aitofel (2 Sm 17.23) e na de Judas (Mt 27.5). Em vários lugares onde se faz menção de ser alguém enforcado, significa isso alguma forma de empalação ou crucifixão (Js 8.29; 2 Sm 4.12). (*veja Pena de morte.)

EN-GANIM. Fonte de jardins. 1. Cidade nas terras baixas de Judá (Js 15.34). 2. Cidade de Issacar, atualmente a próspera vila de Jenin, à distância de 26 km ao norte de Siquém, nos limites da planície de Esdrelom. Belas e abundantes correntes de água cristalina vêm dos montes e atravessam a povoação, explicando-se assim a existência de numerosos jardins na sua vizinhança, e também o seu nome (Js 19.21).

ENGASTES. Sobre um e outro lado da estola do sumo sacerdote se engastavam umas pedras (Êx 28.11,12; 39.6,7). Também outro ornamento se usava, engastes de ouro, sobre o peitoral do mesmo sacerdote (Êx 28.13).

EN-GEDI. Fonte do cabrito. É esta povoação a moderna Ain Jidi, cidade no deserto de Judá, ao ocidente do mar Morto, e a meio caminho entre as extremidades norte e sul (Js 15.62; Ez 47.10). O seu antigo nome era Hazazom-Tamar, "fendas das palmeiras" (Gn 14

ENOM. Nascentes. Lugar onde João batizava, ao ocidente do rio Jordão. O nome atual é Ainun, vila que fica uns onze quilômetros acima de Wady Furá, ao norte de Salim. Entre esta povoação e Enom há nascentes, e também uma ribeira, correndo no extenso vale. (*veja Jo 3.23).

ENOQUE. 1. Filho mais velho de Caim (Gn 4.17), do qual deriva o nome da primeira cidade mencionada na S a Escritura. 2. "O sétimo depois de Adão" (Jd 14), pai de Matusalém na linha de Sete (Gn 5.1 a 24). Diz-nos a Bíblia que ele "andou com Deus" (Gn 5.22)

EN-RIMOM. Fonte de Rimom. Cidade de Judá, ocupada depois da volta do cativeiro (Ne 11.29). Provavelmente, trata-se do mesmo lugar nas passagens em que o texto tem "Aim", e "Rimom" (Js 15.32, e 19.7; 1 Cr 4.32). (*veja Rimom.)

ENTERRO. Entre os judeus, o funeral realizava-se, em regra, tanto quanto possível, logo depois da morte. Desde os tempos mais remotos, o método mais seguido no funeral entre os mais abastados, era o de depositar num túmulo o corpo do falecido. A cremação

ENXOFRE. Pedra ardente. Pela primeira vez se usa este nome na Bíblia (Gn 19.24), quando se narra ali a destruição de Sodoma e Gomorra. Há abundância de enxofre nas proximidades do mar Morto (Dt 29. 23). Algumas nascentes de água quente, a que recorriam os romanos, e onde Herodes havia edificado magníficos estabelecimentos de banhos, depositavam tão grandes quantidades de enxofre que acontecia ficarem as banheiras, às vezes, encobertas. A palavra enxofre, que geralmente significa o mineral, também se emprega no sentido de fogo, e serve para descrever a ação do raio, que deixa um cheiro sulfuroso durante a tempestade.(Is 30.33.)

EPAFRAS. Cristão, natural de Colossos, e fundador da igreja colossense (Cl 4.12; e l.7). S. Paulo lhe chama "amado conservo...e fiel ministro de Cristo" (Cl 1.7), e honra-o com aquele título que em outro lugar reservou somente para si e Timóteo, isto é, o de "servo de Jesus Cristo" (Cl 4.12; *veja também o *veja 13). Tinha ido a Roma com o fim de levar a Paulo notícias a respeito dos seus convertidos, sendo a epístola aos Colossenses a resposta "aos santos e fiéis irmãos em Cristo, que se encontram em Colossos" (Cl 1.2). Aparentemente estava ele preso junto com o Apóstolo Paulo, embora possa ser figurada a expressão "prisioneiro comigo, em Cristo Jesus" (Fm 23). O nome é uma forma abreviada de Epafrodito, mas o pastor colossense é distinto do mensageiro filipense.

EPAFRODITO. Ministro e mensageiro dos filipenses, que foi mandado pela igreja de Filipos a Roma, para entregar um presente de dinheiro a Paulo, que nesse tempo estava preso. Ele ficou com o Apóstolo por algum tempo, e serviu-o com tão grande zelo que contraiu uma séria enfermidade (Fp 2.26; 4.18). Tendo ouvido, mais tarde, que os filipenses estavam muito cuidadosos a respeito da sua saúde, voltou a Filipos, levando consigo a epístola de Paulo aos Filipenses (Fp 2.25 a 30; 4.18).

EPICURISTAS. Uma filosófica seita grega da qual alguns partidários, juntamente com os estóicos, discutiram com Paulo em Atenas (At 17.18). (*veja Estóicos.)

ER. Vigia. 1. Filho primogênito de Judá, havido de uma mulher cananéia (Gn 38.3 a 7; Nm 26.19). Não se acha mencionada nas Escrituras a particular maldade pela qual o Senhor o feriu, mas provavelmente a sua culpa estava em conexão com a idolatria cananéia. 2. Filho de Selá, o filho mais novo de Judá (1 Cr 4.21). 3. Filho de Josué, na genealogia de Jesus Cristo (Lc 3.29).

ERASTO. Um dos que serviam a Paulo em Éfeso, sendo daqui mandado com Timóteo à Macedônia. Passado algum tempo, "Erasto, tesoureiro da cidade", isto é, de Corinto, envia saudações a igreja de Roma (Rm 16.23). Mais tarde manda Paulo dizer a Timóteo que "Erasto ficou em Corinto" (2 Tm 4.20). Pelas datas não podem ser identificadas estas três referências.

EREQUE. Foi a segunda das quatro cidades fundadas por Ninrode na terra de Sinar (Gn 10.10). Ali eram sepultados os reis da Assíria, estando ainda cobertos os arredores de diques, e havendo tijolos e caixões espalhados por aqueles sítios. É também chamada Orchoë, fica a 128 km da Babilônia para o sul, e a 79 km para o oriente. O seu nome moderno é Warka, nas terras pantanosas do baixo Eufrates. Samaria foi colonizada com gente de Ereque (Ed 4.9).

ERVA. A vegetação dos prados, que na linguagem bíblica é chamada "a erva do campo". Logo no princípio da primavera ela cresce vistosa e abundante, secando depressa quando chega o calor do verão e, por isso, freqüentes vezes se toma como emblema da fragilidade da natureza transitória da vida humana, e da fortuna (Jó 8.12; Sl 37.2; 90.5; Is 40.6,7). Os prados da Palestina ficam sem cor no inverno estando completamente apagados todos os vestígios da sua beleza de primavera.

ESAR-HADOM. (Assírio - Assur deu um irmão.) Filho de Senaqueribe, que, quando este foi assassinado, lhe sucedeu no reino da Assíria (2 Rs 19.37; Is 37.38). Foi um dos mais célebres reis da Assíria, homem sábio e conciliador, e também vitorioso general A cidade de Babilônia, que seu pai tinha destruído, foi por ele reedificada, fazendo dela uma capital do seu reino, imediatamente inferior a Nínive. Por esta razão, quando os seus exércitos invadiram a Palestina, foi para Babilônia que Manassés foi levado cativo (2 Cr 33.11). Parece que na Samaria ajuntou àquelas que primitivamente tinham sido estabelecidas por Sargão (Ed 4.2). Por motivo de sucessivas campanhas foi o Egito reduzido a uma província da Assíria; e quando Esar-Hadom marchava para ali, com o fim de sufocar uma revolta egípcia, morreu ele no ano 668 (a.C.), depois de um reinado de treze anos.

ESAÚ. Cabeludo. Filho de Isaque e Rebeca, e irmão gêmeo de Jacó. Atribui-se o seu nome ao fato de ter aparecido no seu nascimento "ruivo, todo revestido de pelo" (Gn 25.2ó). O seu outro nome, Edom (vermelho), usado pelos seus descendentes, foi derivado da

ESCÂNDALO, PEDRA DE ESCÂNDALO. (Is 8.14). Estas expressões são, talvez, sugeridas pelas ásperas e acidentadas estradas e caminhos por serras da Palestina, o que constitui um perigo permanente para o viajante. No N.T. empregam-se duas palavras gregas para exprimir a idéia: (1) "scandalon", implicando, na sua origem, alguma coisa que mais surpreende do que faz tropeçar (Mt 16.23; 1 Co 1.23; Gl 5.11; etc.); (2) qualquer coisa em que o pé tropeça (Rm 9. 32, 33; 14.13, 20; 1 Co 8.9).

ESCÂNDALO, PEDRA DE ESCÂNDALO. (Is 8.14). Estas expressões são, talvez, sugeridas pelas ásperas e acidentadas estradas e caminhos por serras da Palestina, o que constitui um perigo permanente para o viajante. No N.T. empregam-se duas palavras gregas para exprimir a idéia: (1) "scandalon", implicando, na sua origem, alguma coisa que mais surpreende do que faz tropeçar (Mt 16.23; 1 Co 1.23; Gl 5.11; etc.); (2) qualquer coisa em que o pé tropeça (Rm 9. 32, 33; 14.13, 20; 1 Co 8.9).

ESCARLATE. Esta tinta era feita em vários lugares da costa do Mediterrâneo, sendo extraída do inseto cochonilha. Era principalmente empregada nos objetos ricos (Êx 28.15), nos vestidos de cerimônia que os reis davam àqueles a quem concediam certos benefícios (Pv 31.22). E usava-se o termo emblematicamente para designar suntuosidade e vida ociosa (2 Sm 1.24).

ESCOL (VALE DE). Vale perto de Hebrom, e que teve esse nome pela abundância das suas uvas. Foi este o vale visitado pelos espias, mandados à terra de Canaã por Moisés (Nm 13.23, 24; 32.9; Dt 1.24).

ESCOL. Cacho de uvas. Irmão de Manre, o amorreu que, juntamente com Abraão, libertou Ló, que tinha sido levado cativo por quatro reis (Gn 14.13 e seguintes).

ESCOLA. Este termo deriva de uma palavra grega, que primitivamente queria dizer descanso, sendo empregado o tempo do descanso em conferências e discussões; veio, depois, a significar o próprio lugar em que eram feitas essas conferências ou discussões. A p

ESCORPIÃO. O escorpião pertence à mesma classe das aranhas, e encontra-se nos países quentes. O seu tamanho varia muito, sendo de 15 cm na África, e de 7,5 cm mais ou menos nas vizinhas costas do Mediterrâneo. A principal característica do escorpião é o s

ESCRAVIDÃO, ESCRAVO. Quase sempre o termo servo é que se encontra na Bíblia para exprimir o que queremos dizer com a palavra escravo. A escravidão, como instituição, aparece nos mais antigos anais da Humanidade. Os escravos do tempo do A.T. eram obtidos d

ESCRAVIDÃO, ESCRAVO. Quase sempre o termo servo é que se encontra na Bíblia para exprimir o que queremos dizer com a palavra escravo. A escravidão, como instituição, aparece nos mais antigos anais da Humanidade. Os escravos do tempo do A.T. eram obtidos d

ESCRIBA. Escritor. Antes do cativeiro empregava-se esta palavra para significar a pessoa que tinha certos cargos no exército (Jz 5.14; 2 Rs 25.19; Is 33.18; Jr 52.25); e também se chamava escriba o secretário do rei, constituindo este emprego, junto das p

ESCRITA. O livro de Gênesis não faz alusão alguma à arte de escrever, embora a arqueologia nos mostre que ela era praticada no tempo dos patriarcas, e de modo particular por quase todas as classes do Egito no tempo do Êxodo. A primeira alusão acha-se em Êxodo (24.4). No tempo dos profetas são freqüentes as referências à escrita (Is 8.1; 30.8; Jr 30.2; Hc 2.2, etc.). (*veja Livro, Tinta, Papiro e Pergaminho.)

ESCRITURA. Lê-se esta palavra uma vez somente no A.T. (Dn 10.21). No N.T. usa-se o plural, geralmente referindo-se aos escritos do A.T. (Mt 21.42; Mc 12.24; Jo 5.39; At 17.11, etc.); o singular é usualmente empregado, tratando-se no contexto de uma passagem particular (Mc 12.10; Jo 7.38, etc.)(*veja Cânon das Santas Escrituras, Novo Testamento, Apócrifos (Livros), e Antigo Testamento.)

ESCRIVÃO DA CIDADE. O oficial, intitulado em Atos (19.35) "escrivão da cidade", ocupava posição de dignidade e influência. O escrivão da cidade de Éfeso estava em contato imediato com o procônsul da Ásia. O que Lucas refere a seu respeito no livro dos Atos concorda com o que se sabe de outras fontes. Tinham essas autoridades por dever tornar conhecidos do povo as leis e decretos do Estado. A estas funções se acrescentava o dever de presidir nas assembléias públicas, e receber o voto. Nalguns casos eram eles os administradores da comunidade; em outros, achavam-se associados com um magistrado superior. Na ausência ou morte desse superior, o escrivão da cidade tomava o seu lugar até que ele voltasse, ou fosse nomeado o seu sucessor.

ESCUDEIRO. Era um oficial que os reis e os generais escolhiam entre os mais valentes. Era dever do escudeiro levar as armas do seu senhor, e além disso ser portador de mensagens de uma parte do campo para outra, como hoje fazem os ajudantes de campo. Muitas vezes, no combate, era ele que levava o escudo e protegia a pessoa do seu senhor (Jz 9.54; 1 Sm 16.21; 31.4). (*veja Exército.)

ESCUDO. Quatro palavras hebraicas são traduzidas pela palavra escudo. A primeira refere-se àquele escudo que era de tal grandeza que podia proteger todo o corpo. Era este o tsinnah, grande escudo de madeira, coberto de duras peles; o magen era um pequeno

ESCULPIR. Emprega-se esta palavra nas Sagradas Escrituras no sentido de fazer gravuras na madeira, pedra, metal, ou em jóias (*veja Êx 28.11, 21; 35.35; 38.23). Era esta uma das belas artes, muito conhecida e altamente desenvolvida no mundo antigo.(*veja Imagem.)

ESCULTURA. As artes de bordar e esculpir foram muito utilizadas na construção do tabernáculo e do templo, bem como na ornamentação das vestes sacerdotais. No tempo de Salomão, o artista Hirão, da Fenícia, tinha o principal cuidado nesta espécie de trabalhos, e também dirigia grandes obras de arquitetura (Êx 28.9 a 36; 31.2 a 5; 35.33; 1 Rs 6.18, 35; 2 Cr 4.11, 16; Sl 74.6; Zc 3.9).

ESDRAS (LIVRO DE). Alguns trechos deste livro (4.8 a 6.18; 7.12 a 26) acham-se escritos em língua aramaica e mostram ser matéria inserida, constando, principalmente, de comunicações ou decretos naquela língua. Esdras aparece na primeira pessoa como o auto

ESDRAS. Auxílio. 1. Esdras era filho, ou neto, de Seraías (2 Rs 25.18 a 21; Ed 7.1), e descendente de Arão. Nasceu em Babilônia, no quinto século antes de Jesus Cristo. Era sacerdote e escriba versado na Lei de Moisés (Ed 7.6). Embora tivesse nascido na t

ESMERALDA. Pedra preciosa altamente apreciada pelos antigos. A esmeralda tinha o segundo lugar no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.18; 39.11). Acha-se mencionada como sendo uma das pedras preciosas que adornavam o rei de Tiro (Ez 28.13); e fazia parte da mercadoria levada para aquela cidade (Ez 27.16). Nos fundamentos da Nova Jerusalém lá está, também, a esmeralda (Ap 21.19).

ESMOLA. A palavra esmola (do grego eleêmosynê ) repetidas vezes se vê no N.T., mas não no A.T., embora o dever de dar esmola esteja bem determinado na lei de Moisés. Mandava a Lei que os israelitas apresentassem os primeiros frutos da terra diante do Senh

ESPADA. A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquer

ESPECIARIAS. Os antigos tinham a maior parte das especiarias que hoje conhecemos, e apreciavam-nas muito. Serviam-se delas para temperar a carne (Ez 24.10), para dar sabor agradável aos seus vinhos (Ct 8.2), para perfumar pessoas e camas (Et 2.12; Sl 45.8; Pv 7.17), e para preparar os mortos (2 Cr 16.14; Jr 34.5; Mc 16.1). O negócio das especiarias era cuidadosamente estimulado e protegido, sendo largamente sustentado por meio de caravanas, que viajavam através do deserto da Arábia, e ao longo da costa da Palestina até ao Egito, indo ainda mais adiante (Gn 37.2õ). Muitas especiarias vinham, para a Palestina, da Índia e da Pérsia; mas as de uso comum provinham principalmente do próprio pais, como o bálsamo de Gileade, a mirra e o nardo, embora estas substâncias tenham mais o caráter de perfumes do que propriamente o de especiarias.

ESPELHO. Em tempos antigos o espelho somente raras vezes era feito de vidro, e as referências na Bíblia são, sem dúvida, aos de metal que, por mais bem polidos que fossem, davam um reflexo imperfeito. Constituíam estes espelhos uma chapa de metal polido, sendo uma obra muito menos perfeita que os modernos (Jó 37.18; 1 Co 13.12; Tg 1.23).

ESPIA. Quando os israelitas tinham já alcançado a fronteira do país de Canaã em Cades, mandou Moisés, dirigido por Deus, doze homens, um de cada tribo, para espiar a terra, e fazer um relatório sobre o caráter, número e qualidade dos seus habitantes (Nm 1

ESPINHO NA CARNE. Esta expressão de S. Paulo e idéias semelhantes (2 Co 12.7 a 10; Gl 4.14; e possivelmente 1 Co 2.3; 2 Co 1.8 e 10.10; 1 Ts 2.18) têm tido interpretações várias. Essa aflição na carne, de que ele falou, era, decerto, qualquer sofrimento corporal, como se fossem murros com a mão fechada (2 Co 12.7), estando essa apoquentação relacionada com as suas espirituais visões. Tem-se julgado que seria epilepsia, ou qualquer afecção nervosa, aliada a essa doença; e outros sugerem que esse mal era a oftalmia (At 23.5; Gl 4.15; cp. com Gl 6.11). (*veja Paulo.)

ESPINHO. Em Is 55.13 a palavra espinheiro está em relação com a urtiga, que causa pruridos quando se lhe toca. Em Ez 28.24 trata-se de um arbusto espinhoso, e em Hb 6.8 há referência à planta, cujas folhas têm espinhos nas bordas, embora não se saiba exatamente o que é. Os espinhos e os abrolhos, de que se fala em Jz 8.7, 16, explicam uma terrível forma de castigo, que estava em uso entre os antigos. E era o fato de dilacerar a carne da vitima, empregando os espinhos ou os cardos. Noutros exemplos referem-se as escrituras bíblicas a espinhosas plantas do deserto, de que há muitas variedades na Palestina. (*veja Sarça.).

ESPÍRITO SANTO, PARACLETO. O Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, é, nas Sagradas Escrituras, denominado "o Espirito", "o Santo Espírito", "o Espírito de Deus", "o Espirito do Filho de Deus", e o "Consolador". Na criação o Espírito pairava por s

ESPÍRITO SANTO, PARACLETO. O Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, é, nas Sagradas Escrituras, denominado "o Espirito", "o Santo Espírito", "o Espírito de Deus", "o Espirito do Filho de Deus", e o "Consolador". Na criação o Espírito pairava por s

ESPÍRITO. A palavra "espírito" no A.T. é, com duas exceções, uma tradução do termo hebraico ruach, que também tem a sua significação literal de "vento" (Gn 8.1, etc.), sendo em muitas passagens traduzido por "sopro", com aplicação ao ar respirado (Jó 17.1

ESQUIFE. Caixão de madeira para levar os mortos, ou aquilo sobre que se leva alguma coisa. No A.T. a palavra é a mesma que se usa para cama. Coisa curiosa é que, embora sejam freqüentes na Bíblia as referências aos funerais, é somente mencionado duas vezes o esquife, ou féretro (2 Sm 3.31; Lc 7.14). (*veja Enterro.) Em 2 Cr 16.14 a palavra empregada é "leito".

ESTÁDIO. Medida grega equivalente a 185 metros (Lc 24.13).

ESTALAGEM. A proverbial hospitalidade no Oriente tornava desnecessária, nos tempos antigos, a estalagem, sendo esta um assunto em que não se pensava. Foi somente em tempos posteriores que, nas pouco freqüentadas estradas da Palestina, onde a distância era

ESTANDARTE. Durante a marcha dos israelitas pelo deserto, cada tribo possuía o seu próprio estandarte. Quando estavam acampados, colocavam-se três tribos de cada lado do tabernáculo, formando cada três tribos um campo separado, ou uma divisão, com estandarte comum (Nm 1.52; 2.2 e seg.). (*veja Bandeira e Insígnia.)

ESTANHO. Este metal acha-se mencionado com outros, nos despojos dos midianitas (Nm 31.22). Foi conhecido dos hebreus que o ligavam com outros metais (Is 1.25; Ez 22.18, 20). Os mercados de Tiro eram abastecidos daquele metal por meio dos navios de Társis (Ez 27.12). Com ele se faziam prumos (Zc 4.10).

ESTER (LIVRO DE). O livro de Ester foi escrito durante o tempo que decorreu desde o término do templo até à missão de Esdras (516 a 458 a.C.). Xerxes, que neste livro se chama Assuero, filho daquele Dario mencionado em Esdras (Dario Histaspes), ocupava ne

ESTER. Estrela. Era costume, entre os monarcas do Oriente, mudar os nomes dos indivíduos a quem queriam honrar (Gn 41.45). Foi nesta consideração que o novo nome de Ester foi dado a uma donzela judia, Hadassa (murta), quando foi elevada à categoria de rai

ESTERCO. O uso do esterco para cozer pão (Ez 4.12 a 16) refere-se ao seu emprego como combustível, o que é ainda comum no Oriente; mas a sua proximidade tornaria o pão impuro para os judeus. O estrume era a palha regada com líquidos imundos (Is 25.10), ou então as varreduras das ruas e das estradas, que eram ajuntadas fora da cidade em determinados sítios (Ne 2.13). Aplicava-se o esterco às arvores, abrindo covas em volta das raízes (Lc 13.8). Sentar-se alguém no monturo era sinal do mais profundo desalento (1 Sm 2.8; Sl 113.7; Lm 4.5).

ESTÊVÃO. Coroa. Judeu helenista, que foi o primeiro mártir cristão. Ele é mencionado em primeiro lugar, entre os sete da "igreja de Jerusalém" como homem "cheio de fé e do Espírito Santo", "cheio de graça e poder", que fazia muitos milagres (At 6.5 a 8). Havendo discussões sobre as doutrinas da fé cristã, foi Estêvão escolhido para responder aos opositores helenistas da jovem igreja (vers. 9); mas as palavras de sabedoria cristã do notável evangelista produziram a sua prisão. Levado ao Sinédrio, o discurso proferido em sua própria defesa levantou uma terrível hostilidade contra ele. Foi por isso apedrejado, e, já moribundo, invocou ao Senhor e orou pelos seus assassinos (At 7.58 a 60). A perseguição então iniciada trouxe notáveis resultados para a Igreja (At 8.1, 4; 11.19).

ESTÓICOS E EPICUREUS. Filósofos estóicos e epicureus acham-se mencionados numa passagem dos Atos (17.18 a 33), em que se lê que eles, ouvindo Paulo em Atenas, inquiriram dele com respeito a sua nova doutrina. 1. Os estóicos formavam uma seita de filósofos

ESTOLA SACERDOTAL. A estola de linho era uma distintiva vestimenta do sacerdote oficiante, uma espécie de túnica, apertada em volta com um cinto (1 Sm 2.18, 28; 14.3; 22.18; 2 Sm 6.14). A do sumo sacerdote acha-se descrita no Êx 28 e 39; Lv 8.7. Era uma v

ESTORAQUE. É um dos três ingredientes que entravam na composição do sagrado perfume (Êx 30.34,35). A palavra hebraica tem a significação de gota, sendo "stacte" o equivalente grego. É, talvez, uma resina que se extrai do Storax officinale, planta da espécie da que dá a goma de benjoim, ou talvez seja uma certa qualidade de mirra inferior.

ESTRADA REAL. No tempo de Cristo atravessavam o país seis grandes artérias de comércio e comunicação. Cesaréia e Jerusalém eram os pontos principais a que elas conduziam, sendo a primeira cidade a capital militar, e a segunda a capital religiosa. Em prime

ESTRANGEIRO, ESTRANHO. Diversos termos hebraicos se acham traduzidos pelas palavras "estrangeiro" e "estranho", devendo procurar-se num comentário a sua verdadeira significação. 1. Nekar, Nokri. Um estrangeiro que podia, ou não, entrar em relações com Isr

ESTRANGEIRO, ESTRANHO. Diversos termos hebraicos se acham traduzidos pelas palavras "estrangeiro" e "estranho", devendo procurar-se num comentário a sua verdadeira significação. 1. Nekar, Nokri. Um estrangeiro que podia, ou não, entrar em relações com Isr

ESTRELA DO ORIENTE. A estrela que os Magos viram no Oriente (Mt 2. 2, 7, 9, 10) era, evidentemente, maior do que uma simples estrela, embora não tivesse sido observada pelo público. Herodes teve de fazer inquirições (2.7) quanto ao tempo em que ela aparecera àqueles sábios. Supõem alguns ter sido uma nova estrela, ou um cometa, ou ter ocorrido naquele tempo uma conjunção de certos planetas conhecidos. (*veja Astrólogo, Magos.)

ESTRELA. A astronomia foi estudada por alguns dos antigos; e as referências do A.T. às estrelas fazem ver que nesses tempos havia sobre os astros boas observações e reflexão. A sua contemplação causava espanto e temor. Vieram de Deus, estão sob o seu impé

ETÃ. Lugar de aves de presa. Aldeia da tribo de Simeão (1 Cr 4.32). Deve ser esse lugar umas ruínas, com o nome de Aitun, perto de En-Rimom. 2. Cidade fortificada de Judá, reedificada por Roboão (2 Cr 11.6; talvez também 1 Cr 4.3). Ficava perto de Belém. E das suas nascentes, que tornavam famoso o sítio, eram abastecidos os tanques de Salomão. O seu nome moderno é ain'Atan. 3. Sansão refugiou-se "na fenda da rocha de Etã" (Jz 15.8, 11); deve ser perto de Leí. 4. Uma primitiva estação dos israelitas na sua peregrinação pelo deserto (Nm 33.6, 8). Fazia parte do grande deserto de Sur, que ficava ao norte do golfo ocidental do mar Vermelho. 5. Um ezraíta que se tornou notável pela sua sabedoria (1 Rs 4. 31; 1 Cr 2.6; Sl 89, título). 6. Descendente de Merari e regente da música do templo (1 Cr 6.44; 15.17). 7. Um coatita, antepassado de Asafe (1 Cr 6.42).

ETANIM. É o sétimo mês do ano sagrado dos hebreus desde a última lua de outubro até à primeira de novembro (1 Rs 8.2). (*veja Mês, Ano).

ETBAAL. Com Baal. Rei de Sidom, e pai de Jezabel, a mulher de Acabe (1 Rs 16.31). Ele foi esse sacerdote de Astarte, tendo o nome de Itobal, que, depois de ter assassinado Feles, rei de Tiro, apoderou-se do trono, reinando pelo espaço de trinta e dois anos.

ETE-HOROM. Casa da caverna. Havia dois sítios com este nome em Efraim, respectivamente chamados "o superior" e "o inferior", perto da fronteira de Benjamim (Js 10.10). Os lugares representantes destas duas povoações se chamam hoje Beit-Ur el Foca e Beit-U

ETERNA, VIDA. l. Ensino do Antigo Testamento. A comunhão entre Deus e a alma individual do homem, se for bem entendida, envolve um futuro para essa alma; e as anomalias da vida que não têm aqui a sua explicação requerem, para serem explicadas, a vida além

ETERNIDADE, ETERNO. A palavra "eternidade" ocorre em Is 57.1õ "assim diz o... que habita a eternidade", frase que muitos hebraístas traduzem desta maneira: "O que habita para sempre". Em Is 9.6 o termo é duvidoso. A palavra eterno significa literalmente "

ETERNIDADE, ETERNO. A palavra "eternidade" ocorre em Is 57.1õ "assim diz o... que habita a eternidade", frase que muitos hebraístas traduzem desta maneira: "O que habita para sempre". Em Is 9.6 o termo é duvidoso. A palavra eterno significa literalmente "

ETIÓPIA, ETÍOPE. A palavra hebraica Cuxe, que em At 8.27 se traduz por etíope, aplicava-se, pelo menos, a três países distintos. Em Sf 3.10, o profeta fala dos judeus que voltavam do cativeiro, e menciona a Etiópia, que se chamava Cuta (2 Rs 17.24), e também Cuxe. Em Nm 12.1 a palavra "etiópica" ou "cusita", é designação dos naturais de um pais da Arábia meridional, que ficava ao longo do mar Vermelho, o qualem outro lugar é chamado Cusã (Hc 3.7). Em Is 45.14; Jr 13.23; Ez 29.10, etc., cita-se a própria Etiópia, ou etíope. A parte setentrional deste território foi chamada Sebá pelos hebreus (Is 43.3), segundo o nome do filho mais velho de Cuxe (Gn 10.7), e Meroque pelos romanos; provavelmente Candace foi rainha deste país (At 8.27). (*veja Cuxe.)

ETIÓPIA, ETÍOPE. A palavra hebraica Cuxe, que em At 8.27 se traduz por etíope, aplicava-se, pelo menos, a três países distintos. Em Sf 3.10, o profeta fala dos judeus que voltavam do cativeiro, e menciona a Etiópia, que se chamava Cuta (2 Rs 17.24), e também Cuxe. Em Nm 12.1 a palavra "etiópica" ou "cusita", é designação dos naturais de um pais da Arábia meridional, que ficava ao longo do mar Vermelho, o qualem outro lugar é chamado Cusã (Hc 3.7). Em Is 45.14; Jr 13.23; Ez 29.10, etc., cita-se a própria Etiópia, ou etíope. A parte setentrional deste território foi chamada Sebá pelos hebreus (Is 43.3), segundo o nome do filho mais velho de Cuxe (Gn 10.7), e Meroque pelos romanos; provavelmente Candace foi rainha deste país (At 8.27). (*veja Cuxe.)

EÚDE. 1. Descendente de Benjamim (1 Cr 7.10). 2. Filho de Gera, o segundo juiz ou libertador dos israelitas (Jz 3.15). Os israelitas mandaram Eúde pagar tributo a Eglom, que era rei de Moabe em Jericó. Ele, ardendo de indignação, obteve de Eglom uma audiência particular. Depois disto fugiu Eúde para o monte Efraim, e chamou para o seu lado os oprimidos israelitas; foram, então, vigiados os vaus do Jordão, e deste modo os moabitas, que conservavam a terra com a força de várias guarnições, não puderam fugir. Caíram, então, os israelitas sobre o inimigo, desbarataram-no, ficando assim liberto o país. Eúde, como muitos dos seus compatriotas, era canhoto, e foi com a sua mão esquerda que ele vibrou o fatal golpe contra Eglom.

EUFRATES. O Eufrates é o mais largo, o mais extenso, e o mais importante rio da Ásia Ocidental. Tem duas origens nas montanhas da Armênia, sendo o ramo norte, o Frat, o verdadeiro Eufrates. Este ramo por si só tem 640 km de comprimento ao passo que o Mura

EUNICE. A mãe de Timóteo (2 Tm 1.5), uma judia cristã, casada com um grego (At 16.1).

EUNUCO. Emprega-se esta palavra para significar "oficial" ou "camareiro", embora nem sempre fossem eunucos estes funcionários. Os eunucos eram empregados pelos reis orientais para tomarem a seu cuidado os aposentos dos príncipes, e das princesas em lugar apartado (Et 2.3). Nas cortes da Pérsia e da África eram os principais empregos desempenhados por eunucos (At 8.27), sendo estes, também, guardas de haréns. Em Mt 19.12, fala Jesus daqueles que per amor do reino dos céus se fizeram eunucos, isto é, renunciaram ao casamento.

EVA. Vivente. Foi o nome dado por Adão à primeira mulher (Gn 3.20). Foi tentada pela serpente a comer do fruto proibido, dando-o em seguida a Adão (Gn 3). Eva teve três filhos: Abel, Caim e Sete. (*veja Gn 5.4.) Depois do nascimento de Sete, desaparece da narração bíblica o seu nome, havendo apenas meras referências (2 Co 11.3; e 1 Tm 2. 13).

EVANGELHO. Esta palavra, cuja significação é "boas novas", ou "boa mensagem", aplica-se às quatro inspiradas narrações da vida e doutrinas de Jesus Cristo, compreendidas no N.T. (Mateus, Marcos, Lucas, João); e, também, à revelação da graça de Deus, que C

EVANGELISTA. Pregador de boas novas. Esta palavra ocorre três vezes no N.T. (1) Está em terceiro lugar na ordem dos obreiros qualificados, que Cristo concedeu à sua Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, e mestres (Ef 4.11). Mas já não aparece o nome na correspondente lista que vem em Rm 12.6 a 8 e em 1 Co 12.28. (2) Timóteo é mandado por Paulo fazer "o trabalho de um evangelista" (2 Tm 4.5). (3) Filipe, um dos sete diáconos (At 6.5), é chamado "o evangelista" (At 21.8). O título parece designar uma função missionária: o evangelista levava o Evangelho a lugares onde era ainda desconhecido, e assim facilitava os meios para uma instrução e organização mais permanentes. A aplicação que se faz do termo aos autores dos quatro Evangelhos é muito posterior ao tempo do N.T.

EVIL-MERODAQUE. Filho e sucessor de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Era amigo de Joaquim, rei de Judá, que tinha ido preso para aquele país, e o colocou em lugar superior aos outros reis cativos em Babilônia. Reinou cerca de dois anos, sendo assassinado pelo seu cunhado, que se apoderou da coroa (2 Rs 25.27; Jr 52.31).

EXEMPLO. Tipo proposto para se imitar, para ser seguido, ou qualquer acontecimento que serve para chamar a atenção na maneira de proceder (Fp 3.17; 1 Ts 1.7; 2 Ts 3.9; 1 Pe 5.3; 1 Co 10.11; 2 Pe 2.6).

EXÉRCITO. Durante o Êxodo, todo homem, de idade superior a vinte anos era soldado (Nm 1.3), sendo isentos do serviço militar somente os sacerdotes e os levitas (Nm 2.33). Cada tribo formava um regimento, com a sua própria bandeira e o seu próprio chefe (N

ÊXODO (LIVRO DO). O propósito, que reverentemente podemos admitir para explicação dos acontecimentos narrados no livro, pode ser assim exposto: com a chamada de Abraão e o pacto da circuncisão, o povo de onde devia provir o prometido Salvador, e que devia

ÊXODO. A saída dos israelitas da escravidão egípcia. A causa imediata do Êxodo foi a opressiva servidão a que os israelitas estavam sujeitos pelas leis dos Faraós do Egito. Os descendentes de Jacó de tal maneira se haviam multiplicado (Êx 1.7) que se este

EXORCISTA. Esta palavra significa literalmente aquele que adjura, isto é, aquele que invoca uma entidade poderosa com o fim de expulsar os demônios (*veja At 19.13, único lugar da Escritura, onde ocorre a palavra). A profissão de exorcista está relacionada com a crença na possessão diabólica, sendo comum entre os judeus (Mt 12.27; Mc 9.38). Jesus Cristo expulsava os demônios pela Sua própria autoridade, e deu aos Seus discípulos o poder de expulsá-los em Seu nome (Mt 10.1; Lc 10.17; *veja também At 16.18). (*veja Demônio, possesso do.)

EXPIAÇÃO (DIA DA). Era este o grande dia de humilhação nacional, entre os filhos de Israel. A maneira de observar-se essa manifestação de dor e arrependimento acha-se descrita no cap. 16 de Levítico. As vitimas que se ofereciam estão enumeradas em Nm 29.7

EZALEL. Na sombra de Deus. l. O filho de Uri, o filho de Hur, da tribo de Judá, isto é, um descendente de Calebe (1 Cr 2.18 a 20,50); era hábil mecânico e desenhador, e foi encarregado de executar as obras de arte necessárias para o tabernáculo no deserto. Ele tinha-se associado com Aoliabe, que tinha a seu cargo a fabricação dos tecidos. O trabalho pessoal de Bezalel era em metal, madeira e pedra, mas ele era mestre de Aoliabe, e dirigia os trabalhos deste artista (Êx 31.2; 35.30; 36.1,2; 1 Cr 2.20; 2 Cr 1.5). (*veja Hur.) 2. Filho de Paate-Moabe, um dos que tinham casado com mulheres estranhas (Ed 10.30).

EZEQUIAS. O Senhor, a suprema Força. Foi rei de Judá (726 a 697 a.C.), tendo sucedido a Acaz, seu pai, na idade de vinte e cinco anos, e governou o reino pelo espaço de vinte e nove anos. Ele é geralmente tido como um dos mais sábios e melhores reis de Ju

EZEQUIEL (LIVRO DE). É universalmente reconhecido que o livro foi escrito pelo grande profeta, cujo nome é mencionado no seu título. A data do seu aparecimento nos é indicada no fato de Ezequiel ter começado a profetizar no ano quinto do cativeiro do rei

EZEQUIEL. Deus fortalece. Um dos quatro grandes profetas, o qual foi sacerdote dos judeus (Ez 1.3). Era filho de um sacerdote, que se chamava Buzi, e fez parte da grande leva de cativos que Nabucodonosor mandou para Babilônia com Jeoaquim, o jovem rei de

EZIOM-GEBER. O sítio de um acampamento israelita. Cidade árabe à entrada do golfo Elanítico, estando contígua a Elate (*veja esta palavra). Foi aqui que Salomão equipou a sua esquadra para relações comerciais com Ofir; e no mesmo porto meteu-se em empresa semelhante o rei Josafá, mas não foi feliz (Nm 33.35; Dt 2.8; 1 Rs 9.26; 22.48; 2 Cr 8.17; 20.36).

voltar