DICIONÁRIO BÍBLICO

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LÃ. A lã era um dos principais produtos que se usavam para fazer roupas, como se pode inferir das freqüentes referências à tosquia das ovelhas (Gn 31.19; 38.12; Jó 31.19,20), e à existência de uma festividade religiosa, em tempos primitivos relacionada com essa operação (2 Sm 13.23 e seg.). Constava de 1ã uma certa porção do tributo de Mesa (2 Rs 3.4); e a lã é também mencionada, entre as ofertas das principais primícias, não só por Oséias (2.7 a 11), mas também no Deuteronômio de uma(18.4). Em tempos posteriores da nacionalidade judaica, era considerada como tarefa boa dona de casa, vivendo na abastança, o fiar a 1ã e manufaturar os vestidos (Pv 31.13). (*veja Vestuário, Tecelagem.)

LABÃO e LABÃ. Branco. l. Era irmão de Rebeca, mulher de Isaque. Como era pai de Lia e Raquel, vinham, portanto, estas a ser primas de Jacó. E com este seu primo casaram as filhas de Labão. O tio de Jacó tinha tomado uma parte proeminente nos desponsórios da sua irmã com Isaque (Gn 24.10, 29 a 60; 27.43; 29.5). Era homem astuto e cobiçoso, como se depreende principalmente das suas relações com Jacó e do que aconteceu com o casamento de Lia e Raquel (Gn 29 e 30). (*veja Jacó, Jegar-Saaduta.) 2. Lugar nas vizinhanças de um acampamento israelita, talvez o mesmo que Libna 2 (Dt 1.1).

LABÃO e LABÃ. Branco. l. Era irmão de Rebeca, mulher de Isaque. Como era pai de Lia e Raquel, vinham, portanto, estas a ser primas de Jacó. E com este seu primo casaram as filhas de Labão. O tio de Jacó tinha tomado uma parte proeminente nos desponsórios da sua irmã com Isaque (Gn 24.10, 29 a 60; 27.43; 29.5). Era homem astuto e cobiçoso, como se depreende principalmente das suas relações com Jacó e do que aconteceu com o casamento de Lia e Raquel (Gn 29 e 30). (*veja Jacó, Jegar-Saaduta.) 2. Lugar nas vizinhanças de um acampamento israelita, talvez o mesmo que Libna 2 (Dt 1.1).

LADRÕES (OS DOIS). Aqueles homens, que apareceram na cena da crucificação, não eram simples ladrões, mas salteadores ou bandidos, fazendo parte dos terríveis bandos que infestavam a Palestina nesse tempo. A parábola do Bom Samaritano nos mostra como era comum serem por eles atacados e roubados os viajantes, mesmo na grande estrada que ia de Jerusalém a Jericó (Lc 10.30). Era necessário empregar a força armada para os acometer (Lc 22.52). Muitas vezes, como no caso de Barrabás, a vida desses turbulentos salteadores estava em conexão com um zelo fanático pela liberdade, sendo transformado o saque numa popular insurreição (Mc 15.7). Para crimes desta espécie era a crucificação a pena aplicada.

LAGAR DE VINHO. Cada vinha tinha o seu próprio lagar de vinho, que em geral era uma cisterna feita na rocha, com cerca de 2,40m de comprimento por 1,50m de largura. Tinha em baixo uma abertura, donde corria o mosto para uma cuba que ficava mais baixa. Estas duas partes se distinguem claramente em Jl 3.13. Toda a adega tinha uma cobertura de colmo, de cujos barrotes estavam suspensas umas cordas, nas quais se seguravam os operários, que de corpo nu pisavam as uvas, que dos cestos eram lançadas para os balseiros. O trabalho de pisar as uvas era violento mas dava alegria aos trabalhadores, que no seu afã iam cantando, havendo também o toque de instrumentos musicais (Is 16.9; Jr 25.30; 48.32,33). Em sentido figurado, a vindima, o rebusco, e o pisar das uvas significavam fortes batalhas e grandes violências(Is 17.6;63.1 a 3; Jr 49.9; Lm 1.15). (*veja Vinha.)

LAGARTO. Os lagartos achavam-se incluídos entre os animais impuros que rastejam pela terra: eram proibidos na alimentação (Lv 11.30). Há abundância deles na Palestina.

LAÍS. Leão. 1. Cidade dos sidônios na extremidade norte da Palestina; a qual também se chamava Lesém (Js 19.47); e mais tarde Dã (Jz 18.7,29). Ali esteve depositada a imagem de Mica, e depois disto um dos bezerros de Jeroboão. Agora o seu nome é Banias. 2. Um benjamita, cujo filho, Palti, ou Paltiel, veio a ser o marido de Mical, mulher de Davi (1 Sm 25.44; 2 Sm 3.15). 3. Uma vila ao norte de Jerusalém (Is 10.30). Talvez a moderna Isawiye, três quilômetros ao nordeste da cidade.

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS. As lamentações de Jeremias constam de cinco poemas. Estes poemas, à exceção do último, são no original hebraico acrósticos alfabéticos, começando cada estância com uma nova letra. O terceiro tem ainda a particularidade de principi

LAMEQUE. 1. Era descendente de Caim, e foi o primeiro polígamo. Teve duas mulheres, Ada e Zilá. O seu cântico são palavras de triunfo na posse da espada (Gn 4.18 a 24). 2. Um descendente de Sete, e pai de Noé (Gn 5.28).

LÂMPADA. A primeira referência ao candeeiro acha-se naquele notável episódio em que se fala do "fogareiro fumegante, e uma tocha de fogo", isto é, da tocha que ratificou o pacto com Abraão (Gn 15.17), simbolizando a presença ardente de Deus. As lâmpadas d

LANCETA. Instrumento para cortar, para abrir abcessos, etc. (1 Rs 18.28).

LANTERNA. Espécie de caixa portátil, dentro da qual se acende uma pequena lâmpada (Jo 18.3).

LAODICÉIA. Era uma florescente e rica cidade da Ásia Menor, nas margens do rio Lico, perto de Colossos, sobre a estrada principal, que, de grande movimento comercial, punha em comunicação o oriente com o ocidente da Ásia; a sede de uma importante igreja cristã, que não foi visitada por Paulo (Cl 2.1; 4.13,15; Ap 1.11; 3.14).

LAODICENSES. Os habitantes de Laodicéia. A carta que Paulo escreveu aos laodicenses (Cl 4.16) é, provavelmente, aquela circular conhecida pelo nome de epístola aos Efésios.

LAQUIS. Fortaleza dos amorreus, que foi tomada por Josué, e que coube nas partilhas a Judá (Js 10; 12.11; 15.39); foi fortificada pelo rei Roboão, e mais tarde ali se refugiou Amazias (2 Rs 14.19; 2 Cr 11.9; 25.27). Foi cercada por Senaqueribe, achando-se o fato representado nas placas de Ninive, que foram encontradas em Kouzunjik, e existem hoje no Museu Britânico (2 Rs 18.17; 19.8; 2 Cr 32.9; Jr 34.7; Mq 1.13). Os judeus tornaram a ocupá-la, quando voltaram do cativeiro (Ne 11.30). O lugar está identificado com o moderno Tell el-Hesy.

LASA. O limite meridional dos cananeus, perto de Sodoma e Gomorra (Gn 10.19). Tem sido identificado com Calirhoé, um sítio famoso pelas suas nascentes de água quente, perto da costa oriental do mar Morto.

LATIM. A língua falada pelos romanos (Lc 23.38; Jo 19.20). O titulo no alto da cruz, na qual morreu Cristo, estava escrito em latim (bem como em hebraico e grego) como sendo língua oficial.

LAVAGEM. As abluções eram, ou cerimoniais ou não cerimoniais (Lv 11.25,28, etc. Gn 18.4; 2 Sm 12.20 etc.). Lavar as mãos como sinal de inocência é um ato a que diversas passagens fazem referência (Dt 21.6; Sl 26.6; Mt 27.24). No tempo de Jesus Cristo estava a Lei sobrecarregada de inumeráveis preceitos em relação às abluções (Mt 15.2; Mc 7.3). As condições de viagem e a natureza do calçado explicam as muitas alusões que se fazem ao lavamento dos pés. Tinha isso um alto lugar entre as regras da hospitalidade. Quando um hóspede se apresentava à porta, ou de uma tenda, ou de uma casa, ofereciam-lhe água para lavar os pés (Gn 18.4; 19.2; 24.32; Jz 19.21). Se o hospedeiro desejava mostrar particular respeito ao seu hóspede, querendo exprimir a sua própria humildade numa comparação com o personagem recebido, ele próprio executava aquele ato (1 Sm 25.41; Lc 7.38,44; Jo 13.5 a 14; 1 Tm 5.10).

LAVANDEIRO (CAMPO DO). Este lugar é acidentalmente mencionado como dando o seu nome a um caminho entre muros, que era o "aqueduto do açude superior" (2 Rs 18.17,26; Is 7.3; 36.2). Estava situado ao norte de Jerusalém, e tão perto das muralhas que quem estivesse em cima destas podia ouvir os que falavam no campo do lavandeiro. A fonte de Siloé, ou de Giom, cujas águas vêm da falda do monte Moriá, formava duas piscinas, chamadas "o açude superior" ou o "açude do rei" (Ne 2.14; e Is 7.3) e "açude inferior" (Is 22.9). O aqueduto que fazia a ligação do açude de cima com o de baixo, ou com a cidade, era chamado o "aqueduto do açude superior". Tanto o açude como o aqueduto eram suficientes razões para ajuntamento de lavandeiros. O campo era, sem dúvida, um recinto para ali se branquear a roupa e pô-la a secar.

LAVANDEIRO. O trabalho do lavandeiro era limpar os vestidos e branqueá-los (Mc 9.3). Os vestidos eram metidos em tinas de água em que se deitava alguma substância, correspondente ao nosso sabão (Ml 3.2). Os lavandeiros calcavam aos pés os vestidos, e os batiam. O que então se usava como sabão era, entre outras coisas, o nitro, álcali vegetal, e farinha de fava misturada com água. As diversas peças de pano eram branqueadas, esfregando-as com greda, barro ou marga. O exercício desta ocupação produzia cheiros nocivos; e era necessária grande extensão de terreno para secar a roupa. E provém desta circunstância ser fora da cidade de Jerusalém o campo do lavandeiro.

LAVOURA. A cultura das terras pelo arado. "Nem lavoura nem colheita", diz-se em Gn 45.6. (*veja também Êx 34.21; Dt 21.4; 1 Sm 8.12; Is 30.24.)

LAVRADOR. Os hebreus eram um povo agrícola. A lavoura é, na Sagrada Escritura, mencionada desde o seu princípio, visto como Adão foi colocado no Jardim do Éden para o cultivar. Noé também foi agricultor (Gn 9.20). Deus é comparado ao lavrador (Jo 15.1; 1 Co 3. 9), e o símile de uma terra diligentemente cultivada ou de uma vinha cuidadosamente tratada, é muitas vezes usado nas Escrituras. (*veja Agricultura.)

LÁZARO. É a forma grega de Eleazar. l. Irmão de Marta e Maria. Ele vivia com suas irmãs em Betânia, perto de Jerusalém. Jesus deu-lhe a honra de Se hospedar em sua casa, quando visitou a cidade. A ressurreição de Lázaro (Jo 11) foi o ato final, que levou os judeus à resolução de quererem matar Jesus Cristo (Jo 11.47 e seguintes). 2. Lázaro é o nome dado ao pobre que na parábola estava sentado junto do palácio do rico (Lc 16.20).

LEÃO. O leão acha-se mencionado umas 130 vezes nas Escrituras, sendo nomeado mais vezes do que qualquer outro animal. Em tempos antigos o leão vagueava pela Síria e Ásia Menor, mas já desde o meado do século dezenove não tem sido visto na Palestina, Encon

LEBRE. A lebre pertence ao número dos animais imundos na lei de Moisés, visto que, embora se pensasse que podia ruminar, não tem as unhas fendidas (Lv 11.6; Dt 14.7). A suposição de que a lebre ruminava tinha sem dúvida por causa o hábito de constantement

LEGIÃO. Termo militar, romano, que significava um exército de aproximadamente 6.000 soldados a pé, com um contingente de cavalaria. No N.T. usa-se apenas metaforicamente acerca de uma multidão disciplinada (Mt 26.53; Mc 5.9).

LEGUMES. Nome genérico de toda sorte de grãos, que nascem em vagens, como favas, feijões, etc. Os hebreus da antigüidade torravam diversos legumes, quando estavam em campanha (2 Sm 17.28). Os legumes de que se alimentaram os quatro jovens durante dez dias (Dn 1.12,16) não devem ser considerados como sendo apenas os grãos das vagens, pois por esse termo são também compreendidos outros vegetais.

LEI (DOUTOR DA).Os doutores da Lei, tantas vezes mencionados no N.T., dedicavam-se ao estudo e explicação da Lei de Moisés, e das doutrinas tradicionais que tinham sido acrescentadas à mesma Lei (Mt 22.35; Lc 7.30; 10.25; 11.45). Na epístola a Tito (3.13) intérprete da Lei significa, provavelmente, aquele que exercia o lugar de advogado legal nos tribunais dos gentios. (*veja Escriba.)

LEI. A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a r

LEITE. Nas terras da Bíblia usava-se não só o leite de vaca, mas também o de ovelha, de cabra e de camelas (Dt 32.14; Gn 32.15; Pv 27.27). Em diversos casos (exceto em Pv 30.33) o termo "manteiga" refere-se a uma preparação do leite coalhado. Foi isto que Jael ofereceu a Sísera (Jz 5.25), num vaso de couro que ainda usam os beduínos. E ainda hoje, como nos dias de Abraão (Gn 18.8), os estrangeiros que passam por aqueles sítios são recebidos por gente hospitaleira, que Lhes apresenta aquela bebida. A proibição de cozer o cabrito no leite de sua mãe dizia respeito a qualquer uso pagão no tempo da ceifa (Êx 23.19; 34.26; Dt 14.21). Sugar o leite de uma nação inimiga era uma expressão que significava a sua completa sujeição (Is 60.16; Ez 25.4).

LEITO. Os leitos, como nós os compreendemos, não estavam em uso na Palestina. Havia, contudo, alguma coisa semelhante (*veja Gn 47. 31). Mas o divã ou sofá, em lugar de na sua construção ser uma parte do edifício, era algumas vezes um móvel separado, feit

LENTILHAS. É uma espécie de ervilhaça. A planta de lentilha cresce até à altura de 15 a 20 centímetros, transformando-se então as suas flores de púrpura em vagens, contendo cada uma destas duas ou três sementes. Na Palestina faz-se a colheita das lentilha

LEOPARDO. Noutros tempos era um animal muito visto na Palestina, mas já é raro. A sua sarapintada pele, o seu caminhar rápido e o seu costume de estar de emboscada para saltar sobre a presa notam-se em diversos lugares da Bíblia (Jr 13.23; Hc 1.8; Jr 5.6). Os beduínos do Sinai temem muito o leopardo, cujo alimento favorito são as cabras, que quase constituem a única possessão daquela gente. É notável, por isso, a declaração profética de Isaías (11.6): "e o leopardo se deitará junto ao cabrito".

LEPROSO, LEPRA. Doença da pele, que se acha descrita com bastantes pormenores nos capítulos 13 e 14 do Levítico, e que é o mesmo terrível flagelo que hoje se conhece. Mas a Lei mosaica tinha em vista uma extensa classe de doenças, cujos sintomas eram erup

LEPROSO, LEPRA. Doença da pele, que se acha descrita com bastantes pormenores nos capítulos 13 e 14 do Levítico, e que é o mesmo terrível flagelo que hoje se conhece. Mas a Lei mosaica tinha em vista uma extensa classe de doenças, cujos sintomas eram erup

LESÉM. Cidade ao ocidente do monte Hermom (Js 19.47ì; também é conhecida pelos nomes de Laís e de Dã.

LESMA. Duas palavras são traduzidas por lesma. Em Lv 11.30 trata-se certamente de uma espécie de lagarto. No outro caso em que a palavra ocorre (Sl 58.8), deriva-se a metáfora do pegajoso rasto deixado pela lesma, e do seu modo de andar que lhe dá a aparência de derretimento. As lesmas são abundantes na Palestina, eem outras terras de que fala a Bíblia.

LEVI. l. O terceiro filho de Jacó, por Lia. Associou-se com seu irmão Simeão na terrível vingança contra os homens de Siquém pelo fato de ter sido seduzida a sua irmã Diná (Gn 34). Noutras passagens da sua vida, ele figura simplesmente como um dos filhos de Jacó. (*veja Levitas.) 2. O bisavô de José, marido da Virgem Maria (Lc 3.24). 3. Um remoto antepassado (Lc 3.29). 4. Outro nome do apóstolo Mateus (Mc 2.14; Lc 5.27,29).

LEVITAS. Todos os sacerdotes do povo escolhido eram levitas, isto é, descendentes de Levi por Coate (segundo filho de Levi), e Arão. Mas Levi teve outros filhos, cujos descendentes ajudavam os sacerdotes, formavam a guarda do tabernáculo, e o transportava

LEVÍTICO (LIVRO DO). O titulo deste livro deriva-se do que lhe é dado na versão dos Setenta: "o Livro Levítico". Nos escritos judaicos é geralmente designado pelo nome da sua primeira palavra hebraica. Está em estreita relação com Êxodo e Números, mas dif

LIA. A significação é duvidosa; talvez vaca brava, e Raquel ovelha. Mulher de Jacó e a filha mais velha de Labão. Por meio de um ardil foi dada a Jacó para sua mulher em vez da sua irmã Raquel, que era mais nova e mais bela, e por quem ele tinha servido o pai dela pelo espaço de sete anos. Para casar com Raquel foi obrigado a servir mais sete anos o seu tio Labão (Gn 29.20,30). Ambas são nomeadas na bênção pedida para Boaz (Rt 4.11).

LÍBANO. Montanha branca. Ficava ao norte da terra da Promissão (Dt 1.7; 11.24; Js 1.4). Dá-se o nome do Líbano a duas cordilheiras, paralelas uma à outra, e igualmente paralelas à costa do mar, do sudoeste ao nordeste, na distância de 160km, aproximadamen

LIBERDADE. A lei de Moisés permitia que os escravos conquistassem a sua liberdade sob certas condições (Êx 21.2,3,4,7,8; Lv 25.39 a 55; Dt 15.12 a 18). Segundo a lei romana, homem livre era aquele que nascia livre. O escravo forro ou liberto era aquele que comprava a sua liberdade, ou aquele a quem era concedida.Não tinha este os mesmos direitos que o homem livre (At 22.28).

LIBERTINOS. Homens libertos. Aparentemente eram judeus que tinham estado presos em Roma (por exemplo os que Pompeu fez cativos); mas sendo libertados voltavam a Jerusalém, onde eles e seus descendentes tinham uma sinagoga (At 6.9).

LÍBIA. Os líbios habitavam a costa setentrional da África, estendendo-se desde o ocidente do Egito até, talvez, às colunas de Hércules (2 Cr 12.3; 16.8; Na 3.9). São muitas vezes mencionados no monumentos egípcios.

LÍBIOS. Os habitantes da Líbia, que se supõe serem descendentes de Pute, o filho de Cão (Jr 46.9; Dn 11.43).

LIBNA. Branco. 1. Cidade que ficava ao sudoeste da Palestina, não se conhecendo a sua exata situação. Foi tomada por Josué, cedida a Judá, e destinada aos sacerdotes (Js 10.29 a 39; 12.15; 15.42; 21.13; 1 Cr 6.57). Revoltou-se no reinado de Jeroboão (2 Rs 8.22; 2 Cr 21.10); e foi cercada por Senaqueribe (2 Rs 19.8; Is 37.8). Libna foi a terra natal da rainha Hamutal, mãe de Jeoacaz e Zedequias (2 Rs 23.31; 24.18; Jr 52.1). 2. Local de um acampamento israelita (Nm 33.20 21); talvez o mesmo que Labã.

LICAÔNIA. Distrito da Ásia Menor, ao noroeste da Cilicia, e que em tempos apostólicos foi habitado por uma raça imperfeitamente civilizada. Foi teatro importante dos trabalhos de Paulo durante a sua primeira viagem missionária (At 14; 2 Tm 3.11); foi, pelo mesmo apóstolo, atravessado na sua segunda e terceira viagens (At 16.1 a 8; 18.23; 19,1).

LÍDIA. Mulher de Tiatira, que vendia púrpura, e servia a Deus. Tendo sido convertida em Filipos pela pregação de S. Paulo, foi ela batizada e a sua família (At 16.14,40). É possível que Lídia fosse somente o seu nome de negócio (a Lídia), sendo o seu verdadeiro nome desconhecido. (*veja Macedônia.)

LIGAR/DESLIGAR. Os termos "ligar" e "desligar" (Mt 16.19) são freqüentemente empregados pelos judeus no sentido de proibir e permitir, com referência ao ensino doutrinal e prático dos rabis. Quando eram nomeados os seus mestres, punham uma chave nas suas

LÍNGUAS (CONFUSÃO DE). Por algum tempo, depois do dilúvio, havia só uma língua em toda a terra. A família humana procurou manter esta unidade, estabelecendo um grande campo central, uma cidade, que devia servir de metrópole e também, sem dúvida, de centro religioso para todo o mundo. Propuseram-se realizar este projeto na larga planície da Babilônia, um sítio que admiravelmente convinha ao fim em vista pelas suas particularidades físicas e geográficas. O Senhor desfez esse propósito, confundindo "a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do outro. Destarte o Senhor os dispersou dali pela superfície da terra". Ficou a memória do grande acontecimento no nome Babel, que a um hebreu sugere a palavra balar "confundir" (Gn 11.1 a 9). (*veja Babel, Babilônia.)

LÍNGUAS (DOM DE). As principais passagens, com as quais temos de formar as nossas conclusões quanto à natureza e objetivo do dom de línguas, são as seguintes: Mc 16.17; At 2.1 a 13; 10.46; 19.6; 1 Co 12.10,28,30; 14.1 a 39. No dia de Pentecoste, como está descrito nos Atos, apareceram aos 120 discípulos "línguas como de fogo"; e então "passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem". E o povo ouvia os discípulos falarem em línguas que não tinham aprendido, de modo que as pessoas que estavam em Jerusalém, pertencentes a muitas nacionalidades, compreendiam as palavras que lhes eram dirigidas, ou, mais provavelmente, Deus falava à alma segundo a própria língua de cada um.

LINHO (PANO DE). O "fino pano de linho" do antigo Egito, universalmente usado naquele país para fazer roupa e envolver os corpos dos mortos, e largamente exportado, era feito das fibras da planta do linho. Uma das pragas do Egito foi a destruição, pela sa

LINHO EM FLOR. Esta expressão significa que ele estava em flor, já bem desenvolvido e quase próximo a ser colhido (Êx 9.31). E por isso o acontecimento da praga da saraiva devia ter sido aproximadamente em março, significando os prejuízos nesta ocasião a perda da planta e de todo o trabalho que tinha havido na cultivação. Em Js 2.6 a frase "canas do linho" é simplesmente a haste. A passagem contém uma referência ao costume de secar os pés dessa planta, expondo-os ao calor do sol sobre os terraços das casas. Seguia-se a isto a descascadura das hastes e a separação da fibras. E cardava-se por fim com o sedeiro. O linho constituía, antigamente, uma das mais importantes colheitas da Palestina (Os 2.5,9).

LÍRIO. A flor, conhecida pelo nome de lírio do vale, não está mencionada nas Sagradas Escrituras. Os "lírios do campo", em Mt 6. 28, parece que compreendem aquelas famílias de flores como a tulipa, a íris, o jacinto, e a fritilária, bem como as anêmonas. Mas se em Ct 2.1,2 e em Os 14.5 se quer significar uma só espécie, é provável então que se trate da iris. Sendo esta um bela flor, vigorosa e grande, e além disso de cores brilhantes, não se podia imaginar mais próprio emblema, sob o ponto de vista oriental, para despertar o sentimento da admiração do amor.

LISTRA. Cidade da Licaônia, na província romana da Galácia, onde Paulo e Barnabé foram, no espaço de algumas horas, primeiramente venerados como deuses, e depois apedrejados pelo povo. Fora das portas da cidade estava o templo de Júpiter. Segundo uma lenda que era corrente em Listra, Júpiter e Mercúrio haviam, em tempos passados, visitado a cidade em forma humana. Aquele povo ignorante e rude imaginou que, pela segunda vez, estava recebendo a mesma honra. Mais tarde foi fundada uma igreja na mesma povoação. Timóteo, que era natural deste lugar, observou, ou certamente teve conhecimento das perseguições que Paulo sofreu por ocasião da sua primeira visita (At 14.6 a 20; 2 Tm 3.10 e seguintes). Quando Paulo, pela segunda vez, visitou a mesma cidade, era Timóteo já cristão (At 16.1 a 3; 2 Tm 3.10, 11). Listra tem sido identificada com umas ruínas que existem perto da vila de Khatyn Serai.

LIVRO DA VIDA. Registos judaicos. Quando alguém morria, o seu nome era riscado da lista, que as autoridades guardavam, e que se supunha compreender somente os nomes dos vivos (Is 4.3 e Ap 21.27).

LIVRO DAS MEMÓRIAS. Alusão às lembranças escritas, que alguns monarcas orientais guardavam a respeito das boas ou más ações dos seus súditos. Em certas ocasiões esse livro era consultado, e recompensas ou castigos eram dados em conformidade à ação praticada (Et 6.1 a 3).

LIVRO DOS JUSTOS. Js 10.13; 2 Sm 1.18. Continha uma coleção nacional de baladas, cujos assuntos eram as grandiosas ações dos heróis judaicos. Em acrescentamento às duas referidas passagens, pensa-se que um terceiro fragmento do livro existe em Nm 21.14. Muitas suposições se têm feito com respeito à forma e história do livro, mas nada mais é realmente conhecido. Tem havido várias falsificações do Livro dos Justos, que como tais foram descobertas.

LIVRO. Os primeiros livros tinham a forma de blocos e tabuinhas de pedra, de que se faz freqüente menção nas Escrituras. Os escritos, geralmente memoriais de grandes e heróicos feitos, eram gravados na pedra. Jó queria que as suas palavras ficassem perman

LÓ. Sobrinho de Abraão. Ele acompanhou o seu tio desde Ur dos caldeus até Canaã, e daqui ao Egito, voltando deste país à terra de Canaã. Uma questão levantada entre os seus servos motivou uma amigável separação. Estabeleceu-se Ló na planície, em que se achavam edificadas as cidades de Sodoma e Gomorra. E quando estas foram destruídas pelo fogo do céu, perdeu Ló, embora escapasse com vida, todos os seus bens terrestres. Foi ele o pai de Moabe e Amom. Era dotado de qualidades fracas. Por três vezes se refere Jesus a Ló num discurso (Lc 17. 28,29,32); e o seu livramento é comentado em 2 Pe 2.7.

LOBO. Ainda há lobos na Palestina e na Síria, embora a falta de florestas os leve a procurar refúgio a maior parte das vezes nos sítios ermos. Eles não aparecem em alcatéias na Síria, como fazemem outros lugares, mas não deixam de fazer grande mal às ovel

LODE, LIDA. Cidade de Benjamim na planície de Sarom, reocupada depois da volta do cativeiro (1 Cr 8.12; Ed 2.33; Ne 7.37; 11.35). Ali se realizou a cura de Enéias pela ação de Pedro (At 9.32 a 35, 38). Diz-se que S. Jorge, o santo padroeiro de Inglaterra, nasceu naquela povoação.

LODE, LIDA. Cidade de Benjamim na planície de Sarom, reocupada depois da volta do cativeiro (1 Cr 8.12; Ed 2.33; Ne 7.37; 11.35). Ali se realizou a cura de Enéias pela ação de Pedro (At 9.32 a 35, 38). Diz-se que S. Jorge, o santo padroeiro de Inglaterra, nasceu naquela povoação.

LÓIDE. Avó de Timóteo, de quem Paulo se lembra em virtude de sua fé (2 Tm 1.5).

LOUCURA. O epíteto de louco aplica-se nas Sagradas Escrituras: (1) a um indivíduo privado da sua razão (At 26.24; 1 Co 14.23); (2) à pessoa que esteja pervertida e dominada pelas suas paixões (At 26.11); também àquele cuja mente está confusa e desorientada, sendo tão grande a sua perturbação que ele procede de um modo incerto, extravagante e irregular (Dt 28.34; Ec 7.7); e, além disso, a todos os que se acham transtornados pela veemência dos seus desejos, com respeito a ídolos, vaidades, doidices, fraudes e falsidades (Jr 50.38; Os 9.1). No Oriente olham para os loucos com certa reverência, considerando-os possuídos de uma espécie de caráter sagrado. Seja exemplo disto o tratamento que recebeu Davi, quando ele se mostrou como doido na corte de Aquis (1 Sm 21.13 a 15).

LUA NOVA. O primeiro dia do mês lunar era santificado (Nm 28.11 a 15); por isso não se faziam negócios nem trabalhos manuais (Am 8.5), estando o templo aberto ao culto público (Is 66.23; Ez 46.3). E do que está escrito em 1 Sm 20.5 e 24 depreende-se que nesse dia se faziam banquetes de grande cerimônia, visto como Davi se considerava especialmente obrigado a ir nessa ocasião sentar-se à mesa do rei.

LUA. O luar é muito mais claro nos países orientais do que nos ocidentais, e por isso, de noite, à luz da lua, faz-se uma grande parte das viagens. As palavras do Sl 121.6 "não te molestará... nem de noite, a lua" dizem respeito ao mal que, segundo se julgava, faziam os raios da Lua nos olhos daqueles que dormiam sob o céu aberto. Os paroxismos da epilepsia eram relacionados com o crescente e o minguante da Lua. Refere-se a este estado o evangelho de S. Mateus (4.24; 17.15) empregando o termo "lunático". A Lua era adorada no Egito, Síria e Babilônia, com particularidade Ur da Caldéia, e Harã. A mais antiga referência a esta forma de idolatria acha-se em Jó 31.26,21. *veja também o aviso de Moisés (Dt 4.19). Manassés "se prostrou diante de todo o exército dos céus" (2 Rs 21.3); e os sacerdotes que queimavam incenso à lua foram postos de parte por Josias (2 Rs 23.4,5).

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO). A autoria deste livro é, pela voz unânime da antigüidade, desde Ireneu (c. 180 d.C.) em diante, atribuída a Lucas, o médico. E alusões a ele alguns críticos descobriram a partir de Clemente de Roma (95 d.C.). Que o autor do Ev

LUCAS. Lucas foi o companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga Igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os Atos dos Apóstolos. Ele é mencionado somente três vezes pelo seu nome no N.T. (Cl 4.14; 2 Tm 4.11;

LÚCIFER. A palavra traduzida pelo termo Lúcifer (Is 14.12) é um epíteto aplicado ao rei da Babilônia, que caiu do seu estado de glória e elevação. Emprega-se Babilônia no Apocalipse como símbolo do império e último destino do maléfico; e daqui provém o uso do nome de Lúcifer para significar Satanás pela sua queda do céu.

LUGARES ALTOS (OS ALTOS). Os cumes dos montes e outeiros eram lugares de culto entre muitos povos. O altar de Noé foi, sem dúvida, sobre o monte Ararate (Gn 8.20). Abrão edificou um altar sobre um monte, ao oriente de Betel (Gn 12.8). O altar levantado po

LUTO. Uma notável feição do luto oriental é a sua preparada publicidade. Veio Abraão depois da morte de Sara, em grande cerimônia, lamentar a sua morta e chorar por ela (Gn 23.2). Sabemos também que lugares altos, estradas, terraços, eram sítios especialm

MAACA. Opressão l. A filha que Naor, irmão de Abraão, teve da sua concubina Reumá (Gn 22.24). 2. Uma das mulheres de Davi, e mãe de Absalão (2 Sm 3.3; 1 Cr. 3.2). 3. Um pequeno reino, nas faldas do Hermom, próximo de Basã, que coube a Manassés. Mas este n

MAANAIM. Dois campos, ou exércitos. Cidade ao oriente do Jordão, e ao sul do Jaboque, onde Jacó foi encontrado pelos anjos de Deus (Gn 32.2). Ficava no limite sul de Basã, na fronteira de Gade e Manassés. Coube a Gade e foi dada aos meraritas (Js 13.26,30; 21.38; 1 Cr 6.80). Ali foi coroado Is-Bosete depois da morte de Saul, e ali também se refugiou Davi, quando fugia de Absalão (2 Sm 2.8,12,29; 17.24,27; 19.32; 1 Rs 2.8). Foi um dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.14). Maanaim tem sido identificada com a vila moderna de Mahné, mas isto é incerto.

MAASÉIAS. Obra do Senhor. 1. Levita que tomou parte nas cerimônias que se efetuaram, quando a arca saiu da casa de Obede-Edom (1 Cr 15.18,20). 2. Um dos capitães que ajudaram a colocar Joás no trono de Judá (2 Cr 23.1). 3. Oficial do rei Uzias (2 Cr 26.11

MAÇÃ, MACIEIRA. A maçã é mencionada várias vezes na Sagrada Escritura (Pv 25.11; Ct 2.3 a 5; 7.8;8.5; J11.12);mas não se sabe se se trata da nossa maçã, pois que não é natural da Síria. As opiniões dividem-se, não se sabendo se é maçã, limão, laranja, marmelo, ou damasco, o fruto a que se faz referência. O Cônego Tristão sustentou que há somente um fruto que concorda perfeitamente com as exigências das passagens citadas, e esse é o damasco, abundante na Terra Santa. Que pode melhor convir às imagens de Salomão "maçãs de ouro em salvas de prata" do que este áureo fruto, que se observa entre as folhas da árvore, folhagem que é brilhante na sua palidez?

MAÇÃ, MACIEIRA. A maçã é mencionada várias vezes na Sagrada Escritura (Pv 25.11; Ct 2.3 a 5; 7.8;8.5; J11.12);mas não se sabe se se trata da nossa maçã, pois que não é natural da Síria. As opiniões dividem-se, não se sabendo se é maçã, limão, laranja, marmelo, ou damasco, o fruto a que se faz referência. O Cônego Tristão sustentou que há somente um fruto que concorda perfeitamente com as exigências das passagens citadas, e esse é o damasco, abundante na Terra Santa. Que pode melhor convir às imagens de Salomão "maçãs de ouro em salvas de prata" do que este áureo fruto, que se observa entre as folhas da árvore, folhagem que é brilhante na sua palidez?

MACEDÔNIA. Província romana que se estendia desde o mar Egeu ao Adriático, tendo a Ilíria ao noroeste e a Acaia ao sul. Foi o primeiro país que recebeu o Evangelho, estando intimamente relacionado com o ministério de Paulo. O trabalho de Paulo nessa regiã

MACHADO. Diversas espécies deste artigo se mencionam na Bíblia. Uma variedade constava de uma peça de ferro, que, presa com correias a um cabo de madeira (Dt 19.5; 2 Rs 6.5), servia para separar qualquer coisa. Outra variedade parece ser uma forma de picão (Êx 20.25; Ez 26.9). Aquele instrumento, a que se refere Isaías (44.12) e Jeremias (10.3), parece ter sido um podão, que o serralheiro e o carpinteiro usavam. O martelo, ou acha de armas em Jr 51.20, era provavelmente uma maça pesada ou malho.

MACPELA. O campo e a cova de Hebrom, que Abraão comprou, e onde foram colocados os restos mortais de Abraão, Sara, Isaque, Rebeca, Lia e Jacó. Neste mesmo sítio está hoje uma mesquita, que é um dos quatro santuários do mundo maometano (Gn 23.17 a 20; 25.9; 49.30; 50.13).

MADEIRA ODORÍFERA. A madeira, a que se refere o Ap 18.12, era preciosa e muito procurada pelos romanos para fazerem os seus móveis. Era a tuia, proveniente de uma árvore conhecida pelo nome de Callitris quadrivalvis, em estreita relação com a bem conhecida Arbor vitae.

MÃE. Esta palavra é, algumas vezes, usada na significação de metrópole, a "mãe" ou cidade principal de um país ou de uma tribo; e outras vezes emprega-se compreendendo o povo todo (2 Sm 20.19; Is 50.1; Gl 4.26; Ap 17.5). "Mãe em Israel" foi um nome dado a Débora (Jz 5.7), querendo dizer a mulher que serviu a Deus na libertação do povo de Israel.

MAGDALA, MADALENA. Cidade na borda do mar da Galiléia, situada cinco quilômetros ao norte de Tiberíades (Mt 15.39). Em Mc 8.10 chama-se Dalmanuta. Ali residia aquela Maria, que, por causa do lugar, é chamada Maria Madalena. O lugar acha-se identificado com a moderna vila de El-Mejdel.

MAGDALA, MADALENA. Cidade na borda do mar da Galiléia, situada cinco quilômetros ao norte de Tiberíades (Mt 15.39). Em Mc 8.10 chama-se Dalmanuta. Ali residia aquela Maria, que, por causa do lugar, é chamada Maria Madalena. O lugar acha-se identificado com a moderna vila de El-Mejdel.

MAGIA, NECROMANTE. É o emprego de certos meios para influenciar os espíritos, pois se supunha que estes tinham ação sobre homens e circunstâncias. A magia era praticada no Egito (Êx 7 e 8), e geralmente no Oriente. Os hebreus estavam, portanto, em contato

MAGIA, NECROMANTE. É o emprego de certos meios para influenciar os espíritos, pois se supunha que estes tinham ação sobre homens e circunstâncias. A magia era praticada no Egito (Êx 7 e 8), e geralmente no Oriente. Os hebreus estavam, portanto, em contato

MAGOGUE. l. O segundo filho de Jafé (Gn 10.2; 1 Cr 1.5). 2. Os descendentes de Magogue e a sua terra; mas é coisa incerta se era a Cítia, que ficava entre o mar Negro e o mar Cáspio, ou se era região da Ásia Menor. Ezequiel emprega a expressão Gogue, e terra de Magogue, para simbolizar a violência terrestre, malograda pelo poder de Deus (Ez 38.2; 39.6). As imagens de Ezequiel são usadas no Apocalipse para descrever a luta final entre Cristo e o Anticristo (Ap 20.8).

MAGOS. A palavra Rabe-Mague, em Jr 39.3,13, significa "chefe de Magos", que em tempos muito remotos constituíam uma casta religiosa entre os persas, que adoravam a Deus sob a forma de fogo. O fato de estarem os magos entre os caldeus da corte de Nabucodon

MALAQUIAS (LIVRO DE). É o último livro da série do A. T., conhecida pelo nome de Profetas Menores. Quanto à autoria do livro, *veja o vocábulo Malaquias. A sua data pode inferir-se do que se acha ali escrito; mas, ao passo que uns escritores o colocam ant

MALAQUIAS. O meu mensageiro. Nome ou título do autor do último livro canônico do A. T. (Ml 1.1). Segundo a opinião judaica do tempo posterior de Jesus Cristo, e a dos Pais da Igreja Primitiva, pensando também do mesmo modo a maior parte dos expositores, Malaquias não é um nome próprio mas apenas um título. Na versão dos LXX acha-se em Ml 1.1 esta expressão: "pela mão do Seu mensageiro". Noutras traduções, diz-se "O meu mensageiro". Jerônimo apresenta a maneira de ver hebraica, segundo a qual este "mensageiro" foi Esdras, o escriba. Nada se sabe com exatidão quanto à personalidade do escritor além daquilo que se pode colher da sua obra. (*veja Malaquias, Livro de).

MALQUIAS. O Senhor é rei. l. Um gersonita, antepassado de Asafe, o qual foi um dos diretores do canto, no reinado de Davi (1 Cr 6.40). 2. O chefe de uma família de sacerdotes, quando os cargos do santuário eram destinados por sorte (1 Cr 24.9). 3, 4, 5. P

MALTA. É uma ilha do Mediterrâneo, ao sul da Sicília, onde se deu o naufrágio de Paulo (At 28.1). Naquele tempo era uma dependência da província romana da Sicília. Pela sua posição no Mediterrâneo, e pela excelência dos seus portos, foi sempre Malta, ou Melita, considerada de grande importância no comércio e na guerra. Foi famosa pelo seu mel e frutos, pelas suas fábricas de algodão, pelas suas pedreiras, e pela sua bem conhecida raça de cães. Em At 27.27 há uma referência ao Adriático; mas nenhuma dificuldade há na identificação de Melita com a moderna ilha de Malta, visto como Adriático, na linguagem daquele tempo, não designava o Adriático ou golfo de Veneza, mas o mar largo entre Creta e Sicília.

MANÁ. Alimento que Deus mandou, em forma de chuva, aos israelitas no deserto. Seria um líquen (Lecanora esculenta) ainda hoje comum na mesma região, e que, transportado pelo vento, cai à maneira de chuva e é usado como alimento. Dizem alguns que esta pala

MANASSÉS. Causando esquecimento. l. O filho mais velho de José (Gn 41.51). José apresentou os seus dois filhos a seu pai Jacó, já moribundo, para que os abençoasse. Jacó os adotou: mas o direito de nascimento foi dado a Efraim, embora fosse o mais novo (G

MANDAMENTOS. Os mandamentos estão escritos no livro de Êx 20.3 a 17; Dt 5.6 a 21; as circunstâncias em que eles foram dados a Moisés acham-se descritas no Êx 19 a 24. Os Dez Mandamentos foram gravados em duas tábuas de pedra, e estas colocadas dentro da arca. São também chamadas as Tábuas do Testemunho, algumas vezes simplesmente "o testemunho"; é o testemunho da vontade de Deus para com os homens, é a própria Retidão, exigindo a retidão do homem (Êx 25.16; 31.18). Para se conhecer a maneira como devem ser compreendidos pelos cristãos, vejam-se as palavras de Jesus Cristo em Mt 5.21 a 32.)

MANDRÁGORAS. (Também se diz Maçãs de Amor.) A palavra acha-se somente em Gn 30.14 a 16 e Ct 7.13. A mandrágora é quase da família da erva moura, da maçã de Sodoma, e da planta da batata. Encontra-se nos vales e planícies da Palestina, tanto ao ocidente como ao oriente do Jordão, e dizem os árabes que possui virtudes medicinais. Cresce baixa como a alface, à qual pelas suas folhas se assemelha muito, sendo esta, contudo, de uma cor verde escura. As flores são purpúreas. Quando o fruto está maduro, o que acontece no princípio de maio, é do tamanho e cor de uma maçã pequena, extremamente vermelho, e de cheiro ativo. Geralmente é apreciada pelos habitantes, em virtude de alegrar o seu espírito. A bifurcada forma da sua raiz facilmente nos sugere uma representação da forma humana. Virtudes mágicas eram popularmente atribuídas a esta planta.

MANOÁ. Descanso. Pai de Sansão. O nascimento de Sansão foi anunciado a Manoá e a sua mulher pelo "anjo do Senhor" (Jz 13.3 a 23). Manoá e sua mulher procuraram dissuadir Sansão de casar com uma mulher filistéia (Jz 14.2 a 4). Sansão foi sepultado no "sepulcro de Manoá, seu pai" (Jz 16.31).

MANRE. Esta palavra ocorre em três contexturas: (1) é o nome de um amorreu, irmão de Escol e Aner, que fez aliança com Abraão (Gn 14.13,24). (2) O lugar onde habitou Abraão; ele "foi habitar nos carvalhais de Manre" (Gn 13.18 e 18.1). *veja também Gn 35.27. (3) Acha-se o nome em conexão com Macpela, o lugar de sepultura, comprado por Abraão. Estava em frente de Manre; e também aparece identificado com Hebrom (Gn 23.17,19; 25.9; 49.30; 50.13).

MANTEIGA. A fabricação de manteiga no Oriente é um pouco laborioso; e depois de feita não está ainda apetitosa, sendo preciso filtrá-la e clarificá-la. São as mulheres que batem a nata. Deita-se leite num odre, que, meio cheio, se prende à parede pela boc

MANTO. A coberta com que Jael cobriu Sísera (Jz 4.18) era uma espécie de chale ou manto, como os que ainda hoje usam geralmente os árabes, quando fazem as suas camas numa tenda. A capa que tinha Samuel quando foi chamado dos mortos pela feiticeira de En-Dor, e por meio da qual Saul o reconheceu, era a túnica sacerdotal, ou a veste que oficialmente ele usava (1 Sm 28.14). Elias tinha um manto que envolvia os seus ombros, e que, com uma tira de couro em volta dos seus rins, constituía todo o seu vestuário (1 Rs 19.13,19; 2 Rs 2.8,13,14).

MANUFATURA. A preparação de peles para tendas e o tecido de panos para vestidos constituíam o limite de habilidade mecânica na vida nômade do povo de Israel, devendo ter sido essa arte executada por mulheres. Os couros dos animais eram empregados na fabri

MÃO. As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente. (a) Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (Jó 31.26,27): "Se olhei para o sol, quando resplandecia,...beijos Lhe atirei com a mão... " *veja também 1 Rs 19.18. (b) Prestar ju

MAOM. Habitação. Cidade edificada sobre um monte e cercada de incultas pastagens, nas montanhas de Judá, à distância de, aproximadamente, 3 km do Kurmul (Carmelo), e de 11 km para o sul de Hebrom. Ali se refugiou Davi, escondendo-se de Saul; e nesse mesmo lugar alimentou Nabal os seus rebanhos (Js 15.55; 1 Sm 23.24,25; 25.2; 1 Cr 2.45). (*veja Meunitas.)

MÁQUINA. Esta palavra é empregada para significar instrumentos de guerra. Em 2 Cr 26.15 se diz que Uzias "Fabricou em Jerusalém máquinas de invenção de homens peritos, destinadas para as torres e cantos das muralhas, para atirarem fichas e grandes pedras". A mesma palavra acha-se traduzida por astúcias em Ec 7.29. Esses instrumentos bélicos são em Ez 4.2 e 26.9 os aríetes. Em adição a estas máquinas havia as torres movediças de madeira, que os sitiadores faziam avançar pouco a pouco, diante de uma cidade fortificada.

MAQUIR. l. O filho mais velho de Manassés, e portanto o neto de José. Uma grande parte de Canaã, ao oriente do Jordão, foi subjugada pelos descendentes de Maquir (Gn 50.23; Nm 26.29; 32.39; Dt 3.15; Js 17.1; 1 Cr 2.21,23). 2. Filho de Amiel. Ele residiu na parte oriental do Jordão, e protegeu Mefibosete, o filho de Jônatas, depois de ter caído a dinastia de Saul (2 Sm 9.4,5). Alguns anos mais tarde, Davi, tendo sido tirado do seu trono pela rebelião de Absalão, achou também em Maquir boa vontade de o servir (2 Sm 17.27 a 29).

MAR DE FUNDIÇÃO. O chamado mar de fundição era um grande vaso de cobre, construído para fins cultuais, no serviço do templo. Foi feito para o tabernáculo estando situado entre o altar e a "tenda da congregação". Era uma enorme bacia, sobre um pé ornamenta

MAR MORTO. Este nome não se encontra nas Sagradas Escrituras. Chama-se mar Salgado em Dt 3.17.

MAR SALGADO. O mar Morto também tem o nome de mar Salgado em Dt 3.17; e Js 3.16; 12.3. Chama-se assim pela imensa quantidade de sal que existe em dissolução nas suas águas, tendo estas por isso maior peso específico, mais de 20 a 25 por cento, do que a água do mar. Nas suas profundidades não há vida alguma; e o peixe que para ali é levado pelas águas do Jordão morre logo. O mar não tem nenhuma saída, desaparecendo as suas águas por meio de uma espantosa evaporação, na quantidade de seis milhões de toneladas por dia. A superfície do Mar Salgado está mais ou menos a 390 metros abaixo da do Mediterrâneo. (*veja Mar Morto, Jordão.)

MAR VERMELHO. É geralmente chamado na escritura Yam Suph, que significa "plantas marinhas". Separa o Egito da Arábia, estando na parte setentrional dividido em dois braços pela península do Sinai: o braço ocidental, o maior, chama-se hoje golfo de Suez e

MAR. Os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1.2; 1 Rs 10.22; Jó 38.8); o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11.24; 34.2; J12.20; Êx 23.31; 1 Rs 4.20; Sl 80.11); o mar Vermelho (Êx 10.19; Js 24.6); o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34.3; Js 18.19); o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34.11; Mt 4.15; Mc 3.7); o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48.32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (Is 11.15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.

MARANATA. Uma expressão aramaica que Paulo empregou (1 Co 16.22). Em algumas versões se encontram juntas as palavras anátema e maranata: mas "anátema e maranata", não têm significação. Maranatha quer dizer o "Senhor vem". A frase assim formada é uma expressão aramaica da primitiva senha cristã, que ocorre de novo na sua forma grega em Fp 4.5: "Perto está o Senhor." Todavia, alguns críticos dividem a palavra em marana e tha, significando: "Vem, Senhor nosso."

MARCO. Visto como a divisão da terra de Canaã, entre as tribos e famílias das tribos, tinha sido um trabalho de grande cuidado, e na realidade era um dos fundamentos da política nacional, penas severas eram cominadas contra todo aquele que removesse qualquer marco ou sinal de limite (Dt 19.14; 27.17; Pv 23.10).

MARCOS (O EVANGELHO SEGUNDO). A autoria deste Evangelho é atribuída a João Marcos. (*veja Marcos.) Uma das mais antigas tradições cristãs relaciona a origem do seu trabalho com o apóstolo Pedro; e, na verdade, Justino Mártir (100 a 120 d. C.) cita o evang

MARCOS (O EVANGELISTA). Marcos era judeu e tinha tomado um nome romano, achando-se identificado com "João, cognominado Marcos" (At 12.12,25); era sobrinho (primo?) de Barnabé (Cl 4.10), e filho de Maria, que residia em Jerusalém (At 12.12). Marcos foi, pr

MARCOS. (Jr 31.21.) Eram, no Oriente, sinais feitos com pedras para mostrar o carreiro ao viajante. A mesma palavra se usa (2 Rs 23.17; Ez 39.5) a propósito de certas pedras que servem para indicar um cadáver ou qualquer osso humano. (*veja Caminho, Jornada.)

MARESSA. Cidade principal. l. É hoje Merash, na orla da planície da Filístia; era uma cidade nas terras baixas de Judá, dominando uma das passagens para os montes, e que foi fortificada pelo rei Roboão (Js 15.44; 2 Cr 11.8); e o lugar aonde chegou o invasor Zerá, o etíope (2 Cr 14.9,10); a terra natal de Eliezer, o profeta (2 Cr 20.37); e foi o assunto de uma declaração profética havendo jogo de palavras com o nome (Mq 1.15). 2. O "pai de Hebrom" (Abi-Hebrom), o que talvez signifique que Hebrom foi colonizada por habitantes de Maressa (1 Cr 2.42). 3. O "filho" de Lada, que talvez tenha sido o fundador de Maressa (1 Cr 4.21). 4. O filho mais velho de Calebe (1 Cr 2.42).

MARFIM. O negócio do marfim, vindo esta mercadoria da África e da Índia, era sustentado em tempos muito antigos pela Assíria, Tiro e Egito. Salomão mandou fazer um grande trono de marfim recoberto de ouro, que era trazido em navios de Társis (1 Rs 10.18,22; no vers. 18 a palavra empregada significa simplesmente "dente", e assim geralmente; no vers. 22 "dente de elefante"). A "casa de marfim" de Acabe significa provavelmente estar ela embelezada com painéis de marfim. *veja Sl 45.8; Ct 5.14 e 7.4; Ez 27.6,15; Am 3.15; 6.4; Ap 18.22).

MARIA. l. A mãe de Jesus Cristo. Pouco tempo antes da data designada para o seu casamento com José, apareceu-lhe o anjo Gabriel, e anunciou-lhe que por um milagre de Deus seria ela a mãe do Messias (Lc 1.26 a 56; 2.1 a 52, cp. com Mt 1.2). Os únicos acont

MARIDO. Adão foi o primeiro marido (Gn 2.22; 3.6); e a lei fundamental que diz respeito às relações entre homem e mulher é primeiramente estabelecida para Adão e Eva (Gn 2.24,25). Segundo a lei judaica, eram dez as obrigações que o marido tinha de cumprir

MAROTE. Amargura. Cidade nas terras baixas de Judá (Mq 1.12, onde é para notar o jogo de palavras.)

MARTA. Senhora. Irmã de Lázaro e de Maria; era a dona daquela casa, na vila de Betânia, onde Jesus se hospedava. Marta é sempre mencionada antes de Maria, provavelmente por ela ser a irmã mais velha (Lc 10; Jo 11). Tinha um gênio inquieto, agitado, e por isso foi censurada em certa ocasião por Jesus.

MARTELO. 1. Talvez em Pv 25.18, e Jr 51.20 haja referência ao cajado que usam os pastores, e que quando guarnecido de pregos, é uma terrível arma. 2. Um instrumento feito de metal duro para bater, ou despedaçar coisas. Acha-se o nome em 1 Rs 6.7; Is 44.12; Jr 10.4; Jz 4.21. Mas, no antigo cântico de Débora (Jz 5.26), outra palavra se emprega, significando um batedor ou martelo de pau (maço). O martelo, de que se serviu Jael (Jz 4.21), era um malho empregado para prender ao chão as estacas da tenda. Os ourives do ouro e os da prata, bem como o cavouqueiro e o pedreiro, tinham os seus martelos especiais (Is 41.7; Jr 23.29). Usa-se metaforicamente o nome martelo para exprimir uma força esmagadora ou aniquiladora (Jr 23.29; 50.23).

MASTRO. (Is 30.17): "como o mastro no cume do monte". Esta palavra está empregada num duplo sentido, como sinal de desolação e como sinal para direção. Os judeus seriam como um mastro sobre o monte, quando pelos juízos de Deus fosse reduzido o seu número, sendo eles afligidos para aviso de outros povos.

MATANIAS. Dom do Senhor. 1. Tio de Joaquim, que foi colocado no trono de Judá por Nabucodonosor em lugar do sobrinho, sendo então mudado o seu nome em Zedequias (2 Rs 24.17; cp. com 2 Cr 36.10 a 13). 2. Descendente de Asafe, que tomou parte nas cerimônias musicais, na festa da dedicação dos muros de Jerusalém (1 Cr 9.15; Ne 11.17; 12.25,35). 3. Filho de Hemã, o cantor (1 Cr 25.4,16). 4. Descendente de Asafe. Ele ajudou a purificar o templo nos dias do rei Ezequias (2 Cr 29.13). 5. O nome de quatro pessoas que, por ordem de Esdras, despediram as suas mulheres estrangeiras (Ed 10.26,27,30 e 37). 6. Um levita, cujo descendente Hanã foi um dos tesoureiros, nomeados por Neemias (Ne 13.13).

MATEUS (O EVANGELHO SEGUNDO). É uniforme crença, na Igreja cristã, que foi Mateus quem escreveu o Evangelho do seu nome. (*veja Mateus.) A data só aproximadamente pode ser determinada. Conquanto tenha sido escrito depois do de Marcos, pode inferir-se de M

MATEUS. O apóstolo que, pela comparação de Mt 9.9 com Mc 2.14 e Lc 5.27,28, é identificado com Levi, o filho de Alfeu. Além disso, o nome de Mateus aparece em todas as quatro listas dos apóstolos (Mt 10; Mc 3; Lc 6; At 1) e o de Levi em nenhum. Mateus era

MEARA. Caverna. Um lugar ao norte da Palestina, que ainda não estava conquistado, quando Josué morreu (Js 13.4). Tem sido identificado com uma povoação, de nome el-Mugh Eiriyeh, nas montanhas de Naftali, uns quinze quilômetros ao ocidente da extremidade setentrional da Galiléia.

MÉDIA. Este país foi dividido pelos gregos e romanos em Média Atropatene e Média Magna. A primeira correspondia, por alto, à província de Azerbeidjã, na Pérsia moderna. O território, embora elevado, é bastante fértil, com muita água na maior parte dos lugares, e favorável à agricultura; o seu clima é temperado, sendo, contudo, severo em certas ocasiões do inverno. As suas produções são arroz, trigo de todas as qualidades, vinho, seda, cera branca, e toda espécie de frutos deliciosos. Tabriz, a sua moderna capital, é a residência de verão dos reis da Pérsia, e constitui um belo lugar, situado numa floresta de pomares.

MEDIADOR. O que está no meio entre duas partes, com o fim de as reconciliar. A respeito da lei diz-se que "foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador", Moisés (Gl 3.19); e Jesus é "o Mediador de superior aliança", a "nova aliança" (Hb 8.6; 9.15; 12.24), e "um só Mediador entre Deus e os homens" (1 Tm 2.5). (*veja Expiação,)

MEDICINA E CIRURGIA. Há referência aos serviços de parteiras em Gn 35.17; 38.28; Êx 1.15 a 21. A respeito dos médicos diz-se em Gn 50.2 que eles embalsamaram a Israel; e em 2 Cr 16.12 se refere que foram consultados pelo rei Asa. Jó, falando dos seus amig

MÉDICO. Os médicos são mencionados não somente nas inscrições egípcias, mas também no código de Hamurabi, o contemporâneo de Abraão. Mais tarde, tornou-se a cidade de Alexandria a sede da instrução médica no mundo. Mas foram os gregos que fizeram dessa ar

MEDIDAS. Consulte a tabela de Pesos e medidas.

MEDOS. Os medos eram aquele povo que habitava a Média, país que ficava ao noroeste da Pérsia, ao sul e sudoeste do mar Cáspio, ao oriente da Armênia e da Assíria, ao ocidente e noroeste do grande deserto do sal, no Irã. (*veja Média.) Trata-se, aqui, dest

MEETABEL. Deus é o Benfeitor. 1. Mulher de Hadade ou Hadar, o oitavo e último mencionado rei de Edom, que tinha Pai, ou Pau, como sua terra natal ou cidade principal, antes de estar a realeza estabelecida entre os israelitas (Gn 36.39; 1 Cr 1.50). 2. Uma pessoa, cujo neto, Semaías, foi assalariado por Sambalá e Tobias para intimidar Neemias (Ne 6.10).

MEFIBOSETE. 1. Filho de Saul e de Rispa (2 Sm 21.8). Davi o entregou, juntamente com outros seis indivíduos, aos gibeonitas os quais os enforcaram ou crucificaram no monte em sacrifício ao Senhor, com a idéia de ser afastada a fome, que afligia o país. De

MEGIDO. Antiga cidade de Canaã, dentro do território de Issacar, mas cedida a Manassés, que não expulsou os cananeus (Js 12.21; 17.11 a 13; Jz 1.27,28; 1 Cr 7.29). Foi teatro da derrota de Sísera pela ação de Baraque (Jz 5.19) e ali foi morto Josias pelo Faraó Neco (2 Rs 23.29,30; 2 Cr 35.22); por esta razão é nome sugestivo de terrível conflito e perturbações (Zc 12.11; Ap 16.16). Estava situada num dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.12 e 9.15), e para ali fugiu Acazias, e morreu (2 Rs 9.27). Megido é a moderna povoação de al-Lejjun, à distância de 24 km de Nazaré, na estrada de caravanas no Egito a Damasco. Enormes plataformas ainda ali existem, designando o sítio das primitivas fortalezas.

MEL. O clima quente, a profusão de flores, as fendas nas rochas calcárias do país (Sl 81.16), tudo isso faz que a Palestina abunde em abelhas, e seja uma "terra que mana leite e mel" (Êx 3.8). O mel silvestre é hoje abundante, e sem dúvida o era também no tempo de Sansão (Jz 14.8,9), Jônatas (1 Sm 14.25 a 27), e João Batista (Mt 3.4). Em tempos posteriores também se deu o nome de mel a um espesso xarope, feito de uvas ou tâmaras. É possível que seja a esse mel artificial que se refere a passagem de 2 Cr 31.5 e outras. O mel não podia servir em nenhuma oferta de manjares (Lv 2.11).

MELÃO. "Lembramo-nos", diziam os israelitas no deserto, "dos melões que comíamos no Egito" (Nm 11.5). O termo provavelmente compreendia o melão (Cucumis melo) dos nossos meloais, e a melancia (Cucurbita citrullus). Este último fruto cresce muito no Egito durante a subida do Nilo, atingindo uma grandeza considerável a ponto de ser dalguns arratéis o peso do sumo. Um óleo medicinal é extraído das suas sementes, fornecendo assim o melão às classes mais pobres alimento, bebida, e remédio. O melão cresce exuberantemente em alguns terrenos da costa plana da Palestina.

MELQUISEDEQUE. Rei de Salém, e sacerdote do Altíssimo Deus, que encontrou Abraão, quando este voltava da carnificina de Quedor-laomer: apresentou pão e vinho, abençoou aquele patriarca, e recebeu dele os dízimos (Gn 14.17 a 20). Num dos salmos messiânicos (Sl 110.4), Jesus é descrito como sacerdote para sempre "segundo a ordem de Melquisedeque". Este ponto é tratado muito amplamente em Hb 5.6,7, onde a relação entre Melquisedeque e Cristo, como tipo e antitipo, está nestas particularidades: cada um deles é saeerdote, (1) não segundo a ordem levítica; (2) tem superioridade sobre Abraão; (3) não se conhecendo o seu princípio e o seu fim; (4) e não só é sacerdote, mas também rei de paz e de justiça.

MENAÉM. Confortador. O filho de Gadi, que assassinou o usurpador Salum, e se apoderou do trono vago de Israel (2 Rs 15.14 a 22). A tomada da cidade de Tirza pelo rei idólatra Menaém foi assinalada por atos de terrível crueldade. O mais notável acontecimento do seu reinado foi o primeiro aparecimento de uma força hostil de assírios na fronteira nordeste de Israel. Nesta ocasião, contudo, foram libertados os israelitas.

MENDIGO. (*veja 1 Sm 2.8; Lc 16.20 a 22). *veja Esmola.

MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM. Estas são as palavras aramaicas, que dedos misteriosos escreviam na parede durante o banquete de, e que tendo aterrorizado o rei e desconcertado os sábios, foram interpretadas por Daniel (Dn 5). Sendo a língua aramaica de fácil compreensão na Babilônia, podemos supor que a perplexidade dos sábios foi devida, em parte, a alguma coisa desconhecida nos caracteres, e em parte à concisão inexplicável da mensagem. Na palavra parsim, na interpretação é tomado o singular peres em vez do plural parsim, sugerindo-nos mais prontamente, por um terrível jogo de palavras, tratar-se dos persas, que já estavam às portas da Babilônia. A exata significação de várias palavras é muito discutida, e não comporta o assunto ser aqui tratado.

MÊNFIS. A boa habitação. A principal cidade do Baixo Egito antes da fundação de Alexandria. As suas ruínas são extensas, dando a entender que são restos de esplendorosas grandezas. A destruição de Mênfis foi repetidas vezes anunciada pelos profetas hebreus (Is 19.13; Jr 2.16; 46.14,19; Ez 30.13,16; Os 9.6). As profecias foram cumpridas quando foi invadido o Egito pelo rei persa, Cambises. A ruína de Mênfis foi tão completa, que o próprio sítio onde estava edificada se perdeu, sendo descoberto somente há poucos anos. A insignificante aldeia de Mit Raheeneh ocupa quase o centro da antiga capital, distando 16 km ao sul da moderna cidade do Cairo, no lado ocidental do Nilo.

MENINA DO OLHO. Esta expressão ocorre em Dt 32.10; Sl 17.8; Pv 7.2; Lm 2.18; Zc 2.8. A palavra hebraica do primeiro termo significa literalmente homenzinho.

MEQUERATITA. Homem natural de um lugar chamado Mequera-Héfer; um dos trinta e sete guerreiros de Davi (1 Cr 11.36). Em 2 Sm 23.34 está "maacatita".

MERABE. Aumento. A filha mais velha do rei Saul, prometida de Davi, mas dada a Adriel, o meolatita (1 Sm 14.49; 17.25; 18.17,19). Teve ela cinco filhos, que Davi entregou aos gibeonitas, sendo por estes crucificados ou enforcados no monte sagrado de Gibeá (2 Sm 21.8).

MERARI, MERARITAS. Merari era o terceiro filho de Levi, o cabeça dos meraritas, que constituíam a terceira grande divisão dos levitas (Gn 46.11). No censo do deserto o número dos meraritas era de 6.200, da idade de um mês para cima, e de 3.200 da idade de trinta anos até aos cinqüenta (1 Cr 6.19,47). Algumas particularidades dos seus deveres com referência ao tabernáculo podem ver-se em Nm 3.20,33 a 37; 4.29 a 33, 42 a 45; 7.8; 10.17). Josué cedeu-lhes doze cidades, uma das quais era Ramote em Gileade, cidade de refúgio (Js 21.7,34 a 40).

MERARI, MERARITAS. Merari era o terceiro filho de Levi, o cabeça dos meraritas, que constituíam a terceira grande divisão dos levitas (Gn 46.11). No censo do deserto o número dos meraritas era de 6.200, da idade de um mês para cima, e de 3.200 da idade de trinta anos até aos cinqüenta (1 Cr 6.19,47). Algumas particularidades dos seus deveres com referência ao tabernáculo podem ver-se em Nm 3.20,33 a 37; 4.29 a 33, 42 a 45; 7.8; 10.17). Josué cedeu-lhes doze cidades, uma das quais era Ramote em Gileade, cidade de refúgio (Js 21.7,34 a 40).

MERCÚRIO. O povo de Listra chamava Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo (At 14.12). Este incidente pode, sem dúvida, ser explicado pelo fato de Júpiter e Mercúrio terem visitado em forma humana aqueles sítios, segundo a voz da tradição (*veja Ovid. Metamorph, VIII, 620-724).

MERIBÁ. Contenda. Um nome dado às águas, aparecidas em Cades (vede esta palavra), porque Israel lutou com o Senhor e com Moisés (Nm 20.1 a 13,24). Há, também, referências às "águas de Meribá" em Nm 27.14; Dt 32.51 e 33.8; Sl 81.7; e 29.8; Ez 47.19 e 48.28. Um caso muito semelhante se conta ter acontecido antes de Refidim, perto de Horebe chamando-se àquele lugar "Massá", (tentação), e também "Meribá" segundo se lê em Êx 17.7. Se as duas ocorrências têm de se julgar distintas (*veja Dt 33.8; Sl 95.8), parece que seria melhor considerar a aplicação do nome de "Meribá", no primeiro incidente, como uma interpolação.

MERODAQUE-BALADÃ. Rei de Babilônia nos dias do rei Ezequias (Is 39.1; 2 Rs 20.12). Ele resistiu ao crescente poder dos monarcas da Assíria, e lutou pela independência de sua nação. O principal objetivo da visita dos seus embaixadores ao rei Ezequias foi, sem dúvida, formar uma liga entre os países Babilônia, Judéia e Egito contra a Assíria. Todavia, Sargom expulsou-o do trono. Durante sete anos esteve Merodaque-Baladã exilado, sendo depois desse tempo reposto no seu lugar; mas, por fim, foi derrotado por Senaqueribe, após um segundo período de domínio, que durou meio ano (702 a.C.).

MÊS. Desde o tempo da Lei Mosaica o mês entre os judeus era lunar sendo decidido que começasse por ocasião da lua nova. Abibe, o mês das "espigas de trigo", era o primeiro mês do ano em comemoração do Êxodo (Êx 12.2); e certamente a Páscoa caía neste mês. Abibe corresponde, em parte, ao nosso abril. Vejam-se os nomes dos diversos meses.

MESA. 1. Rei de Moabe nos reinados de Acabe e de seus filhos Acazias e Jorão, reis de Israel. Mesa era vassalo de Acabe, pagando-lhe um tributo de "cem mil cordeiros, e a 1ã de cem mil carneiros" (2 Rs 3.4). Quando Acabe foi morto em Ramote-Gileade, Mesa

MESEQUE. Meseque e Tubal, filhos de Jafé (Gn 10.2), são nomes que vêm quase sempre juntos no A. T. Os seus descendentes aparecem nas inscrições da Assíria com a denominação de Muska e Tubla. Dos clássicos geógrafos eram conhecidos pelos nomes de Mosqui e Tibareni. Todavia, nos tempos clássicos, a sua situação era muito mais para o norte do que tinha sido na idade dos monumentos da Assíria. Nos reinados de Sargom e Senaqueribe, os seus territórios estendiam-se para o sul até à Cicília, e para o norte até ao meio de Comagene. Mais tarde foram obrigados a retirar-se na direção do norte até ao mar Negro, sendo nesta região da Ásia Menor que Xenofonte e as suas tropas gregas encontraram o remanescente da raça. Os modernos georgianos pertencem à raça de Meseque e Tubal (1 Cr 1.5,17; Sl 120.5; Ez 27.18; 82.26; 38.2,8).

MESOPOTÂMIA. Entre rios. A região entre o Eufrates e o Tigre; mas geralmente é a porção ocidental deste território, entre a grande curva do Eufrates e o Tigre Superior. Foi o país de Naor e Abraão antes de emigrarem para a Terra Prometida (Gn 11.31; 24.10; At 7.2); e também o foi de Balaão, do rei Cusã-Risataim, dos aliados dos amonitas e de certo número de indivíduos, que estavam em Jerusalém no dia de Pentecoste (Dt 28.4; Jz 8.8,10; 1 Cr 19.6; At 2.9).

MESSIAS. Ungido. Esta palavra aparece no A. T. e no N. T.; umas vezes com a designação de "o príncipe" (Dn 9.25,26), outras com a sua significação própria: "o Ungido", o "Cristo" (Jo 1.41; 4.25). A palavra "ungido" é aplicada aos sacerdotes (Lv 4.3,5; 6.2

MESULÃO. Amigo. 1. Um antepassado de Safã, escriba nos dias do rei Josias (2 Rs 22.3). 2. Filho de Zorobabel (1 Cr 3.19). 3. Chefe de uma família de Gade (1 Cr 5.13). 4. Um benjamita (1 Cr 8.17). 5. Um benjamita, cujo filho Salu foi um dos principais da t

MEUNITAS. Um povo contra o qual o rei Uzias moveu guerra com bons resultados (2 Cr 26.1). No original parece ser o plural de Maom (vede esta palavra). Eles habitavam o território ao oriente da grande cordilheira de Seir, a moderna esh-Sherah, que forma o lado oriental do Wady al-Arabah, onde ainda hoje existe uma cidade do mesmo nome. São mencionados em Ed 2.50; Ne 7.52; e também 1 Cr 4.41.

MICA. l. Efraimita, cuja vida é descrita em Jz 17 e 18. O seu único pensamento é possuir o favor de Deus (Jz 17.13), mas ele é tão ignorante do que prescreve a Lei que a sua casa está cheia de ídolos, escolhendo para os serviços religiosos um sacerdote nã

MICAEL ou MIGUEL. 1. Pai de um dos doze espias (Nm 13.13). 2. Indivíduo de Gade, que se estabeleceu em Basã (1 Cr 5.13). 3. Um gadita (1 Cr 5.14). 4. Um antepassado de Asafe (1 Cr 6.40). 5. Homem de posição da tribo de Issacar (1 Cr 7.3). 6. Um benjamita

MICAEL ou MIGUEL. 1. Pai de um dos doze espias (Nm 13.13). 2. Indivíduo de Gade, que se estabeleceu em Basã (1 Cr 5.13). 3. Um gadita (1 Cr 5.14). 4. Um antepassado de Asafe (1 Cr 6.40). 5. Homem de posição da tribo de Issacar (1 Cr 7.3). 6. Um benjamita

MICAÍAS. l. Um profeta que predisse a morte de Acabe em Ramote-Gileade (1 Rs 22.1 a 35; 2 Cr 18). Era filho de Inlá, e existia pelo ano de 890 a.C. O nome de Micaías não aparece antes desta data, mas a linguagem de Acabe (1 Rs 22.8) faz supor que este já

MICAL. A mais nova das duas filhas de Saul (1 Sm 14.49). Depois da luta entre Davi e Golias não se realizou o esperado casamento do pastor vitorioso com Merabe, a filha mais velha de Saul. Como Mical amava Davi, Saul prometeu dar-lha, logo que o moço guer

MIDIÃ, MIDIANITAS. Filho de Abraão e de Quetura (Gn 25.2; 1 Cr 1.32), o progenitor dos midianitas ou árabes, que habitavam principalmente ao norte da Arábia. Na direção do sul eles estendiam-se pela praia oriental do golfo de Acabá, e para o norte povoava

MIDIÃ, MIDIANITAS. Filho de Abraão e de Quetura (Gn 25.2; 1 Cr 1.32), o progenitor dos midianitas ou árabes, que habitavam principalmente ao norte da Arábia. Na direção do sul eles estendiam-se pela praia oriental do golfo de Acabá, e para o norte povoava

MILAGRE. Palavra derivada do latim (miruculum), que, em sentido lato, se aplica a qualquer acontecimento maravilhoso; mas na Bíblia usa-se em sentido restrito, significando "um ato de Deus, que de um modo visível é um desvio das conhecidas operações do Se

MILCOM. O deus dos amonitas (1 Rs 11.5,33; cp. com o vers. 7; 2 Rs 23.13); em outros lugares o nome dessa divindade é Moloque Moleque. (*veja Moleque.)

MILHANO. É uma das aves imundas, mencionada em Lv 11.14 e Dt 14.13. Trata-se do bútio, do qual há duas variedades na Terra Santa. Uma delas é uma airosa e grande ave, da mesma família do falcão, mas não de vôo tão rápido. Não caça a sua presa, como o esmerilhão, quando está voando, mas vigia-a de uma certa posição vantajosa, e na ocasião própria salta sobre ela. A ave de rapina que se menciona em Jó 28.7 deve ser o milhano.

MILO. Torrado. 1. Certa parte das fortificações de Jerusalém, que pela primeira vez é mencionada, quando Davi tomou a "fortaleza de Sião": talvez as defesas que se estendiam para o ocidente, envolvendo a porção térrea que enchia o Vale Tiropeano, e que ligava os dois montes sobre os quais estava edificada a cidade (2 Sm 5.9; 1 Cr 11.8). Obras posteriores foram efetuadas por Salomão e Ezequias (1 Rs 9.15,24; 11.27; 2 Cr 32.5). 2. Bete-Milo (a Casa de Milo): (a) o nome de um lugar ou de uma família em relação com Siquém (Jz 9.6,20); (b) um sítio de Jerusalém, onde Joás foi morto (2 Rs 12.20). Provavelmente em conexão com Milo 1.

MINAS. Aquela conhecidíssima passagem de Jó (28.1 a 11) mostra que os processos de derreter e refinar metais eram familiares aos povos da Bíblia, desde tempos muito primitivos. Afirmam diversos autores que em épocas remotíssimas, que eles fixam em 4.000 a.C., trabalhava em minas de cobre na península do Sinai uma colônia formada, na sua maior parte, de egípcios condenados a trabalhos forçados. O ouro e a prata eram apurados por aquele processo chamado de copela, que consistia em fazer uma mistura de qualquer desses metais com chumbo, submetendo-a a uma fusão em vaso de barro ou de pó de ossos, sobre o qual se soprava por meio de um fole. A este processo faz-se referência em Ml 3.3: "Assentar-se-á, como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata." Os montes da Palestina são ricos em ferro, e as minas são ainda ali exploradas.

MINISTRO. Indivíduo que oficia ou serve outra pessoa, como Josué em relação a Moisés (Êx 24.13; Js 1.1). Os ministros de Salomão eram aqueles servos (1 Rs 10.5), que faziam serviço na corte. Aquele "assistente", a quem Jesus, na sinagoga de Nazaré, passou o livro de Isaías depois de ter lido certa passagem (Lc 4.20), era um ministro, que tinha por obrigação abrir e fechar o edifício, distribuir os livros para o culto, e depois colocá-los no seu lugar: geralmente ajudava o principal oficiante. O termo também é aplicado aos magistrados (Rm 13.6); aos pastores e mestres (1 Co 3.5); e ao Filho do homem, que veio a este mundo, não para ser servido mas para servir (ser ministro) 0ft 20.28).

MINITE. Um lugar ao oriente do Jordão; o limite da carnificina dos amonitas, operada por Jefté (Jz 11.33). Talvez haja referência ao mesmo lugar no "trigo de Minite", que Israel negociava com Tiro (Ez 27.17); mas a passagem oferece dificuldades. As ruínas de Minyeh, 21 km ao sudoeste de Hesbom, é possível que indiquem aquele sítio.

MIQUÉIAS (LIVRO DE). O autor deste livro apresenta-se como "Miquéias, morastita", e diz ter profeticamente falado "nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá" (1.1). A afirmação de que ele "profetizou noa dias de Ezequias" (Jr 26.18) não limita o se

MIQUÉIAS. O profeta Miquéias parece ter sido natural de Moresete-Gate (Mq 1.14), uma povoação da Filístia, distante 32 km de Jerusalém, mais ou menos. Parece que Miquéias exerceu o ministério profético não muito depois de Amós, Oséias e Isaías terem princ

MIRIÃ. 1. Irmã de Moisés e de Arão. Miriã vigiava o berço de seu irmão numa das margens do Nilo, e foi ela quem indicou sua mãe para ama do menino (Êx 2.4,7). Depois da passagem do mar Vermelho é ela chamada a "profetisa", e dirigiu o cântico triunfal das mulheres (Êx 15.20,21). Por duvidar da supremacia de Moisés achou-se ferida de lepra, mas pela intercessão dos seus irmãos, que pediram a Deus por ela, foi curada (Nm 12.10 a 15). Morreu quando estava no seu termo a peregrinação dos israelitas no deserto, e foi sepultada em Cades (Nm 20.1). 2. Filho ou filha de Jeter, que aparece nas genealogias da tribo de Judá e da easa de Calebe (1 Cr 4.17).

MIRRA. A mirra é mencionada na Bíblia como um ingrediente do "óleo de unção", para o tabernáculo (Êx 30.23,25). Foi apresentada pelos magos ao menino Jesus; foi-lhe oferecida, sendo recusada, quando já estava no Calvário; e fazia parte das especiarias, qu

MISERICÓRDIA. Compaixão pela miséria alheia. Indulgência, graça, perdão, piedade.

MISPA. Torre de vigia. l. Um montão de pedras, preparado por Jacó e Labão, no Monte Gileade (Gn 31.48,49), para servir como testemunho do pacto que começava então e também de marco de separação entre eles. O sítio tornou-se mais tarde um santuário do Senh

MISTÉRIO. Três vezes se encontra esta palavra nos evangelhos, quatro vezes no Apocalipse, mas vinte vezes nas epístolas de Paulo. Nunca significa somente qualquer coisa estranha e inexplicável, mas sempre um segredo, revelado ou não revelado, conforme o caso. Em tempos do Novo Testamento estava o mundo pagão crivado de sociedades que tinham por fim ensinar os "mistérios", isto é, os segredos relacionados com a religião, nos quais eram solenemente iniciados os aderentes. Provavelmente este fato sugeria muitas vezes a Paulo tanto o uso da palavra mistério, como o de alguns termos em conexão com os "mistérios". Assim em Fp 4.12 diz-se, segundo umas versões, "eu estou instruído", e segundo outras, "tenho aprendido o segredo". Em Cl 1.26, o mistério é a presença do Cristo nos crentes. Em Ef3.4 a 8, há referências aos privilégios comuns aos cristãos saídos do judaísmo e do gentilismo.

MISTO DE GENTE. Esta expressão, que se acha em Jr 25.24 e 50.37, parece significar os soldados estrangeiros ou tropas mercenárias, que viviam entre a população indígena. Em outras passagens quer dizer um povo de raça misturada, ou composta de muitas raças (1 Rs 10.15; Jr 25.24; e Ez 30.5). Um misto de gente jornadeou com os israelitas, quando estes saíram do Egito (Êx 12.38). A &ase compreendia todos aqueles que não eram de puro sangue israelita, isto é, os descendentes de casamentos mistos, e também egípcios, e membros de outras raças, vitimas da mesma opressão que tinha afligido o povo hebreu. As mesmas palavras ocorrem em Ne 13.3; mas em Nm 11.4 "E o populacho, que estava no meio deles" deve ser a parte ínfima de toda a multidão, e não uma classe estranha aos israelitas.

MITRA. É a palavra que vem em Êx 28.4,37,39; 29.6; 39.28,31; Lv 8.9; 16.4, para significar aquela espécie de barrete que o sumo sacerdote usava. Era de linho, estando uma chapa de ouro ligada à testa por um laço de fita azul, com esta inscrição: "Santidade ao Senhor". Em Ez 21.26 a palavra está traduzida por "diadema".

MIZRAIM. O segundo filho de Cão (Gn 10.6,13; 1 Cr 1.8,11), e o nome hebraico do país (o Egito), habitado pelos seus descendentes. Tem-se suposto que a palavra é uma forma dual hebraica "os dois Mazors" ou "praças fortes", havendo referência às defesas das suas regiões: o Baixo Egito, a parte do sul, em que o país se acha dividido desde os tempos pré-históricos.

MOABE, MOABITA. Família de um pai. O primitivo território de Moabe parece ter sido dividido em três porções: l. A "terra de Moabe", ondulado país ao norte de Arnom, em frente de Jericó, chegando a Gileade pelo lado do norte. Antes de os israelitas conquis

MOABE, MOABITA. Família de um pai. O primitivo território de Moabe parece ter sido dividido em três porções: l. A "terra de Moabe", ondulado país ao norte de Arnom, em frente de Jericó, chegando a Gileade pelo lado do norte. Antes de os israelitas conquis

MOINHO. O moinho oriental consta de duas pedras circulares, com 125 em de circunferência, aproximadamente, e 7 cm de espessura, estando colocadas uma sobre a outra. No centro da parte superior está uma abertura, onde é lançado pouco a pouco o trigo, que v

MOISÉS. Salvo das águas. (Êx 2.10); mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha

MOLEQUE, MOLOQUE. Rei. Também chamado Milcom. (*veja esta palavra.) O nome é realmente Moleque (rei); com a mudança de uma vogal os hebreus quiseram sugerir a palavra bosete "vergonha", por motivos de repugnância, como aconteceu com Is-Bosete por Meribe-B

MOLEQUE, MOLOQUE. Rei. Também chamado Milcom. (*veja esta palavra.) O nome é realmente Moleque (rei); com a mudança de uma vogal os hebreus quiseram sugerir a palavra bosete "vergonha", por motivos de repugnância, como aconteceu com Is-Bosete por Meribe-B

MONTE, MONTANHA. "A região montanhosa de Israel" (Js 11.16) e a região montanhosa de Judá (Js 20.7) significam a região elevada em oposição ao vale ou à planície. Semelhantemente região montanhosa de Efraim quer dizer todo aquele território montanhoso ocupado pela tribo de Efraim, e onde se acham o monte Gaas, o monte Zemaraim, a colina de Finéias, e as cidades de Siquém, Samir, Timnate-Sera (2 Cr 15.8). Do mesmo modo quando se diz a "região montanhosa dos amorreus", há referência às terras elevadas, que ficam ao oriente do mar Morto e do Jordão (Dt 1.7,19,20); e "Monte Naftali" quer dizer o elevado território cedido à tribo de Naftali. O "monte do vale" (Js 13.19) era um distrito ao oriente do Jordão, dentro do território cedido a Rúben, contendo certo número de cidades.

MONTE, MONTANHA. "A região montanhosa de Israel" (Js 11.16) e a região montanhosa de Judá (Js 20.7) significam a região elevada em oposição ao vale ou à planície. Semelhantemente região montanhosa de Efraim quer dizer todo aquele território montanhoso ocupado pela tribo de Efraim, e onde se acham o monte Gaas, o monte Zemaraim, a colina de Finéias, e as cidades de Siquém, Samir, Timnate-Sera (2 Cr 15.8). Do mesmo modo quando se diz a "região montanhosa dos amorreus", há referência às terras elevadas, que ficam ao oriente do mar Morto e do Jordão (Dt 1.7,19,20); e "Monte Naftali" quer dizer o elevado território cedido à tribo de Naftali. O "monte do vale" (Js 13.19) era um distrito ao oriente do Jordão, dentro do território cedido a Rúben, contendo certo número de cidades.

MORASTITA. Natural de Morasete. Termo aplicado ao profeta Miquéias (Jr26.18; Mq 1.1).

MORDECAI. Foi Mordecai o herói do livro de Ester, livrando os judeus da destruição planejada contra eles por Hamã, o primeiro-ministro de Xerxes. Era da tribo de Benjamim, e do número de cativos, residentes em Susã. Quando se tornou conhecido o decreto pa

MOSCA. As moscas abundavam no Egito e na Palestina; e aquela espécie que os modernos viajantes encontram nas vizinhanças do Nilo, a que chamam de mosca da Abissínia, é tão grande como a abelha, e apoquenta de tal modo os animais que os obriga a abandonare

MOSTARDA. Jesus compara o Reino dos Céus ao crescimento de um grão de mostarda, que se tornou "maior do que as hortaliças" (Mt 13.31,32; Mc 4.31; Lc 13.19). Indubitavelmente Jesus se referia a uma planta familiar, muito conhecida na Palestina. A semente da mostarda era a mais pequena que os judeus estavam acostumados a semear nos campos. Têm sido vistas, nas ricas planícies da Filístia, plantas de mostarda selvagem tão altas como um cavalo com o seu cavaleiro. E por isso era fácil às aves procurar abrigo sob tais plantas.

MUDO. O que por uma enfermidade natural não pode falar (Êx 4.11), ou o que não fala por falta de conhecimento e habilidade (Pv 31.8), e também aquele que emudeceu pela razão de não querer abrir a boca (Sl 39.9). Cristo repetidas vezes deu a fala aos mudos (Mt 9.32,33; 12.22; Lc 11.14).

MULA. Não se faz, na Bíblia, menção de mulas até ao tempo de Davi, em cujo reinado foram introduzidos os cavalos. Mais tarde aparecem, como sendo geralmente animais em que montavam as pessoas de qualidade (1 Rs 1.33; 18.5; Is 66.20). Salomão, provavelmente, importava as suas mulas do Egito, visto como há uma ordem em Lv 19.19 contra a criação desses animais. Os fenícios obtinham as suas mulas comprando-as de Togarma (Armênia), nas feiras de Tiro (Ez 27.14). Em certas ocasiões eram as mulas empregadas como animais de carga (2 Rs 5.17); em virtude da sua firmeza no andar elas são de grande valor nos sítios montanhosos e acidentados.

MULHER CASADA, ESPOSA. A posição da mulher casada, numa família hebraica, era instável em razão da poligamia. Geralmente a mulher casava tão nova, que estava longe de poder cumprir a missão de uma dona de casa. A esterilidade da sua mulher levava o homem

MULHER CASADA, ESPOSA. A posição da mulher casada, numa família hebraica, era instável em razão da poligamia. Geralmente a mulher casava tão nova, que estava longe de poder cumprir a missão de uma dona de casa. A esterilidade da sua mulher levava o homem

MULHER. Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no Oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não

MUNDO. Cinco palavras se traduzem por "mundo" no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, "tebel", implica uma terra fértil e habitada (como no Sl 33.8; Is 27.6). Eretz, usualmente "terra" (como em Gn 1.1), quatro vezes aparece vertida na palavra "

MURTA. Quando os judeus voltaram do cativeiro, dirigidos por Neemias, foram buscar ramos de murta e outras árvores ao monte das Oliveiras, para a construção de barracas na festa dos Tabernáculos (Ne 8.15). O profeta Isaías anunciava um tempo em que a murta havia de ser plantada no deserto e havia de substituir a sarça (Is 41.19; 55.13). Zacarias viu na sua visão um bosque de árvores de murta, em lugar sombrio (Zc 1.8,10,11).

MÚSICA. Atribui-se a invenção da música instrumental a Jubal, o sexto descendente de Caim (Gn 4.21). Em Gn 31.26,27 há uma referência ao contentamento e aos cânticos, com tamboril e com harpa. O cântico de Miriã e das mulheres de Israel, à beira do mar Ve

NAAMÃ. Agradável. 1. Um benjamita (Gn 46.21; Nm 26.40; 1 Cr 8.4,7). 2. O general chefe do exército de Ben-Hadade, rei da Síria; foi curado da lepra, banhando-se sete vezes no rio Jordão, em obediência à palavra do profeta Eliseu (2 Rs 5). O profeta recuso

NAÁS. Serpente ou adivinho. 1. Rei dos amonitas que, quando cercava Jabes-Gileade, disse aos habitantes que faria aliança com eles sob a condição de lhes ser arrancado o olho direito, ou ficarem escravos. O rei Saul veio salvá-los, derrotando inteiramente Naás (1 Sm 11.1 a 11). Foi este rei ou o seu filho que prestou a Davi qualquer serviço de importância (2 Sm 10.2), acontecendo isso, certamente, quando Davi andava errante por causa de Saul. 2. Amasa, o comandante chefe do exército de Absalão, era neto de Naás (2 Sm 1l.25).

NAASSOM. Serpente ou adivinho. Príncipe de Judá no tempo da primeira numeração no deserto (Êx 6.23; Nm 1.7). A sua irmã Eliseba foi mulher de Arão, e o seu filho Salmom foi marido de Raabe, depois da tomada de Jericó. Naassom é mencionado na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.4; Lc 3.32).

NABAL. Sem juízo ou negligente. Era "um homem em Maom, que tinha as suas possessões no Carmelo" (1 Sm 25.2). Era rico em rebanhos e manadas; mas quando Davi, nas suas vagueações, pediu a Nabal que lhe mandasse provisões em troca da proteção dada aos seus pastores, ele recusou em termos insultantes (1 Sm 25.10, 21). Abigail, formosa esposa de Nabal ouvindo falar do perigo que seu marido corria pelo ressentimento de Davi, levou ela própria as provisões ao foragido. Nessa ocasião estava Nabal com outros em orgia, sendo grande a sua embriaguez. Ouvindo depois o que tinha acontecido, "se amorteceu nele o coração", e passados dez dias morreu (1 Sm 25.38). Abigail veio a ser mulher de Davi (1 Sm 25.39 a 42).

NABOTE. Era um israelita da cidade de Jezreel, que vivia no tempo de Acabe, rei das dez tribos, e tinha uma bela vinha perto do palácio real. Acabe cobiçou a sua propriedade, mas Nabote, em conformidade da lei (Lv 2L23, 24), recusou vendê-la. Pôs Jezabel em campo os seus artifícios e foi Nabote morto a pedrada, por motivo de uma falsa acusação, apoderando-se o rei da sua vinha (1 Rs 21.1 a 16). Então o profeta Elias assegurou ao rei, que o seu pecado lhe acarretaria terrível retribuição (1 Rs 21.17 a 24), o que na verdade aconteceu (2 Rs 9).

NABUCODONOSOR. Nebo protege o limite! Filho e sucessor de Nabopolassar, o fundador do império babilônico (605 a 562 a.C.). Ele foi mandado por seu pai, à frente de um exército, para castigar Faraó-Neco, rei do Egito. Pouco tempo antes tinha este príncipe

NADABE. Liberal. 1. Filho de Arão, que com seu irmão Abiú foi morto pelo fogo do céu. Na sua presunção eles ofereceram incenso a Deus com um fogo estranho, em vez do Seu altar (Lv 10.1,2). Do que se acha prescrito em Lv 10.9, logo depois da morte daqueles sacerdotes, depreende-se que eles estavam embriagados quando praticaram a ofensa. 2. Rei de Israel, filho de Jeroboão I, que foi morto por Baasa (1 Rs 15.25, 31). A profecia de Aías foi literalmente cumprida, visto como o assassino causou a ruína de toda a casa de Jeroboão (1 Rs 14.10). 3. Filho de Samai, da tribo de Judá (1 Cr 2.28). 4. Benjamita da mesma família do rei Saul (1 Cr 8.30; 9.36).

NAFTALI. A minha luta. 1. O sexto filho de Jacó; e era filho de Bila (Gn 30.8). Por ocasião do Êxodo, a tribo de Naftali tinha 53.400 homens, prontos a pegar em armas (Nm 1.43; 2.30). Sob o governo de Baraque distinguiram-se valentemente os naftalitas e o

NAOR. l. Avô de Abraão (Gn 11.22 a 25). Na genealogia de Jesus Cristo está escrito Nacor (Lc 3.34). 2. Irmão de Abraão (Gn 11.26, 27). Quando Abraão e Ló emigraram para a terra da Canaã, continuou Naor a viver na terra do seu nascimento, no lado oriental do rio Eufrates. Isaque, filho de Abraão, veio a casar com Rebeca, que era neta de Naor; Labão, que era irmão de Rebeca, e pai de Lia e Raquel, mulheres de Jacó, era também neto de Naor. A forma do verbo hebraico, em Gn 31.53, sugere-nos que o "Deus de Naor" era considerado como distinto do "Deus de Abraão". Se for assim, é possível que haja referência a um dos deuses, que antes da chamada de Abraão eram adorados pela família de Terá, estando as suas imagens em poder de Raquel durante a conferência em Gileade (Gn 31.19, 30 a 35). Esses deuses tiveram de ser afastados, para Jacó subir à presença do Deus em Betel (Gn 35.2).

NARDO. Óleo aromático extraído de uma planta da Índia, o qual era de grande preço (Mc 14.3 a 5; Jo 12.3 a 5). Nalgumas passagens do A.T. há referências ao seu uso como sendo um perfume (Ct 1.12; 4.13,14). Nos mencionados textos do N.T. a palavra grega, com um qualificativo, tem a significação de "nardo pistico". Espiscanardo vem da expressão da Vulgata Latina "Spicati nardi", uma referência às espiguetas que se encontram na base da planta, e das quais se extrai o perfume. (*veja Perfume.)

NASCENTE. A Palestina é uma terra de nascentes, ainda que a maior parte delas sequem em certas estações. Para que houvesse a água necessária, era preciso abrir poços e construir aquedutos e cisternas. Com efeito, as mais antigas ruínas arquiteturais do pais estão em relação com os trabalhos de abastecimento e reserva de água. A posse de água era uma fonte de felicidade (Is 41.18); e a abertura de um poço era quase um ato .

NATÁ. Dador. 1. Profeta que viveu nos reinados de Davi e Salomão. Dissuadiu o rei Davi de edificar o templo, fazendo ver que ainda não tinha chegado o tempo para essa obra. O fato da sua vida, de que conservamos melhor lembrança, é a repreensão que ele fe

NATANAEL. Dom de Deus. Discípulo de Cristo, e um verdadeiro israelita, em quem não havia dolo; como ele se converteu acha-se descrito em Jo 1.45 a 51. Era natural de Caná da Galiléia, e foi um daqueles poucos discípulos a quem Jesus apareceu no mar de Tiberíades, depois da Sua ressurreição (Jo 21.2). Provavelmente é o mesmo que Bartolomeu (*veja este nome). (*veja também Netanel.)

NAUM (LIVRO DE). Tudo o que se sabe, quanto à autoria do livro, se encerra no seu primeiro versículo (Na 1.1). Pode inferir-se a data da profecia pela natureza da mensagem. Naum devia ter profetizado no reinado de Ezequias, depois que as dez tribos foram

NAUM. Consolação. 1. Nome que ocorre uma só vez no A.T., no princípio do "Livro da visão de Naum, o elcosita" (Na 1.1). Elcós não está identificada, mas S. Jerônimo afirma ter sido uma pequena aldeia pertencente à Galiléia. 2. (Lc 3.25).

NAVIO. É pela primeira vez, nomeado na bênção de Jacó, onde se acha anunciado que Zebulom "servirá de porto de navios" (Gn 49.13). Os navios mais familiares aos hebreus deviam ser uma espécie de jangada, feita de cana, vogando no rio Nilo, e também aquela

NAZARÉ. É hoje En-Nasirah. Uma cidade fechada entre montes rochosos e estéreis, formando o espinhaço meridional do Líbano, que termina na planície de Esdrelom. Foi a terra natal de José e Maria, o sítio da anunciação, a residência de Jesus por vinte e oit

NAZARENO. Habitante de Nazaré. Era um termo freqüentes vezes aplicado ao nosso Salvador, talvez em certas ocasiões por desdém, sendo depois adotado e glorificado pelos discípulos. Todos os habitantes da Galiléia, em que se achava situada a cidade de Nazar

NAZIREU. Separado, consagrado. Não se deve confundir nazireu com nazareno. Nazireu era aquela pessoa, de um ou de outro sexo, que na lei de Moisés se obrigava por voto a abster-se de vinho e de todas as bebidas alcoólicas, a deixar crescer o cabelo, a não

NEARIAS. Um descendente de Davi (1 Cr 3.22, 23). 2. Um capitão simeonita, que desbaratou a parte restante dos amalequitas no monte Seir (1 Cr 4.42).

NEBAIOTE. O filho mais velho de Ismael. Eram seus descendentes os nebaioteus (Gn 25.13; Is 60.7), cujo território, segundo Josefo, compreendia toda a região desde o Eufrates até ao mar Vermelho, isto é, a Petréia e todo o deserto ao oriente. Os seus costumes eram pastoris: eles habitavam em tendas e dirigiam o negócio do deserto; todavia, no mar Vermelho alguns exerciam a pirataria.

NEBO. 1. Conhecida divindade dos babilônios e dos assírios (Is 46.1), que se supunha presidir à ciência e às letras. O seu caráter geral corresponde ao de Mercúrio na mitologia latina. O nome forma parte das palavras Nebu-cadenezar (Nabucodonosor) e Nebuz

NEBUZARADÃ. Nebo dá semente. Capitão da guarda, a quem Nabucodonosor encarregou de completar a destruição da cidade e a pacificação da Judéia (Jr 39.9 a 18; 40.1 a 6). O seu procedimento para com Jeremias foi de sabedoria e amabilidade. Ele conduziu a principal gente de Jerusalém para Ribla, na Síria, onde estava o seu senhor (2 Rs 25.18 a 20). Decorridos cinco anos, passou outra vez pelo país, e levou mais 745 cativos (Jr 52.30).

NECO. Era o nome pessoal daquele Faraó do Egito, que combateu contra Nabopolassar nos dias do rei Josias; e depois de pôr Eliaquim como rei de Judá, levou Jeoacaz, seu irmão, para o Egito (2 Cr 35.20, 22; 36.4). A respeito da sua derrota em Carquemis, *veja Nabucodonosor.

NEEMIAS (LIVRO DE). No cânon das Escrituras hebraicas, formava este livro um só com o de Esdras. Quando os primitivos escritores cristãos dividiram a obra, falaram de Esdras e Neemias, como primeiro livro e segundo livro de Esdras. O livro de Neemias ence

NEEMIAS. A quem o Senhor conforta. l. O filho de Hacalias, da tribo de Judá, e provavelmente da casa de Davi. Nada se sabe de Neemias, a não ser o que se acha no seu livro. Aparece pela primeira vez em Susã, o principal palácio dos reis da Pérsia, onde ex

NEGINOTE. Termo genérico que designa todos os instrumentos de corda, tocados ou com a mão, como a harpa e a guitarra, ou com o plectro. A palavra acha-se nos títulos dos salmos 4, 6, 54, 55, 61, 67, 76.

NEILOTE. É provável que se trate de um termo genérico, significando instrumentos de sopro de todas as espécies, como flautas, etc. Ocorre somente no título do salmo 5.

NERGAL. O deus da guerra, da doença, e da morte, na mitologia da Assíria e da Babilônia. Os homens de Cuta, colocados nas cidades da província de Samaria pelo rei da Assíria, adoravam a Nergal (2 Rs 17.30), sob o símbolo de "homem leão". Cuta ou Tigaba, especialmente dedicada a Nergal é, na tradição arábica, a cidade por excelência de Ninrode; e por essa circunstância tem sido conjeturado que Nergal pode representar o divinizado Ninrode, "poderoso caçador diante do Senhor". Senaqueribe edificou um templo a Nergal na cidade de Tarbisa, perto de Nínive.

NERGAL-SAREZER. Nergal defende o rei! Príncipe da Babilônia, que tomou o título de Rabe-Mague, isto é, chefe dos adivinhos; acompanhou Nabucodonosor na sua última expedição contra Jerusalém, e por ordem do seu senhor libertou Jeremias da prisão (Jr 39.3, 13). Sabemos, pelos monumentos, que ele mais tarde foi rei com o nome de Neriglissar. Casou com uma filha do rei da Babilônia, assassinou Evil-Merodaque, o filho de Nabucodonosor, sucedendo-lhe no trono. Já foi descoberto na Babilônia um palácio, que fora edificado por Neriglissar.

NETANEL. Deus dá. Também Natanael. l. O representante de Issacar, sendo um daqueles a quem Moisés mandou descobrir a terra de Canaã (Nm 1.8; 2.5; 7.18, 23; 10.15). 2. Irmão de Davi (1 Cr 2.14). 3. Sacerdote que auxiliou a levar a arca, desde a casa de Obede-Edom (1 Cr 15.24). 4. Um levita (1 Cr 24.6). 5. Filho de Obede-Edom, e porteiro da arca (1 Cr 26.4). 6. Um dos príncipes de Judá, a quem Josafá mandou ensinar nas cidades do seu reino (2 Cr 17.7). 7. Chefe dos levitas, no reinado de Josias, o qual tomou parte nas festas da Páscoa, que o rei mandou celebrar (2 Cr 35.9). 8. Indivíduo que voltou do cativeiro com Esdras, e tinha casado com mulher estrangeira (Ed 10.22). 9. Um sacerdote (Ne 12.21). 10. Levita, que tomou parte nos serviços musicais, quando se procedia à dedicação dos muros de Jerusalém no tempo de Esdras e Neemias (Ne 12.36).

NETININS. Dado, dedicado. As traduções dizem "levitas servidores" ou "servidores do templo". Eram pessoas consagradas ao serviço do tabernáculo e do templo, empregando-se nos trabalhos mais humildes, como acarretar água e madeira. Primeiramente foram os m

NEUSTÃ. Uma coisa de cobre, ou, talvez, serpente. O desdenhoso epíteto que o rei Ezequias aplicou à serpente de cobre, que Moisés tinha mandado fabricar no deserto, e que se tinha tornado objeto de culto (2 Rs 18.4). A serpente, que era uma recordação do livramento do povo israelita, adquiriu, no decorrer dos anos, uma santidade supersticiosa, havendo já para com ela uma reverência idólatra. O povo tinha caído no costume de lhe queimar incenso (2 Rs 18.4).

NEVE. A neve cai na Palestina, não somente sobre as serras do norte, mas também sobre terras mais ao sul, como Nazaré, e mesmo na cidade de Jerusalém, onde freqüentes vezes aparece. Todavia, não permanece por muito tempo nas regiões baixas e nas pequenas elevações, de modo que, quando o gelo é preeiso para fins refrigerantes, vão buscá-lo às montanhas do Líbano(Pv25.13; Jr18.14). A queda da neve é mencionada em 2 Sm 23.20; Sl 147.16; 148.8; e *veja também Jó 6.16 e 24.19. A neve nunca desaparece do cume do monte Hermom. Metaforicamente toma-se a neve por pureza (Sl 51.7; Is 1.18), por esplendor brilhante (Dn 7.9; Ap 1.14), por brancura (Êx 4.6; Nm 12.10), por qualidades lavatórias (Jó 9.30), e por efeitos de cresta, e de refrigeração (Pv 25.13; 26.1).

NICHOS DE DIANA. Os nichos de Diana, a que se refere a passagem de At 19.24, eram templos de prata em miniatura, ou grutas, contendo a imagem da deusa. Também os havia feitos de mármore e de barro.

NICODEMOS. Fariseu, membro do Sinédrio (Jo 3.1), e que foi primeiramente um discípulo oculto do Senhor. Defendeu depois Jesus contra os principais sacerdotes e fariseus (Jo 7.50, 51); por fim, declarou-se crente, quando foi com José de Arimatéia prestar as derradeiras homenagens ao corpo de Cristo, que eles desceram da Cruz e puseram no sepulcro (Jo 19.39, 40).

NICOLAÍTAS. Aqueles que "sustentam a doutrina dos nicolaítas" são reprovados no Ap 2.6,15, de modo semelhante aos "que sustentam a doutrina de Balaão". Crê-se que as ações más destas seitas eram praticamente idênticas; e pelo que se lê em 2 Pe 2.10 a 22 e Jd 4 a 18 podemos conhecer o caráter do sistema de Balaão. Não se abstinham de carnes oferecidas aos ídolos, e das relações pecaminosas (At 15.20, 29). Eram, esses atos, males relacionados, porque as festas idólatras eram muitas vezes ocasião das mais grosseiras imoralidades. Aborrecer tais práticas era sinal de vida na Igreja; mas esta tornar-se-ia fraca e desleal, na sua concordância com o mal (Ap 2.6). Se tolerasse aquelas ações, poderia perder a glória de ter sido fiel durante a perseguição (Ap 2.14, 15).

NICÓPOLIS. Cidade da vitória. Cidade onde Paulo tencionava invernar (Tt 3.12). Havia uma cidade com o mesmo nome na Trácia, na Cilícia, e no Epiro, e não se sabe a qual delas faz referência naquela passagem. É provável que fosse a Nicópolis do Epiro, uma cidade que Augusto edificou em memória da batalha de Áctio, naquele sítio que o seu exército ocupara antes do combate. Estava convenientemente situada para bem daqueles viajantes, que percorriam as partes orientais da Acaia e da Macedônia, beneficiando igualmente os que se dirigiam para o norte.

NILO. A palavra Nilo aparece em Gn 41.1 e muitas referências se fazem àquele rio. Sior ou Shihor, que se encontra em várias passagens (Js 13.3; 1 Cr 13.5), significa o Nilo. "Os rios da Etiópia" (Is 18.1) são os afiuentes ou tributários do Nilo. (*veja Egito.)

NÍNIVE. A capital do Império Assírio, edificada por Ninrode (Gn 10.11). É mencionada no tempo de Hamurabi esta cidade, como sendo a sede do culto de Istar. Em 2 Rs 19.36 e em Is 37.37 é ela, pela primeira vez, claramente indicada, como residência do monar

NINIVITAS. Os habitantes de Nínive (Lc 11.30).

NINRODE. Era filho de Cuxe, que era filho de Cão, o filho de Noé. Pensa-se que este Cuxe devia pronunciar-se Caxe, e representa, não o Cuxe da Etiópia, mas a dinastia caxita da Babilônia. Ele é descrito como "poderoso caçador diante do Senhor" (Gn 10.9).

NISÃ. O primeiro mês do ano sagrado, e que se chama abibe nos livros de Moisés. Principiava com a lua nova no mês de março, quando tinha também o seu começo o ano babilônico. É o nome do deus babilônico da primavera (Ne 2.1; Et 3.7). (*veja Tempo, Ano.)

NISROQUE. É o nome de um deus de Nínive. Estava Senaqueribe fazendo adoração no seu templo, quando foi assassinado pelos seus filhos, Adrameleque e Sarezer (2 Rs 19.37; Is 37.38). Como tal nome não se encontra nas inscrições cuneiformes, pensa-se que é uma forma corrompida de Nusku, um deus do Sol.

NÔ, NO-AMOM. Cidade, Cidade de Amom. Uma deidade egípcia. Tebas, a principal cidade do Alto Egito; a única edificada sobre as duas margens do Nilo. Era superior a todas as outras na sua extensão e na magnificência dos seus templos. Tebas foi saqueada e destruída por Assurbanipal em 664 a.C. (Jr 46.25; Ez 30.14 a 16; Na 3.8).(*veja Naum, Livro de.)

NÔ, NO-AMOM. Cidade, Cidade de Amom. Uma deidade egípcia. Tebas, a principal cidade do Alto Egito; a única edificada sobre as duas margens do Nilo. Era superior a todas as outras na sua extensão e na magnificência dos seus templos. Tebas foi saqueada e destruída por Assurbanipal em 664 a.C. (Jr 46.25; Ez 30.14 a 16; Na 3.8).(*veja Naum, Livro de.)

NOÉ. Repouso. Não se conhece nada sobre seus primeiros anos. Aparece pela primeira vez nas Escrituras com quinhentos anos de idade. Seu bisavô, Enoque, foi homem sobremaneira piedoso, e que pela graça divina escapou da morte. Foi trasladado, Gn 5:22-24; A

NOEMI. Agradável. Mulher de Elimeleque e sogra de Rute. Emigrou com a sua família da Judéia para Moabe, voltando à sua pátria depois da morte de seu marido. O seu caráter está belamente descrito no livro de Rute.

NOME. Entre os hebreus dava-se o nome a uma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35.18), e outras quando se circuncidava (Lc 1.59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30.24; Êx 2.22; Lc 1.59 a 63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas cir

NOVILHA. Vaca nova, que se reservava para os sacrifícios (Nm 19.1 a 10). Moisés e Arão deviam recomendar da parte de Deus às filhas de Israel, que trouxessem "uma novilha vermelha, perfeita, sem defeito", a qual não tivesse ainda trabalhado, a fim de que propriamente pudesse ser oferecida ao Senhor. Não era costume pôr sob o jugo as novilhas que nunca tivessem tido filhos, quer fosse para lavrar, quer para qualquer outro fim, embora algumas vezes fossem empregadas no trabalho de trilhar o trigo (Os 10.11). Era escolhida uma bezerra vermelha visto ser essa cor o símbolo da vida e da energia; e por isso servia para ser oferecida convenientemente pelos pecados. As cinzas deviam ser usadas na purificação (*veja esta palavra). Em Jr 46.20 há referências à jovialidade da novilha. (*veja Sacrifício, Sangue.)

NÚMEROS (LIVRO DE). O título do livro é derivado das duas numerações do povo de Israel: a primeira no segundo ano da sua jornada (1 a 4), a outra quando os israelitas estavam junto à terra de Canaã, trinta e oito anos mais tarde (26). Além destes assuntos

NUVEM (COLUNA DE). Uma coluna de nuvem guiava de dia o povo israelita, tornando-se de noite numa coluna de fogo (Êx 13.21). Era isto uma indicação miraculosa da presença de Deus, guiando o povo resgatado. A coluna de nuvem nos momentos críticos interpunha-se entre os israelitas e os perseguidores egípcios (Êx 14.19).

OBADIAS (LIVRO DE). A data da profecia do livro deve estar em relação com a época da tomada de Jerusalém, a que se faz referência no *veja 11. E, pelas circunstâncias indicadas, deve tratar-se da conquista da cidade santa pelos babilônios, no tempo de Nab

OBADIAS. Servo do Senhor. 1. Descendente de Zorobabel. Os seus filhos são mencionados em 1 Cr 3.21. 2. Descendente de Issacar, e um homem dos principais da sua tribo (1 Cr 7.3). 3. Descendente do rei Saul (1 Cr 8.38; 9.44). 4. Indivíduo pertencente ao cor

OBEDE. Seruo. 1. Filho de Boaz e de Rute, a moabita; foi pai de Jessé, avô do rei Davi, e um dos antepassados de Jesus Cristo (Rt 4.17, 21,22; 1 Cr 2.12; Mt 1.5; Lc 3.32). 2. Neto de Zabade, e um dos principais guerreiros de Davi (1 Cr 2.37, 38). 3. Um dos valentes de Davi (1 Cr 11.47). 4. Guarda-portão do tabernáculo (1 Cr 26.7). 5. Pai de Azarias (2 Cr 23.1).

OBEDE-EDOM. Seruo de Edom. 1. Quando a arca era conduzida da casa de Abinadabe, em Gibeá, pava a cidade de Davi, foi desviada para a casa de Obede-Edom, o geteu; e lá permaneceu por três meses, trazendo bênçãos sobre toda a família (2 Sm 6.10, 11; 1 Cr 13.13, 14). 2. Obede-Edom, o levita, filho de Jedutum (1 Cr 16.38), um guarda da arca. Os membros desta família continuaram no serviço de guardas, tendo ao seu cuidado os vasos do templo, no reinado de Amazias (1 Cr 15.18,21,24; 16.5; 26.4, 8, 15; 2 Cr 25.24). É possível que os dois sejam idênticos.

ODEDE. Restaurador. 1. Pai do profeta Azarias (2 Cr 15.1). No vers. 8, é evidente que devia estar assim: "a profecia do profeta Azarias, filho de Odede." 2. Profeta do Senhor, na Samaria, na ocasião em que Peca invadiu Judá. Ele convenceu Peca de que devia entregar os 200.000 cativos, que tinha levado (2 Cr 28.9).

ODRE. Os odres eram, e ainda são, feitos de peles de animais, preparadas para esse fim. As peles são despegadas dos animais com o maior cuidado; separam-se do corpo, depois de removida a cabeça e as extremidades, como uma luva bem ajustada; e depois são c

OFERTA ALÇADA. Não se deve confundir esta oferta com a do movimento. Ela representa uma oferta que era levantada de entre as outras ofertas (Êx 29. 27; Lv 7.14); ou era proveniente do produto ganho pelos esforços da pessoa que oferecia (Dt 12.6). (*veja Sacrifício.)

OFERTA DE MANJARES. Descreve-se em Lv 2 e em 6.14 a 23, o cerimonial respectivo à oferta de manjares. Compunha-se de farinha fina, em que se deitava sal, e era amassada com azeite e incenso, mas sem fermento, sendo isto geralmente acompanhado de uma ofert

OFERTA MOVIDA. Aquelas porções dos sacrifícios que eram movidas na direção do altar em vez de serem queimadas, e que depois eram comidas pelos sacerdotes e pelo oferente. Esta oferta era agitada pelo oferente, da direita para a esquerda, e era movida para cima e para baixo (Êx 29.24, 26; Lv 7.30, 34; Nm 18.11, 18). (*vejaOferta de manjares, Sacrifícios pacíficos.)

OFIR. 1. Filho de Joctã (Gn 10.29; 1 Cr 1.23). O nome deve corresponder a alguma cidade, região, ou tribo da Arábia. 2. Ofir, como nome geográfico, tem sido identificado com três localidades, a parte meridional da Arábia, a Índia, e a costa oriental da África. A maior prova é a favor da Arábia. Foi o sítio donde Davi e Salomão obtiveram ouro e outras mercadorias de valor (1 Rs 9.28; 10.11; 22.49; 1 Cr 29.4; 2 Cr 8.18; 9.10; Jó 22.24; 28.16; Sl 45.9; Is 13.12).

OGUE. Foi rei de Basã, homem de estatura gigantesca, tendo domínio sobre sessenta cidades (Js 13.12). Ele, seus filhos, e o seu povo foram exterminados na batalha de Edrei, sendo o seu território cedido aos descendentes de Rúben, de Gade, e à meia tribo de Manassés (Nm 32.33; Dt 1.4; 3.1 a 13; 4.4l; 31.4; Js 2.10; 9.10; 13.12, 30). Esta vitória permaneceu por muito tempo na memória nacional (Sl 135.11; 136.20). O "leito de ferro", que se via em Rabá dos filhos de Amom (Dt 3.11), era provavelmente um sarcófago de mármore preto. (*veja Basã.)

OLARIA. Ainda que a olaria seja uma das mais antigas de todas as indústrias, não é, contudo, fácil vê-la mencionada entre os hebreus até aos tempos de Saul e de Davi (2 Sm 17.28; 1 Cr 4.23). Nas primitivas fases da sua vida nômade eram poucas as necessidades dos israelitas, devendo ser muito simples os utensílios de barro, visto como os diversos animais, que eles matavam, lhes davam peles com que fabricavam vasos para água, mel e vinho. Os profetas, porém, referem-se muitas vezes ao oleiro e à sua arte (Is 29.16; 30.14; 41.25; 64.8; Jr 18.2 a 6; 19.1 a 11).

OLIVEIRA BRAVA. O renovo bastardo a que se refere Isaías (14.19) é o zambujeiro. Dá um certo gênero de azeite, de qualidade inferior, que se usa como medicamento, embora seja bom para a alimentação. O zambujeiro é uma árvore pequena, que se encontra em todas as partes da Palestina, exceto no vale do Jordão. A madeira é dura e macia, e por isso foi muito boa para serem esculpidas as figuras simbólicas dos querubins no templo de Salomão (1 Rs 6.23). As folhas são pequenas e estreitas, e as flores pouco distintas; contudo, o zambujeiro é um arbusto belo. A mesma palavra hebraica acha-se em Ne 8.15. (*veja Oliveira.)

OLIVEIRA. A oliveira é, pela primeira vez, mencionada em Gn 8.11, quando a pomba voltou para a arca de Noé com um ramo daquela árvore. Havia na Terra Santa muitas oliveiras, quando os israelitas tomaram posse dela (Dt 6.11); e acham-se associadas com as v

OLIVETE ou MONTE DAS OLIVEIRAS (2 Sm 15.30; At 1.12). Uma planada elevação, com um pouco mais de um quilômetro e meio de comprimento, ao oriente de Jerusalém (Ez 11.23; Zc 14.4). Está o monte Olivete separado da cidade pelo estreito vale do Cedrom. 5 cerc

OLIVETE ou MONTE DAS OLIVEIRAS (2 Sm 15.30; At 1.12). Uma planada elevação, com um pouco mais de um quilômetro e meio de comprimento, ao oriente de Jerusalém (Ez 11.23; Zc 14.4). Está o monte Olivete separado da cidade pelo estreito vale do Cedrom. 5 cerc

OM. Chefe da tribo de Rúben, que tomou parte numa revolta contra Moisés (Nm 16.1).

ÔMEGA. A última letra do alfabeto grego (Ap 1.8).

ÔMER. Medida para secos, correspondente à décima parte do efa. (Êx 16.36) cerca de 393 litros (Lv 27.16).

ONÉSIMO. Proveitoso. Um escravo de Colossos, que fugiu da casa do seu senhor, que era cristão; e, indo para Roma, foi convertido ao Cristianismo por Paulo. Depois da sua conversão, voltou Onésimo para seu amo, chamado Filemom, levando uma carta de Paulo. É a carta conhecida pelo nome de epístola a Filemom. (*veja também C14.9 e Filemom.)

ONICHA. É um ingrediente daquele perfume "puro e santo", descrito no Êx 30.34,35. Supõe-se que é o operculum de uma espécie de molusco (Strombus), que vive nos mares orientais. Usam-se em grande quantidade as suas conchas para fazer camafeus, sendo o operculum moído e misturado com substâncias aromáticas. É a "concha odorífera" dos antigos.

ÔNIX. Uma pedra preciosa, assim chamada do grego onuz, a unha, em razão da sua cor e semelhança com o mármore. É mencionada pela primeira vez na Bíblia com o ouro e o bdélio do rio Pisom do Éden (Gn 2.12). Pedras ônix foram preparadas por Davi para o templo (1 Cr 29.2). Eram provavelmente pedras do mármore ônix ou onyckus. Devia ser difícil o emprego das pedras preciosas no exterior do templo, embora estivesse ali bem o variegado mármore. A pedra do peitoral do sumo sacerdote era, sem dúvida, a preciosa pedra de ônix (Êx 28.9 a 12, etc.), especialmente própria para a gravura. *veja também Jó 28.16; Ez 28.13.

ONRI. Adorador do Senhor. 1. Rei de Israel e pai de Acabe. Quando o seu nome aparece pela primeira vez na Sagrada Escritura, no ano de 890 a.C., é ele comandante chefe, sob o governo do rei Elá. Sendo este assassinado por Zinri, foi Onri proclamado rei pe

ORAÇÃO. A oração cristã baseia-se na convicção de que o Pai Celeste, que tem providencial cuidado sobre nós (Mt 6.26,30; 10.29,30), que é "cheio de terna misericórdia" (Tg 5.11), ouvirá e responderá às petições dos seus filhos da maneira e no tempo que El

OREBE. Corvo 1. Um dos chefes do exército midianita, que invadiu Israel, e foi derrotado e repelido por Gideão (Jz 7.25; 8.3; Sl 83.11). Orebe foi morto pelos homens de Efraim, sendo trazida a sua cabeça a Gideão. 2. A rocha de Orebe, um pico que domina a planície do Jordão. Foi neste lugar que as forças midianitas foram interceptadas, quando fugiam de Gideão, sendo o seu chefe, Orebe, morto pelos efraimitas (Jz 7.25; Is 10.26).

ORIENTE (MAR DO). Outro nome do mar Morto (Ez 47.18).

ORIENTE. Os hebreus exprimiam o Oriente, Ocidente, Norte e Sul por palavras que significavam "adiante", "atrás", "à esquerda", "à direita", em conformidade da posição da pessoa que está com a sua face para o lado onde nasce o sol (Jó 23.8,9). Por Oriente eles freqüentemente querem dizer, não somente a Arábia Deserta, e as terras de Moabe e Amom, que ficam ao oriente da Palestina, mas também Assíria, Mesopotâmia, Babilônia e Caldéia, embora estes países estejam situados mais ao norte do que ao oriente da Judéia. Balaão, Ciro, e também os magos que visitaram Belém quando Jesus nasceu, diz-se terem vindo do Oriente (Nm 23.7; Is 46.11; Mt 2.1). "Os povos do Oriente" são, em particular, as várias tribos desertas ao oriente da Palestina (Jz 6.3).

ÓRION. A constelação a que se refere o livro de Jó em 9.9 e 38.31, e a profecia de Amós em 5.8, é a que nós conhecemos com o mesmo nome.

ORNAMENTOS. Os habitantes da Palestina (como os outros povos do Oriente nos tempos atuais) eram altamente apreciadores das coisas luxuosas. Isaías (3. 18 a 23) descreve os artigos de luxo que as mulheres usavam no seu tempo. Os adornos eram com prodigalidade exibidos nas festas de caráter público ou particular, mas de um modo especial nos casamentos (Is 61.10; Jr 2.32; Os 2.13). Nos tempos de luto público eram postos de parte esses ornamentos (Êx 33.4 a 6). A palavra em Gn 24.22 deve ser "argola do nariz", e em Gn 38.1S deve traduzir-se por "cordão".

ORTE (CRIME DE). O crime de homicídio era punido com a morte (Gn 9.6; Dt 19.11,12). Quando se encontrava um cadáver no campo, não se conhecendo o assassino, tinham os anciãos e juizes dos sítios vizinhos de dirigir-se àquele lugar (Dt 21.1 a 8). Os ancião

ORVALHO. Os orvalhos na Palestina são abundantes no verão, todas as manhãs. Gideão encheu uma taça com a água do velo orvalhado (Jz 6.38). Quando Isaque abençoou Jacó, desejou-lhe o orvalho do céu que fertiliza os campos (Gn 27. 28). Nestes países quentes, onde raras vezes chove, os orvalhos da noite suprem a falta de chuvas. Os profetas e os poetas empregam muitas vezes o termo orvalho nas suas imagens (Dt32.2; Jó 29.19; Sl 133.3; Pv 19.12; Is 26.19; Os 6.4; 13.3; 14.5; Mq 5.7). Em algumas destas passagens é mais da neblina que se trata, a qual é trazida pelo vento ocidental.

ORVO MARINHO. O termo hebraico em Lv 11.17 e Dt 14.17 implica uma ave mergulhadora, que não parece ser o corvo marinho. É algum membro da família das andorinhas do mar.

OSÉIAS (O LIVRO DE). A mensagem do profeta tem duas características principais: o seu zelo na condenação do pecado de Israel, visto como tinham os israelitas abandonado a adoração ao Senhor, caindo na idolatria; e o grande desejo que manifestou pelo arrep

OSÉIAS. Salvação. 1. Profeta de Israel e primeiro na ordem dos chamados Profetas Menores. Sobre a vida do profeta somente se sabe o que ele nos diz: Era filho de Beeri (1.1), e segundo uma tradição cristã, pertencia à tribo de Issacar. O seu livro nos sug

OTNIEL. Filho de Quenaz de Judá (Js 15.17); e o irmão mais novo de Calebe (Jz 1.13), cuja filha Acsa lhe foi dada em casamento como recompensa de ter ele tomado Quiriate-Sefer (Jz 3.9; 1 Cr 4.13). O casamento de um tio com sua sobrinha não é expressamente proibido pela lei levítica (Lv 18.12; 20.19). Otniel foi o primeiro juiz de Israel depois de Josué. Ele livrou a terra da opressão do rei da Mesopotâmia.

OURO BATIDO. (Nm 8.4). O metal é batido conforme ao modelo que se requer, sendo esta obra distinta da fundição (Êx 25.18,31,36; 37.17,22).

OURO. O uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36.34 a 38; 1 Rs 7.48 a 50); e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. Ofir (Jó 28.16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27.22,23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14; 2 Cr 1.15; 9.9; Dn 3.1; Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.

OUVIDO. Em diversos casos esta palavra é usada figuradamente como em Jr 6.10, onde ouvidos incircuncisos são ouvidos desatentos à Palavra de Deus. Os "ouvidos abertos" do salmo 34.15 significam que Deus presta constante atenção às orações do Seu povo, ao passo que a expressão "endurece-lhe os ouvidos" (Is 6.10) refere-se às almas desobedientes que não querem ouvir. Entre os judeus, o escravo que renunciava ao privilégio de poder libertar-se no ano sabático, tinha de sujeitar-se a ser a sua orelha furada com uma sovela pelo seu senhor, como sinal de perpétua escravidão. A cerimônia era realizada na presença de algum juiz, ou magistrado, e era um ato voluntário (Êx 21.5,6).

OVELHAS, CARNEIROS. As ovelhas constituíam a principal riqueza dos patriarcas. Não somente era a sua carne um dos alimentos principais, mas também da sua 1ã se fazia quase todo o vestuário para o povo. Além disso, devido à acidentada natureza da terra, er

OVELHAS, CARNEIROS. As ovelhas constituíam a principal riqueza dos patriarcas. Não somente era a sua carne um dos alimentos principais, mas também da sua 1ã se fazia quase todo o vestuário para o povo. Além disso, devido à acidentada natureza da terra, er

PAATE-MOABE. Governador de Moabe. Chefe de uma das principais famílias de Judá. A sua descendência voltou com Zorobabel (Ed 2.6; 10.30; Ne 3.11; 7.11; 10.14). A singularidade do seu nome pode ser explicada pela emigração dos filhos de Selá, filhos de Judá, para Moabe, onde tinham domínio (1 Cr 4.22). Cp. com o caso de Elimeleque (Rt 1.2). Outras pessoas da mesma família voltaram com Esdras (Ed 8.4).

PAFOS. Cidade na extremidade sudoeste de Chipre, onde se deu o encontro de Paulo com Elimas, o feiticeiro, durante a sua primeira viagem missionária (At 13.6). Pafos, que hoje se chama Bafo, era um sítio notável pelo culto que ali se prestava à deusa Vênus, ou Afrodite, que se dizia ter saído do mar naquele lugar. Entre os peregrinos que afluíam àquele santuário pagão havia manifestações de grande libertinagem. Um rei independente, que era também o hereditário sumo sacerdote do templo da deusa, governava na cidade e na parte ocidental de Chipre, até que os romanos se apossaram daquela ilha (58 a.C.).

PAI. Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, Isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado

PAIXÃO. Esta palavra aparece no sentido de sofrer tribulações, quando se trata dos sofrimentos de Jesus Cristo (Getsêmani, o julgamento, a flagelação, a zombaria, e a cruz), nalguns lugares do Novo Testamento (At 1.3; Hb 2.9; 1 Pe 1.11; 4.13). Literalment

PALÁCIO. Algumas palavras hebraicas se traduzem por "palácio" ou "paço", na Bíblia. É a habitação do rei, ou uma fortaleza, ou um templo, ou ainda a casa de uma pessoa rica (Ed 6.2; Ne 1.1; 1 Cr 29.1; Sl 45.8). No N.T. aplica-se a palavra palácio de um modo especial à residência do governador romano; era a casa edificada por Herodes, e que é chamada o pretório (Mc 15.16). A habitação do rei Davi foi construída com o auxílio de artífices, que Hirão, rei de Tiro, forneceu (2 Sm 5.11). O mais imponente palácio que Salomão edificou acha-se descrito em 1 Rs 5.8. Há alusões aos tesouros encontrados na casa do rei (1 Rs 14.26; 15.18; 2 Rs 14.14, etc.); e também (Ed 6.2) a um registro ou memória que se encontrou no palácio de Ecbátana, ou Acmeta.

PALESTINA, NEGUEBE, SEFELÁ. A terra dos filisteus. É propriamente o território da Terra Santa, que foi habitado pelos filisteus. Ficava na costa ocidental de Canaã, estendendo-se desde o rio do Egito, um pouco ao sul de Gaza, até Jope. A palavra Palestina

PALESTINA, NEGUEBE, SEFELÁ. A terra dos filisteus. É propriamente o território da Terra Santa, que foi habitado pelos filisteus. Ficava na costa ocidental de Canaã, estendendo-se desde o rio do Egito, um pouco ao sul de Gaza, até Jope. A palavra Palestina

PALHA. Esta palavra, em Is 5.24 (restolho) e 33.11, significa erva seca. O gado da estrebaria e os cavalos alimentam-se de palha, e da forragem, cortada em verde. Os hebreus e os egípcios não davam grande valor à palha inteira. Era usada para alimento dos bois, depois de cortada em pedaços, e misturada com grãos (Is 11.7). A palha era também muito empregada na fabricação de tijolos (Êx 5.7), e como combustível) nos fornos de pão. (*veja Forno, Pão, Restolho.)

PALMEIRA. É da tamareira que vamos aqui tratar, uma árvore de grande estima e valor no Egito, Palestina e Arábia. Dizem os árabes que a palmeira tem tantos usos quantos são os dias do ano. A sua tâmara foi e é um artigo familiar de alimentação. Na jornada

PALMO. Medida, que é a extensão da mão aberta, desde a ponta do dedo mínimo, até à do polegar. É equivalente a cerca de 225 milímetros, e geralmente se empregava para cálculos aproximados (Êx 28.16; Ez 40.43). (*veja Pesos e Medidas.)

PANFÍLIA. Província romana ao sul da Ásia Menor, ficando a Cilicia ao oriente, a Lícia ao sudoeste, a Pisídia ao norte, e o mar Mediterrâneo ao sul. O seu comprimento era de 128 km, sendo a sua largura de 32 km aproximadamente. A grande ilha de Chipre fica em frente da sua costa, e o mar entre o continente e a ilha chama-se mar da Panfília (cp. com At 27.5). O país era de terreno plano, entre o mar e a cordilheira de Tauro. No ano 74 (d.C.) a Lícia estava unida ao governo da Panfllia. A sua principal cidade, Perga, estava perto do rio Cestro. Paulo e Barnabé tinham navegado pelo rio, depois de, vindo de Chipre, terem atravessado o mar. Foi aqui que João Marcos os deixou (At 13.13; 15.38). Pregaram aqueles apóstolos ali, quando voltaram da sua viagem (14.24), indo embarcar no porto de Atália, também na Panfília, e supõe-se que tinham uma sinagoga em Perge (At 2.10).

PAO ASMO. Este pão é feito somente de farinha e água, sem fermento, e cozido em porções de pequena espessura. Para se comer não deve ser cortado, mas partido com os dedos. (Mt 14.19.) (*veja Cozinhar, Forno.)

PÃO DA PROPOSIÇÃO. O pão da proposição constava de doze pães (um para cada uma das doze tribos), que eram apresentados quentes cada sábado, e colocados na mesa de ouro do Tabernáculo (Êx 25.30). Era uma oferta de ação de graças, e o seu nome provinha de ser posto esse pão continuamente diante da face do Senhor. Aqueles pães só podiam ser comidos legitimamente pelos sacerdotes, e unicamente no pátio do lugar santo (Lv 24.9). Todavia, uma exceção foi feita por Aimeleque, quando ele deu a Davi e aos seus companheiros os pães da proposição, que tinham sido retirados de diante do Senhor (1 Sm 21.1 a 6; Mt 12.4).

PÃO. Em todos os tempos, mesmo nos mais remotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão; misturava-se depois a farinha, com água, podendo d

PAPIRO, JUNCO. l. Os egípcios, em tempos muito remotos, empregavam para escrever uma substância que até certo ponto se assemelhava ao papel, e se chamava papiro. Este nome era derivado da haste da cana do papiro, uma planta que se encontra nos rios e lago

PAPIRO, JUNCO. l. Os egípcios, em tempos muito remotos, empregavam para escrever uma substância que até certo ponto se assemelhava ao papel, e se chamava papiro. Este nome era derivado da haste da cana do papiro, uma planta que se encontra nos rios e lago

PARÃ. Parã é, ordinariamente, identificada com a moderna El-Tih, a região montanhosa e despovoada que atravessa a península do Sinai, desde o Wady Feirun ao sul, seguindo na direção do norte, até à Palestina. Parã foi a pátria de Ismael (Gn 21.21), e teatro das errantes jornadas dos israelitas (Nm 10.12; 12.16; 13.3,26; Dt 1.1; 33.2; Hc 3.3). Davi residiu no deserto de Parã depois da morte de Saul (1 Sm 25.1, a não ser que esteja Parã por Maom); e Hadade procurou segurança em sítios fortificados, quando fugia de Salomão (1 Rs 11.18).

PARÁBOLA. É uma narrativa, imaginada ou verdadeira, que se apresenta com o fim de ensinar uma verdade. Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação tão concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço mental para se

PARAÍSO. Esta palavra é de origem persa, significando um jardim, um parque, um recinto. Encontra-se somente no N.T., ou como lugar das almas piedosas, que partem deste mundo (Lc 23.42; 2 Co 12.4), ou em sua lata significação (Ap 2.7). A palavra acha-se em Neemias (2.8) a respeito das "matas do rei", e em Cantares como "pomar" (4.13). (*veja Eden.)

PARALISIA. É uma doença do sistema nervoso, em parte ou no todo, produzida por qualquer dano mecânico da região espinhal, ou por mal do cérebro. Nalguns casos a paralisia depende de causas transitórias, suscetíveis de remédio. Mais freqüentemente, porém,

PARAPEITO. (Dt 22.8). Impedimento. Muro construído em volta do eirado de uma casa oriental, com o fim de evitar quaisquer desastres, visto que o alto da casa serve de jardim no Oriente; e era, também, para separar os telhados, embora não fosse difícil passar de um para o outro. É, também, usado na fortificação de uma cidade (Jr 5.10).

PARDAL. No salmo 84.3, a palavra traduzida por "pardal", usa-se em geral para indicar simplesmente uma "ave", ainda que nesse exemplo parece haver referência a uma particular espécie. Há diversas variedades de pardais no Oriente, de brilhantes cores, sendo de pequena importância. O pardal do paúl encontra-se no vale do Jordão; e ao oriente do mar Morto há outra variedade, o "pardal moabita" (Mt 10.29,31; Le 12.6,7).

PAREDE DA SEPARAÇÃO. Na epístola aos Efésios (2.14), a obra de Cristo, formando dos dois povos, judeus e gentios, um único povo, de maneira que os pagãos pudessem gozar de todos os privilégios da comunidade de Israel, é expressa nestas palavras simbólicas: "...tendo derrubado a parede da separação que estava no meio." Há, aqui, uma referência à balaustrada do templo, que separava o átrio exterior dos gentios do de Israel. Esta barreira, com os avisos escritos, acha-se descrita por Josefo (Guerras *veja *veja2). Um desses avisos (em grego) foi descoberto em 1871, e agora está em Constantinopla. É nestes termos: "Nenhum estrangeiro deve entrar dentro do recinto do templo. Todo aquele que for ali apanhado deve atribuir a si próprio a culpa, cuja conseqüência é a morte." Paulo foi falsamente acusado de ter desprezado esta disposição (At 21.28,29).

PARENTE. No A.T. usa-se principalmente esta palavra para significar as pessoas mais próximas pelo sangue, com certas obrigações, como bem se acha explicado no livro de Rute (caps. 2 a 4). No N.T. o termo tem uma significação mais lata, abrangendo os membros da mesma raça (Rm 9.3).

PARTOS. Um grande império da antigüidade, que se levantou das ruínas do da Pérsia (256 a.C.), e sustentou uma persistente luta com os romanos. O país estendia-se desde a Índia até ao Tigre e desde o deserto de Corasmiã até às praias do Oceano Meridional.

PÁSCOA. É a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos israelitas. O seu nome deriva de uma palavra hebraica, que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas porta

PASTOR. Os pastores no Oriente passam uma vida solitária. Eles vagueiam por lugares muito distantes das habitações, à procura de pastagens, e têm de proteger os seus rebanhos de dia e de noite. O pastor, logo de manhã, faz sair as ovelhas do seu aprisco d

PASUR. 1. Filho de Imer, e chefe de uma família de sacerdotes em Jerusalém (Jr 20.1). Imer era o principal da décima-sexta turma de sacerdotes (1 Cr 24.14). Ele prendeu a Jeremias, e meteu-o no cepo, junto à porta de Beqjamim, recebendo do ultrajado profe

PÁTARA. Cidade da costa da Lícia, 64 km ao ocidente de Mira. Paulo partiu deste porto em navio, quando se dirigia a Jerusalém nos fins da sua terceira viagem missionária (At 21.1,2). Em Pátara havia um famoso oráculo de Apolo; e embora fosseem outro tempo povoação de considerável importância, e até sede de um bispado, é hoje apenas um lugar de ruínas, que estão desaparecendo pouco a pouco na areia.

PÁTIO. Esta palavra era geralmente aplicada ao recinto do tabernáculo e do templo. Em Mt 26.69: "Estava Pedro assentado fora no pátio", há referência à parte quadrangular, no centro do palácio do sumo sacerdote. Não era na sala onde estava sendo julgado o Salvador. (*veja também Mc 14.66; 15.16; e Jo 18.15.)

PATMOS. Pequena ilha rochosa no mar Egeu, situada a sudoeste de Éfeso (Ap 1.9). Tem cerca de 29 km de circunferência, e por causa do seu aspecto triste serviu, por determinação dos imperadores romanos, de lugar de detenção para criminosos. Para esta ilha foi desterrado S. João por ordem do imperador Domiciano; e foi ali que ele recebeu a revelação, descrita no livro do Apocalipse.

PATRIARCAS. Príncipes, chefes de família ou de tribos. O termo foi aplicado com um sentido especial no N.T. a Abraão, Isaque, Jacó, aos filhos de Jacó, e a Davi (At 2.29; 7.8,9; Hb 7.4). No A.T. a expressão equivalente é em geral "príncipe da tribo". Mas

PATROS. Palavra egípcia, com a significação de Terra do Sul; a parte setentrional do alto Egito, e a Tebaida dos gregos. Estendia-se desde alguns quilômetros ao sul de Mênfis até Siena na primeira catarata. Recentes descobertas de papiro têm confirmado a existência de judeus em Siena, no sexto século antes de Cristo. O profeta Jeremias incuía os judeus, habitantes de Patros, na condenação que ele pronunciou contra "todos os judeus, moradores da terra do Egito" (Jr 44.1), por causa das suas inclinações idólatras. Ezequiel menciona Patros, quando fala da volta dos egípcios cativos (Ez 29.14; 30.14). Isaías profetizou que os judeus haviam de voltar do "Egito, de Patros, da Etiópia" (Is 11.11).

PAULO, SÉRGIO. Era o procônsul de Chipre, quando Paulo visitou a ilha (At 13.7). É apresentado como homem prudente, com vontade de ouvir a mensagem apostólica, embora Elimas procurasse "afastar da fé o procônsul" (At 13.8). O castigo que caiu sobre Elimas parece ter contribuído para a conversão de Sérgio Paulo (At 13.12).

PAULO. Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era as

PAVIMENTO. O pavimento mencionado em João (19.13) era um espaço lajeado no palácio de Pilatos, sobre o qual se estabelecia, algumas vezes, o tribunal. (*veja Gábata.) No A.T. a palavra usada tem, algumas vezes, o sentido de uma obra em mosaico (Et 1.6).

PÉ. Regar com o pé (Dt 11.10) refere-se a um método de irrigação, que se praticava no Egito. Os campos eram divididos em porções de terreno, com 4,5 metros de comprimento e 1.80 de largura, separados uns dos outros por pequenas elevações de terra. A água

PECA. Filho de Remalias, era oficial das forças reais, que assassinou Pecaías rei de Israel apoderando-se do trono (736 a.C.), de recursos, e esforçou-se em restaurar as fortunas do seu país, que tinham sido enfraquecidas não só com os pesados tributos, l

PECADO. I. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador; segundo,

PEDAGOGO ou AIO. É uma palavra grega, que se lê em Gl 3.24,25 e que literalmente significa o que dirige ou guia uma criança (paidos, criança, e agos, diretor). A mesma palavra se encontra em 1 Co 4.15. O "pedagogo" era um criado de confiança (ordinariamente um escravo) um aio, ou preceptor, a cujo cuidado era entregue o menino grego ou romano, até que este chegasse à idade da sua emancipação. Não há referência alguma especial, na mencionada passagem da epístola aos Gálatas, a este dever que tinha o escravo de ter o rapaz em segurança para ser educado. O contraste está entre a tutela da Lei e a liberdade que se alcança em Cristo.

PEDAGOGO ou AIO. É uma palavra grega, que se lê em Gl 3.24,25 e que literalmente significa o que dirige ou guia uma criança (paidos, criança, e agos, diretor). A mesma palavra se encontra em 1 Co 4.15. O "pedagogo" era um criado de confiança (ordinariamente um escravo) um aio, ou preceptor, a cujo cuidado era entregue o menino grego ou romano, até que este chegasse à idade da sua emancipação. Não há referência alguma especial, na mencionada passagem da epístola aos Gálatas, a este dever que tinha o escravo de ter o rapaz em segurança para ser educado. O contraste está entre a tutela da Lei e a liberdade que se alcança em Cristo.

PEDERNEIRA, (FACAS DE). Facas de pederneira eram usadas nos sacrifícios, usando-as também os egípcios na preparação dos mortos para a embalsamação. Em ambos os casos parece terem sido uma reminiscência religiosa do tempo em que a pederneira era o único instrumento usado. (*veja Êx 4.25; Js 5.2.)

PEDRA BRANCA. "Ao vencedor,... lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo" (Ap 2.17). Seixos brancos eram usados para votar, e como permissão de entrada em várias funções; e eram também apresentados nos jogos aos vencedores. Não se sabe qual o exato costume a que na passagem mencionada se faz referência. Mas o "nome novo" acha-se inscrito em material que é indestrutível, e é branco, tendo assim a cor da boa fortuna.

PEDRA DE ESQUINA OU ANGULAR. A grande pedra que ligava inteiramente e ajustava os lados de um edifício, no remate do ângulo (Is 28.16; Sl 118.22; Zc 4.7). A expressão "pedra de esquina" chegou a ser aplicada a pessoas de influência (Is 19.13); e no N.T. as passagens que acabamos de citar são freqüentemente aplicadas a Jesus Cristo (Mc 12.10; Ef 2.20; 1 Pe 2.6,7).

PEDRA. Montões ou pirâmides de pedra eram construídas como memórias ou balizas históricas. Jacó, e também Labão, efetuaram trabalhos deste gênero no monte Gileade (Gn 31.46). Josué mandou assentar um montão de pedras em Gilgal (Js 4.5 a 7); e as duas tribos, e metade de outra, que ficaram além do Jordão, erigiram um monumento sobre a margem daquele rio, como testemunho de solidariedade com as tribos da Palestina Ocidental (Js 22.10).

PEDRO (PRIMEIRA EPÍSTOLA DE). Esta epístola acha-se entre os escritos, cuja autenticidade era por todos reconhecida na Igreja primitiva. A prova interna também nos indica Pedro como seu autor. A data da epístola é geralmente fixada entre 64 e 67 d.C. A ep

PEDRO (SEGUNDA EPÍSTOLA DE). Esta epístola não foi geralmente aceita como canônica pela Igreja primitiva. Eusébio a coloca entre os livros, cuja autenticidade se discutia, mas a autoria é reclamada por Pedro no próprio livro (1.1; 3.1). O autor escreve co

PEDRO, SIMÃO. O apóstolo filho de Jonas (Mt 16.17), era um pescador de Betsaida, na Galiléia (Mt 4.18 e ref.). O temperamento que se atribui aos galileus se patenteia na energia, independência, e na demasiada franqueza de Pedro. A sua fala também era cara

PEITORAL. Uma peça bordada, de forma quadrada, tendo aproximadamente 25 centímetros de lado, sendo uma bela obra de arte (Êx 39.8), que o sumo sacerdote usava sobre o peito. Era feito o peitoral de duas peças do mesmo rico estofo, com frente e forro, form

PEIXE, PESCA. A Bíblia divide os peixes em duas espécies: os limpos e os imundos. Estes últimos, que era proibido comer, eram os que não tinham escamas e barbatanas (Lv 11.9 a 12), isto é, todos os répteis aquáticos. Abundava o peixe no rio Nilo, e era um

PEIXE, PESCA. A Bíblia divide os peixes em duas espécies: os limpos e os imundos. Estes últimos, que era proibido comer, eram os que não tinham escamas e barbatanas (Lv 11.9 a 12), isto é, todos os répteis aquáticos. Abundava o peixe no rio Nilo, e era um

PELATIAS. Libertação do Senhor. 1. Neto de Zorobabel (1 Cr 3.21). 2. Um dos 500 simeonitas que derrotaram os amalequitas no monte Seir (1 Cr 4.42). 3. Nome de uma família, que selou o pacto (Ne 10.22). 4. Filho de Benaia; um daqueles contra quem Ezequiel profetizou. Ele morreu em conseqüência disso (Ez 11.1 a 13).

PELICANO. Uma das aves imundas (Lv 11.18; Dt 14.17); pertence à ordem dos steganopodes. O pelicano, ordinariamente branco, é muito vulgar na Síria, embora o pelicano dalmaciano se ache também ali. A expressão que se encontra em Sl 102.6, "pelicano no dese

PELONITA. 1. Helez, indivíduo da tribo de Efraim e um dos valentes de Davi, era chamado pelonita (1 Cr 11.27; 27.10). Em 2 Sm 23.26 vem com a designação de "paltita", como sendo pessoa vinda de Bete-Pelete, ao sul de Judá (Js 15.27). 2. Em 1 Cr 11.36 menciona-se "Aías, pelonita", entre os valentes de Davi.

PENA DE MORTE E OUTROS CASTIGOS. A pena capital era efetuada de diversos modos: pela forca (Js 8.29; 2 Sm 21.12; Et 7.10); pelo apedrejamento, que era o sistema usual (Êx 17.4; Lc 20.6; Jo 10.31; At 14.5); pelas fogueiras (Gn 38.24; Lv 20.14; 21.9); pelas

PENA. Para escrever com tinta sobre papiro ou pergaminho os hebreus faziam uso de uma pena de cana. O bico era afiado com uma faca especial, que também se empregava para cortar papel (Jr 36.23). É quase exatamente a sua forma como a pena de cana usada pelos antigos romanos. Tanto o papel como as penas foram do Egito para a Palestina. A "pena de ferro" de Jó (19.24) era um agudo instrumento de gravador (Is 8.1; Jr 8.8). (*veja Escrita, Pergaminho, Tinta.)

PENDENTE. Este ornamento foi um dos presentes que o servo de Abraão deu a Rebeca, em nome do seu amo: "Então lhe pus o pendente no nariz" (Gn 24.47). É costume em muitas partes do Oriente, mesmo na atualidade, usarem as mulheres argolas no nariz, usualmente na venta direita, que é perfurada em baixo, ao meio. São de ouro, e geralmente têm duas pérolas, estando um rubi colocado entre elas.

PENHOR. I. Uma segurança para a realização de um contrato; ou garantia do pagamento de uma dívida (Dt 24.10 a 13). Assim Judá deu certos penhores a Tamar (Gn 38.17). Sob a lei judaica havia um regulamento acerca dos penhores: a mó do moinho não devia ser

PENIEL, PENUEL. A face de Deus. O nome dado por Jacó ao lugar onde ele tinha lutado com Deus (Gn 32.30). Estava situado entre Jaboque e Sucote, sendo o caminho por onde Gideão perseguiu os midianitas (Jz 8.S,9,17). Foi fortificado por Jeroboão (1 Rs 12.25).

PENIEL, PENUEL. A face de Deus. O nome dado por Jacó ao lugar onde ele tinha lutado com Deus (Gn 32.30). Estava situado entre Jaboque e Sucote, sendo o caminho por onde Gideão perseguiu os midianitas (Jz 8.S,9,17). Foi fortificado por Jeroboão (1 Rs 12.25).

PENTATEUCO. Cinco volumes. Todos os exemplares completos das Sagradas Escrituras principiaram com o Pentateuco. Os judeus chamavam-lhe a "Lei" (Torá), ou melhor "os cinco quintos da Lei", ou simplesmente os "quintos", sendo cada livro denominado "um quint

PENTECOSTE. É o qüinquagésimo dia depois do segundo dia da Páscoa (16 de nisã). Os judeus chamam a esta solene festividade a festa das Semanas, visto que se observava sete semanas depois da Páscoa. Ofereciam-se então como primícias os frutos das searas, s

PEOR. Abertura. l. Um monte, que faz parte da cordilheira que contém os montes de Nebo e Pisga. Peor, em Moabe, é o lugar aonde Balaque conduziu Balaão, para amaldiçoar o povo israelita (Nm 23.28). 2. O deus moabita (Nm 25.18; 31.16; Js 22.17). Nestas passagens a palavra é uma contração de Baal-Peor.

PEPINAL. Os pepinos são muito cultivados no Oriente, e quando os israelitas se achavam enfastiados do maná no deserto, lembravam-se, entre as boas coisas do Egito, dessa comida (Nm 11.5). Isaías, prevendo a desolação de Jerusalém, escreve (1.8): "A filha de Sião é deixada como choça na vinha, como palhoça no pepinal, como cidade sitiada." A choça ou palhoça, era de simples estrutura, feita de ramos de árvore, e sustentada por meio de quatro compridas estacas; dentro dela estava um homem, ou um rapaz, para vigiar a fazenda, e guardá-la dos ladrões, ou dos animais destruidores, como as raposas e os chacais. Quando o trigo é colhido e a choupana abandonada "eaem os paus, ou inclinam-se para qualquer lado, e espalham-se os verdes ramos pela ação do vento, apresentando tudo aquilo um aspecto de verdadeira desolação".

PERDÃO. O perdão que Deus dá ao que peca contra Ele é de vários modos representado. O pecado é coberto (Sl 32.1; 85.2); não é atribuído (Sl 32.2); é apagado (Is 43.25); não há mais lembrança dele (Is 43.25; Hb 8.12). O perdão é um ato de livre graça (Sl 51.1; Is 43.25); um ponto de justiça, em conformidade com os divinos desígnios, confessando nós que somos pecadores (1 Jo l.9); um ato perfeito da misericórdia de Deus (Sl 103.2,3; 1 Jo 1.7). O ato de perdoar é decisivo, e nunca será revogado (Mq 7.19). Só Deus é que pode perdoar os nossos pecados, embora o homem possa declarar que Ele está sempre pronto a usar da Sua misericórdia para conosco. O perdão não pode ser comprado com quaisquer riquezas (Pv 11.4); nem pode ser alcançado pelas nossas obras, pois de graça somos salvos pela fé (Rm 11.6; Ef 2.8,9).

PERDIZ. Encontra-se na Palestina, geralmente por toda a Ásia, e de um modo especial ao norte do Himalaia, a perdiz Chukor, grande, airosa, de belo aspecto. No outono estas aves reúnem-se em bandos, mas dispersam-se no inverno. São muito procuradas para al

PEREGRINAÇÕES. As peregrinações que os filhos de Israel realizaram, marchando desde o Egito até à terra de Canaã, foram uma escola importante para sua instrução. Foi em Ramessés que principiou a marcha dos israelitas. O caminho direto deste lugar para Can

PEREZ. Filho de Judá e de Tamar, sua nora (Gn 38.29). Perez obteve o direito de primogenitura sobre seu irmão, e foi o chefe de uma numerosa família a cuja prosperidade se faz referência em Rute (4.12). Dele descenderam duas famílias importantes: os hezronitas e os hamulitas. De Hezrom proveio a casa de Davi, e por fim Jesus Cristo. No tempo de Davi distinguiu-se de um modo especial a casa de Perez, ocupando lugar primacial a própria família do rei (2 Sm 23.8; cp 1 Cr 11.11 com 27.2,3). A família era ainda numerosa depois do cativeiro, pois só em Jerusalém ainda viviam 468 descendentes de Perez, estando Zorobabel incluído nesse número (Ne 11.4,6). Em todos os negócios importantes da nação, e em ocasiões de crise nacional, sobressaíam os filhos de Perez, achando-se os livros de Crônicas, e o de Neemias cheios de referências a indivíduos daquela família.

PERFEITO, PERFEIÇÃO. Estas palavras ocorrem muitas vezes tanto no A.T. como no N.T. Algumas vezes aplicam-se a coisas, por exemplo, à lei do Senhor, e ocasionalmente a Deus (Mt 5.48); mas o maior número de vezes ao homem. No A.T. o atributo da perfeição é

PERFEITO, PERFEIÇÃO. Estas palavras ocorrem muitas vezes tanto no A.T. como no N.T. Algumas vezes aplicam-se a coisas, por exemplo, à lei do Senhor, e ocasionalmente a Deus (Mt 5.48); mas o maior número de vezes ao homem. No A.T. o atributo da perfeição é

PERFUME. Era vulgar o uso de perfumes entre os hebreus e outros orientais, antes de serem conhecidos dos gregos e romanos. Moisés fala da arte de perfumista do Egito, e refere-se à composição de dois perfumes: um era para ser oferecido sobre o altar de ou

PERGAMINHO. É a pele de certos animais, como vitelas, cabras, burros, carneiros, e outros, que era preparada para nela se escrever. Segundo Plínio, o nome teve a sua origem no caso sucedido com o rei de Pérgamo, Eumenes II, que reinou pelo ano 160 antes d

PÉRGAMO. Cidade da Mísia, hoje chamada Bergama: a sede de uma das sete igrejas da Ásia a que foram dirigidas as cartas apocalípticas (Ap 2.12 a 17). Estava situada perto do rio Caico (hoje Bakyr-tchai), e distante 32 km da sua foz. É lugar célebre pelo fa

PERSEGUIÇÃO. É o ato de correr em seguimento de alguém para o prender; e também qualquer violência praticada por motivo religioso ou político. Bem cedo foi a Igreja cristã perseguida: Jesus o tinha predito no Sermão da Montanha (Mt 5.10 a 12), e quando en

PÉRSIA. Na sua maior extensão, o império da Pérsia ia desde a Trácia e o Egito, no Ocidente, até ao Indo, no Oriente, e desde o mar Negro, o Cáucaso, o mar Cáspio, e o Oxo e Jaxartos, ao Norte, até à Arábia, o golfo Pérsico, e o Oceano Índico, ao Sul. As

PILATOS (PÔNCIO). Procurador ou governador da Judéia, quando governava o imperador Tibério, 26 a 36, d.C. Nos negócios públicos e particulares mostrava-se cruel (*veja Lc 13.1), e durante os dez anos do seu governo foi ele a principal causa de contínuas p

PINTADO OU ESCULPIDO. Quadros pintados, como hoje os temos, eram desconhecidos dos antigos, mas eram numerosas as figuras esculpidas em baixo-relevo, ou pintadas a fresco, em cores claras, nas paredes dos palácios reais (Ez 23.14). No Egito, os caixões das múmias eram adornados de retratos coloridos dos mortos, e inscrições feitas com esmero cobriam todo o espaço aproveitável. As "salvas de prata" (Pv 25.11) eram ornamentos de frutos e folhagem, gravadas em pedra ou na madeira. (*veja Romãzeira.)

PINTADO OU ESCULPIDO. Quadros pintados, como hoje os temos, eram desconhecidos dos antigos, mas eram numerosas as figuras esculpidas em baixo-relevo, ou pintadas a fresco, em cores claras, nas paredes dos palácios reais (Ez 23.14). No Egito, os caixões das múmias eram adornados de retratos coloridos dos mortos, e inscrições feitas com esmero cobriam todo o espaço aproveitável. As "salvas de prata" (Pv 25.11) eram ornamentos de frutos e folhagem, gravadas em pedra ou na madeira. (*veja Romãzeira.)

PINTURA. A arte da pintura é quase desconhecida no A.T., mas há uma referência (Jr 22.14) ao seu uso nas decorações da casa. O pintar os olhos é três vezes referido: no livro 2º dos Reis (9.30), onde se diz que Jezabel "se pintava em volta dos olhos"; em

PIOLHO. Esta palavra somente se encontra na referência à terceira praga do Egito (Êx 8.16 a 18; Sl 105.31). Os sacerdotes egípcios consideravam-se incompetentes para exercer as suas funções, se não estivessem escrupulosamente limpos. E de três em três dias faziam a barba, e rapavam o pelo do corpo. Por isso a presença desse parasito se julgava uma coisa pior do que as mais repugnantes pragas. Vinha diretamente prejudicar o exercício do seu culto cerimonial. Todavia, pensam alguns críticos que naquelas passagens se trata apenas de mosquitos.

PIRATOM. Altura. A pátria de Abdom, o juiz, e de Benaia, um guerreiro que pertencia à guarda de Davi (Jz 12.13,15; 2 Sm 23.30; 1 Cr 11.31; 27.14). Talvez seja a moderna Farata, que fica a 11 km ao sudoeste de Noblus.

PISÍDIA. Território montanhoso da Ásia Menor, limitado ao norte e oriente pela Licaônia, ao sul pela Panfília, e ao norte e ocidente pela província da Ásia. No tempo de Paulo fazia parte da província da Galácia, onde o Apóstolo pregou (At 13.14; 14.24; cp. com 2 Tm 3.11). (*veja Paulo.)

PITOM. Casa (do deus) Atum. Cidade de tesouros no Egito, na terra de Gósen (Êx 1.11), ao oriente do Nilo, perto da moderna Ismailia. O tesouro era, certamente, trigo ou outros gêneros, não sendo provável que constasse de metais preciosos ou jóias. Foi edificada pelos israelitas escravizados, no tempo de Ramessés II. Os romanos construíram Herópolis, na orla da área que ocupava. Foi novamente descoberta por Naville em Tel-el-Mashkuta. (*veja Gósen.)

PLANTA - ABOBOREIRA. Muita discussão tem havido sobre a identidade da planta que proporcionou ao desanimado profeta Jonas uma sombra benéfica e uma lição salutar. A opinião geral é a de que se trata da Palma Cristi, do mamoeiro. As parras silvestres, que foram postas na sopa de Eliseu (2 Rs 4.39) diferem da planta de Jonas. São as colocíntidas, com as quais se faz um conhecido medicamento, amargo e drástico; o aroma é tal que logo assusta; e as plantas, se como alimento forem empregadas, são altamente venenosas. A planta da colocíntida cresce abundantemente nas sítios baixos em volta do mar Morto. Quando está inteiramente madura, a sua casca é brilhantemente alaranjada, e as sementes são amargas

PLÁTANO. A árvore de que se faz menção em Gn 30.37 e em Ez 31.8 é o plátano oriental, um dos mais agradáveis e notáveis exemplares de vegetação existentes nas margens dos rios e outros sítios úmidos da Síria e Terra Santa. É árvore silvestre, que cresce nas proximidades dos rios, na região do Líbano e planta-se naqueles lugares em que se pode achar bastante umidade. As suas largas folhas e ramos horizontais resguardam perfeitamente dos raios solares. A casca é macia e esbranquiçada, cobrindo-se anualmente de renovos; esta circunstância pode explicar o estratagema de Jacó (Gn 30.37).

PÓ. Lançar pó ou cinza sobre a cabeça era sinal de luto (Js 7.6); sentar-se no pó era sinal de aflição (Is 47.1; Lm 3.29). Sacudir em certo lugar o pó, aderente às sandálias, queria dizer que se renunciava às relações com a gente da povoação. Lamber o pó

POBREZA. A lei judaica era cuidadosa acerca dos pobres. Eles tinham direito de apanhar aquém e além o que se deixava ficar no campo depois da ceifa, ou depois da vindima, ou depois da colheita de azeitona (Lv 19.9,10; Dt 24.19,21 Rt 2.2). No ano sabático eram os pobres autorizados a ter parte nas novidades (Êx 23.11; Lv 25.6); e se eles tinham vendido alguma porção da sua terra, ou tinham cedido a sua liberdade pessoal, tudo isso lhes devia ser restaurado no ano do Jubileu (Lv 25.25 e seg. ; Dt 15.12 e seg.). Além disso, eram protegidos contra a usura (Lv 25.35, 37; Dt 15.7, 8; 24.10 a 13); recebiam uma porção dos dízimos (Dt 26.12,13); e ainda sob outros pontos de vista tinha de ser considerada a sua situação (Lv 19.13; Dt 16.11,14). (*veja Esmola, Empréstimos, Dízimo. )

POÇO, ou COVA. Em Gn 14.10 a palavra significa um lago betuminoso, que cobre a parte mais baixa do vale do Jordão. Em Gn 37.20, trata-se de um poço seco, em forma de garrafa, onde foi lançado José pelos seus irmãos. Em Êx 21.33 é um sítio para guardar grão, sendo isso algumas vezes uma escavação na rocha. *veja também Jó 33.18 e seg; Sl 9.15 e seg. Em Sl 7.15 há uma alusão ao método de apanhar as feras, fazendo poços, e cobrindo-os levemente com ramos ou estrume. Em Ap 9.1,2 "O poço do abismo", quer dizer a morada dos espíritos maus. *veja também Lc 8.31, onde "abismo" tem a mesma significação. (*veja Inferno.)

POÇO. Em muitos lugares da Terra Santa se encontram fontes de água "viva", ou nascentes. Uma fonte deste gênero se chamava ayin, "olho", palavra que aparece em nomes de localidades, como "En-Gedi", "En-Rogel". Uma palavra distinta desta é Beer, que signif

POESIA DOS HEBREUS. I. A sua forma. É provável que nos tempos mas antigos, quando a história e a doutrina, e mesmo as regras do ritual e da moral, principiaram a ser transmitidas, fosse usada a poesia como meio de impressionar a alma. E é ainda mais prová

POLIGAMIA. A poligamia era um estado reconhecido entre os hebreus; "entretanto, não foi assim desde o princípio", como Jesus lembrou aos seus ouvintes (Mt 19.8). Cedo apareceu a poligamia na família de Caim (Gn 4.23); foi um costume nos patriarcas (Gn 16.3; 25.1; 29.29,30), embora, como no caso de Abraão e de Jacó, razões sejam dadas do fato: existia entre os juizes (Jz 8.30); no caso de Davi há indiretamente uma sanção expressa (2 Sm 12.8); eram polígamos os reis (2 Sm 5.13); mas havia restrições à licenciosidade real (Dt 17.17), e, como no caso de Salomão, maus resultados são descritos pela influência de muitas mulheres (1 Rs 11.4). A existência da poligamia estava estreitamente relacionada com a da escravidão doméstica; e os direitos da mulher, vendida como escrava pelo seu pai, e casada com o seu senhor, ou com o filho deste, estavam definidos na lei (Êx 21.7 a 11).

POMBA. A primeira menção que se faz da pomba na Bíblia é em Gn 8.8,10,12. Noé empregou esta ave com o fim de saber quanto tinha baixado as águas do dilúvio. As pombas são abundantes na Palestina, tanto no seu estado livre, como domesticadas. São classific

PONTO. País junto do mar. O território a nordeste da Ásia Menor, adjacente ao mar Negro. É limitado ao sul pela Capadócia; ao oriente pela Cálquida; e ao ocidente pela Paflagônia e Galácia. Em tempos mais antigos fazia parte da Capadócia, quando esta era

PORCO. De nenhum animal se fala na Bíblia com tanta aversão, como do porco. A lei de Moisés proíbe que se coma a sua carne, pois é animal imundo (Lv 11.7; Dt 14.8); e em diversos casos se faz alusão à comida da carne de porco, como sendo extraordinária abominação (Is 6õ.4; 66.3,17). Os mais ortodoxos judeus na Idade Média nem mesmo o nome queriam proferir; e, quando se referiam a esse animal, empregavam a palavra "abominação". Fala-se, contudo, dos cevados como sendo eles o tipo da impureza: "Como jóia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição" (Pv 11.22; cp. com Mt 7.6). Mais tarde eram criadas manadas de porcos para negócio com a população pagã da Palestina (Mt 8.30 a 32; Mc 5.11 a 16; Lc 8.32,33; 15.15,16).

PORROS ou ALHOS PORROS. A palavra hebraica tem propriamente o sentido de relva verde, mas usa-se de um modo especial para significar alhos porros. Os israelitas no deserto cobiçaram estes vegetais, que eles tinham comido no Egito (Nm 11.5). Segundo Heródoto, os construtores das pirâmides do Egito alimentavam-se de rabanetes, cebolas, e alhos, que juntamente com lentilhas formavam as principais plantas comestíveis daquela fertilíssima terra.

PORROS ou ALHOS PORROS. A palavra hebraica tem propriamente o sentido de relva verde, mas usa-se de um modo especial para significar alhos porros. Os israelitas no deserto cobiçaram estes vegetais, que eles tinham comido no Egito (Nm 11.5). Segundo Heródoto, os construtores das pirâmides do Egito alimentavam-se de rabanetes, cebolas, e alhos, que juntamente com lentilhas formavam as principais plantas comestíveis daquela fertilíssima terra.

PORTA DA FONTE. Uma porta, ao sul de Jerusalém, perto da qual havia uma fonte, sendo esta, talvez, a de Siloé (Ne 2.14; 3.15; 12.37).

PORTA DO MONTURO. Melhor tradução seria "porta do monte de refugo". Era uma das portas de Jerusalém (Ne 2.13) fora da qual se juntava refugo de toda espécie. Estava, provavelmente, perto do ponto mais meridional da cidade.

PORTA DO PEIXE. Uma porta, na muralha de Jerusalém, ao norte (Ne 3.3; 12.39; Sf 1.10). (*veja Peixe.)

PORTA FORMOSA. (At 3.2,10). Uma porta do templo. (*veja Templo.)

PORTA. As portas das casas, bem como as das cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18; At 12.10,13). As portas das cidades eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, e passatempo na ociosidade (Gn 19.1; Dt 17.5 e 25.7; Rt 4.1 a 12; 2 Sm 15.2; 2 Rs 7.1; Ne 8.1; Jó 29.7; Pv 31.23; Am 5.10,12,15). Como remanescente do velho costume e linguagem oriental, ainda hoje se chama Sublime Porta ao conselho ou governo de Constantinopla. As portas das cidades continham escritórios à entrada. Eram de dois batentes; cerravam-se com fechaduras e ainda se seguravam com barras de ferro. A porta Formosa do templo (At 3.2) era inteiramente feita de cobre de Corinto, sendo necessários vinte homens para a fechar.

PORTEIRO. O que guarda uma porta ou portaria (2 Sm 18.26; 1 Cr 16.42; Ed 2.42; Jo 10.3). Os porteiros do templo formavam uma classe distinta, e estavam no seu lugar de dia e de noite, sendo regularmente rendidos. Estavam também a seu cuidado as ofertas e o tesouro. Eles constituíam um corpo militarizado; eram "os soldados do Senhor", que guardavam a sua casa, sendo nomeados por sorteio para as diversas entradas e pátios do templo, com serviço por turnos (1 Cr 26.1,13,19; 2 Cr 8.14; 35.15). A sua obrigação era manter a ordem e evitar a entrada de pessoas impuras ou excomungadas. Estavam sempre vinte e quatro nos respetivos lugares, sob a vigilância de um oficial superior, que fazia a ronda, com intervalos irregulares.

POTÉOLI. Poços nascentes. Porto de mar na Itália, ao nordeste da baía de Nápoles. Paulo permaneceu ali uma semana, quando ia para Roma (At 28.13). O seu nome moderno é Pozzuoli. Em certo tempo, quando a parte meridional da Itália pertencia aos gregos, o nome da povoação era Dicaerquia. Foram os romanos que lhe puseram o nome de Potéoli, em virtude àos seus banhos quentes naturais. Como porto de mar, tornou-se um lugar de muito movimento, pois ali ancoravam os navios com trigo de Alexandria, e ali desembarcava a maior parte dos viajantes, que se dirigiam a Roma. Durante duzentos anos, antes de Cristo, foi também Potéoli o principal porto, de que fazia uso o exército romano. Esta cidade sofreu bastante com os tremores de terra, e hoje já não tem grande importância.

POTIFAR. O dom de Ra (o sol do meio-dia). Era o capitão da guarda de Faraó, o oficial que comprou José aos mercadores ismaelitas (Gn 37.36; 39.1). Pela sua posição tinha ele, provavelmente, o encargo da prisão, e vivia lá dentro em compartimentos especiais. A sua propriedade particular constava de terras, sendo José encarregado de tratar da sua lavoura (Gn 39.4 a 6). As mulheres egípcias de todas as classes gozavam de absoluta liberdade, havendo, portanto, completa oportunidade para a tentação de José. O fato de Potifar não ter logo matado o seu servo dá-nos a conhecer que ele tinha José em grande consideração, duvidando certamente de que ele tivesse praticado o ato de que o acusavam. (*veja José. )

POUPA. Esta ave era, também, das que a lei de Moisés proibia que se comessem (Lv 11.19 e Dt 14.18). A poupa, de bico comprido e delgado, alimenta-se dos insetos que encontra nos monturos e nas terras alagadiças, freqüentando, também, os vales no deserto e os sítios pantanosos junto das cidades. Possui uma alta crista; e na sua listrada plumagem salientam-se as penas de cor branca. Os seus movimentos são mais grotescos do que belos. A poupa é quase tão grande como um tordo.

PRAGA. Uma doença mortalmente contagiosa, que predomina no Oriente desde os tempos mais remotos, sendo o mais terrível flagelo do Egito e da Síria. O termo é usado metaforicamente para exprimir um castigo especial, resultante de atos malévolos (Êx 9.14; Lv 26.21; 1 Rs 8.37; *veja também o artigo seguinte), e também para designar uma calamidade (Mc 5.29,34; Lc 7.21). Muitas palavras hebraicas se traduzem por "praga", significando enfermidades malignas, bem como males físicos e morais.

PRAGAS (AS DEZ), PRIMOGÊNITOS (MORTE DOS). Estas terríveis visitações tiveram por fim levar Faraó a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o Seu poder acima da nação mais poderosa que era então o Egito (Êx 9.16; 1 Sm 4.8, etc

PRAGAS (AS DEZ), PRIMOGÊNITOS (MORTE DOS). Estas terríveis visitações tiveram por fim levar Faraó a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o Seu poder acima da nação mais poderosa que era então o Egito (Êx 9.16; 1 Sm 4.8, etc

PRATA, MOEDAS DE. Esta expressão no A.T. refere-se, provavelmente, ao siclo, sendo em Mt 26.15 e 27.3,5,6,9 uma provável referência aos trinta siclos que se pagavam por um escravo (Zc 11.12,13). Em Lc 15.8,9 a moeda perdida chama-se "dracma", peça grega equivalente ao denário romano de prata. (*veja Dinheiro, Pesos e Medidas.)

PRATA, OURIVES DA PRATA. Tanto a prata como o chumbo se encontram na Palestina, havendo minas daqueles metais (Jó 28.1 a 11). Alude-se à prata refinada e a diversas ligas de metais em Sl 12.6; Pv 8.19; 25.4; Jr 6.30; e Ez 22.20. Todavia, a prata foi també

PRATO. "O que mete comigo a mão no prato" (Mt 26.23; Mc 14.20), disse Jesus na última ceia, referindo-se a Judas. Os convivas tomavam o alimento com os dedos. Cada pessoa partia um pedacinho de pão, e metia-o no prato, levando-o depois à boca com qualquer comida que apanhava, carne ou outro alimento.

PREDESTINAÇÃO. Esta palavra tem o sentido da palavra grega "prooriso" que significa o ato de limitar ou de determinar antecipadamente (At 4.28; Rm 8.29,30; 1 Co 2.7; Ef 1.5,11). Desta maneira diz respeito aos altos desígnios de Deus. Quando num sentido ma

PRESA. São os despojos tomados na guerra (Nm 31.27 a 32). Segundo a lei de Moisés, a presa devia ser igualmente dividida entre aqueles que estiveram no campo de batalha e os que ficaram em casa e no campo Davi resolveu que, no exército, as tropas que guardavam a bagagem deviam ter parte igual à daqueles que entravam na luta (1 Sm 30.24). Mas mesmo no tempo de Abraão era reservada uma porção dos despojos para fins religiosos, com o nome de dízimo (Gn 14.20). Neste particular exemplo mostra Abraão o seu edificante desinteresse, recusando a sua parte do que havia sido tomado ao inimigo. Pela leitura de Dt 20.14 a 17 achamos que, embora os prisioneiros de guerra fossem considerados legitimo despojo, contudo esses aprisionamentos não se deviam fazer na própria terra de Canaã. (*veja Dizimo.)

PRESBÍTERO. Em 1Tm 4.14 S. Paulo faz esta recomendação a Timóteo: "Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido... com a imposição da mãos do presbitério." Em 2 Tm 1.6 o Apóstolo fala do "dom de Deus, que há em ti pela imposição das minhas mãos". O "presbitério" era a corporação dos presbíteros. (Cp. com At 13.1 a 3.) (*veja Bispo, Igreja.)

PRESENTE. O uso de dar presentes é muito vulgar nos países do Oriente. Governadores e reis, vendo muitas vezes as dificuldades e perigos em alcançar rendimentos por meio do lançamento de impostos, estimulavam os seus súditos a que livremente lhes ofereces

PRETÓRIO. O pretório era, primitivamente, a tenda do general, num campo romano: foi, depois, o palácio do governador; e, finalmente, a sala da audiência para administração da justiça. Residia o governador romano em Jerusalém, no pretório, queem outros tempos tinha sido o palácio de Herodes, o Grande (Mc 15.17); e em Cesaréia, onde também tinha tido Herodes uma habitação (At 23.35). O pretório de Pilatos era a torre Antônia, a cidadela de Jerusalém. Na epístola aos Filipenses (1.13), a mesma palavra grega se acha traduzida por guarda pretoriana, isto é, a guarda cujo dever era tomar a seu cuidado a pessoa do imperador.

PRIMÍCIAS DOS FRUTOS. A lei ordenava que os primeiros frutos da terra deviam ser oferecidos, na casa de Deus, por ocasião das três grandes festas anuais (Êx 22.29; 23.19; 34.26). Era uma obrigação nacional e ao mesmo tempo individual. De diversos modos de

PRIMOGÊNITO. Eram diversos os privilégios que o primogênito ou o filho mais velho possuía. Era consagrado ao Senhor (Êx 22.29), e segundo a Lei devia ser remido por meio de uma oferta de valor até cinco siclos, dentro de um mês desde o seu nascimento. Era-lhe dada uma dobrada porção da herança que lhe cabia (Dt 21.17). O filho primogênito era, por via de regra, o sucessor do rei, no trono (2 Cr 21.3). Podiam, contudo, os privilégios inerentes à primogenitura ser perdidos por má conduta, como no caso de Esaú (Gn 27.37). Entre os animais era também votado a Deus o primogênito macho (Êx 13.2,12,13; 22.29; 34.19,20).

PRÍNCIPE. Esta palavra é usada a respeito do chefe ou pessoa principal da família, ou da tribo, sendo também assim intitulados os primeiros sacerdotes da assembléia ou da sinagoga, e os principais dos filhos de Rúben, de Judá, e de outros (Gn 17.20; 23.6; 25.16; Nm 1.16; 16.2; 34.18 e seguintes). É, também, aplicado ao soberano de um país e aos seus principais dignitários (Gn 12.15). Jesus Cristo é o "príncipe dos reis da terra", porque manifesta superioridade em relação a todos, concedendo autoridade segundo acha conveniente (Ap 1.5). Ele é o "Príncipe da paz", porque sob o seu governo há perfeita paz (Is 9.6). O "príncipe deste mundo" é o diabo, que se vangloria de ter todos os reinos do mundo à sua disposição (Jo 12.31; 14.30; 16.11).

PRISÃO. A detenção, como castigo, embora primitivamente em uso entre os egípcios (Gn 39.20; 40.3; 42.17), não era ordenada pela lei judaica, sendo, contudo, o suposto criminoso guardado até ao seu julgamento (Lv 24.12; Nm 15.34). Durante o período da conq

PROCÔNSUL. O principal oficial romano daquelas províncias governadas diretamente pelo senado. O termo é aplicado a Sérgio Paulo, em Chipre (At 13.7,8,12), e a Gálio, na Acaia (At 18.12). O plural uma só vez se vê empregado, como figura de retórica, segundo parece, em lugar do secretário da câmara de Éfeso (At 19.38).

PROCURADOR. Administrador. É o principal oficial romano daquelas províncias diretamente governadas pelo Imperador (Lc 8.3). Tais eram Pilatos, Félix, e Festo.

PROFECIA, e PROFETAS. I. A significação das palavras. A palavra profecia (oráculo) em Pv 30.1 segundo algumas versões, representa a palavra hebraica "massa", que propriamente significa "oráculo"; e o nome profeta, em Is 30.10, representa a palavra hebraic

PROFECIA, e PROFETAS. I. A significação das palavras. A palavra profecia (oráculo) em Pv 30.1 segundo algumas versões, representa a palavra hebraica "massa", que propriamente significa "oráculo"; e o nome profeta, em Is 30.10, representa a palavra hebraic

PROFETAS (FALSOS). Tanto nos tempos do A.T. como nos do N.T., apareciam homens que pretendiam falar em nome de Deus, não tendo, contudo, autoridade para isso, pois não tinham recebido do Senhor mensagem alguma. Isaías os apresenta como profetas "que ensinam mentiras" (Is 9.15); Jeremias queixava-se dos que "profetizam falsamente" (Jr 5.31), e descrevia os seus perigosos conselhos (Jr 14.13 a 15). *veja também Os 9.8; Mq 3.5; Sf 3.4; Zc 13.3. Jesus disse aos Seus discípulos que se acautelassem "dos falsos profetas" (Mt 7.15; 24.24). Os profetas a que se faz referência em 1 Rs 22.6 podem ter sido aqueles que dirigiam o culto a Baal (*veja também 1 Rs 18.40), ou os dos postes-ídolos (1 Rs 18.19); ou então os do culto do bezerro, no tempo de Roboão. Eram esses, então, ministros, não da religião judaica, mas do paganismo.

PROPICIAÇÃO. Propiciação é alguma coisa que leva alguém a perdoar uma ofensa recebida, ou a proceder misericordiosamente para com o ofensor. Duas vezes é Jesus chamado por S. João (1 Jo 2.2 e 4.10) "a propiciação pelos nossos pecados"; e S. Paulo fala da "redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs,... como propiciação" (Rm 3.24,25). Deste modo, a propiciação requerida pela justiça de Deus é manifestada em Cristo Jesus pela misericórdia de Deus. A palavra usada em Rm 3.25 significa "lugar ou instrumento de propiciação", e em Hb 9.5 é traduzida por "propiciatório". Na versão dos LXX geralmente se usa esse termo a respeito da cobertura de ouro por cima da arca.

PROPICIATÓRIO. A palavra hebraica é kapporete. Tem sido muito discutido se "kapporete" significa uma lâmina para cobrir um lugar, ou o trono da misericórdia divina, ou a propiciação. O objeto indicado (Êx 25.17 a 22; cp. com 37.6 a 9) era uma lâmina retangular de ouro, colocada sobre a arca da aliança, tendo sobre ela de um e de outro lado um querubim de ouro. No dia da expiação era o propiciatório aspergido com sangue das vítimas oferecidas pelo pecado (Lv 16.14,15). Era de cima do propiciatório que o Senhor prometia ouvir o povo e falar com ele (Êx 25.22: cp. com Nm 7.89). A palavra grega usada na versão dos LXX e no N.T. é literalmente "o propiciatório" (*veja Rm 3.25, onde o termo hebraico se acha traduzido por "propiciação").

PROSÉLITO. Um estrangeiro. Era o nome que os judeus davam àqueles que não eram judeus por nascimento, mas que vinham viver no seu país, colocando-se sob a proteção do Senhor; e também eram chamados prosélitos os que abraçavam a religião judaicaem outras t

PROSTITUTA, MERETRIZ. A deificação das forças reprodutivas da natureza, culto largamente propagado no Oriente, fazia que a prostituição fosse um dos mais graves males daqueles tempos do Antigo e do N.T. Mencionam-se no A.T. duas classes de prostitutas: (1

PROSTITUTA, MERETRIZ. A deificação das forças reprodutivas da natureza, culto largamente propagado no Oriente, fazia que a prostituição fosse um dos mais graves males daqueles tempos do Antigo e do N.T. Mencionam-se no A.T. duas classes de prostitutas: (1

PROVÉRBIOS (LIVRO DOS). Este livro é um exemplo de literatura hebraica, que trata da sabedoria, ou, com se diz agora, de filosofia. A esta mesma classe pertencem o Eclesiastes, Jó (embora único em certos respeitos), e alguns dos Salmos; e também os livros

PROVÉRBIOS. Era o nome dado pelos hebreus às sentenças morais, máximas, vigorosas comparações, ditos breves, e enigmas. Salomão chama sábios àqueles que estudavam os provérbios (Pv 1.6). A palavra, na sua significação mais simples, significa certas ilustrações da vida, tiradas das coisas materiais (Pv 10.15; 22.1).

PUBLICANO. Cobrador de rendimentos públicos entre os romanos. Havia duas espécies de recebedores de tributos: os recebedores gerais, e os seus delegados em cada província, sendo os primeiros responsáveis para com o Imperador pelas rendas do império. Eram

PÚBLIO. Comum. Era o nome do governador de Malta, quando Paulo ali naufragou (At 28.7). Paulo miraculosamente curou o pai de Públio de uma febre; e, sendo este fato conhecido, outros doentes foram trazidos ao Apóstolo para serem curados (*veja Paulo). Malta estava sob a intendência do pretor da Sicília, sendo Públio, provavelmente, como principal proprietário da ilha, o seu representante local. Diz-se que ele foi o primeiro bispo maltês, sofrendo o martírio pela sua fé cristã.

PUL. l. É o nome babilônico de Tiglate-Pileser III (IV), o rei da Assíria (2 Rs 15.19), que veio contra Menaém, rei de Israel, por este não ter querido pagar o tributo como seu vassalo (*veja Israel). Menaém foi, por algum tempo, bem sucedido na sua rebelião, estendendo mesmo os limites do seu reino até aos territórios que tinham estado sob o domínio de Salomão (1 Rs 4.24). Mas Pul marchou sobre a Palestina, conseguindo Menaém evitar a destruição de Israel pelo pagamento de cem talentos de ouro, ajuntados por capitação (1 Cr 5.26).

PULGA. Davi compara-se a uma pulga (1 Sm 24.14, e 26.20), querendo com essa comparação mostrar a sua insignificância. Em parte alguma são as pulgas mais abundantes do que no Oriente. Os aldeãos que habitam em cabanas feitas de ramos de árvore, ao norte da Síria, são freqüentes vezes obrigados a abandoná-las para evitarem o tormento das pulgas, indo residir no deserto durante um ou dois anos.

PUNOM. Lugar de um acampamento dos israelitas, já quase no fim da sua peregrinação pelo deserto (Nm 33.42,43), entre Petra e Zoar. Estava à distância de três dias de viagem, partindo de Moabe, mas esse sítio ainda não se encontrou.

PUR, PURIM. Sorte, sortes. Era uma festa dos judeus, instituída para comemorar a sorte que foi lançada por Hamã, grande inimigo dos judeus (Et 3.7). Lançadas as sortes no primeiro mês do ano, foi fixado o dia treze do duodécimo mês (adar) do mesmo ano, para a execução do plano de Hamã, que era destruir todos os judeus da Pérsia. A superstição de Hamã, em dar crédito às sortes, foi causa da sua própria ruína e da preservação dos judeus, que assim tiveram tempo de procurar o auxílio de Ester. Os judeus observavam a festa nos dias 14 e 15 de adar, dando nessa ocasião, de uma maneira solene, graças a Deus pelo Seu livramento (Et 9.14). Há um provérbio que diz: "O templo pode cair, mas nunca a festa de Purim." Isto nos mostra como aquele livramento tão poderosamente impressionou a alma nacional. (*veja Ester, Hamã, Mordecai. )

PUR, PURIM. Sorte, sortes. Era uma festa dos judeus, instituída para comemorar a sorte que foi lançada por Hamã, grande inimigo dos judeus (Et 3.7). Lançadas as sortes no primeiro mês do ano, foi fixado o dia treze do duodécimo mês (adar) do mesmo ano, para a execução do plano de Hamã, que era destruir todos os judeus da Pérsia. A superstição de Hamã, em dar crédito às sortes, foi causa da sua própria ruína e da preservação dos judeus, que assim tiveram tempo de procurar o auxílio de Ester. Os judeus observavam a festa nos dias 14 e 15 de adar, dando nessa ocasião, de uma maneira solene, graças a Deus pelo Seu livramento (Et 9.14). Há um provérbio que diz: "O templo pode cair, mas nunca a festa de Purim." Isto nos mostra como aquele livramento tão poderosamente impressionou a alma nacional. (*veja Ester, Hamã, Mordecai. )

PURGATÓRIO. Suposto lugar de sofrimento, no qual as almas santas são, entre a morte e o juízo, purificadas pelo fogo. Os principais textos, nos quais a Igreja Católica Romana pretende basear a sua doutrina do purgatório são os seguintes: Sl 38.1; 66.12; I

PURIFICAÇÃO. As purificações ordenadas pela lei judaica eram, muitas vezes, observadas no cumprimento de votos (At 21.23,24). (*veja Nazireu.) As lavagens cerimoniais ou abluções faziam parte dos mais antigos ritos religiosos; mas a purificação, na sua si

QUEDA. A palavra queda, embora não seja usada na Escritura com o sentido de degeneração, designa geralmente o afastamento do estado de inocência em que vivia o homem para o estado de corrupção que predomina na Humanidade. A história da queda é narrada no

QUEDAR. O homem de pele preta. Filho de Ismael (Gn 25.13), e que foi o pai dos quedaritas. Viviam em tendas, e muitas vezes mudavam de habitação; mas a sua principal residência era ao sul do deserto da Arábia, o norte da Arábia Petréia, e na vizinhança do mar Vermelho. Todavia, alguns deles se estabeleceram em vilas ou cidades (Ct 1.5; Is 42.11). Eram famosos como frecheiros, e bons pastores (Jr 49.28; Is 21.16,17; Is 60.7).

QUEDES. Santuário. 1. Quedes de Naftali (Jz 4.6). Hoje é Kades, ao noroeste do lago de Hulé; uma cidade ao meio do lado ocidental da planície de Zaanaim; contém muitas e interessantes ruínas. Foi cidade fortificada de Naftali (Js 19.37); uma cidade de ref

QUEDORLAOMER. Era, no tempo de Abraão, aquele rei de Elão que com três príncipes de Babilônia, seus subordinados, sustentou duas campanhas na Palestina, reduzindo à sujeição os mis de Sodoma e Gomorra e de outras cidades. Pelo espaço de doze anos conservo

QUEIJO. Os termos hebraicos que estão traduzidos pela palavra queijo, exprimem simplesmente vários graus de leite coalhado, e impossível é saber-se até que ponto aquelas palavras correspondem à nossa idéia de queijo (*veja 1 Sm 17.18; 2 Sm 17.29; Jó 10.10).

QUEILA. l. É agora Kila, estando aproximadamente a onze quilômetros ao noroeste de Hebrom. Uma cidade de Judá (Js 15.44), que, tendo caído em poder dos filisteus, foi libertada por Davi; mas os seus habitantes estavam resolvidos a entregar o libertador a Saul (1 Sm 23.1 a 13); foi reocupada depois da volta do cativeiro (Ne 3.17,18). 2. O garmita, da família de Calebe (1 Cr 4.19), onde aparece como Abiqueila.

QUEMUEL. Deus existe. 1. Terceiro filho de Naor, irmão de Abraão (Gn 22.21). 2. Certo príncipe ou chefe de Efraim; foi um dos designados para dividir a terra (Nm 34.24). 3. Um levita, o pai de Hasabias, que foi chefe dos levitas no reinado de Davi (1 Cr 27.17).

QUENATE. Possessão. É hoje Kanawat, ao sueste de Lejah, cerca de 32 km ao norte de Busra. Foi um cidade de Manassés, ao oriente do Jordão; tomada por Noba, recebeu o nome do conquistador, sendo depois recuperada por Gesur e Arã (Nm 32.42; Jz 8.11; 1 Cr 2.23). As suas ruínas cobrem um espaço de 1600 metros de comprimento, com 800 metros de largura.

QUENEU. Uma das tribos da Palestina no tempo de Abraão (Gn 15.19), habitando nos retiros fortificados ao sul de Judá (1 Sm 15.6 e 27.10). Foi apostrofada por Balaão (Nm 24.21,22). Jetro, o sogro de Moisés, era queneu (Jz 1.16). Por esta razão, e pelo fato

QUERIOTE. 1. Cidade de Moabe (Jr 48.24). Esta povoação tem sido identificada com Kureiyeh, uma arruinada cidade de certa extensão que está situada entre Busrah e Sulkad, na parte meridional de Haurã. E talvez seja Babba, 18 km ao sul de Arnom. 2. Uma cidade ao sul de Judá, na fronteira da região montanhosa, cerca de 19 km ao sul de Hebrom (Js 15.25). O seu nome atual é Kuryetein. (*veja Judas Iscariotes.)

QUERUBIM. Os querubins aparecem no A.T. como seres celestiais, ministros da vontade divina, mas as referências deixam-nos em dúvida quanto ao seu aspecto e quanto às suas funções. Em Gn 3.24 eles são colocados ao oriente do Jardim do Éden, "para guardar o caminho da árvore da vida". Em cada uma das extremidades da cobertura da arca, ou propiciatório, estava um querubim de ouro, de asas estendidas (Êx 25.18 a 22; Hb 9.5). Também se achavam tecidas figuras de querubins nas cortinas e no véu do tabernáculo (Êx 26). Estas formas angélicas achavam-se representadas com grande magnificência no templo de Salomão (1 Rs 6; *veja também 2 Rs 19.15, Sl 80.1, e Is 37.16), e aparecem na visão de Ezequiel a respeito da Jerusalém restaurada (Ez 41.18,20, 25). A mais completa descrição acha-se em Ez 10. No hebreu, ckerub é singular, e cherubim é plural.

QUEZIBE. Enganador. Estava Judá em Quezibe, quando a cananéia, filha de Sua, deu à luz o seu terceiro filho, Selá (Gn 38.5). É o mesmo lugar que Aczibe na região baixa de Judá (Js 15.44; Mq 1.14); e talvez seja hoje a povoação de An-Quesbé, perto de Adulão.

QUINERETE. Cerca. Cidade fortificada na tribo de Naftali (Js 19.35). O mar de Quinerete (Nm 34.11; Js 13.27; 11.2; 12.3) é o nome que no A.T. tem o lago de Genesaré. No livro de Dt. 3.17 e 1 Rs 15.20 aplica-se geralmente o nome a toda a província.

QUIOS. (É hoje "Scio".) Uma ilha separada de Esmirna, cidade na costa da Ásia Menor, por um estreito de 8 km. Paulo ancorou defronte de Quios quando voltava da sua terceira viagem missionária, permanecendo ali durante uma noite (At 20.15). Era naquele tempo uma ilha livre. É alcantilada e montanhosa, tendo sempre sido celebrada pela sua beleza e feracidade.

QUIR DE MOABE, QUIE-ARESETE, QUIR-HERES. Uma das duas principais fortalezas de Moabe (2 Rs 3.25; Is 15.1; 16.7,11; Jr 48.31,36); estava no cimo de um monte, 1.028 metros acima do mar Morto, e distante dele 16 km, dominando as duas bifurcações de Wady Kerak.

QUIR DE MOABE, QUIE-ARESETE, QUIR-HERES. Uma das duas principais fortalezas de Moabe (2 Rs 3.25; Is 15.1; 16.7,11; Jr 48.31,36); estava no cimo de um monte, 1.028 metros acima do mar Morto, e distante dele 16 km, dominando as duas bifurcações de Wady Kerak.

QUIR DE MOABE, QUIE-ARESETE, QUIR-HERES. Uma das duas principais fortalezas de Moabe (2 Rs 3.25; Is 15.1; 16.7,11; Jr 48.31,36); estava no cimo de um monte, 1.028 metros acima do mar Morto, e distante dele 16 km, dominando as duas bifurcações de Wady Kerak.

QUIRIATE-JEARIM. Cidade das florestas. Também é chamada Quiriate, Quiriate-Arim, Quiriate-Baal, Baala, e Baale. É uma cidade gibeonita, nos limites de Judá e Benjamim, e que foi cedida a Judá (Js 9.17; 15.9,60; 18.14,15,28; Jz 18.12; 1 Cr 2.50, 52); o lugar onde a arca se conservou por vinte anos (1 Sm 6.21; 7.1,2; 2 Sm 6.2; 1 Cr 13.5,6; 2 Cr 1.4); "campo de Jaar" (Sl 132.6); foi reocupada depois do cativeiro (Ed 2.25; Ne 7.29); a residência do profeta Urias (Jr 26.20), que reforçou os avisos de Jeremias, e foi por isso cruelmente assassinado por Jeoaquim. Não é conhecido o sítio, mas talvez se possa identificar com Kuriet-el-Enab, cerca de 13 km ao ocidente de Jerusalém.

QUIRINO. Acha-se mencionado em Lc 2.2; Cyrenio é a forma grega de P. Sulpício Quirino. Foi governador da Cilícia, que no tempo de Jesus Cristo se achava anexada à Síria. Esta passagem trata do alistamento do povo.

QUIS. 1. Pai de Saul, o primeiro rei de Israel (1 Sm 9; 2 Sm 21.14). 2. Indivíduo de Benjamim (1 Cr 9.36). 3. Benjamita, que foi bisavô de Mordecai (o primo da rainha Ester). Foi levado cativo para Babilônia pela mesma ocasião em que o rei Joaquim o foi (Et 2.5). 4. Merarita, da casa de Mali, da tribo de Levi (1 Cr 23.21, 22; 24.28, 29). A frase "Quis, filho de Ad" (2 Cr 29.12), indica mais a casa levítica ou qualquer ramo sob o seu chefe, do que um indivíduo.

QUISLEU. O mês nono do ano judaico, principiando com a lua nova de dezembro (Ne 1.1; Zc 7.1).

QUISOM. É um ribeiro que nasce no monte Gilboa, e, com os seus afluentes e torrentes de inverno, desliza pela planície de Jezreel; e, entre montanhas, corre ao fundo do monte Carmelo por um estreitíssimo desfiladeiro para a planície de Akka, e entra finalmente no mar Mediterrâneo, distando a foz da sua nascente uns nove quilômetros. Foi teatro da derrota de Sísera, e da destruição dos profetas de Baal (Jz 4.7, 13; 5.21; 1 Rs 18.40; Sl 83.9). Chama-se hoje Nahr-el-Mukalta, isto é, o ribeiro da matança.

QUITIM. 1. Acha-se pela primeira vez mencionado este nome em (Gn 10.4 entre os filhos de Javã (Jônia, Grécia), que foram habitar as "ilhas das nações". Josefo escreveu que Cetino, um dos filhos de Javã, "possuía a ilha Cetima, que se chama agora Chipre; e

RÃ. A praga das rãs foi uma das dez que afligiram os egípcios (Êx 8). A rã comestível ainda é abundante naquele país, enchendo o ar de noite com o seu coaxar. Quando se examina algum dos charcos pantanosos, cheio de rãs, elas movem-se de repente para todos os lados, mas não cessam de coaxar pelo fato de terem sido incomodadas. Rodeiam o importuno, e continuam coaxando desconfiadas. O sapo verde e a rãzinha das árvores são muito vulgares na Palestina. O Apocalipse (16.13) refere-se aos espíritos imundos, como sendo semelhantes a rãs, que saem da boca do dragão.

RAABE. Altivez, insolência, orgulho. l. Um nome poético do Egito (Sl 87.4; 89.10; Is 51.9), baseado, segundo parece, num antigo conto mitológico, em que Raabe aparece como monstro marinho. 2. Uma prostituta de Jericó, que ocultou os espias que tinham sido mandados por Josué. Como recompensa do seu ato, foi poupada a sua vida, quando a cidade foi conquistada (Js 2,e 6.25). Casou com Salmom, um príncipe de Judá, e dela descendeu Davi e Jesus (Mt 1.5). O autor da epístola aos Hebreus engrandece a sua fé (11.31); e S. Tiago a mencionou como exemplo daquela fé, que produz boas obras (2.25).

RABE-SARIS. l. Oficial do rei da Assíria, Senaqueribe, que foi mandado contra Jerusalém no reinado de Ezequias (2Rs 18:17). 2. O Título de dois príncipes de Nabucodonosor, rei da Babilônia, os quais se chamavam Sarsequim e Nebusazbã. O primeiro assistiu à tomada de Jerusalém, sendo Zedequias preso nessa ocasião, apesar dos esforços empregados para escapar; e, vazados os olhos, foi mandado para Babilônia, carregado de cadeias. O segundo acha-se mencionado entre os outros príncipes, que foram incumbidos de livrar Jeremias da prisão (Jr 39.3,13).

RABI. Título de honra, que significa "Mestre", e que era empregado pelos judeus, sendo muitas vezes esse o tratamento dado a Jesus (Mt 23.7,8; 26.25,49; Mc 9.5; 11.21; 14.45; Jo 1.38,49; 3.2,26; 4.31; 6.25; 9.2; 11.8). 'Rab', na sua significação de grande, entra na composição de muitos nomes de altos cargos.

RABSAQUÉ. Título militar entre os assírios, que designa superioridade. Trata-se de um enviado de Senaqueribe, rei da Assíria, que conhecemos apenas pelo seu título: foi mandado a Jerusalém com o fim de persuadir o povo a entregar-se, enquanto o seu senhor, tendo conquistado outras grandes cidades de Judá, estava cercando Láquis. Rabsaqué, que conhecia o hebraico, pôde falar ao povo na sua própria língua, sustentando que a expedição de Senaqueribe era sancionada e ordenada pelo Senhor. Pode ser que as suas palavras tivessem alguma base nas profecias de Isaías a respeito da desolação de Judá e Israel, por motivo da obra destruidora dos assírios, tendo vindo essa predição ao seu conhecimento de qualquer maneira (2 Rs 18.19; Is 8.7,8; 10.5,6; caps. 36 e 37).

RACA. Termo popular de insulto, significando "vil", "desprezível" (Mt 5.22). Está em estreita conexão com a palavra "rekim", que em Juízes (11.3) se acha traduzida por "homens levianos". Os rabinos ensinavam que o uso de tal expressão era quase tão grande crime como o assassinato.

RAINHA DOS CÉUS. Era o título dado àquela deusa que as mulheres hebraicas, com a conivência de seus maridos, adoravam, oferecendo-lhes bolos, fazendo libações e queimando incenso em sua honra nas ruas de Jerusalém (Jr 7.18; 44.17 a 25). Muito provavelmente se poderá identificar esta deusa com a Istar de Babilônia, ou com o planeta Vênus, ou com a Lua. (*veja Astorete.)

RAINHA. Diversas palavras na língua hebraica foram vertidas para "rainha", significando a primeira delas uma soberana reinante como a rainha de Sabá ( 1 Rs 10.1), e também Vasti e Ester (Et 1.9 e 2.22). A segunda (Ne 2.6; Sl 45.9) faz-nos supor que se trata da mulher que é esposa do rei. A terceira (1 Rs 11.19; 2 Rs 10.13; Dn 5.10 etc.) empregava-se com referência à rainha-mãe, que segundo o costume oriental exercia grande autoridade.

RAMÁ. Lugar alto. 1. Cidade de Benjamim, que é hoje Er-Ram (Js 18.25; Jz 4.5; 19.13), edificada sobre o cume de um monte, dominando a grande estrada do norte, à distância de 8 km de Jerusalém. Era uma fortaleza de fronteira, que repetidas vezes foi tomada

RAMESSÉS. Ra (o deus Sol) lhe deu nascimento. Cidade do Egito, que foi ocupada pelos irmãos de José (Gn 47.11); uma das cidades edificadas, ou reedificadas para o Faraó, pelos oprimidos israelitas (Êx 1.11). Foi ali que começou o êxodo dos israelitas (Êx 12.37; Nm 33.3,5). Estava situada na parte ocidental da terra de Gósen, não longe de Pitom.

RAMOTE-GILEADE. Alturas de Gileade. Cidade de Gade, e cidade de refúgio, que foi dada aos meraritas (Dt 4.43; Js 20.8; 21.38). Foi um dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.13); foi tomada pelo rei da Síria; e, querendo Acabe recuperá-la, perdeu a sua vida (1 Rs 22; 2 Cr 18). Foi Jorão que a retomou (2 Rs 8.28,29; 9.14; 2 Cr 22.5,6); e ali foi Jeú, um dos seus capitães, ungido e proclamado rei em seu lugar (2 Rs 9.1 a 14).

RAPOSA. As raposas, ou antes, chacais, são abundantes em algumas partes da Judéia. Vivem de aves e de pequenos quadrúpedes. "Serão entregues ao poder da espada, e virão a ser pasto dos chacais" (Sl 63.10). Esta passagem encerra uma referência ao fato de s

RAQUEL. Ovelha. Foi mulher de Jacó. Este só conseguiu casar com ela depois de ter servido Labão, pai dela, e seu tio, por espaço de quatorze anos. O fato de Raquel ter furtado as imagens de seu pai mostra que ela não estava ainda livre das superstições e

RATO. O rato não podia servir de alimentação (Lv 11.29). Ratos de campo e hemorróidas atacaram os filisteus como uma praga, servindo-lhes de aviso de que deviam mandar a arca para os israelitas (1 Sm 6). Isaías (66.17) refere-se com horror à comida de rato. Esta espécie de animais é abundante na Palestina.

REBECA. Filha de Betuel, que foi encontrada pelo servo de Abraão na cidade de Naor, em Padã-Arã, e trazida para a Palestina a fim de ser a mulher de Isaque (Gn lm 24). Depois de, pelo espaço de dezenove anos, viver estéril, veio finalmente a ser mãe de Esaú e Jacó (Gn 25.20 a 26). Rebeca favorecia o seu filho mais novo, e induziu-o a enganar o pai (Gn 27); e, quando ela recebeu as conseqüências da cólera de Esaú, persuadiu Isaque a que mandasse Jacó para Padã-Arã, onde estava a sua família. Rebeca já não é mencionada quando Jacó voltou para seu pai, e por isso se supõe que ela tivesse morrido durante a estada de seu filho em Padã-Arã. Paulo refere-se a Rebeca como tendo sido ela conhecedora dos desígnios de Deus, a respeito dos seus filhos, antes de eles terem nascido (Rm 9.10).

RECABE. 1. Pai de Jonadabe (2 Rs 10.15,23; Jr 35.6 a 19); está em conexão com os queneus (1 Cr 2.55). (*veja Recabitas.) 2. Um guerreiro que, com o seu irmão Baaná, assassinou Is-Bosete, filho de Saul. Foram mortos por ordem de Davi, por terem praticado aquele homicídio (2 Sm 4.2). 3. O pai ou antepassado de Malquias, governador do distrito de Bete-Haquerém (Ne 3.14), que foi nomeado para reparar a Porta do Monturo, nas fortificações de Jerusalém, sob a direção de Neemias. Talvez a mesma pessoa que a de 1.

RECABITAS. Seita ou ordem religiosa, que teve o seu princípio em Jonadabe, filho de Recabe. Os princípios dos recabitas consistiam numa reação e protesto contra o luxo e a licenciosidade que, no reinado de Acabe e Jezabel, ameaçavam destruir inteiramente a simplicidade da antiga vida nômade de Israel. Em conformidade com as suas idéias, os recabitas não bebiam vinho, nem edificavam casas, nem semeavam grão, nem plantavam vinhas, nem possuíam coisa alguma. Habitavam em tendas, em memória de terem sido estrangeiros na terra. Pelo espaço de dois séculos e meio eles cumpriram fielmente as suas normas; mas, quando Nabucodonosor invadiu Judá, no ano 607 (a.C.), tiveram então que abandonar as suas tendas.

RECONCILIAÇÃO. No A.T. a palavra, vertida para "reconciliação" em algumas passagens, éem outras traduzida por "expiação do pecado" (Lv 6.30; 16.20 e Ez 45.20). No N.T. as palavras empregadas implicam uma mudança espiritual, transformando-se a inimizade em afeto. Em 2 Co 5.18, 19, e C11.20,22, se diz que Deus reconciliou o homem, todas as coisas, o mundo, consigo mesmo por Jesus Cristo na Sua morte (Rm 5.10). Semelhantemente se diz que Jesus Cristo, pela cruz, reconciliou com Deus tanto os judeus como os gentios (Ef 2.16); e o proclamar aos outros a obra reconciliadora de Jesus Cristo se chama o "ministério", e também a "palavra" de reconciliação (2 Co 5.18,19). (*veja Expiação, Propiciação.)

REDE. Os egípcios faziam as suas redes de fio de linho, usando uma farpa própria, de madeira; e, como as redes do Egito eram bem conhecidas dos primitivos judeus (Is 19.8), é possível que a forma e material fossem os mesmos nos dois países. As redes que se usavam para as aves no Egito eram de duas espécies: armadilhas e laços. (*veja Caçador.) A rede emprega-se como uma imagem dos sutis artifícios dos inimigos de Deus (Sl 9.15; 25.15; 31.4), significando, também, o inevitável castigo da Providência (Lm 1.13; Ez 12.13; Os 7.12). Usa-se igualmente o termo a respeito da obra, que de um modo semelhante à corda, enfeita o capitel da coluna (1 Rs l.17).

REDENTOR; REDENÇÃO, REMIR. Tomar novamente posse de uma pessoa ou coisa, reaver pela compra, tornar a alcançar um direito, são atos que a lei mosaica regula com muita particularidade. A redenção de terras e de casas (Lv 25.23,24,29), de um israelita (Lv 2

REDENTOR; REDENÇÃO, REMIR. Tomar novamente posse de uma pessoa ou coisa, reaver pela compra, tornar a alcançar um direito, são atos que a lei mosaica regula com muita particularidade. A redenção de terras e de casas (Lv 25.23,24,29), de um israelita (Lv 2

REFAINS. l. Uma raça de gigantes (Gn 14.5; 15.20). 2. O vale de Refaim, que hoje se chama El-Bukeia. Fértil planície, fechada de todos os lados por cordilheiras, e que progressivamente se estende de Jerusalém para o sudoeste no espaço de quase dois quilômetros, estreitando-se depois de modo a formar o Wady-el-Werd. Esse vale servia de limite às tribos de Judá e Benjamim (Js 15.8; e 18.16), e foi teatro de conflitos entre Davi e os filisteus (2 Sm 5.18,22; 23.13; 1 Cr 11.15; 14.9,13).

REFEIÇÃO. Os termos no hebraico (Gn 43.16; Pv 15.17) têm uma significação geral: qualquer porção de alimento que se come. O jantar a que há referência em Lc 14.12 é, em certos países, o almoço. Os egípcios tinham a sua principal refeição ao meio-dia (Gn 4

REFÉM. Reis e nações, que eram subjugados, entregavam muitas vezes ao conquistador certas pessoas, geralmente gente de consideração, como garantia do cumprimento das condições estabelecidas. A expressão hebraica significa "filhos do penhor" (2 Rs 14.14; 2 Cr 25.24).

REFIDIM. A primeira estação dos israelitas, de grande demora, após a sua saída do Egito; foi nesse lugar que eles murmuravam, sendo depois ferida a rocha para dar água. Neste mesmo sitio Jetro visitou Moisés, sendo também ali que os amalequitas foram derrotados (Êx 17.8; 19.2; Nm 33.14,15). Talvez seja o moderno Wady Feiran.

REGENERAÇÃO. A palavra traduzida para "regeneração" acha-se somente duas vezes no N.T. (Mt 19.28; Tt 3.5). O primeiro texto refere-se ao novo estado de coisas, que terá a sua realidade na segunda vinda de Cristo. O outro refere-se à presente vida espiritu

RÉGEN-MELEQUE. Uma das pessoas que foram mandadas da parte dos cativos em Babilônia, para fazerem investigações no templo a respeito do jejum (Zc 7.2).

REI (VALE DO). É este o vale onde o rei de Sodoma se encontrou com Abraão (Gn 14.17), e onde Absalão levantou para si um monumento (2 Sm 18.18). É ordinariamente identificado com o vale ao oriente de Jerusalém.

REI. l. O título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10.16; 47.7 ; 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27.11,37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se e

REINO DE DEUS, DOS CÉUS. Acha-se a frase "reino dos Céus" somente em S. Mateus, que emprega umas quatro vezes a expressão "o reino de Deus". Provavelmente "Reino dos Céus" representa as próprias palavras de Jesus, porque céu era, para os judeus, sinônimo

REIS (LIVROS DOS). Aqueles livros conhecidos pela designação de Primeiro Livro dos Reis e Segundo Livro dos Reis formavam, primeiramente, um só livro. Os tradutores gregos do A.T., que são os autores da versão dos Setenta, dividiram a obra em duas partes.

RELÓGIO DO SOL. (2 Rs 20.11; Is 38.8.) Segundo a opinião geral o relógio de Acaz era uma escada, de tal modo preparada, que o sol mostrava nela as horas por meio da sombra. Pode ser que no fundo da escada estivesse uma coluna ou obelisco, cuja sombra cobria um maior ou menor número de degraus, segundo o sol estava baixo ou alto. A relação entre o comprimento da sombra e a hora do dia era certamente um conhecimento familiar nos povos da antigüidade. "Como o escravo que suspira pela sombra" (Jó 7.2), isto é, o escravo que deseja ter acabado o seu trabalho.

RENOVO. Em Isaías (11.1) usa-se esta palavra figurativamente, significando Messias. "Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo." Quando se representa Cristo como um delgado rebento, saindo do tronco de uma velha árvore, desbastada até à própria raiz e enfraquecida, e tornando-se depois uma árvore poderosa, faz-se referência à dignidade real de Cristo, provindo da decaída casa de Davi, e também à posição altíssima que havia de ter o Messias, após a Sua condição humilde sobre a terra (Jr 23.5; 33.15; Zc 3.8; 6.12).

REOBE. Largura. l. O lugar mais afastado ao norte, visitado pelos espias (Nm 13.21); o mesmo que Bete-Reobe. 2. Cidade de Aser, perto de Sidom (Js 19.28). 3. Outra cidade de Aser (Js 19.30). Reobe, 2 ou 3, foi cedida aos gersonitas, e, ou de um, ou de outro lugar, não foram expulsos os cananeus (Js 21.31; Jz 1.31; 1 Cr 6.15). É possível que 2 e 3 sejam idênticos. 4. O pai de Hadadezer (2 Sm 8.3,12). 5. Um levita ou família de levitas que selou o pacto com Neemias (Ne 10.11).

REOBOTE. Espaços largos. l. Uma cidade, edificada por Ninrode (Gn 10.11); foi talvez um subúrbio de Nínive, principalmente porque o seu nome completo era Reobote-Ir, que quer dizer "espaços largos da cidade". 2. Cidade sobre o Eufrates, residência de Saul, um dos primitivos reis dos idumeus (Gn 36.37; 1 Cr 1.48). A palavra ficou ainda ligada a dois sítios, perto do rio Eufrates. 3. O nome dado a um poço, cavado por Isaque, conseguindo este segurá-lo como propriedade sua contra os pastores de Gerar (Gn 26.22); existe agora perto das ruínas de Rueibé.

RESGATE. É o preço que se paga para obter uma pessoa ou coisa, que alguém conserva em seu poder. Tudo o que se dá em compensação de uma pessoa é o seu resgate, e assim se diz que um homem resgata a sua vida (Êx 21.30), põe pela sua vida uma certa quantidade de dinheiro (Êx 30.12; Jó 36.18; Sl 49. 7); e algumas espécies de sacrifícios podiam ser considerados como resgates, isto é, eram feitos em substituição da pessoa que fazia a oferta. Desta maneira se diz a respeito de Jesus Cristo que Ele deu a Sua vida "em resgate por muitos" (Mt 20.28; Mc 10.45; 1 Tm 2.6), substituindo-os, carregando com as suas dores, suportando a pena que de outra sorte teriam eles de sofrer (*veja também Rm 3.24; 1 Co 1.30; Ef 1.7; 4.30; Hb 9.15; 1 Pe 1.18). (*veja Expiação.)

RESPIGAR; REBUSCAR. Especial ordem era dada aos hebreus para que deixassem no campo alguns dos frutos, para serem colhidos por gente pobre, ou por parentes pobres (Lv 19.9,10; Jz 8.2). *veja também Rt 2.

RESPIGAR; REBUSCAR. Especial ordem era dada aos hebreus para que deixassem no campo alguns dos frutos, para serem colhidos por gente pobre, ou por parentes pobres (Lv 19.9,10; Jz 8.2). *veja também Rt 2.

RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO. Na história da vida terrestre do nosso Salvador, nenhum fato é tratado com mais particularidade, quer pelos evangelistas, quer pelos autores dos Atos e Epístolas, do que a Sua ressurreição. Este interesse corresponde à import

RESSURREIÇÃO. A ressurreição dos mortos, como é compreendida nas Sagradas Escrituras, deve-se distinguir da ressuscitação, ou restabelecimento da ordinária vida humana. A ressuscitação é a restauração da vida que se deixou. Ressurreição é a entrada num no

RESTOLHO. Em ocasião da ceifa, os egípcios colhiam primeiramente as espigas de trigo, depois a palha, deixando ficar o restolho nos campos. Eram estes pedaços com as suas raízes que os israelitas eram obrigados a ajuntar, para a fabricação de tijolo (Êx 5.12). Algumas vezes o chão era libertado do restolho por meio do fogo. E assim se explicam as referências de Êx 15.7 e Is 5.24. (*veja Palha.)

REZIM. 1. Rei de Damasco, que fez aliança com Peca, rei de Israel, para atacar Jotão e Acaz, sucessivos reis de Judá. Os exércitos aliados cercaram Jerusalém, sendo mal sucedidos (2 Rs 15.37; 16.5; Is 7.1). Todavia, Rezim manteve a posse de Elate, cidade notável à entrada do golfo de Acaba, que era senhora de importantes ramos de negócio (2 Rs 16.6). Rezim foi mais tarde derrotado e morto por Tiglate-Pileser III (IV), rei da Assíria (2 Rs 16.9). 2. Uma das famílias dos netineus, que voltaram com Zorobabel (Ed 2.48; Ne 7.50).

RIBEIRO. Pequena corrente de água, seca no verão, e abundante no inverno. Os principais ribeiros mencionados nas Escrituras são Arnom, Besor, Querite, Escol, Cedrom, Quisom, Zerede.

RIBLA. 1. Hoje Riblé; uma cidade na terra de Hamate, na margem oriental do Orontes (el-Asy), sobre a grande estrada entre a Palestina e os impérios orientais. Sítio de acampamentos militares, onde Faraó-Neco aprisionou Joacás sendo também nesse lugar que Nabucodonosor sentenciou a respeito de Zedequias (2 Rs 23.33; 25.6,20,21; Jr 39.5,6; 52.9 a 27). 2. Cidade da fronteira setentrional de Israel, ainda não identificada (Nm 34.11).

RIM. Entre os povos semíticos eram os rins considerados a sede das emoções e do sentimento (Jó 16.13). O estar impressionado explica a aplicação dada a estes órgãos em certos sacrificios (Lv 3.4,5; 8.16). "A gordura dos rins de trigo" (Dt 32. I4), segundo algumas versões, é uma referência à forma e riqueza do grão.

RIMOM. Romã. 1. É hoje 'Um Er-Rumanin'; cidade de Judá, cedida a Simeão, e que foi reocupada na volta do cativeiro (Js 15.32; 19.7; 1 Cr 4.32; Ne 11.29; Zc 14.10). 2. É hoje 'Rummôn'; branco monte de greda, dominando o deserto do Jordão (Midbar); inacessível retiro, onde a parte remanescente dos benjamitas, depois da matança da tribo, se refugiou durante quatro meses (Jz 20.45,47; 21.13). A sua situação fica, em linha reta, 5 km ao oriente de Betel, e 11 km ao nordeste de Gibeá. 3. Pai de Recabe e Baaná, os assassinos de Is-Bosete (2 Sm 4.2,5,9). 4. O deus do vento, da tempestade, e da chuva, adorado em Damasco, onde havia uma casa ou templo de Rimom (2 Rs 5.18). 5. Atualmente Rummaneh, ao norte de Nazaré; cidade de Zebulom, que coube aos filhos de Merari (1 Cr 6.77); é o mesmo que Remom-Metoar (Js 19.13).

RIO DO EGITO. Em Gn 15.18 é assim designado o Nilo, significando o ramo pelusíaco, ou o ramo mais oriental. Noutras passagens a referência é a um rio do deserto, na fronteira do Egito, correndo ainda, de tempos a tempos, no Wady El-Arish, do centro da península do Sinai para o mar Mediterrâneo.

RIO. Os rios da Palestina, à exceção do Jordão, estão ou inteiramente secos no verão, e convertidos em quentes passadiços de pedras claras, ou então reduzidos a pequeníssimos regatos, correndo em estreito leito bastante profundo, e oculto à vista por um denso crescimento de arbustos. A palavra arábica Wady, que ocorre tantas vezes na moderna geografia da Palestina, significa um vale seco ou o regato que ocasionalmente corre por ele. A palavra que geralmente é trasladada para ribeiro tem a significação de Wady. Foi mandado a Elias que se escondesse no Querite (1 Rs 17.3).

RISPA. Pedra brilhante. Concubina do rei Saul. A acusação, que Is-Bosete fez contra Abner (2 Sm 3.7), ocultava a insinuação de que Abner tinha em vista uma tentativa para apoderar-se do trono. Rispa era a mãe de Armoni e Mefibosete, filhos de Saul. Estes dois filhos e mais cinco netos de Saul foram por Davi entregues aos gibeonitas, como expiação pela mortandade que Saul tinha efetuado nestes últimos. Os gibeonitas crucificaram os sete israelitas, ficando os seus corpos nas cruzes desde o principio da ceifa da cevada na primavera, por todo o ardente estio, até à queda das chuvas periódicas em outubro. Rispa, durante todo aquele tempo, conservou-se sentada perto do lugar, não consentindo que de dia as aves do céu, e de noite as feras do campo devorassem os corpos (2 Sm 21.1 a 11).

ROBOÃO. Foi o filho e sucessor de Salomão (1 Rs 11.43). Tinha quarenta e um anos ao subir ao trono. Quando lhe foram pedir que diminuísse os impostos, lançados por seu pai, ele recusou, respondendo altivamente aos representantes do povo. As suas arrogante

RODA DO OLEIRO. Nas terras orientais esta roda é de madeira ou de pedra, e faz-se girar com a mão ou com o pé, ou ainda por meio de um ajudante.

ROLO. Um livro nos tempos antigos constava de uma simples tira de papiro ou de pergaminho, que usualmente se conservava enrolado em duas varas; e se desenrolava quando qualquer pessoa desejava lê-lo. (*veja Pergaminho.)

ROMA. A antiga "senhora do mundo", edificada na margem esquerda do Rio Tibre, sobre sete colinas. Esta cidade acha-se somente mencionada nos Atos, epístola aos Romanos, e na segunda epístola a Timóteo. Muitos judeus cativos e emigrantes foram levados a Ro

ROMANOS (EPÍSTOLA AOS). Esta carta foi dirigida a "todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos" (Rm 1.7). Quanto a Paulo, nada se encontra nos Atos (cap. 28), que nos possa fazer acreditar que não havia cristãos em Roma, quand

ROMÃZEIRA, ROMÃ. Uma árvore baixa, muito vulgar na Palestina, e geralmente no Oriente. Os seus ramos são muito espessos e frondosos, sendo alguns guarnecidos de agudos espinhos. As folhas são em forma de lança, e as flores vermelhas. O fruto, constando de

ROMÃZEIRA, ROMÃ. Uma árvore baixa, muito vulgar na Palestina, e geralmente no Oriente. Os seus ramos são muito espessos e frondosos, sendo alguns guarnecidos de agudos espinhos. As folhas são em forma de lança, e as flores vermelhas. O fruto, constando de

ROUBO. A lei mosaica sobre o assunto do roubo acha-se em Êx 22.1 a 15. O homem que furtava outro homem era castigado com a morte (Êx 21.16; Dt 24.7).

RUA. As ruas das cidades orientais eram, geralmente, estreitíssimas, tendo algumas vezes 90 a 120 cm de largura, e sendo quase sempre muito tortuosas. Em muitos lugares, não podia uma pessoa passar com segurança por um camelo carregado, mas devia comprimir-se, junto a uma porta, ou abaixar-se muito para deixar passar o animal. Em Damasco, a rua onde Ananias achou Saulo, tinha o nome de "Direita" (At 9.11). Ainda existe esta rua, e tem uma cobertura em todo o seu comprimento, cerca de dois quilômetros. Uma rua de Esmirna, que é banhada por um rio, com árvores de um lado e de outro, adapta-se de algum modo à descrição que se lê em Ap 22.2. Raras vezes eram calçadas as ruas, até ao tempo dos romanos, e é coisa notável que uma das glórias de Jerusalém Celestial é o empedramento das suas ruas.

RÚBEN. Eis um filho! O filho mais velho de Jacó e Lia (Gn 29.32). Em resultado do seu mau procedimento perdeu o direito de primogênito e todos os privilégios aderentes à primogenitura (Gn 35.22). Ele livrou José da morte, opondo-se a seus irmãos (Gn 37.22

RUTE (LIVRO DE). Este livro está ligado ao dos Juizes pelas suas primeiras palavras. No cânon judaico faz parte dos Hagiógrafos, sendo o segundo dos cinco Megilote, ou Rolos das Festas, um dos quais era publicamente lido em ocasiões festivas. O de Rute, p

SABÁ (RAINHA DE). Fez uma visita ao rei Salomão uma das rainhas de Sabá, que tinha ouvido falar da "fama de Salomão, com respeito ao nome do Senhor". Este fato acha-se descrito em 1 Rs 10.1 a 13 e 2 Cr 9.1 a 12, e a ele se refere Jesus (Mt 12.42). É presumível que ela tenha ido do país mencionado no artigo precedente.

SABÁ. Palavra que no hebreu é diferente de Sebá, sendo desconhecida a significação. 1. Filho de Raamá, e neto de Cão (Gn 10.7; 1 Cr 1.9). 2. Filho de Joctã (Gn 10.28; 1 Cr 1.22). 3. Neto de Abraão (Gn 25.3; 1 Cr 1.32). Estes devem ser considerados como troncos distintos do povo descrito no artigo.

SABÁ. Reino que compreende a parte mais considerável do Iêmen ao sul da Arábia, entre o mar Vermelho e o golfo Pérsico. O reino de Sabá apareceu depois da queda do de Maim, ou dos mineanos, tendo já sido os seus chefes possuidores da Arábia setentrional, no tempo de Tiglate-Pileser e Sargom (733 e 715 a.C.). A sua antiga capital é hoje representada pelas ruínas de Marebe, na extremidade sudoeste da Arábia. Em virtude do seu comércio, a população foi considerada como a mais rica da Arábia, fazendo-se alusões aos ricos produtos do país em Sl 72.15, Is 60.6; e Jr 6.20; e aos seus negociantes em Ez 27.22,23 e 38.13. Alguns expositores disseram ser Seba uma povoação da Etiópia. Os seus habitantes são chamados sabeus em Jó 1.15 e em Jl 3.8.

SÁBADO (CAMINHO DE UM). Era de cerca de seis estádios a distância que os judeus se permitiam andar em dia de sábado (At 1.12). Dizia-se que essa distância tinha sido originariamente fixada pela que ia do tabernáculo à extremidade do campo no deserto.

SÁBADO. Cessação do trabalho, descanso. A primitiva instituição do descanso é registrada em Gn 2.2,3; mas a palavra aparece pela primeira vez em Êx 16.23. A sua observância é requerida pela lei de Deus (Êx 16.25 a 30), estando a lei do descanso contida no

SABÁTICO (ANO). O ano sétimo celebravam-no os judeus, não cultivando a terra nesse período de tempo (Êx 23.10; Lv 25.2,3, etc.). O ano sabático principiava no outono, depois da ceifa. O povo nessa ocasião devia dar liberdade aos escravos (Êx 21.2), e perd

SABEDORIA. A palavra "sabedoria", em muitas passagens bíblicas, e especialmente no livro dos Provérbios, significa um estado de meditação, tendo em vista a verdade e os deveres morais e religiosos. Em Pv 1.2 a palavra tem o sentido de prudência ou circuns

SABETAI. Nascido no sábado. 1. Levita (Ed 10.15), que expunha a Lei, depois de ela ter sido lida (Ne 8.7). 2. Levita que foi superintendente da casa de Deus (Ne 11.16); talvez seja o mesmo que o primeiro.

SACERDOTE. É aquele que entre os hebreus faz ou ministra os sacrifícios a Deus. Entre os gentios também se chamava sacerdote ao sacrificador. Antes de considerar os vários aspectos bíblicos do sacerdote, é necessário mostrar quais são as características e

SACO. Palavra de pura origem hebraica, que se espalhou pela Europa com o auxílio dos viajantes da Fenícia. Era um pano forte e áspero, feito de pêlo do camelo e da cabra, o qual se usava junto ao corpo como sinal de dor e de luto, em ocasiões de grandes calamidades, arrependimento e perturbação (Gn 37.34; 2 Sm 3.31). Geralmente era usado o saco sobre os lombos, causando grande desconforto (Ez 27.31). A sua cor era escura, pendendo para preto (Ap 6.12).

SACRIFÍCIO EXPIATÓRIO. Sacrifício de expiação pelo pecado (Lv 4.32 a 35). O sacrifício expiatório era um holocausto, diferente dos outros sacrifícios, em que as vitimas eram oferecidas pelos pecados cometidos inadvertidamente, ou por ignorância; mas se a

SACRIFÍCIO. Os sacrifícios e as ofertas parece serem do tempo de Caim e Abel. Caim ofereceu "do fruto da terra", Abel "trouxe das primícias do seu rebanho, e da gordura deste" (Gn 4.3,4). Aparecem os sacrifícios na idade patriarcal (Gn 15.9 a 11, 17; 31.5

SACRIFÍCIOS PACÍFICOS ou de AÇÃO DE GRAÇAS. 1. Consistiam no oferecimento de um novilho ou de um carneiro ou de uma cabra. O animal era trazido pelo oferente, que primeiramente punha sobre ele as mãos, e depois o matava junto ao lado sul do altar. E à rod

SACRIFÍCIOS PACÍFICOS ou de AÇÃO DE GRAÇAS. 1. Consistiam no oferecimento de um novilho ou de um carneiro ou de uma cabra. O animal era trazido pelo oferente, que primeiramente punha sobre ele as mãos, e depois o matava junto ao lado sul do altar. E à rod

SADUCEUS. Os saduceus formavam um partido judaico, que se acha mencionado somente treze vezes no N.T., mas não no quarto evangelho ou nas epístolas. Foi importante o papel que desempenharam na história religiosa daquele tempo. (1) Geralmente se afirma que

SAFÃ. 1. Filho de Azalias e pai de Aicão (2 Rs 22.3,12). Os seus outros filhos foram Eleasá e Gemarias (Jr 29.3; 36.10,11,12); e foram seus netos Gedalias (Jr 39.14; 40.5 e seg.), e Micaia (Jr 36.11). Foi secretário e o principal oficial do rei Josias. Na qualidade de escriba ele acompanhou, como seu igual em categoria, aqueles que foram mandados tomar conta do dinheiro coletado pelos levitas, para a reparação do templo (2 Rs 22.4 a 20; 2 Cr 34.8 a 20). O exemplar da Lei, achado por Hilquias, foi levado a Josias por Safã, que o leu perante o rei. (*veja Hilquias, Hulda, Josias.) 2. Pai de Eleasá (Jr 29.3), e é possível que seja idêntico ao número l. 3. Pai de Jaazanias (Ez 8.11), e possivelmente idêntico a 1.

SAFIRA. Beleza. Uma pedra transparente, de cor azul, extremamente bela e preciosa, apenas inferior ao diamante em brilho, dureza e valor. Nos mais escolhidos exemplares admira-se um profundo azul celeste; mas em outros a sua cor varia entre esse azul e o

SAL (POÇOS DE). Poços feitos na praia do mar Morto, para que possam encher-se, quando a água em tempo de cheia sobe, e se espraia até certa distância. Quando baixam as águas, a dos poços depressa se evapora, deixando uma camada de sal de cerca de 25 mm de espessura (Sf 2.9).

SAL. Os judeus tinham nas praias do mar Morto uma inesgotável provisão de sal, e, na extremidade meridional do mesmo mar, havia uma montanha de sal com oito quilômetros de comprimento. E estavam ao pé os poços de sal, a que se refere Sofonias (2.9), e o v

SALAMINA. Cidade na extremidade oriental de Chipre, onde Paulo desembarcou por ocasião da sua primeira viagem missionária (At 13.5). Como se faz menção de sinagogas, certamente havia muitos judeus naquele lugar, pois, na maior parte das povoações fora da Terra Santa, era suficiente uma sinagoga. A história desse tempo mostra que isto era assim, pois Herodes Magno tomou de renda em Chipre minas de cobre, empregando os judeus na sua exploração. A cidade desapareceu completamente, mas as suas ruínas acham-se perto da atual Famagusta. (*veja Paulo.)

SALÉM. Paz. A cidade de que Melquisedeque era rei (Gn 14.18; Hb 7.1,2). Deve, provavelmente, ser identificada com Jerusalém, em conformidade da tradição judaica; Salém é uma designação poética de Jerusalém (Sl 76.2).

SALGUEIRO. O salgueiro é vulgar na Palestina e países circurjacentes; cresce perto dos rios e das torrentes do inverno, especialmente nas margens do Jordão, do Arnom, e do Caliroe. Os salgueiros também medram nos vales próximos do mar Morto (Jó 40.22; Is 44.4). O salgueiro aparece pela primeira vez mencionado, como sendo aquela árvore, cujos ramos se empregavam na construção de barracas, na festa dos Tabernáculos (Lv 23.40). A árvore a que se refere o Sl 137.2 é o Salix Babilônica, ou o chorão. Menciona-se em Isaías (15.7) "torrentes dos salgueiros", como um dos limites de Moabe. Outra palavra hebraica, traduzida com o mesmo nome, ocorre apenas uma vez na parábola de Ezequiel, a respeito da videira plantada, que foi posta junto às grandes águas como um salgueiro (Ez 17.5).

SALIM. Paz. Em Jo 3.23 está escrito que "João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas". É esta a única ocorrência dos dois nomes, não podendo os sítios ser certamente identificados. Há um lugar chamado Salim, perto de Nablus; e outro de nome Ainum no Wady Faria, um vale rico de nascentes, cuja água corre para o Jordão. Mas estas povoações são separadas uma da outra 11 ou 13 quilômetros.

SALMÃ. É presumível que esta palavra seja uma forma abreviada de Salmaneser (Os 10.14). Bete-Arbel, que ele destruiu, era provavelmente uma fortaleza que foi conquistada por um dos reis assírios daquele nome, talvez Salmaneser III, 783 a 773 a.C. Tem sido identificada com a moderna Irbid. Perto deste lugar existem extensas cavernas, que repetidas vezes foram fortificadas pelos judeus.

SALMANESER. Foi o quarto rei da Assíria com este nome, que sucedeu a Tiglate-Pileser, reinando pelo espaço de cinco anos, desde 727 a 722 a.C. (2 Rs 17.3; 18.9). Por duas vezes ele invadiu o reino de Israel. Na segunda vez levou cativo a Oséias, que se tinha revoltado contra a sua autoridade, recusando o pagamento do tributo; cercou Samaria que resistiu mais de dois anos, sendo finalmente tomada por Sargom depois da morte de Salmaneser. (*veja Sargom.)

SALMOM. O pai ou o fundador de Belém (1 Cr 2.51,54). Foi o pai de Boaz, que casou com Rute, sendo por isso o fundador da casa de Davi (Rt 4.20,21; 1 Cr 2.1; Mt 1.4; Lc 3.32).

SALMOS. Nenhuma parte da Sagrada Escritura tem sido mais investigada e comentada do que os Salmos. O grande interesse, manifestado por esta parte da Bíblia, tem como única razão de ser o auxilio que presta à devoção. O elogio de Hooker é amplamente justif

SALOMÃO, PÓRTICO DE. No templo de Herodes havia uma colunata sobre cada um dos quatro lados da área do templo, tendo a do oriente aquela designação, ou porque fosse ainda alguma das construídas por Salomão, ou porque ainda ali existiam restos do primitivo edifício. Nesse mesmo lugar ensinou Jesus as Suas doutrinas (Jo 10. 23); e foi também ali que Pedro e João e os apóstolos tiveram reuniões e falaram ao povo (At 3.11; 5.12).

SALOMÃO. O terceiro rei de Israel; décimo filho de Davi e o segundo que teve de Bate-Seba. O seu nascimento tinha sido anunciado nas palavras proféticas de Natã (2 Sm 7.12,13; 1 Cr 22.8 a 10). Nasceu em Jerusalém, e pelo profeta foi chamado Jedidias "quer

SALOMÉ. l. Uma das mulheres que observaram a crucifixão (Me 15.40; 16.1). Por uma comparação com Mt 27.56 parece que ela era a mulher de Zebedeu, sendo também possível, pela passagem de Jo 19.25, que seja a irmã de Maria, mãe de Jesus. (*veja Maria.) Foi ela quem pediu a Jesus lugares de honra para os seus filhos, no Reino dos céus (Mt 20.20). 2. A filha de Herodias 0lt 14.6; Mc 6.22) era igualmente chamada Salomé.

SALTÉRIO. Instrumento de cordas para acompanhar a voz (Sl 33.2; 144.9). Era uma espécie de alaúde, semelhante à viola, mas de forma triangular. O número das suas cordas variava, entre seis a doze. Eram colocadas sobre uma pele muito esticada, presa ao cavalete, e tocavam-se com os dedos, como a harpa (2 Sm 6.5; 1 Rs 10.12).

SALUM. Retribuição. 1. Filho de Jabes; matou Zacarias, o 14º rei de Israel, e usurpou o seu trono. Depois de ter reinado um mês, foi ele próprio assassinado em Samaria por Menaém, 770 a.C. (2 Rs 15.10 a 15). 2. Guarda das vestiduras, e marido da profetisa

SALVAÇÃO, SALVAR, SALVO. Estas palavras são empregadas tanto no A.T. como no N.T. em mais de um sentido. Em muitos lugares a significação é salvar ou ser salvo de algum perigo o corpo ou a vida; mas no sentido religioso entende-se por aquelas palavras a s

SALVAÇÃO, SALVAR, SALVO. Estas palavras são empregadas tanto no A.T. como no N.T. em mais de um sentido. Em muitos lugares a significação é salvar ou ser salvo de algum perigo o corpo ou a vida; mas no sentido religioso entende-se por aquelas palavras a s

SALVAÇÃO, SALVAR, SALVO. Estas palavras são empregadas tanto no A.T. como no N.T. em mais de um sentido. Em muitos lugares a significação é salvar ou ser salvo de algum perigo o corpo ou a vida; mas no sentido religioso entende-se por aquelas palavras a s

SALVADOR. Usa-se esta palavra no A.T. a respeito de Deus (2 Sm 22. 3; Sl 106.21; Is 43.3; 49.26; etc.); e, também, em relação aos homens libertadores (2 Rs 13.5; Ne 9.27; Ob 21). Esse mesmo nome é aplicado aos juizes (Jz 3.9,15; cp. com 2.16). No N.T. "Deus, meu Salvador" (Lc 1.47), e nas epístolas pastorais de S.Paulo "Deus, nosso Salvador" (1 Tm 1.1; 2.3; Tt 1.3; 2.10; 3.4; como também em 2 Pe 1.1, e em Jd 25) referem-se a Deus como nosso Redentor em Jesus Cristo (cp. com 2 Co 5.19). Quanto ao seu emprego, falando do nosso Divino Mestre, leia-se o artigo Jesus Cristo. (*veja Salvação.)

SAMARIA. Torre de vigia. l. A província da Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo até à Síria e Am

SAMARITANOS. Seita antiga, e ainda hoje existente entre os judeus, derivando o seu nome de Samaria, a cidade capital dos seus domínios. (*veja Israel, Israelitas.) Depois da queda de Samaria e do reino de Israel, o conquistador Sargom levou a massa dos se

SAMBALÁ. Um horonita de Horonaim, em Moabe (Ne 2.10,19; 4.1,7; 6.1 a 14). O chefe militar de Artaxerxes, monarca persa, o qual governava os habitantes de Samaria (Ne 4.2), na ocasião em que Neemias veio para Judá, encarregado de reedificar os muros de Jerusalém. Auxiliado por Tobias, o amonita, e por Gesém, o árabe, ele fez quanto pôde para inquietar e contrariar Neemias (Ne 2.19; 4.7). A sua filha casou com um neto de Eliasibe. Tendo sido expulso do sacerdócio o seu genro, trouxe o fato em resultado nova perturbação com Neemias e com os judeus vindos do cativeiro. Ele e os seus filhos são mencionados nos papiros de 408 a.C., encontrados em Elefantina. (*veja Neemias.)

SAMOS. Ilha próxima da costa ocidental da Ásia Menor, um pouco ao sul de Éfeso, afastada da praia cerca de 1,5km. Quando Paulo já estava de volta, na sua terceira viagem missionária, atravessou o estreito canal (At 20.15). A ilha é montanhosa, e esta sua característica explica o nome que tem (altura). Foi lugar de importância, que se tornou notável pelo culto prestado s Juno, como terra natal de Pitágoras, e pelo fato de terem os gregos derrotado a armada persa (479 a.C.), nesse mesmo estreito por onde Paulo passou.

SAMOTRÁCIA. Pequena ilha, mas a certos respeitos conspícua, situada a noroeste do mar Egeu, tendo ali ancorado o navio do apóstolo Paulo durante a primeira viagem missionária (At 16.11). Samotrácia fica entre Trôade e Neápolis, sendo visível durante a viagem que se faz entre aqueles dois lugares. Foram diversos os seus nomes em diferentes períodos, sendo primeiramente chamada Dardânia, depois Leucânia, e por fim Samos. A sua principal cidade ficava na parte setentrional da ilha, onde também se via o ancoradouro. Embora tivesse apenas 27km de perímetro, era um estado livre. Chama-se hoje Samothraki. (*veja Paulo.)

SAMUEL (LIVROS DE). Os dois livros de Samuel formavam, primitivamente, um só. Na versão dos LXX os livros de Samuel e os livros dos Reis foram considerados como constituindo uma só história, sendo os primeiros chamados respectivamente o Primeiro e o Segun

SAMUEL. Nome de Deus, ou, menos provável, ouvir de Deus. Filho de Elcana e de Ana, sua mulher, sendo, como Isaque, um filho de promessa (1 Sm 1). Antes do seu nascimento foi Samuel consagrado ao Senhor como nazireu, promessa esta que foi devidamente cumpr

SANDÁLIA. Acha-se o termo somente em alguns lugares da Sagrada Escritura (Mc 6.9; At 12.8); mas a forma do sapato usado no Oriente era, em geral, a de uma sandália: constava de uma sola de couro ou de madeira, atada aos pés por meio de correias (Gn 14.23;

SÂNDALO. Faz-se menção do almug em 1 Rs 10.11 (almug em 2 Cr 9.10), o qual em grande quantidade veio de Ofir, juntamente com ouro e pedras preciosas, nas naus de Hirão, para o templo e casa de Salomão, bem como para a fabricação de instrumentos musicais. A madeira não está bem reconhecida mas tem maior peso a opinião de que se trata do pau sândalo, que é duro, pesado, de fino aspecto, com uma bela cor de granada.

SANGAR. Era filho de Anate, e libertou Israel do jugo dos filisteus; e deste povo matou seiscentos homens com uma aguilhada de boi (Jz 3.31). Há, ainda, outra referência a Sangar, no cântico de Débora (5.6). Pelas palavras de 3.31 e 4.4 deveria parecer que o seu lugar na linha dos juizes é entre Eúde e Débora, mas não se acha mencionado em 4.1. O nome pode ser idêntico ao de Sangar, um rei heteu; e como Anate era uma deusa pagã, já tem sido conjeturado que Sangar teria sido da família dos heteus.

SANGUE (VINGADOR DO). Este vingador era aquela pessoa que perseguia um homicida, e a quem, pela lei judaica, era permitido matar, a não ser que o derramador de sangue entrasse em qualquer das seis cidades de refúgio (Nm 35.11,12). (*veja Cidades de refúgio.) Essa permissão de vingança, concedida ao membro da família ofendida, era um costume próprio de povos não civilizados, ou semi-civilizados; e a rixa de sangue ainda hoje existe entre muitas raças.

SANGUE. Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4.10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9.4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17.10 a 12), e tratada pela Igreja cristã (At 15.20

SANGUESSUGA. Chupador. Em Pv 30.15 a sanguessuga é tomada como tipo de insaciável apetite. São vulgares na Palestina as bichas medicinais; as que se prendem à boca dos cavalos quando estes vão beber; e outras espécies.

SANSÃO. Pertencente ao sol Filho de Manoá, da tribo de Dã, nascido em Zorá, sendo o seu nascimento miraculosamente revelado a seus pais (Jz 13). Foi nazireu (Jz 16.17). Casou contrariamente à lei (Êx 34.16; Dt 7.3) com uma mulher filistéia, de Timna. Have

SANTIFICAÇÃO. As palavras do A.T. que se traduzem por santificação, santificar, e santo, implicam uma separação. O fato fundamental, indicado pelo uso destas palavras, é a santidade do próprio Deus. Ele é santo, é o Santo de Israel (2 Rs 19.22; Sl 71.22;

SANTIFICAR. Tornar sagrado, separar, consagrar, fazer santo. Nesta significação há pessoas, coisas e lugares santificados; e também o nome, o caráter, o poder, e a dignidade de Deus devem ser santificados, isto é, profundamente reverenciados como santos (Êx 20.11; 40.9; Mt 6.9; Lc 11.2). (*veja Santos.)

SANTOS. Esta palavra no A.T. representadas palavras hebraicas, significando uma delas (1) piedoso (Sl 30.4, e freqüentes vezes nos Salmos, e também em 1 Sm 2.9; 2 Cr 6.41; Pv 2.8); e a outra (2) separado, aplicando-se o termo aos anjos (Sl 89.5,7), e aos homens (Dt 33.3; cp. com o vers. 2; Sl 16.3; 34.9; Dn 7.18, etc.). É esta última palavra, no seu equivalente grego, que no N.T. é adotada com uma designação característica da comunidade cristã (At 9.13; Rm 1.7; 1 Co 1.2; 2 Co 1.1, etc.). E assim, por aquela expressão se indica, em primeiro lugar, a chamada e estado do crente cristão; e, em segundo lugar, as qualidades próprias do crente, as quais derivam de tão alto privilégio. A Escritura não autoriza, de nenhum modo, a limitação da palavra a pessoas de especial santidade. (*veja Santificação.)

SANTUÁRIO. Lugar consagrado a Deus, e emprega-se o termo a respeito da Terra Prometida (Êx 15.17; Sl 78.54), do tabernáculo (Êx 25.8; 36.1), do lugar santo (Lv 4.6), do templo (1 Cr 22.19), da habitaçâo de Deus (Sl 102.19), e de um refúgio (Is 8.14).

SARA. Princesa. A mulher de Abraão (Gn 11.29), e, segundo o Gn 20.12, era também sua meia irmã. A respeito da sua vida, *veja Abraão. Ela morreu na idade de cento e vinte e sete anos, sendo sepultada na caverna de Macpela (Gn 11.29 a 23.20). É ela (Gl 4.22 a 31) o tipo da "Jerusalém lá de cima". As suas excelências são recordadas em Hb 11.11; 1 Pe 3.6.

SARÇA. "A sarça ardente", em Êx 3.2, implica uma moita de silvas, embora esta planta não se encontre no monte Sinai. Pensa-se, portanto, como muito provável, que se trata no texto referido de uma moita de acácias. Em Gn 21.15 a palavra usada faz supor qualquer arbusto, crescendo a pequena altura; mas em Is 7.19 significa os espinheiros que se vêem nas proximidades da água (Lc 6.44; At 7.30). (*veja Espinhos.)

SARDES. A antiga capital dos reis da Lídia, nas margens do Partolo, um afluente do rio Hermo; é hoje conhecida pelo nome de "Start". Foi a sede de uma das sete igrejas da Ásia, as quais são dirigidas as cartas apocalípticas (Ap 1.11). A igreja de Sardes é censurada pela sua falta de religião vital; tinha um nome de vida, mas estava realmente morta (Ap 3.1 a 4). O lugar é hoje uma admirável aldeia no meio das ruínas de passadas grandezas, possuindo um caravançará, útil às caravanas que se dirigem da Pérsia a Esmirna, para negócio de seda.

SÁRDIO. Uma preciosa pedra cor de carne, a qual ocupava primacial lugar na primeira ordem do peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.17; 39.10). Achava-se, também, nas jóias usadas pelo rei de Tiro (Ez 28.13). Aquele que ocupa o trono celestial parece-se, segundo as palavras do Apocalipse (4.3), com a pedra jaspe e o sárdio. No Ap 21.20 ainda se faz menção desta pedra, como sendo uma das fundamentais da Jerusalém celestial. O sárdio (sardonix), uma espécie de ágata, era muitas vezes empregado para selar, estando o selo esculpido nessa preciosa pedra, que era escolhida pela sua dureza. Com essa qualidade se explica o seu uso no peitoral do sumo sacerdote. Algumas variedades apresentam uma cor amarelada.

SARDÔNIO. Uma variedade de sárdio, constando de uma camada branca opaca sobreposta a um vermelho estrato transparente do verdadeiro sárdio cor de carne. É uma ágata muito usada para gravura de camafeu. No livro de Ap (21.20) acha-se mencionada como sendo a quinta pedra fundamental do muro de Jerusalém celestial.

SARGOM. General assírio, que usurpou o trono, quando morreu Salmaneser IV, no ano 722, reinando até 706 a.C. (Is 20.1). Há uma referência a esse imperador, embora não seja nomeado, em 2 Rs 17.6 a 18.11. Foi um guerreiro notável e feliz nos seus combates. Povoou a Média com os habitantes da Samaria e de outros países conquistados. Os seus exércitos, tantas vezes vitoriosos, estenderam de tal modo os domínios do seu imperador que este chegou a ser senhor da Babilônia, Média, Assíria, Filístia, e por algum tempo do Egito (*veja Is 20.2 a 4). Com tantas vitórias alcançadas sobre países próximos e sobre outros mais afastados, ele pôde reedificar Nínive, dando-lhe uma magnificência esplendorosa, e ali fixou a sua residência. Sucedeu-lhe seu filho Senaqueribe.

SAROM. Terreno plano. Havia duas regiões de pastagens com este nome. A primeira é aquela planície entre as montanhas de Efraim e o mar Mediterrâneo, e entre o Carmelo ao norte e Jope ao sul. Foi este o Sarom que se tornou célebre pela sua beleza e fertili

SÁTIRO. Monstro da mitologia grega, meio homem da cintura para cima, e para baixo meio cabra. Estes seres, segundo a crença popular, povoaram os lugares desertos; e parece que em diversas passagens escriturísticas são compreendidos sob o nome de bode, de demônios e de diabos (Is 13.21; 34.14; Lv 17.7; 2 Cr 11.15).

SAUDAÇÃO. Palavras de saudação são freqüentes vezes citadas no A.T., como "Senhor meu" (Gn 19.18); "Bendito do Senhor" (Gn 24.31); "Benditos sejais vós do Senhor" (1 Sm 23.21); "Paz seja contigo" (Jz 19.20); e note-se especialmente a elaborada forma: "Paz

SAUL. Pedido. l. O primeiro rei de Israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1; 14.51; 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou

SEBÁ. O filho mais velho de Cuxe (Gn 10.7; 1 Cr 1.9). Os descendentes de Sebá habitavam nas praias do mar Vermelho, constituindo um reino que se estendia desde a costa do mar Vermelho para o interior até Meroë, entre os rios Astapo (Nilo Azul) e Astaboras (Atbarah). Era um grande centro comercial (Sl 72.10; Is 43.3; 45.14), e país muito importante sob o ponto de vista político, sendo descrito o seu povo como gente de aspecto belo. (*veja Cuxe.)

SEBA. Sete ou Juramento. É o poço que deu o seu nome a Berseba (Gn 26.33). (*veja Berseba.)

SEBA. Sete. l. Um benjamita que se revoltou contra Davi (2 Sm 20.1 e seg.). (*veja Daei.) 2. Indivíduo de Gade (1 Cr 5.13). 3. Cidade no território de Judá, a qual coube a Simeão (Js 19.2). É provavelmente o mesmo que Sema (Js 15.26).

SEBATE. O décimo-primeiro mês do ano judaico, principiando com a lua nova de fevereiro (Zc 1.7).

SEBNA. Escriba ou secretário de Ezequias (2 Rs 18.18). Em certo tempo era administrador do palácio, mas foi degradado, contribuindo Isaias para isso, pela sua despótica conduta e suas inclinações para a idolatria (2 Rs 18.26,37; 19.2; Is 22.15; 36.3,11,22; 37.2).

SECA. É a sua duração desde o meado de maio até ao meado de agosto, sendo preservada a vegetação pelo orvalho (Ag 1.11).

SEDA. Embora a seda seja somente três vezes mencionada na Bíblia, era ela bem conhecida na Terra Santa e países circunvizinhos, sendo importada do Oriente no seu estado bruto. O método de separar os fios para formar um tecido fino empregava-se nesses tempos, ficando essa fazenda semelhante à moderna gaze. A seda era manufaturada e colorida em Tiro e Berito, misturando-se algumas vezes com outros materiais. (*veja Linho.) Era muito cara, valendo por vezes o seu peso em ouro. (Ez 16.10,13; Ap 18.12.)

SEFARVAIM. Cidade, ou cidades da Assíria, de onde o rei assírio trouxe muitos cativos para repovoarem as cidades de Samaria (2 Rs 17.24,31); acha-se identificada com Sipar, a cidade de Samos, o deus Sol. A Sefarvaim de 2 Rs 18.34 (Is 36.19), e de 19.13 (Is 37.13), pode ter sido a mesma ou outra cidade. Aquela cidade de Sipar, edificada sobre o Eufrates, é identificada com Sefarvaim por alguns críticos.

SEIR, MONTE. Aspero. 1. Cordilheira que se estende desde o sul do mar Morto até ao braço oriental do mar Vermelho, em Eziom-Geber. Tem 160km de comprimento por 32km de largura. As suas rampas e vales foram primitivamente habitados pelos horeus (Gn 14.6; 3

SEITA. Usava-se esta palavra a respeito dos saduceus (At 5.17), dos fariseus (At 15.5; 26.5), dos cristãos, como nazarenos (At 24.5), e dos cristãos sem outro titulo (At 28.22). (*veja Heresia.)

SELÁ. Termo musical de significação incerta, ocorrendo setenta e uma vezes em trinta e nove salmos, e três vezes no salmo de Hc 3. Concordam muitos comentadores na idéia de que a palavra é derivada de uma raiz, que significa levantar, elevar. E será deste modo a sua significação: para cima, alto. É neste sentido diversamente interpretada: uma direção (1) aos tocadores para mais forte acompanhamento, tendo mesmo alguns críticos a opinião de que se trata somente da transliteração da palavra grega 'Psalle', "façam vibrar os instrumentos"; (2) aos cantores para que continuem a elevar os seus corações e as suas vozes em louvor; (3) a toda a congregação para que se unam na bênção "Bendito seja o Senhor para sempre", elevando as suas vozes nos seus louvores ao Senhor.

SELEMIAS. l. Um porteiro do tabernáculo (1 Cr 26.14). 2. (Ed 10.39). 3. (Ed 10.41). 4. Pai de Ananias (Ne 3.30). 5. Tesoureiro dos dízimos, nomeado por Neemias (Ne 13.13). 6. (Jr 36.14). 7. Filho de Abdeel, a quem Joaquim ordenou que prendesse Baruque e Jeremias (Jr 36.26). (*veja Joaquim.) 8. Pai de Jucal (Jr 37.3). 9. Pai de Jerias, que prendeu Jeremias (Jr 37.13).

SELÊUCIA. Porto do Mediterrâneo, sendo também uma das principais cidades da Síria, situada perto da foz do Orontes. Paulo e Barnabé partiram deste porto quando efetuavam a sua primeira viagem missionária (At 13.4). O nome da cidade era derivado de Seleuco Nicator. Antioquia, cujo porto era Selêucia, estava cerca de 26km para o interior. Desde a sua fundação foi grande a sua importância, e mais de uma vez resistiu com êxito ao invasor. Nos tempos do Novo Testamento tinha obtido a sua liberdade pela valorosa resistência ao ataque de Tigranes.

SELO. Os selos eram geralmente usados como os anéis, ou no dedo, ou presos ao pescoço por um cordão. Outros eram na forma de cilindros furados em todo o seu comprimento, sendo passados por cima do gesso ou outra substância para ficarem impressos. Geralmen

SELOMITE. 1. Mãe do egípcio, cujo filho foi apedrejado (Lv 24.11). 2. Filha de Zorobabel (1 Cr 3.19). 3. Um levita (1 Cr 23.9). Aqui é Selomote. 4. 1 Cr 23.18. 5. Tesoureiro do tabernáculo, nomeado no tempo do rei Davi (1 Cr 26.25,26,28). Também Selomote. 6. Filha (ou filho) de Roboão (2 Cr 11.20). 7. (Ed 8.10).

SEM. Nome afamado. O mais velho dos três filhos de Noé (*veja esta palavra), Gn 5.32. Depois do dilúvio, ele e os outros membros da família de Noé tomaram parte no pacto com Deus (Gn 9.1 e seg.). Era ele, então, da idade de 98 anos, casado, mas não tendo filhos. Teve, depois disso, sete filhos, e Noé o abençoou por causa do ato filial, que vem narrado em Gn 9.20 e seg. Viveu até à idade de seiscentos anos. A sua posteridade habitou a Alta Ásia e a Média, estendendo-se desde o mar Mediterrâneo até à Índia. Foi de Arfaxade, o seu terceiro filho, que surgiu a nação eleita, e deste povo o Messias, no qual "todas as familias da terra haviam de ser abençoadas".

SEMAÍAS. O Senhor ouviu. 1. Profeta do tempo de Roboão. Estava este último na intenção de conduzir o seu exército contra o revoltado reino de Israel, quando recebeu de Semaías o aviso divino de que não fizesse guerra aos seus irmãos (1 Rs 12.22; 2 Cr 11.2

SEMANA. A divisão do tempo em semana baseia-se na Bíblia, por motivo da instituição do sábado (Gn 2.2); mas, sem dúvida, tem alguma relação com as fases da Lua. (*veja Tempo.) Sob a designação de "sete dias", o termo acha-se já mencionado no tempo do dilú

SENAQUERIBE. Sin (o deus Lua) tem multiplicado os seus irmãos. Filho e sucessor de Sargom, rei da Assíria, que subiu ao trono em 705 a.C. Educado no esplendor do palácio, com todas as comodidades, Senaqueribe esteve longe de patentear as virtudes de seu p

SENHOR (A ORAÇÃO DO; ou a ORAÇÃO DOMINICAL). É o nome dado primitivamente às petições, que foram ensinadas por Jesus Cristo aos Seus discípulos, em resposta ao pedido (Lc 11.2 a 4). Mais tarde foi introduzida a oração dominical no Sermão da Montanha (Mt 6.9 a 13). Embora se ache um paralelo para cada petição nos escritos judaicos, oração assim disposta é absolutamente singular.

SENHOR (DIA DO), DIA DO SENHOR. (Domingo). Essa expressão somente se encontra no Ap 1.10. Sendo a opinião cristã fortemente inclinada a considerar este texto uma referência ao dia de descanso semanal e de culto, pensam, contudo, alguns que a frase signifi

SENHOR (DIA DO), DIA DO SENHOR. (Domingo). Essa expressão somente se encontra no Ap 1.10. Sendo a opinião cristã fortemente inclinada a considerar este texto uma referência ao dia de descanso semanal e de culto, pensam, contudo, alguns que a frase signifi

SENHOR DOS EXÉRCITOS. É importante lembrar que a palavra Senhor representa nesta expressão, o nome de Jeová, sendo Jeová Sabaoth o título hebraico, que parece ter sido abreviado da primitiva forma - Jeová, Deus de Sabaoth (Am 3.13). A palavra Exércitos (S

SENHOR. O termo "Senhor", no A.T., para exprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra; e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13.3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governado

SEOM. Rei amorreu de Hesbom, que atacou os israelitas, quando estes se aproximavam da Terra Prometida. O rei perdeu a batalha e a vida, sendo o seu país ocupado pelo inimigo. Anteriormente a esta guerra com os israelitas, tinha Seom derrotado os moabitas, tirando-lhes uma certa porção do seu território (Nm 21.21; Dt 1.4; 2.24; 3.2,6; Jz 11.19 a 21; Ne 9.22; Sl 135.10 a 12; 136.18,19; Am 2.9). (*veja Amorreus.)

SERAFIM. Uma ordem de anjos, somente mencionada na visão de Isaías (6.2,6). São descritos como seres humanos na sua forma, mas com seis asas, conservando-se em lugar superior ao do Senhor. Clamava um para o outro, dizendo: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da Sua glória." Humilhado o profeta diante da visão do Ser Perfeito, um serafim voou para ele com uma brasa viva, tirada do altar, e com essa brasa ardente tocou os lábios de Isaías, para o limpar do seu pecado. É possível que o nome signifique "seres ardentes", num sentido ativo, com referência à função de purificar, como por meio do fogo, aqueles a quem foram enviados. (*veja Anjo.)

SERAÍAS. 1. Um escriba (2 Sm 8.17). 2. Primeiro sacerdote de Jerusalém, quando esta cidade foi tomada por Nabucodonosor (2 Rs 25.18; 1 Cr 6.14; Ed 7.1; Jr 52.24). 3. Filho de Tanumete (2 Rs 25.23; Jr 40.8). 4. Irmão de Otniel (1 Cr 4.13,14). 5 Um simeonita (1 Cr 4.35). 6. Sacerdote que voltou com Zorobabel (Ed 2.2; Ne 10.2; 12.1,12). Em Ne 7.7 é Azarias. 7. Sacerdote que, já depois do exílio, foi chamado "príncipe da casa de Deus" (Ne 11.11,12). 8. Jr 36.26. 9. Filho de Nerias. Jeremias mandou-o a Babilônia com a sentença escrita daquela cidade, sendo ensinado a lançar o papel no rio Eufrates, a fim de, com esse ato, fazer ver que do mesmo modo se afundaria Babilônia para nunca mais se levantar (Jr 51.59 a 61).

SÉRGIO PAULO. *veja Paulo (Sérgio), Elimas.

SERPENTE DE BRONZE. As serpentes que atacaram os hebreus no deserto pertenciam, provavelmente, à classe dos áspides e das víboras, visto como a ardente inflamação da sua venenosa mordedura se descreve como sendo causada pelo fogo (Nm 21.6). A serpente de bronze levantada por Moisés, por disposição divina, foi depois indicada por Jesus como sendo o símbolo do levantamento do Filho do homem (Jo 3.14). Com certeza não tinha aquela serpente de metal virtude para operar a cura, mas, na grande fé de ser libertado do seu mal, olhava para ela o israelita, e não morria. Mais tarde fez-se da serpente de bronze um uso supersticioso, sendo por esse motivo destruída por Ezequias (2 Rs 18.4). (*veja Neustã.)

SERPENTE. Têm sido encontradas umas trinta espécies de serpentes na Palestina, muitas das quais são altamente venenosas. Pela primeira vez é a serpente mencionada em Gn 3.1,13, onde se diz ser ela mais sagaz do que todos os animais selvagem s. As perigosa

SERRA. As serras dos antigos eram feitas de bronze, e mais tarde de ferro. Eram de lâminas direitas, com uma só ou duas, sendo colocado a prumo o objeto para ser serrado e o corte feito para baixo. A sua forma não diferia muito dos serrotes comuns do nosso tempo. Sabemos que a pedra era cortada com serras, pois que se faz menção da pedra cortada para o templo (1 Rs 7.9). A serra era também empregada como instrumento de tortura, ou de morte (1 Cr 20.3; cp. com Hb 11.37). O ato de Davi em 2 Sm 12.31 indica trabalhos forçados.

SERVO DO SENHOR. Fala-se de diversas pessoas no A.T., como servos de Deus: Abraão, Isaque, e Jacó (Dt 9.27), Moisés (Js 1.2), Josué (Js 24.29), Isaías (20.3), Jó (1.8), e até Nabucodonosor (Jr 27.6). Aquela expressão também se aplicava ao povo de Israel,

SERVO. Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32.18,20), e também com rel

SETE. Filho de Adão e Eva (Gn 4.25,26; 5.3 a 8; 1 Cr 1.1; Lc 3.38).

SETE. O uso do número sete sugere-nos considerações particulares a seu respeito. Pela primeira vez aparece na narrativa da criação (Gn 2.1 a 3), e acha-se na lei com relação às festas (Êx 2. 15; Lv 25. 8; Dt 16. 9), e à consagração de sacerdotes e altares

SETENTA (OS). Os discípulos mandados por Jesus, sendo este um fato apenas descrito por Lucas (10.1,17).

SETENTA (VERSÃO DOS). I. A origem da tradução. Os Setenta, do latim septuaginta, é o nome pelo qual é conhecida a primeira e única completa tradução do A.T. A lenda da sua origem encerra-se numa carta, escrita por um certo Aristéias, que servia na corte d

SEVENE. A última cidade do Egito, na fronteira meridional para o lado da Etiópia (Ez 29.10; 30.6). Tinha uma grande guarnição, para proteger as vizinhas pedreiras de granito e os operários contra as incursões dos errantes bandos de salteadores. O fortificado centro de Sevene era uma ilha do Nilo, chamada então Elefantina, e hoje Assuã. Ali têm sido encontrados papiros escritos no quinto século (a.C.), e que tratam dos judeus, que então ali viviam.

SIÃO. (2 Sm 5.7, etc.). A fortaleza de Jerusalém.

SIBOLETE. Dilúvio, corrente, e também uma espiga de trigo. Era uma palavra que os gileaditas empregavam, depois de terem vencido os homens de Efraim, a fim de porem à prova os fugitivos que procuravam atravessar os vaus do Jordão, negando que eram efraimitas. Como estes tinham dificuldades em pronunciar o hebraico "sh", os gileaditas lhes diziam que pronunciassem chibolete; se eles se traíam, proferindo sibolete, eram mortos (Jz 12.6).

SICLO. Em todos os primitivos usos desta palavra há referência a um peso. Desde os tempos mais remotos eram usados os metais preciosos, como representativos de riqueza. Abraão comprou por quatrocentos siclos de prata, pesando-os a Efrom, a cova de Macpela

SICÔMORO. (Lc 19.4). O sicômoro é uma verdadeira figueira, e é ainda comum nos sítios quentes e abrigados da Palestina. No Egito "as figueiras de Faraó", como são chamadas, ainda se vêem em muitos lugares, não tão abundantemente como em outros tempos. Cre

SICUTE. Nome de adar, o deus assírio da guerra (Am 5.26). Também traduzido por tabernáculo, ou tenda, como estando em conexão com Sucote.

SIDOM. Pescaria. 1. O filho mais velho de Canaã, o legendário fundador de Sidom 2 (Gn 10.15). 2. É hoje Saída. Uma antiga e rica cidade da Fenícia, edificada sobre um pequeno promontório que entra no mar Mediterrâneo. Em tempos antiquíssimos foi mais impo

SILAS, SILVANO. Notável membro da primitiva Igreja cristã, e cidadão romano (At 15.22). Foi mandado pelos apóstolos a Antioquia juntamente com Paulo e Barnabé (At 15.22,27,34). Foi, também, cooperador de Paulo e seu companheiro na segunda viagem missionária pela Ásia Menor (At 15.40; 16.19; 17.4,10; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.1). Silas foi lançado na prisão com Paulo, em Filipos, sendo ambos libertados por um milagre (At 16.19 a 40). Por certo tempo ele permaneceu em Beréia com Timóteo (At 17.14), mas foi encontrar-se novamente com Paulo em Corinto (At 17.15; 18.5). Silas é uma contração de Silvano, sendo este o nome pelo qual ele é conhecido nas epístolas (2 Co 1.19; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.1). Provavelmente foi este mesmo Silvano o portador da primeira epístola de Pedro (1 Pe 5.12).

SILAS, SILVANO. Notável membro da primitiva Igreja cristã, e cidadão romano (At 15.22). Foi mandado pelos apóstolos a Antioquia juntamente com Paulo e Barnabé (At 15.22,27,34). Foi, também, cooperador de Paulo e seu companheiro na segunda viagem missionária pela Ásia Menor (At 15.40; 16.19; 17.4,10; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.1). Silas foi lançado na prisão com Paulo, em Filipos, sendo ambos libertados por um milagre (At 16.19 a 40). Por certo tempo ele permaneceu em Beréia com Timóteo (At 17.14), mas foi encontrar-se novamente com Paulo em Corinto (At 17.15; 18.5). Silas é uma contração de Silvano, sendo este o nome pelo qual ele é conhecido nas epístolas (2 Co 1.19; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.1). Provavelmente foi este mesmo Silvano o portador da primeira epístola de Pedro (1 Pe 5.12).

SILO. Descanso. É agora Seilum; um lugar que fica 16km ao nordeste de Betel, sobre um escarpado outeiro, cercado de altos montes. Existiu um pouco para o oriente uma fonte abundante, sendo por isso esse lugar um belo sítio para acampamento. Estava no principal caminho que vai de Betel a Siquém. No tempo de Josué era Silo o lugar de reunião e santuário dos israelitas. Aqui foi dividida a terra, por sorteio, entre as tribos, cabendo a própria cidade a Manassés (Js 19.51). Permaneceram nesta mesma povoação a arca e o tabernáculo até ao tempo de Samuel, pelo espaço de 300 anos (Js 18.1 a 10; 22.12; Jz 18.31; 1 Sm 1,2,3,4; 1 Rs 2.27; Sl 78.60; Jr 7.12,14; 26.6,9). Aqui vieram buscar moças, para serem suas mulheres, os de Benjamim que ainda eram solteiros (Jz 21.12 a 21); e ali viveu também o profeta Aías (1 Rs 14.2,4). O lugar foi de novo colonizado por aqueles que voltaram da Babilônia (Jr 41.5).

SILÓ. Esta palavra aparece em Gn 49.10 como nome próprio de pessoa. Quando Jacó abençoava os seus filhos, e estava anunciando o futuro grandioso de Judá, fez esta declaração: "O cetro não se arredará de Judá... até que venha Siló." A interpretação que se tem dado a esta palavra é a de um título messiânico, significando Siló o "Ente da Paz". (Cp. com Is 9.6). A versão siríaca reza assim: "Até que venha aquele de quem é", uma predição ainda mais significativa do Messias. Cp. com Ez 21.27: "até que venha aquele a quem ela pertence de direito", que provavelmente se refere à nossa passagem.

SILOR. Enviado. Ao "tanque de Siloé" se faz referência em Jo 9.7,11; e sabemos por Ne 3.15 que o "muro" (muro do açude de Hasselá) era perto do jardim do rei, sendo, provavelmente, uma parte das fortificações que ficavam na extremidade meridional do Vale

SIM. Lodaçal. 1. Cidade do Egito, que depois se chamou Palusium. Achava-se situada entre os pântanos daqueles ramos do Nilo, que ficavam ao nordeste, estando hoje inundada (Ez 30. 15,16). 2. Deserto de Sim. Um inculto espaço do território entre Elim e o Sinai, o qual foi atravessado pelos israelitas. Foi aqui que ao povo foram dados o maná e as codornizes (Êx 16. 1; 17.1; Nm 33.11,12). (*veja Codorniz.)

SIMÃO. Ouvindo. l. Irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3). (*veja Irmãos do Senhor.) 2. (Mt 4.18, etc.). (*veja Pedro.) 3. O Zelote, um apóstolo de Jesus Cristo. Nada sabemos dos seus atos como apóstolo (Mt 10.4; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13). *veja Cananita. 4.

SIMEÃO. Ouvindo. 1. Filho de Jacó e de Lia (Gn 29.33; 34.25). Predisse Jacó que Simeão e Levi, por causa da sua crueldade para com os siquemitas, não teriam porção determinada na Terra da Promissão: "dividi-los-ei em Jacó, e os espalharei em Israel" (Gn 4

SIMEI. 1. Filho de Gérson (Nm 3.18; 1 Cr 6.17,42; 23.7 a 10; Zc 12.13). 2. Benjamita, filho de Gera (2 Sm 16.5; 19.16 a 23; 1 Rs 2.8 a 44). Pertencia à casa de Saul, e vivia em Baurim. Quando Davi e suas tropas estavam passando por Baurim, foi este monarc

SINAGOGA. Assembléia. A sua significação literal é a de uma convenção ou assembléia. A palavra, como no caso de "igreja", veio a significar o próprio edifício, onde a assembléia se reunia. "Assembléias" locais para instrução da Lei, e para culto, existiam

SINAI. A península do Sinai está situada entre o golfo de Suez e o de Acabá. O deserto do Sinai, onde os israelitas estiveram acampados quase um ano, e onde Moisés levantou o tabernáculo da aliança é mais alto do que o resto do país. Foi no Sinai que o To

SINÉDRIO. Assentados no conselho. É a forma hebraico-aramaica da palavra grega Synedrion, traduzida por "conselho". Era este o nome do supremo tribunal de Jerusalém nos tempos do N.T., mas a origem do tribunal é obscura. Provavelmente pode ter alguma rela

SIQUÉM. Ombro. 1. Cidade que ficava no vale entre Ebal e Gerizim, no espinhaço da Palestina, distante 64km de Jerusalém, no caminho para Nazaré (Gn 33.18); também se chama Siquém (At 7.16). O nome de Neápolis (de onde ae deriva a moderna Nablus) lhe foi d

SIRACUSA. Cidade na costa oriental da Sicília, onde Paulo permaneceu três dias na sua viagem para Roma (At 28.12). Antes dos dias de Paulo tinha sido a cidade de Siracusa conhecida pela sua magnificência, possuindo um belo porto, ainda hoje usado para os navios de Alexandria que ali vão com trigo. Mas as guerras e invasões dos piratas produziram grande dano naquele porto de mar, que apesar da sua importância veio a tornar-se insignificante.

SÍRIA. A Síria, também chamada Arã por virtude do nome daquele patriarca, cujos descendentes a povoaram, compreendia o país que ficava entre o rio Eufrates ao oriente, e o Mediterrâneo ao ocidente, com a Cilicia ao norte, e o deserto da Arábia ao sul, exc

SISAQUE. Rei do Egito, que recebeu Jeroboão (1 Rs 11.40), e invadiu a Judéia durante o reinado de Roboão. Tomou várias cidades muradas, bem como Jerusalém, e levou do templo os seus tesouros (1 Rs 14.25,26; 2 Cr 12.2 a 9). Acha-se identificado com Soshenk I, que foi o primeiro rei da 22ª dinastia. O muro do sul do grande templo de Carnaque tinha esculturas, onde se podia ler uma lista das cidades da Palestina, que tinham sido conquistadas pelo rei egípcio.

SÍSERA. Criança (F). 1. General do exército de Jabim, rei de Canaã. Foi assassinado por Jael (Jz 4.2 e seg.; 5.20 a 30; 1 Sm 12.9; Sl 83.9). Sísera tinha sido derrotado por Baraque e Débora, e fugia do campo da batalha. Cansado, procurou abrigo na tenda de Jael, cravando-lhe esta mulher uma estaca numa das fontes, enquanto ele dormia. (*veja Jael.) 2. Antepassado de uma família, que voltou para Jerusalém com Zorobabel (Ed 2.53; Ne 7.55).

SÔ. Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. Oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois Oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de Israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja Oséias, Israel e Samaria.)

SODOMA. Uma das principais cidades da planície, que se opuseram à invasão de Quedorlaomer (Gn 14); e foi residência de Ló (Gn 13.12,13). Pelos seus crimes de soberba, intemperança, ociosidade, e luxúria (Ez 16.49,50; 2 Pe 2.6 a 9; Jd 7) foi destruída, juntamente com Gomorra, Zeboim e Admá, cidades vizinhas; e foi tal a ruína destas cidades, que não se encontra vestígio de qualquer delas (Gn 19). (*vejaGomorra, Vinha.)

SOFONIAS (LIVRO DE). O autor deste livro pode ter sido um tetraneto do rei Ezequias (1.1). Ele viveu no reinado de Josias (1.1), e certamente antes deste rei ter empreendido a reforma, conhecida pelo seu nome. O propósito do profeta foi avisar o povo cont

SOFONIAS. l. O autor do livro de Sofonias. 2. Um antepassado de Samuel e Hemã (1 Cr 6.36). 3. O segundo sacerdote no reinado de Zedequias. Semaías, escrevendo de Babilônia, pediu-lhe que castigasse Jeremias, na suposição de que este profeta falsamente pretendia sê-lo. Duas vezes foi Sofonias ter com Jeremias, por ordem do rei, para obter informações relativamente ao cerco e pedir ao profeta que intercedesse pelo povo. Quando a cidade foi tomada, foi Sofonias preso, e com outros levado a Ribla, onde foram mortos (2 Rs 25.18; Jr 21.1; 29.25,29; 37.3; 52.24). 4. Pai de Josias (Zc 6.10).

SOL. O "luzeiro maior" de Gn 1.16 a 18. O nome ocorre pela primeira vez em Gn 15.12. O culto prestado ao Sol era muito seguido na antigüidade, e ainda está largamente espalhado no Oriente. Os israelitas foram ensinados a não praticar essa adoração (Dt 4.19; 17.3). (*veja Bete-Horom, Heres, Idolatria, Josué, Estrela.)

SONHO. Os orientais, e particularmente os judeus, tinham em grande consideração os sonhos, e recorriam, para a sua interpretação àqueles que diziam saber explicá-los. Vê-se quanto é antigo esse costume, na história do padeiro e copeiro-mór de Faraó (Gn 40); o próprio Faraó (Gn 41), e Nabucodonosor (Dn 2), quiseram, também, que fossem explicados os seus sonhos. Os midianitas davam crédito a essas representações mentais, como parece depreender-se daquele sonho que um midianita relatou ao seu companheiro, em cuja interpretação Gideão viu um feliz prognóstico (Jz 7.13,15). Considerai também os sonhos de Abimeleque (Gn 20.3a 7), de Labão (Gn 31.24), de José (Mt 1.20), dos Magos (Mt 2.12), e da mulher de Pilatos (Mt 27.19). E cuidadosamente deve ser notado que maior número de sonhos eram concedidos àqueles que não tinham a vantagem de viver sob o pacto judaico.

SORTES (LANÇAR). Método que era seguido para determinar uma escolha, e que freqüentemente se acha exposto na Sagrada Escritura. No A.T. foi, em alguns casos, divinamente determinado, como na escolha do bode emissário (Lv 16.8), e na divisão da Terra Prometida (Nm 26.55; Js 14.2). Quando foi da crucifixão de Jesus, foram os Seus vestidos repartidos, lançando sortes os soldados, a fim de saberem a quem caberiam (Sl 22.18; Mt 27.35). Matias foi escolhido por meio de sortes para ocupar o lugar de Judas Iscariotes entre os apóstolos (At 1.26). (*veja Purim, Festa, (Dias de).)

SÓSTENES. l. O principal da sinagoga de Corinto, que foi maltratado pelos gregos quando Gálio recusou aceitar as acusações dos judeus contra Paulo, por ocasião da segunda viagem missionária deste apóstolo (At 18.17). 2. Outra pessoa do mesmo nome. Um cristão que era companheiro de Paulo em Éfeso (1 Co 1.1). Mas pensam muitos que ele é o mesmo do nº 1, o qual se tornou cristão depois dos acontecimentos mencionados em At 18.17.

SUÃ. Filho de Dã, o qual foi fundador da família dos suamitas (Nm 26.42).

SUBORNO. O dar presentes era, e ainda é, um costume tão generalizado no Oriente, que é algumas vezes difícil dizer onde acaba o cumprimento e principia o suborno. Todavia, em Êx 23.8, não há dúvida de que o presente tinha em mira escapar ao castigo; e deste modo é mais corretamente considerado como suborno. Os subornos eram, também, feitos com o fim de tornar brandos os conquistadores (2 Rs 16.8), O presente que se levava a um profeta era uma gratificação, não tendo de forma alguma o caráter de suborno (1 Sm 9.7). Mas, segundo se lê em Ez 22.12, falsos profetas recebiam presentes, dados para os subornar. Que o suborno era coisa vulgar entre certas classes da sociedade, mostra-se em Jó 15.34, onde "tendas de suborno" é uma expressão descritiva da corrupção que lavrava nos tribunais de justiça.

SUCOTE. Cabanas. 1. Lugar ao oriente do Jordão, onde Jacó formou um acampamento, quando voltava de Padã-Arã (Gn 33.17). Quando se tratou da divisão da terra, coube essa parte a Gade (Js 13.27). Por Sucote passou Gideão quando perseguia os midianitas; e havendo-lhe os príncipes daquela terra recusado alimentos, matou-os na sua volta (Jz 8.5 a 16). Salomão estabeleceu ali uma casa de fundição de cobre (1 Rs 7.46; 2 Cr 4.11), onde foram fundidos os vasos para o serviço do templo. O sitio é desconhecido, mas era provavelmente ao sul do rio Jaboque. 2. O vale de Sucote acha-se mencionado nos Salmos (60.6; 108.7), mas a situação é desconhecida. 3. O lugar onde os israelitas pela primeira vez acamparam, depois de terem deixado o Egito e antes de atravessarem o mar Vermelho (Êx 12. 37; 13.20; Nm 33.5,6). Supõe-se que era uma estação para as caravanas, que iam do Egito para o norte.

SUCOTE-BENOTE. Cabanas, ou tendas das filhas. Nome de deuses que foram criados pelos homens da Babilônia (2 Rs 17.30). Parece que se trata de uma corrompida forma da divindade babilônica, Bel-Merodaque, ou de sua mulher, Zer-Banite.

SULAMITA. Designação da heroína de Cantares de Salomão (6.13). Talvez Sulém fosse uma forma alternada de Suném. *veja esta palavra.

SUMO SACERDOTE. Era o principal dos sacerdotes judaicos. Arão e os seus filhos foram solenemente separados para exercerem o cargo sacerdotal (Êx 28.1; 40.12 a 15), ocupando Arão o primeiro lugar, e sendo hereditária essa preeminência (Êx 29.29, 30). Este

SUNÉM. Cidade de Issacar, na parte sudoeste do pequeno Hermom (Jebel Duhy), distante do Carmelo mais de 32km. Neste lugar acamparam os filisteus, antes da batalha de Gilboa; a primeira habitação de Abisague, serva de Davi, e da hospedeira de Eliseu. O seu nome atual é Solam (Js 19.18; 1 Sm 28.4; 1 Rs 1.3; 2 Rs 4.8,25).

SUQUITAS. Habitantes das rochas. Tribo mencionada com os lubins e os etíopes, que faziam parte do exército de Sisaque (2 Cr 12.3).

SUR. Desviando-se. Uma porta de Jerusalém (2 Rs 11.6). Em 2 Cr 23.5 é chamada "a Porta do Fundamento". Não se sabe de onde era esta porta, se da cidade, se do templo, se do palácio do rei.

SUR. Muralha. O deserto entre a Palestina e o Egito, estendendo-se na direção sueste desde o istmo de Suez até o Et-Tih (Gn 16. 7; 20.1; 25. 18; Êx 15.22; 1 Sm 15.7; 27.8); também se chama deserto de Etã. (*veja Etã.)

SUSÃ. Cidade situada sobre um afluente do Coaspes (Kerkhah); mais tarde foi chamada Sus ou Shush, e Susa em grego. Foi, primitivamente, a capital de Elão, província da Pérsia, sendo a residência usual dos monarcas persas (Ne 1.1; Et 2.3; Dn 8.2). Foi aqui que Daniel teve a visão do carneiro e do bode (Dn 8); e também foi neste lugar que Dario Histaspes publicou o seu decreto, ordenando a reedificação do templo de Jerusalém. Em reconhecimento deste fato chamaram os judeus à porta oriental do templo a porta de Susã, tendo também mandado fazer uma pintura daquela cidade nessa parte do edifício. Também em Susã realizou Dario aquela esplêndida festa descrita em Ester (1.6).

SUZANA. Uma das mulheres, que seguiram a Cristo e O serviam com os seus bens (Lc 8.3).

TAANAQUE. É hoje T'annak, uma povoação na extremidade sudoeste da planície de Esdrelom, à distância de seis quilômetros ao sul de Megido; era cidade real de Canaã, e foi conquistada por Josias. Depois disso ficou dentro do território de Issacar, mas foi cedida à meia tribo ocidental de Manassés, passando mais tarde aos coatitas; e por essa causa não foram expulsos os cananeus (Js 12.21; 17.11 a 13; 21.25; Jz 1.27,28; 1 Cr 7.29). Foi lugar de reunião do exército de Sísera (Jz 5.19), fazendo parte posteriormente de um dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.12).

TABEAL. Provavelmente, Deus é bom. Peca e Rezim procuraram colocar no trono de Judá o "filho de Tabeel", em lugar de Acaz (Is 7.6). É provável que a pessoa significada seja o próprio Peca; porquanto Tabeal, em virtude de uma troca de letras, que mais tarde usualmente se praticava entre os judeus, pode ler-se Remala (Remalias).

TABERNÁCULO. l. A construção do tabernáculo, com uma descrição das coisas que encerrava, acha-se narrada em Êxodo, caps. 25,26, 27,36,37,38. O tabernáculo, onde se realizava o culto público, desde que os israelitas andaram pelo deserto até ao reinado de S

TABERNÁCULOS (FESTA DOS). Era uma solene festividade dos hebreus, a qual durava oito dias, e era celebrada depois de se fazer a colheita do trigo e de se recolherem os frutos, sendo chamada a festa da Colheita dos Frutos. Era uma das três grandes solenida

TABOR. 1. Jebel et-Tor; é um monte notável, isolado, em forma de cúpula, que abruptamente se ergue a nordeste da planície de Jezreel, com a altura de 400 metros, estendendo-se do seu topo a vista até grande distância (Sl 89.12; Jr 46.18). Estava entre as

TADEU. Talvez seja uma forma do grego Teudas, ou uma palavra aramaica significando peito feminino; sendo assim, seria então um nome de carinho. O seu verdadeiro nome parece ter sido Judas. Foi um dos doze apóstolos (Mt 10.3; Mc 3.18). É também chamado Judas, irmão (ou, antes, filho) de Tiago (Lc 6.16; At 1.13). *veja Jd 5.

TADMOR. Hoje é Palmira, uma povoação que está situada a 192 quilômetros ao nordeste de Damasco, num oásis, rico de água e de frutos, a meio caminho entre o Eufrates e o Orontes (1 Rs 9. 18); diz-se, 2 Cr 8.4, que foi edificada por Salomão; e também no texto vulgar de 1 Rs 9.18, onde a verdadeira palavra é Tamar (*veja esta palavra). Palmira estava vantajosamente colocada para o seu comércio com Babilônia. A cidade de Palmira continuou a ser habitada até à queda do Império Romano. As suas ruínas são majestosas.

TAFNES. l. A clássica Daphnae, hoje Tell Defenneh, onde se têm encontrado vestígios de um grande campo de tropas; uma cidade importante no limite oriental do Baixo Egito (Jr 2.16), para onde fugiram de Jerusalém o profeta Jeremias e outros (Jr 43.7 a 9; 44.1), e onde ele profetizou a conquista do Egito por Nabucodonosor (Jr 46.14). Também Ezequiel parece referir-se à mesma cidade (Ez 30.18). 2. Rainha egípcia, a mulher do Faraó que recebeu a Hadade, o edomita, e lhe deu a sua irmã em casamento (1 Rs 11.19,20).

TALENTO. É, no A.T., o maior peso hebraico para metais. Os antigos hebreus parece terem tido três diferentes talentos, provenientes da Assíria e da Mesopotâmia, onde havia três talentos semelhantes. O talento peso "do rei" era igual ao peso padrão de 158 arratéis; o talento de ouro a 131 arratéis, 6000 libras esterlinas; o talento de prata a 117 arratéis, 400 libras esterlinas. A moeda, mencionada no N.T., é o talento grego, com o valor de, aproximadamente, 240 libras esterlinas. Aquela quantia que o servo da parábola devia era, portanto, enorme, 2.400.000 libras esterlinas (Mt 18.24). (*veja Pesos e medidas.)

TALMOM. O chefe de uma família de porteiros do templo, depois da volta do cativeiro (1 Cr 9.17; Ne 11.19). Alguns voltaram com Zorobabel (Ed 2.42; Ne 7.45); e os seus descendentes se empregaram no mesmo ofício, nos dias de Neemias e Esdras (Ne 12.25).

TAMAR. Palmeira. 1. Foi mulher sucessivamente de Er e de Onã, filhos de Judá, e mãe, por obra do próprio Judá, de Perez e Zerá, sendo pelo primeiro destes continuada a linha sagrada. Ela está entre os antepassados de Jesus Cristo (Gn 38.6 a 30; Mt 1.3). 2. Filha de Davi, a qual foi ultrajada pelo seu irmão Amnom, e vingada pelo seu irmão Absalão (2 Sm 13.1 a 32; 1 Cr 3.9). 3. Filha de Absalão, que provavelmente recebeu aquele nome em memória de Tamar, e que herdou a beleza desta sua tia, como de seu pai (2 Sm 14.27). 4. Local da fronteira sueste de Judá (Ez 47.19; 48.28; e provavelmente 1 Rs 9.18; *veja Tadmor).

TAMBORIM. Ainda hoje as mulheres do Oriente dançam ao som do tamborim (Êx 15.20; 2 Sm 6.5; Jó 21.12).

TAMUZ. Um nome de Adônis, o deus do Sol, sendo Biblos da Fenícia o principal lugar do seu culto. A sua festividade anual, em junho na Babilônia, em agosto na Palestina, festividade que tomava a forma de uma lamentação pela morte desse deus, e de regozijo por ter voltado à vida, era efetuada por meio de obscenos ritos (Ez 8.14). O rio Adônis (Nahr Ibrahim), que tem a sua origem nas montanhas do Líbano, apresenta algumas vezes a cor vermelha, porque o terreno do Líbano é, por sua natureza, muito avermelhado. A fantasia popular converteu esta vermelhidão no sangue de Adônis. Tem-se julgado que as palavras de Isaías em 17.10 se referem aos "jardins de Adônis", cujas plantas depois de cortadas eram postas em vasos com a sua imagem, feita de madeira, e depressa murchavam. Em Dn 11.37 "o desejo de mulheres" pode também referir-se ao mesmo ídolo.

TAMUZ. Um nome de Adônis, o deus do Sol, sendo Biblos da Fenícia o principal lugar do seu culto. A sua festividade anual, em junho na Babilônia, em agosto na Palestina, festividade que tomava a forma de uma lamentação pela morte desse deus, e de regozijo por ter voltado à vida, era efetuada por meio de obscenos ritos (Ez 8.14). O rio Adônis (Nahr Ibrahim), que tem a sua origem nas montanhas do Líbano, apresenta algumas vezes a cor vermelha, porque o terreno do Líbano é, por sua natureza, muito avermelhado. A fantasia popular converteu esta vermelhidão no sangue de Adônis. Tem-se julgado que as palavras de Isaías em 17.10 se referem aos "jardins de Adônis", cujas plantas depois de cortadas eram postas em vasos com a sua imagem, feita de madeira, e depressa murchavam. Em Dn 11.37 "o desejo de mulheres" pode também referir-se ao mesmo ídolo.

TÁRSIS. l. Em Gn 10.4 e 1 Cr 1.7, Társis é um dos filhos de Javã. O professor Sayce crê significar isto que Társis foi um território colonizado por estrangeiros da Grécia Jônica. 2. Um empório comercial, sendo provavelmente o mesmo que Tartessos, na Espanha; é quase certo tratar-se da antiga cidade de Sevilha, de uma das principais colônias (e a mais remota) dos fenícios (1 Rs 10.22; 2 Cr 9.21; Is 2.16; Jr. 10.9; Ez 21.12; Jn 1.3). De Társis eram exportados vários metais, como prata, ferro, estanho e chumbo. "Navios de Társis" eram, certamente, embarcações em viagem para outros portos. 3. Bisneto de Benjamin (1 Cr 7.10). 4. Um dos sete príncipes da Pérsia, que viram com grande satisfação a face do rei (Et 1.14).

TARSO. A principal cidade da Cilícia, Ásia Menor, a terra natal e primitiva residência de Paulo (At 9.11, 30; 11.25; 21.39; 22.3). Era afamada pelo fato de ser um centro de educação sob o governo dos primeiros imperadores romanos, rivalizando a sua Universidade com as de Atenas e Alexandria. Foi cidade livre pela boa vontade de Antônio; Pompeu, Júlio César, Antônio e Augusto conferiram a qualidade de cidadão romano a alguns dos seus habitantes, supondo-se que entre esses recebessem essa distinção os antepassados de S. Paulo (At 22.28). Atualmente é uma pequena aldeia muito pobre, de menor importância do que o moderno porto de Mersina, e do que Adana.

TEATRO. Em Éfeso, a multidão, excitada contra S. Paulo pelo discurso de Demétrio, correu precipitadamente ao teatro com o fim de considerar o assunto (At 19.29,31). A palavra tem ali a significação que se lhe dá, o lugar onde se representavam peças dramáticas, e que era, muitas vezes, usado para reuniões públicas.

TEBETE. O décimo mês judaico, dezembro a janeiro. Talvez o mês lamacento, na Assíria (Et 2.16).

TECELAGEM. A tecelagem era principalmente trabalho de mulheres. Durante o período das guerras eram por elas fabricados belos tecidos, havendo a propósito dessa sua obra uma interessante referência em 2 Rs 23.7. Provavelmente a maior parte dos tecidos mais

TECOA. Talvez signifique o ato de armar tendas, ou o soar das trombetas (*veja Jr 6.1). É hoje Tukua, que fica 8 km ao sul de Belém, 11 km ao nordeste de Bete-Zur, num território de pastagem e montanhoso, que principia perto de Hebrom e se estende para o

TELASSAR. A colina de Assar. (Um nome do deus Merodaque, cujo templo era famoso em Telassar); é mencionada em 2 Rs 19.12 e Is 37.12, como uma cidade dos filhos de Éden, que tinha sido conquistada e era habitada no tempo de Senaqueribe pelos assírios. A sua situação deve ter sido na Mesopotâmia ocidental.

TEMA. Filho de Ismael, tendo a tribo o seu nome, e sendo o país ocupado pela gente que a formava (Gn 25.15; 1 Cr 1.30; Jó 6.19; Is 21.14; Jr 25.23). Teyma é ainda uma cidade bem conhecida do norte da Arábia, na estrada das caravanas de Damasco.

TEMPLO. Vamos fazer a descrição de três templos em Jerusalém; o templo de Salomão; o templo reedificado sob a direção de Neemias; e o templo de Herodes. 1. Templo de Salomão. A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão. A madeira empr

TEMPO. Os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a

TENDA. I. Esta forma de habitação, a tenda, tem sido conservada entre os árabes errantes, desde os primitivos tempos do antigo Israel até aos nossos dias. As tendas eram, originariamente, feitas de peles, e mais tarde foram de 1ã ou de pêlo de cabra, e po

TENTAÇÃO. A tentação de Jesus Cristo acha-se descrita nos três evangelhos sinópticos (Mt 4.1 a 11; Mc 1.12,13; Lc 4.1 a 13), mas S. João não se refere a esse fato. Marcos apenas apresenta algumas palavras sobre esse assunto. A ordem da segunda e terceira tentação, como está em Mateus, é invertida em Lucas. Os evangelistas descrevem um fato real, e não somente uma visão: o conflito é com o poder do mal, e não com um tentador humano. O sítio tradicional da tentação é o deserto de Jericó (Js 16.1), sendo o monte de Quarantânia ao norte de Jericó considerado o lugar da terceira tentação. O jejum de Jesus traz à memória o de Moisés (Êx 34.28), e o de Elias (1 Rs 19.8). O nosso Salvador estava livre da inclinação para o pecado, quanto à Sua alma humana, mas Ele não estava fechado às tentações que vinham de fora. Ele tinha o poder de não pecar, e "não conheceu pecado" (2 Co 5.21; cp com Hb 2.18 e 4.15).

TENTADOR. O agente da tentação de Jesus é chamado o tentador (Mt 4.3). Também se denomina "o diabo" (Mt 4.1; Lc 4.2), e Satanás (Mc 1.13). A designação de tentador também aparece em 1 Ts 3.5. (*veja Demônio, Satanás.)

TEÓFILO. Amigo de Deus. A pessoa a quem Lucas dedica o seu Evangelho e os Atos dos Apóstolos (Lc 1.3; At 1.1). Julga-se que ele tinha sido um gentio de alta categoria, que, sob a influência da pregação evangélica, veio para o Cristianismo. "Excelentíssimo" é, provavelmente, um título (*veja também At 23.26; 24.2; 26.25); foi usado no segundo século (d.C.) a respeito dos cavaleiros romanos.

TEOLOGIA. Teologia é a doutrina ou ciência de Deus. A Teologia cristã, aquela que mais nos interessa, é, na aceitação geral, a ciência da religião evangélica, como se acha ela revelada na Bíblia, desenvolvida na História, e continuada na vida progressiva

TERÁ. 1. Pai de Abraão, Naor e Harã, sendo ele, por meio destes personagens, o tronco dos israelitas, ismaelitas, midianitas, moabitas e amonitas (Gn 11.24 a 32). Era um idólatra (Js 24.2), e habitava para além do Eufrates, em Ur dos Caldeus (Gn 11.28). Saiu Terá com Abraão, e Sara, e Ló (seu neto), de Ur dos Caldeus, "para ir à terra de Canaã; foram até Harã, onde ficaram" (Gn 11.31). E em Harã ele morreu, à idade de 205 anos (Gn 11.32).

TEREBINTO. Esta árvore tem um tronco pequeno e nodoso, crescendo até à altura de quase 6 metros; muitas vezes acha-se isolada, e por isso é facilmente reconhecida à distância, sendo boa para debaixo delas se realizarem especiais práticas religiosas. Em outros lugares, fora da Palestina, dela se extrai a terebentina, para fins comerciais. (*veja Carvalho, Árvore.)

TERRA. Os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1.25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4.2). O termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47.19;

TERREMOTO. As terras da Bíblia sempre foram sujeitas a terremotos; no vale do Jordão e na região do mar Morto há muitos vestígios da ação vulcânica. Estas forças interiores foram, provavelmente, os instrumentos de destruição, na ruína das cidades da planí

TÉRTULO. Um orador que o sumo sacerdote e o Sinédrio tomaram a seu serviço, para acusar o apóstolo Paulo em Cesaréia diante do procurador romano, Antônio Félix (At 24.1). Tértulo era de origem romana, ou pelo menos italiano, mas provavelmente discursava em grego, não em latim. Ele pertencia à classe dos oradores profissionais, havendo um grande número destes homens, espalhados por todo o Império, na esperança de acharem emprego nos tribunais de província.

TESBITA. A bem conhecida designação de Elias (1 Rs 17.1; 21.17,28; 2 Rs 1.3,8; 9.36). Crê-se que a referência é a Tisbé de Naftali, ou a Tisbi ou Tesebe de Gileade. Pensou-se que as palavras "que era dos habitantes de Gileade" deviam ler-se "que era de Tisbé de Gileade", em conformidade com a Versão dos Setenta. Isto implica apenas uma alteração nas vogais, e não nas consoantes.

TESSALÔNICA. Tessalônica, cidade da Macedônia, chamada em tempos mais antigos Termas ("Banhos Quentes"), achava-se situada sobre o golfo Termaico. O nome de Tessalônica foi-lhe dado pelo general macedônio Cassandro, em honra de sua mulher, que era irmã de

TESSALONICENSES (EPÍSTOLAS AOS). Em relação à igreja, à qual foram dirigidas estas cartas, *veja a palavra Tessalônica. E a respeito da sua autoria, afirma-se com segurança que foram escritas por S. Paulo. Com toda a probabilidade foram elas as primeiras

TESTEMUNHA. Na lei judaica requeria-se o depoimento de duas ou mais testemunhas dignas de fé com o fim de se sustentar a afirmação de um fato, e só assim se podia provar o crime do réu (Nm 35.30; Dt 17.6,7; 19.15). Todo aquele que fosse adjurado pela auto

TETRARCA. Governador de uma quarta parte. Acha-se aplicado o termo a Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, a Herodes Filipe, tetrarca da Ituréia e Traconites, e a Lisânias, tetrarca da Abilene (Lc 3.1). Parece que os romanos usavam esse título, nos tempos do N.T., para designar príncipes tributários, que não tinham suficiente importância para serem chamados reis. Certamente, por cortesia do povo se dava a Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, o título de rei (Mt 14.9 e Mc 6.14,22). Herodes Antipas e Herodes Filipe eram filhos de Herodes, o Grande.

TEUDAS. Talvez seja uma contração de Teodoro, o dom de Deus; era o nome de um insurgente, que Gamaliel mencionou diante do Sinédrio (At 5.35 a 39), quando os apóstolos, a quem tinham prendido, estavam sendo interrogados. Esse indivíduo apareceu à frente de 400 homens aproximadamente, procurando desencaminhar o povo com as suas falsas doutrinas e também realizar os seus desígnios pela violência. Ele fazia alto conceito de si próprio, mas por fim morto, sendo dispersada a sua gente e reduzida a nada. Josefo (Anti. XX 5.1) refere-se a um homem com o mesmo nome, que se revoltou, mas foi isso dez anos depois do discurso de Gamaliel. Não se sabe que relação há entre os dois fatos, mas não há razão para pensar que seja Flávio Josefo mais digno de crédito do que S. Lucas.

TIAGO (EPÍSTOLA UNIVERSAL DE). A autoria desta epistola tem sido discutida; é contudo geralmente aceito que não foi Tiago, o irmão de João, quem a escreveu, embora alguns antigos e modernos expositores lha atribuíssem, mas sim esse Tiago (ou Jacó) que, de

TIAGO. É o mesmo nome que Jacó. 1. Tiago, apelidado o Maior, para se distinguir de Tiago, o Menor, era irmão de João Evangelista, e filho de Zebedeu e Salomé (Mt 4.21). Era natural de Betsaida da Galiléia, e, como seu irmão João, era pescador; ambos deixa

TIARA. Turbante, toucado. A tiara, ou turbante, que os simples sacerdotes usavam, constava de várias tiras de pano de linho em voltada cabeça, de forma a parecer uma coroa. O turbante estava inteiramente coberto com outra peça de linho, que chegava a cobrir a fronte (Êx 28.40). A tiara do sumo sacerdote não fazia muita diferença da dos sacerdotes (Êx 39.28; Ez 44.18).

TIATIRA. Esta cidade é hoje Akhissar; está situada entre a Lídia e a Mísia (estando estes territórios incluídos na província da Ásia). Em relação com essa cidade estava Lídia, a vendedora de artigos de púrpura em Filipos (At 16.14). Muitas associações com

TIBÉRIAS. É hoje Tubariya. Cidade na praia ocidental do mar da Galiléia, dando o seu nome ao mar (Jo 6.1,23; 21.1). Ainda conserva vestígios da sua antiga grandeza. A cidade foi edificada por Herodes Antipas, que lhe deu aquele nome em honra do imperador Tibério, e a fez capital da Galiléia. Esse Herodes, o assassino de João Batista, residia em Tibérias, ficando assim explicado o fato de ele nunca ter visto Jesus, e observado qualquer milagre, pois parece que nunca o Salvador visitou aquela cidade. Tibérias era de um modo predominante uma cidade gentílica; e o trabalho de Jesus Cristo efetuava-se entre aquelas populações mais ao norte do lago, as quais eram inteiramente judaicas.

TIBÉRIO. Tibério Cláudio Nero, o segundo imperador de Roma, sendo primeiramente imperante com Augusto desde o ano 11 até ao 14 da nossa era. Reinou depois independentemente, de 14 ao ano 37, de forma que a vida pública de Jesus Cristo e os primeiros acontecimentos da idade apostólica decorreram dentro dos limites da sua administração. Antes da sua ascensão ao trono imperial, ele distinguiu-se pelas suas qualidades de orador, guerreiro e estadista; mas quando imperador foi o seu governo manchado com os mais negros crimes e vícios. Provavelmente o ano 15 (d.C.) do império de Tibério César (Lc 3.1), é o número de anos, partindo do ano 11. A cidade de Tibérias, edificada por Herodes Antipas, tomou o seu nome deste imperador.

TIÇÃO. Pedaço de lenha em brasa na sua extremidade (Is 7.4; Am 4.11; Zc 3.2); um facho (Jz 15.4); frechas que queimam (Pv 26.18).

TIGLATE-PILESER. Tiglate-Pileser, rei da Assíria (o terceiro ou mais propriamente o quarto rei desse nome). O seu nome babilônico era Pul, e foi a ele que Menaém, rei de Israel, pagou um certo tributo em 738 a.C. (2 Rs 15.19). Atacou a cidade de Samaria n

TIJOLO. Os tijolos usados pelos judeus para edificações eram geralmente secos ao sol, havendo também tijolos cozidos ao fogo para os lugares úmidos e pantanosos, e também para ornamentação. A arte de fabricar tijolos já era conhecida no tempo da construçã

TIMNA. 1. Concubina de Elifaz, filha de Esaú (Gn 36.12). 2. Irmã de Lotã, e filha de Seir, o horeu (Gn 36.22; 1 Cr 1.39). 3. Indivíduo principal, ou chefe do povo de Edom, que descendia de Esaú (Gn 36.40; 1 Cr 1.51).4. Filho de Elifaz e neto de Esaú (1 Cr 1.36); é, evidentemente, o mesmo que Coré, em Gn 36.16. 5. É hoje Tibna, 3 quilômetros ao ocidente de Ain Shems, perto do lugar onde o Wady Surar corre sobre a planície de Filístia; uma cidade da fronteira setentrional de Judá (Js 15.10), a qual foi cedida a Dã (Js 19.43); mais tarde foi ocupada pelos filisteus (Jz 14.1 a 5), e de novo tomada no tempo de Acaz (2 Cr 28.18). 6. Cidade nas montanhas de Judá; sítio desconhecido (Gn 38.12 a 14; Js 15.57).

TIMÓTEO (EPÍSTOLAS A). Desde o primeiro século até aos nossos dias tem sido atribuída a Paulo a autoria destas epístolas. A data em que foi escrita a primeira epístola deve fixar-se em certo espaço de tempo depois da primeira prisão do Apóstolo em Roma, p

TIMÓTEO. Honrando a Deus. Jovem companheiro de Paulo, habitante, ou talvez natural de Listra, na Licaônia, onde o Apóstolo o encontrou pela primeira vez (At 16.1,2). Seu pai era grego, mas, sendo a sua mãe e a sua avó piedosas judias, cuidadosamente educa

TINTA. Só uma vez é mencionada a tinta no A.T. (Jr 36.18). Pode isto fazer supor que as profecias eram escritas de modo indelével. Por outro lado tem-se deduzido do que se lê em Êx 32.33 e Nm 5.23 que a tinta usada pelos hebreus não era perdurável. Os papiros mostram que a tinta usada no Egito, de várias cores, continha ácido e era de caráter permanente. No N.T. há três referências à tinta (2 Co 3.3; 2 Jo 12; 3 Jo 13). A palavra significa literalmente "preto".

TINTEIRO. Era um recipiente que os negociantes e escreventes traziam no cinto (Ez 9.2 a 11). Era feito de modo que não só continha tinta, mas também levava as penas. (*veja Pena, Escrita. )

TÍQUICO. Indivíduo natural da província da Ásia, não sendo provavelmente de Éfeso, nem certamente de Colossos (At 20.4). Foi companheiro e cooperador de Paulo. Acompanhou o Apóstolo durante algum tempo, desde a Macedônia a Jerusalém; e ficou concluída com

TIRACA. Reinou na Etiópia (de certo modo, o antigo Sudão Anglo-egípcio) e no Egito (691 a 665 a.C.). Quando Senaqueribe, imperador da Assíria, em 701 a.C., estava fazendo guerra a Ezequias, ouviu falar na marcha de Tiraca (que parece ter sido chamado em auxílio do que era então rei do Egito), para o combater; e mandou então, pela segunda vez, intimar o rei de Judá a que entregasse Jerusalém (2 Rs 19.9; Is 37.9). E provável que fosse um preto, como insinua o seu posterior inimigo e conquistador Esar-Hadom.

TIRANO. Paulo, pelo espaço de dois anos, disputava todos os dias "na escola de Tirano", em Éfeso (At 19.9). É esta a única referência a Tirano. Supõe-se que era gentio e mestre de filosofia. Pode, também, ter sido um cristão, ou, pelo menos, inclinado para as novas doutrinas. A idéia de que era judeu, ministro de uma sinagoga particular, não é provável, porque o seu nome é grego, e não consta que fosse prosélito. (*veja Escola.)

TIRAS. O Prof. Sayce, que interpreta o décimo capítulo do Gênesis geograficamente, não etnologicamente, sugere que Tiras pode representar o rio Tiras, o primitivo nome do Quimerianos. O Prof. Driver diz que se trata de uma referência ao Tursenoi "um povo que outrora habitou na costa setentrional e ilhas do mar Egeu, sendo muito temido dos gregos pela sua pirataria". É possível que a palavra esteja em conexão com os nomes de dois países, nas proximidades de Carquemis, isto é, com Tarshkha e Tarshba (Gn 10.2; 1 Cr 1.5), mencionados pelo rei egípcio, Ramessés III.

TIRO. É hoje Es-Sur, uma pobre povoação. Foi, em tempos antigos, uma fortificada cidade da Fenícia, situada sobre uma península rochosa, primitivamente uma ilha da parte oriental do Mediterrâneo, colonizada pela gente de Sidom (Is 23.2,12; cf Gn 10.15). F

TIRZA. Prazer, beleza. 1. A mais nova das cinco filhas de Zelofeade. Como este israelita não tivesse filhos, mas somente filhas, fez-se uma lei, em virtude da qual, morrendo um homem sem descendência de sexo masculino, passariam os bens para as suas filhas (Nm 26.33; 27.1; 36.11; Js 17.3). 2. Cidade real de Canaã, conquistada por Josué (Js 12.24); foi residência de alguns reis de Israel, Jeroboão, Baasa, Elá, Zinri e Onri; o lugar da sepultura de Baasa e Zinri (1 Rs 14.17; 15.21,33; 16.6 a 23); e teatro da conspiração de Menaém contra Salum (2 Rs 15.14,16). Era afamada pela sua beleza (Ct 6.4). Hoje talvez seja Teiasir.

TITO (EPÍSTOLA A). Esta carta juntamente com as duas dirigidas a Timóteo constituem as chamadas epístolas pastorais. Quanto ao lugar em que foi escrita, e à data, é provável que Paulo, na sua viagem para a Ásia, depois da sua primeira prisão em Roma, dese

TITO JUSTO. O nome por extenso de Justo, Segundo algumas autoridades, deve ler-se Tício Justo (At 18.7).

TITO. Amigo e companheiro de confiança de S. Paulo. Era grego de nascimento (Gl 2.3), e foi convertido ao Cristianismo por influência daquele Apóstolo, que lhe chamava seu "verdadeiro filho, segundo a fé comum" (Tt 1.4; cp com 1 Tm 1.2). Nada se sabe com

TlPO. A palavra original grega "tupos" acha-se traduzida por diversas palavras como figura, divisa, exemplo, modelo. Na sua acepção usual exprime um símbolo do que está para vir, quer se trate de um personagem, quer de um incidente ou de uma instituição.

TOBE. Bom. É hoje Taipibeh, em Basã do sul. A terra de Tobe era um território ao oriente de Gileade, onde Jefté se refugiou quando foi expulso de casa pelos seus meio-irmãos (Jz 11.2), e onde permaneceu à frente de um bando de aventureiros, até que o foram buscar àquele sítio os anciãos de Gileade (Jz 11.5). É ainda mencionado em 2 Sm 10.6,8, como sendo um dos pequenos estados aramaicos, que auxiliaram os amonitas na sua grande luta com Davi.

TOBIAS. O Senhor é bom para mim. l. Um levita, a quem o rei Josafá mandou ensinar a Lei na cidade de Judá (2 Cr 17.8). 2. Em Zc 6.10 é mencionado Tobias, como tendo voltado da Babilônia a Jerusalém. E na presença dele e de outros foi Zacarias mandado coroar como sacerdote a Josué, filho de Jeozadaque. 3. Os filhos de Tobias voltaram com Zorobabel, mas não puderam provar a sua conexão com Israel (Ed 2.60; Ne 7.62). 4. Um amonita que fortemente se opôs a que Neemias reedificasse a cidade de Jerusalém. Os seus agravos chegaram ao ponto de fixar a sua residência no templo, apesar de Moisés ter decretado que os amonitas e os moabitas jamais poderiam entrar na congregação de Deus. Neemias lançou fora da câmara toda a mobília da casa de Tobias (Ne 13.8).

TOCADOR DE FLAUTA. Era aquela pessoa que, em certas cerimônias, tocava flauta ou gaita. A palavra hebraica, que se acha traduzida por flauta, ou gaita, é derivada de uma raiz que significa perfurar, abrir por meio de furo. É a flauta um dos mais antigos instrumentos musicais, tendo sido a gaita pastoril dos hebreus pouco diferente da dos egípcios e da dos gregos. Usava-se em todas as ocasiões festivas da vida pública ou particular (Is 5.12; Lc 7.32): nos banquetes, nas bodas, em certos serviços religiosos, e nas procissões públicas (1 Sm 10.5; 1 Rs 1.40; Is 30.29); semelhantemente nos funerais (Mt 9.23); e em ocasiões de luto público (Jr 48.36).

TOFETE. Lugar da chama. Lugar do vale de Hinom, talvez na sua junção com o vale de Cedrom. Crê-se ter sido primeiramente um lugar de especial beleza, mas foi depois corrompido com o culto aos ídolos, fazendo-se ali sacrifícios a Baal, e a Moloque, deus do fogo. Josias o "tornou impuro", isto é, derrubou os seus altares e os lugares altos, convertendo-o num receptáculo para toda a imundícia de Jerusalém. Em Jeremias (7.32; 19.6) se declara que Tofete e o vale do filho de Hinom haviam de receber o nome de "Vale da Matança". Em conformidade com estas palavras sabe-se que ali correu em regatos o sangue de diferentes povos, o dos romanos, dos persas, dos judeus, dos gregos, dos cruzados e dos maometanos (2 Rs 23.10. (*veja Hinom, Vale do.)

TOGARMA. Filho de Gômer (Gn 10.3). Togarma na Armênia ou Ásia Menor. De Togarma eram importados cavalos (Ez 27.14); e em Ez 38.6 a casa de Togarma faz parte dos exércitos de Gogue.

TOÍ. Rei de Hamate sobre o Orontes. Era inimigo de Hadadezer, rei da Síria, e quando este último foi derrotado pelo exército de Davi, mandou Toí o seu filho Jorão levar ao conquistador presentes de ouro, de prata, e de bronze g Sm 8.9,10). Pode ser que Toí quisesse desviar por aquele meio a hostilidade de Davi. O seu nome é Toú em 1 Cr 1S.9,10.

TOLO, LOUCURA. Estas palavras, segundo o uso que têm nas Sagradas Escrituras, denotam pecado ou perversidade, e não fraqueza mental ou falta de compreensão (2 Sm 13.13; 15.31; Jó 2.10; Sl 14.1; Pv 15.5; 19.1). Todavia, são usadas, também, com a sua moderna significação, em 1 Co 1.27; 4.10. Quando Jesus Cristo assim falou (Mt 5.22): "e quem lhe chamar: Tolo estará sujeito ao fogo do inferno", quis reprovar com as Suas palavras o espírito desdenhoso, insolente, sem caridade, que esta absolutamente em desacordo com aquelas qualidades de mansidão e de amor, que devem caracterizar os Seus discípulos.

TOLO, LOUCURA. Estas palavras, segundo o uso que têm nas Sagradas Escrituras, denotam pecado ou perversidade, e não fraqueza mental ou falta de compreensão (2 Sm 13.13; 15.31; Jó 2.10; Sl 14.1; Pv 15.5; 19.1). Todavia, são usadas, também, com a sua moderna significação, em 1 Co 1.27; 4.10. Quando Jesus Cristo assim falou (Mt 5.22): "e quem lhe chamar: Tolo estará sujeito ao fogo do inferno", quis reprovar com as Suas palavras o espírito desdenhoso, insolente, sem caridade, que esta absolutamente em desacordo com aquelas qualidades de mansidão e de amor, que devem caracterizar os Seus discípulos.

TOMÉ. Gêmeo. Tomé, chamado Dídimo, em grego, (Jo 11.16; 20.24: 21.2) era um dos doze apóstolos (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15). A lealdade para com o seu Mestre (Jo 11.16) coexistia nele com uma certa incredulidade (Jo 14.5; 20.25), a qual, de um modo especia

TOPÁZIO. Pedra preciosa transparente, de cor áurea. Diz Hilário que ela excede em brilho as outras pedras, como o ouro os diversos metais. Tinha fama o topázio de Cuxe; e uma ilha do mar Vermelho era chamada ilha do Topázio (Êx 28.17; Jó 28.19; Ez 28.13; Ap 21.20). As descrições no Apocalipse acham-se em íntima conexão com as do Êxodo e de Ezequiel. O topázio era uma pedra que brilhava no peitoral do sumo sacerdote; semelhantemente adornava as vestes do rei de Tiro; e luzia nos fundamentos da Jerusalém Celestial. Em Jó se assevera que o topázio da Etiópia não iguala a sabedoria.

TORRE. Além daquelas torres que faziam parte das fortificações das muralhas, havia, também, nas terras planas, torres onde podiam alojar-se os guardadores de gado, vigiando dali os seus rebanhos e manadas, e defendendo-os dos ataques das feras e dos roubos dos homens. O rei Josias também mandou construir torres nos desertos para os pastores, porque tinha muito gado (2 Cr 26.10). A torre edificada no meio da vinha (Is 5.2), e a torre do rebanho (Mq 4.8), eram da mesma espécie. Várias torres, que eram empregadas para meros fins de defesa, são conhecidas por diferentes designações: a torre de Davi (Ct 4.4), a torre de Eder (Gn 35.21), a Torre dos Fornos (Ne 3.11), a torre de Hananeel (Jr 31.38), a torre do Líbano (Ct 7.4), a Torre dos Cem (Ne 3.1), a torre de Penuel (Jz 8.17), a Torre de Siquém (Jz 9.46).

TOUPEIRA. Em Is 2.20 há referência ao rato-toupeira(spalax typhlus)que habita em tocas, e que, como o morcego, aparece nas ruínas. É esse um roedor abundante nas planícies da Judéia; desde o mar Morto até Gaza, e pelos sítios de Berseba.

TOURO. O touro era usado nos sacrifícios hebraicos e ofertas. Os touros das ricas pastagens de Basã eram bem alimentados, e por isso apresentavam-se fortes e ferozes. Por esta razão eram símbolos dos inimigos cruéis e perseguidores (Sl 22.12). O "boi montês", em Is 51.20, segundo algumas versões, é o antílope, animal bravo e indomável, mas não tão forte que não possa ser apanhado em redes. (*veja Boi, Corço.)

TRAÇA. É ao inseto que rói os vestidos que a Escritura algumas vezes se refere (Is 50.9; 51.8; Mt 6.19,20; Tg 5.2). No Oriente o vestuário era considerado como coisa de muita importância, e por isso se guardavam os vestidos em amplas salas. Os bens em roupas custosas eram outrora de mais valor do que atualmente. A Bíblia menciona freqüentes vezes os presentes de vestidos, e esse costume ainda prevalece entre os orientais. Outras referências se podem ler em Jó 4.19; 13.28, e 27.18; Sl 39.11; Os 5.12.

TRANSFIGURAÇÃO. A transfiguração de Jesus Cristo realizou-se, provavelmente, nas rampas do Hermon. Acha-se descrita em Mt 17.1 a 8; Mc 9.2 a 8; Lc 9.28 a 36. Pedro, que estava presente, faz referência ao acontecimento en 2 Pd 1.16 a 18. A cena representava, por antecipação, a gloriosa vinda de Cristo, e indicava pela presença de Moisés e de Elias que estava cumprido o Velho Testamento. (*veja Jesus Cristo.).

TREVAS. Escuridão absoluta, noite. O ofício divino celebrado nesse dia e nos seguintes, no qual se comemoram as trevas que caíram sobre Jerusalém, quando da morte de Cristo na cruz.

TRIBOS (AS DEZ). As dez tribos são as que formavam o reino do Norte, o reino de Israel, as quais, no ano 732 a.C., foram por Tiglate-Pileser levadas em cativeiro para a Assíria e para os países próximos do mar Cáspio. Muitas suposições se têm feito em relação à sua subseqüente história, mas a mais plausível teoria - e não passa de teoria - parece ser a de que os israelitas das dez tribos foram absorvidos pelos povos entre os quais foram viver. Acerca das modernas "identificações" muito há que dizer a favor dos afeganes. Por outro lado, também pode ser que tanto os israelitas como os cativos de Judá e de Benjamim se unissem no seu comum exílio de Babilônia, e voltassem juntos como um só povo à Palestina em conseqüência dos editos publicados pelos reis da Pérsia. É certo que vieram também membros das dez tribos.

TRIBUNAL. A acusação que fizeram a Jesus Cristo foi a de traição, que era punível com a morte (Lc 23.2,38; Jo 19.12,15). Paulo e Silas foram em Filipos acusados de inovações na religião judaica, e isso era considerado crime para desterro, ou caso de morte

TRIBUTO. Parece que os hebreus estiveram livres de pagar impostos até ao tempo dos reis, não querendo referir-nos às contribuições para a manutenção do culto religioso. No tempo da monarquia, os tributos lançados sobre os habitantes compreendiam o dízimo

TRIGO TOSTADO. Eram aqueles grãos que ainda se conservavam tenros, e que se tostavam sobre chapas quentes. Nos tempos do A.T. as espigas, desta maneira preparadas, constituíam um artigo comum de alimento, e ainda o é nos países do Oriente (Lv 23.14; Js 5.11; Rt 2.14; 1 Sm 17.17; 2 Sm 17.28).

TRIGO. Cedo aparece o trigo como objeto de cultura na Palestina, no Egito, e países circunvizinhos (Gn 26.12; 27.28; 30.14). O Egito era afamado pela superabundante produção de cereais (Gn 12.10 e seg.). O trigo que hoje cresce na Palestina, e provavelmente o do tempo da Bíblia, não diferem da espécie, que conhecemos, o triticum vulgare dos botânicos, mas há diferentes variedades. Na Palestina é semeado o trigo em novembro ou dezembro, e recolhido em maio ou junho, segundo o clima e a localidade. No Egito fazia-se a colheita um mês mais cedo, sendo em ambos os países colhida a cevada três ou quatro semanas antes do trigo. O trigo silvestre da Palestina foi há alguns anos reconhecido, mas é apenas uma pequena planta.

TRINDADE. A divindade de Cristo é confirmada nas mais antigas pregações cristãs, sob os termos "Senhor e Cristo" (At 2.36, cf. 4.12; 5.31; 10.36, etc.); e a mais antiga epístola de S. Paulo já concentrou esta fé no significativo título "o Senhor Jesus Cri

TRÔADE. É hoje, Eski-Stamboul: um porto de mar na Mísia, o principal ponto de embarque e da chegada de passageiros entre a Ásia Ocidental e Macedônia. Foi deste lugar que Paulo em duas ocasiões navegou para Filipos, voltando outra vez ali (At 16.8,11; 20.5,6; 2 Co 2.12; 2 Tm 4.13). Foi em Trôade que Paulo levantou da morte a Éutico, durante um discurso que se tinha prolongado até à meia-noite. Ali, também, passados muitos anos, ele deixou a capa e alguns pergaminhos na casa de Carpo. Estava este porto, por meio de boas estradas, em ligação com outros lugares da costa e do interior. Fica um pouco ao sul do sítio onde estava a antiga Tróia.

TRÓFIMO. Um nativo de Éfeso. Ele viajou com Paulo, na sua terceira jornada missionária, desde a Macedônia até Jerusalém. Era gentio, e espalhou-se a falsa notícia de que Paulo o havia introduzido no templo. E eis a origem de um tumulto, no qual foi preso Paulo, e de que resultou, afinal a sua viagem a Roma (At 20.4; 21.29). Paulo, escrevendo de Roma, diz em 2 Tm 4.20, que tinha deixado Trófimo doente, em Mileto, perto de Éfeso. Isto, certamente, não foi um incidente da primeira viagem a Roma, como facilmente se pode ver pelo mapa; porquanto, nessa ocasião, o navio "tinha chegado com dificuldade defronte de Cnido", sendo compelido pelo vento a navegar para o oriente de Creta (At 27.7). Mileto fica bem oitenta quilômetros ao norte de Cnido. Desaparece, pois, toda a dificuldade com respeito às duas prisões de Paulo e a ter feito este Apóstolo uma viagem ao Oriente entre elas.

TROMBETA. Era usualmente o 'shophar' ou chifre de carneiro ou de boi (Js 6.4), e muitas vezes, ainda em uso entre os judeus nas ocasiões solenes. Fez-se menção, também, de trombetas de prata, de que se serviam somente os sacerdotes (Nm 10.2, eem outros lugares). (*veja Jubileu.)

TROMBETAS (FESTA DAS). A lua nova era celebrada no princípio de cada mês; mas no princípio do mês de tisri (pelo meado de setembro) havia uma celebração especial, chamada a festa das Trombetas. Havia o toque das trombetas, e sacrifícios adicionais (Lv 23.24; Nm 29.1). Com esta festa começava o mês sétimo ou sabático do ano religioso, compreendendo ainda esse mês o dia da expiação e a festa dos Tabernáculos. Além disso, era o dia do Ano Novo, no ano civil. Pensam alguns críticos que esta é a festa mencionada em Jo 5.1.

TRONO. A cadeira, naqueles países em que, usualmente, as pessoas se sentavam no chão ou estavam reclinadas, era considerada um símbolo de dignidade (2 Rs 4.10; Pv 9.14). Quando se quer significar especialmente um trono real, a expressão, de que geralmente se faz uso, é: "o trono do reino" (Dt 17.18; 1 Rs 1.46; 2 Cr 7.18). Para subir até ao trono de Salomão havia seis degraus (1 Rs 10.19; 2 Cr 9.18): era uma cadeira de braços, marchetada de figuras de marfim, e guarnecida de ouro nos lugares em que o marfim não se via. Em Cl 1.16, os "tronos" representam uma alta jerarquia de seres angelicais, segundo as representações dos escritores apocalípticos. (*veja Apócrifos (Livros).)

TROVÃO. É muito raro o trovão na Palestina durante os meses do estio. Os hebreus interpretavam praticamente o trovão, dizendo ser a voz do Senhor (Jó 37.2; Sl 18.13; Is 30.30). O trovão era para eles o símbolo do poder divino (Sl 29.3), e da vingança (1 Sm 2.10; Ap 8.5). Em certas ocasiões se manifestou o trovão como sinal ou instrumento da ira de Deus (Êx 9.23; 19.16; 1 Sm 7.10; 12.18). A expressão "filhos do trovão" (Boanerges, Mc 3.17) parece ser usada nalguns países a respeito de gêmeos, mas não se sabe se este fato tem alguma relaqão com o uso que Jesus faz dessa palavra.

TUMORES E ÚLCERAS. Trata-se daquela erupção que se manifestou nos egípcios com a sexta praga. É possível que fossem pequenos carbúnculos, inflamatórios e dolorosos. Já se tem identificado essa doença com a "lepra preta", uma espécie de morféia que feriu os magos do Egito de um modo tão intenso, que eles não puderam permanecer diante de Moisés. Desde os mais antigos tempos foi o Egito molestado com a peste bubônica; apresentam-se os inchaços um por um ou aos grupos, aparecendo nos braços, nas virilhas e no pescoço, quando as glândulas se acham inflamadas (Êx 9.9,10). (*veja Leproso, Úlcera.)

ULAI. Rio perto de Susa, e teatro de algumas visões de Daniel (Dn 8.2 a 16). O Ulai, a que os gregos chamam "Eulaeus", corria para o Eufrates, um pouco abaixo do sítio em que este rio faz a sua junção com o Tigre. O seu nome moderno é Kerkhah.

ÚLCERA. Ferida que vai supurando, e que dura por efeito de causa interna ou local. Em Dt 28.27, 35 trata-se, provavelmente, de certos sinais de moléstia cutânea, chamada elefantíase, que é uma espécie de lepra. A irritação produzida na pele pela poeira e pelo calor causa muitas doenças purulentas no Egito (Êx 9.9). Em alguns casos parece ter a lepra tido por causa uma longa sucessão de pequenas úlceras (Lv 13.18), onde já existia uma tendência de constituição para aquela doença. A opinião de que a terrível enfermidade eruptiva de pele, que afastou Jó (2.7) do convívio social, era de natureza leprosa, é sustentada por Sir Risdon Bennett e outras autoridades médicas. A palavra hebraica, usada para exprimir a sexta praga do Egito, tem o sentido de inflamação, e é derivada de uma raiz siríaca, que significa "estar quente". (*veja Tumores.)

UNGIR. A prática de ungir o corpo friccionando-o com óleo e outros ungüentos era vulgar no clima quente da Palestina, tornando-se uma necessidade para saúde, conforto e bom aspecto pessoal. O ungir a cabeça com óleo ou ungüento era prova de consideração q

UNGÜENTO. Em Êx 30.25 se diz "o óleo sagrado para a unção". O ungüento com o qual Jesus foi ungido era um produto do nardo (Mt 26. 7; Jo 12.3).(*veja Ungir, Azeite .)

UR. 1. "dos caldeus" é uma cidade mencionada na Bíblia, como sendo a terra de Terá pai de Abraão; dali emigrou ele para Canaã, com Abraão, Ló e Sara (Gn 11.28, 31; 15.7). Provavelmente o lugar deve ser identificado com Uru de Babilônia, que é hoje 'Tell Mugheir' (montículo de betume), sobre a margem ocidental do rio Eufrates, distante do golfo Pérsico cerca de 200 km. 2. Um dos valentes de Davi (1 Cr 11.35).

URIAS. O Senhor é um fogo. l. Um dos capitães de Davi e marido de Bate-Seba (2 Sm 11.3 a 26; 12.9 a 15; 1 Rs 15.5; 1 Cr 11.41). Era um heteu convertido à religião judaica. A sua mulher, mui formosa, era filha de Eliã, oficial do rei Davi (2 Sm 11.3; 23.34

URIM e TUMIM. Luzes e perfeições. Como há muita dúvida com respeito a estes nomes, será bom examinar as referências das Escrituras sobre o assunto: "Também porás no peitoral do juízo o Urim e o Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entra

URIM e TUMIM. Luzes e perfeições. Como há muita dúvida com respeito a estes nomes, será bom examinar as referências das Escrituras sobre o assunto: "Também porás no peitoral do juízo o Urim e o Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entra

URSO. O que corre suavemente. Em tempos muito antigos estava a Palestina coberta de florestas, onde procuravam abrigo e alimento os ursos e outras feras. A maneira freqüente como é mencionado, mostra que em certo tempo o urso era animal comum, embora seja

URTIGA. Planta associada com sarças e espinhos, e que se encontra em sítios incultos e desprezados. Os desterrados do tempo de Jó ajuntavam-se "debaixo dos espinheiros" (Jó 30.7); e estas plantas crescem até à altura de 1,80 m perto do mar Morto. Salomão observou que o jardim dos preguiçosos "estava cheio de espinhos, a sua superfície coberta de urtigas" (Pv 24.31). Quatro espécies desta planta se conhecem na Palestina, incluindo a pequena urtiga, a romana, e outras.

USURA. As leis que diziam respeito a dívidas tinham muitas particularidades segundo as circunstâncias dos judeus. Todo o proveito, ou juro, ou beneficio, além do valor do dinheiro ou objeto, era coisa proibida entre os hebreus, embora pudessem ser recebid

UZÁ. Força. 1. Filho de Abinadabe (2 Sm 6.3). Depois que os filisteus, receosos de conservar a arca por mais tempo em seu poder, a tinham mandado embora, ela esteve durante muitos anos em casa de Uzá, em Quiriate-Jearim. Como Davi tivesse resolvido removê

UZIAS. O Senhor é minha força. 1. Rei de Judá, e filho do assassinado rei Amazias, sendo colocado no trono pelo povo, quando tinha dezesseis anos (2 Cr 26.1 e seg.). Foi um rei sábio, que fortaleceu e consolidou a sua nação durante um longo reinado de cin

UZIEL. Força de Deus. 1. Filho de Coate e neto de Levi. Os seus descendentes foram chamados uzielitas (Êx 6.18,22; Lv 10.4; Nm 3.19, 30; 1 Cr 6.2; 23.12,20). 2. Filho de Isi. Sendo capitão do exército, foi com 500 companheiros numa expedição contra os amalequitas, que estavam no Monte Seir. Os amalequitas foram repelidos, tomando Uziel posse do país do inimigo (1 Cr 4.42). 3. Neto de Benjamim (1 Cr 7.7). 4. Filho de Hemã, que foi colocado por Davi no serviço do canto (1 Cr 25.4). No vers. 18 é chamado Azarel. 5. Levita que ajudou o rei Ezequiel na purificação do templo (2 Cr 29.14). 6. Ourives que tomou parte na construção dos muros de Jerusalém (Ne 3.8).

UZIELITAS. A família de UzieL Era constituída por 112 pessoas, quando Davi transportou a arca para Jerusalém (1 Cr 15.10). O chefe da casa era Aminadabe (Nm 3.27; 1 Cr 26.23).

VACA. É como animal doméstico que se acha mencionada a vaca nos dias de Jacó, na Palestina, e nos de Faraó, no Egito (Gn 32.15; 41.1 a 4). Na terra de Canaã tinham os israelitas numerosas vacas (Dt 7.13; 28.4). Uma vaca e o seu bezerro não deviam ser mortos no mesmo dia (Lv 22.28; cf. Êx 23.19; Dt 22.6,7).

VAIDADE. Esta palavra na Bíblia nunca tem a significação de desvanecimento e orgulho, mas quase sempre a de vacuidade. A conhecida expressão "vaidade de vaidades" literalmente quer dizer "sopro de sopros", ou "vapor de vapores" (Ec 1.2). Em Is 41.29 e Zc 10.2, "vácuo" e "vazios" são a tradução de uma palavra que significa tristeza e iniqüidade.

VALE DA BÊNÇÃO. Foi o lugar em que o rei Josafá deu louvores a Deus (2 Cr 20.26).

VALE DA VISÃO. *veja Visão (Vale da).

VALE DO SAL. Um sítio na vizinhança de Petra (Sela), onde Davi e Amazias derrotaram e mataram grande número de edomitas (2 Sm 8.13; 2 Rs 14.7; 1 Cr 18.12; 2 Cr 25.11; Sl 60, título).

VALE DOS ARTÍFICES. Um lugar que se diz ter sido fundado por Joabe (1 Cr 4.14). Também é chamado Gearashim. Em Ne 11.35 menciona-se a povoação como tendo sido novamente habitada pelos benjamitas, depois do cativeiro. Achava-se esse sítio no ondulado chão da planície de Sarom, ao oriente de Jafa.

VALE. A Palestina é um território de montes e vales, e por isso encontramos muitas povoações com o nome do vale ou da serra, onde foram fundadas. Geralmente, quando se menciona um vale, com mais propriedade quer dizer-se "desfiladeiro" ou "ravina", porquanto a natureza abrupta e escabrosa dos montes da Palestina e a estreiteza do espaço entre muitas serras tornam esses nomes mais apropriados. Em alguns sítios o vale representa o Sefelá, ou terra baixa, que é o território ondulado que fica entre a região montanhosa e a planície marítima (Js 9.1; 10.40; 1 Rs 10.27). (*veja Palestina.)

VASO. Os hebreus tinham muitas formas deste objeto. Além do simples vaso de barro ou de metal, havia a panela para cozer carne (Êx 16.3). Outras vezes trata-se de uma grande bacia, também empregada para lavar (Sl 60.8). Outra palavra traduzida por vaso, era o 'cheres', que se usava para cozer qualquer coisa em fogo lento (Ez 4.9). O 'dud' era outro utensílio de cozinha. O 'saph' (Êx 12.22) era empregado para encerrar o sangue com que eram aspergidas as ombreiras das portas. O 'kiyyor' (Êx 30.18) era uma pia de lavar. Mas tanto o kiyyor como o saph eram termos com que se designavam os vasos usados no ritual religioso. (*veja Olaria.)

VASTI. Palavra persa, que significa o mais excelente. A rainha que o rei persa Assuero (Xerxes) depôs, elevando depois Ester à alta posição de sua esposa (Et 1.9 a 19; 2.1 a 17). Vasti havia recusado mostrar-se diante dos convidados na mesa real, sendo isto um ato de audácia para aqueles tempos, não ficando bem a uma mulher. A sua recusa, embora natural, de tal modo encolerizou Assuero, que a exonerou do seu alto posto. E nada mais se sabe de Vasti. (*veja Ester.)

VAU. Trecho raso do rio ou do mar, onde se pode transitar a pé ou a cavalo. O principal vau do Jordão ficava perto de Jericó (Js 2.7; Jz 3.28; 2 Sm 19.15). Há, também, os vaus do rio Jaboque (Gn 32.22) e do rio Arnom (Nm 21.13; Is 16.2).

VEADO. Acha-se o veado mencionado entre os animais permitidos na alimentação (Dt 12.15; 14.5; 15.22). Era o provimento de Salomão para cada dia (1 Rs 4.23); isto mostra que fazia parte da regular alimentação daqueles que podiam obtê-lo. A palavra empregad

VENENO. A Bíblia menciona o veneno de áspides (Jó 20.16), de serpentes (Dt 32.24), e de répteis e víboras (Dt 32.33). (*veja Fel.) A má conduta e as más palavras são comparadas ao veneno, pois são nocivas e perniciosas às almas e aos corpos dos homens (Dt 32.33; Sl 58.4; Rm 3.13; Tg 3.8). Os desígnios de Deus, nos infortúnios dos homens, são também julgados semelhantes ao veneno destruidor (Jó 6.4; 20.16). As setas venenosas são conhecidas desde os tempos mais antigos, e Jó (6.4) parece referir-se ao seu uso. O envenenamento por qualquer forma não era um vício dos judeus, embora houvesse químicos hábeis entre os seus botânicos, estando certamente familiarizados com muitas substâncias venenosas. (*veja Víbora.)

VENTO. Os hebreus reconheciam os quatro principais ventos: Norte, Sul, Oriente e Ocidente, como vindos eles dos quatro pontos cardeais. O vento Norte limpa o ar; o Sul aquece e amadurece as colheitas; e, sendo tempestuosos os ventos oriental e ocidental, o do Oriente vindo do deserto, é muito seco e faz engelhar as ervas, e o do Ocidente traz fortes chuvas. O vento Norte era fresco e úmido, e às suas qualidades benéficas se refere Salomão (Ct 4.16). No livro de Jó (1.19), se descreve a violência do vento oriental (*veja também Is 21.1; Jr 4.11; Zc 9.14.) O mar de Tiberíades está sujeito a repentinas tempestades, que têm por causa ser ele rodeado de altos terrenos. (*veja Galiléia (Mar da), Palestina (clima).

VERMELHÃO. O antigo vermelhão era, provavelmente, óxido de chumbo, ou talvez bissulfato de mercúrio, empregando-se muito em obras de decoração nos tetos ou nas pinturas de imagens (Jr 22.14; Ez 23.14). A cochonilha é abundante na Arábia do norte, e pode ter sido usada para dar à tinta a cor do vermelhão, sendo essa tinta empregada para tingir objetos.

VESPA. Nas três passagens em que se mencionam as vespas, os vespões, fala-se deles como instrumentos do Senhor para castigar os cananeus e tirá-los para fora das suas habitações: "Também enviarei vespas diante de ti, que lancem fora os heveus, os cananeus e os heteus" (Êx 23.28). (*veja Dt 7.20; Js 24.12.) A espécie mais vulgar do vespão, que se encontra na Palestina, é a 'vespa orientalis', que se distingue da espécie conhecida no ocidente da Europa. Quase cinqüenta espécies de vespas e vespões têm sido obtidas no Sinai e em sítios circunvizinhos do Egito e da Arábia.

VESTIMENTA. José vestiu uma vestimenta de linho fino quando Faraó o elevou à dignidade de primeiro-ministro (Gn 41.42). Faziam-se mantos com franjas para uso dos filhos de Israel (Nm 15.38, 39; Dt 22.12). Os que prestavam culto a Baal usavam vestimentas próprias (2 Rs 10.22). Com respeito às vestes dos sacerdotes segundo a lei mosaica, *veja Êxodo 28.40 a 43; 39.27 a 29; e, quanto às do sumo sacerdote, os capítulos 28 e 29 de Êxodo. A vestimenta de Jesus, para adquirir a qual lançaram sortes os soldados (Mt 27.35; Jo 19.24), era a usual túnica sem costura, usada por quase toda a gente no Oriente. (*veja também Vestuário, Jesus, Sacerdote.)

VESTUÁRIO. O mais antigo vestuário foi feito de folhas de figueira, cosidas de maneira a formar uma cinta (Gn 3.7); depois foram usadas as peles, A vestidura de Elias era feita de pele de ovelha ou de algum outro animal, não sendo tirada a 1ã (2 Rs 1.8).

VÉU. O véu é, ainda, uma particularidade do vestuário da mulher, no Oriente. Rebeca cobriu o rosto quando, pela primeira vez, viu Isaque (Gn 24.65). Moisés velou a sua face quando desceu do monte e falou ao povo (Êx 34.33 a 35), usando, provavelmente, a sua capa para esse fim. Em Rt 3.15 e Is 3.22, pode ser que haja referência ao grosseiro véu que cai pelas costas das mulheres beduínas, e de que elas se servem para levar toda espécie de coisas.

VÍBORA. Este réptil é três vezes mencionado no A.T. (Jó 20.16; Is 30.6; 59.5). No N.T. a palavra traduzida por "víbora" significa, na verdade, qualquer serpente venenosa (Mt 3.7; 12.34; 23.33; Lc 3.7). O animal que se prendeu à mão de Paulo, supõe-se que era a espécie vulgar 'Vipera aspis' (At 28.3).

VIDA ETERNA. l. Ensino do Antigo Testamento. A comunhão entre Deus e a alma individual do homem, se for bem entendida, envolve um futuro para essa alma; e as anomalias da vida que não têm aqui a sua explicação requerem, para serem explicadas, a vida além

VIDEIRA. A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn 9.20). Eram as vinhas conhecidas no Egito, como se pode compreender do sonho do copeiro-mor do Faraó (Gn 40.9 a 11), e

VIDRO. A invenção do vidro é de época remotíssima, existindo já esse artefato no ano 2000 (a.C.) pelo menos, embora a única referência no A.T. se ache em Jó 28.17, com o nome de cristal. O brilho e a transparência do vidro fazem parte das imagens do Apocalipse (4.6; 15.2; 21.18, 21). A arte de fazer espelhos por meio do vidro, coberto de uma camada de mercúrio, ainda não era conhecida, ou pelo menos, não se praticava. Os espelhos eram feitos de metal polido. Neste sentido se devem compreender as passagens de Êx. 38.8; Jó 37.18; Is 3.23; 1 Co 13.12;2 Co 3.18 e Tg 1.23. Esta espécie de espelhos estava sujeita a muitas imperfeições. Por isso a frase "agora vemos como em espelho", quer dizer obscuramente, indistintamente.

VIGILANTES. Mensageiro celestial (Dn 4.13), implicando o termo a divina vigilância sobre os negócios do homem. No livro de Enoque (*veja Apócrifos, Livros) usa-se a mesma palavra a respeito dos arcanjos e também de anjos decaídos, que tinham desprezado o seu dever de vigiar. (*veja Anjo.)

VIGÍLIA. Os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira, "princípio das vigílias" (Lm 2.19), ia desde o sol posto até às 10 horas da noite; a segunda, "a vigília média" ou da meia-noite (Jz 7.19), principiava às 10 horas da noite e prolongava-se até às duas horas da madrugada; e a terceira, a "vigília da manhã" (1 Sm 11.11), desde as duas horas da manhã até ao nascer do sol. Em tempos posteriores, a noite era dividida, segundo o costume dos romanos, em quatro vigílias (desde as 6 horas da tarde às 6 horas da manhã), de três horas cada uma (Mt 14.25; Lc 12.38). Em S. Marcos (13.35), as quatro vigílias são designadas pelo nome especial de cada uma. (*veja Dia, Hora, Tempo.)

VILAS. As vilas da Palestina estavam geralmente agrupadas em volta das muralhas de uma cidade fortificada; elas próprias, porém, não tinham muros ou outra proteção, esperando os habitantes rurais que a sua forte vizinha os defenderia nas ocasiões de perigo. Como podiam ser abandonadas em qualquer momento de ataque, as casas das vilas eram de leve construção, com paredes de barro e tetos de colmo. Exemplo de cidades fortes eram as de Hesbom e Jazer, pertencentes aos amorreus, com as suas pequenas povoações em volta (Nm 21.25 e seguintes). Além de não ter muros, também em tempos posteriores não tinha a vila nenhuma sinagoga, mas providenciava-se para que houvesse um serviço religioso na sinagoga da cidade, quando os aldeões tinham de ali ir para os seus negócios. (*veja Cidade.)

VINAGRE. Produto da fermentação acética do vinho. Boaz disse a Rute que se aproximasse, e molhasse o seu pão no vinagre (vinho) juntamente com os segadores (Rt 2.14). Os trabalhadores da Palestina ainda molham de modo semelhante o seu pão. O nazireu não devia beber "vinagre do vinho" ou "vinagre de bebida forte" (Nm 6.3), proibição esta que também foi ordenada no caso de João Batista (Lc 1.15). O vinagre que foi dado ao Salvador na cruz era a 'posca', uma bebida vulgar dos soldados romanos (Jo 19.28 a 30); era uma espécie de vinho azedo, de pequeno preço, diluído em água. Jesus já tinha recusado a estupefaciente mistura de vinho e mirra (Mt 27.34; Mc 15.23).

VINDA DE CRISTO (SEGUNDA). Ainda que esta frase não ocorra no N.T., o acontecimento a que se refere teve proeminente importância na fé e esperança da Igreja primitiva. A idéia do A.T. quanto ao "dia do Senhor" (Jl 1.15; 2.11, etc.), como sendo principalme

VINHA. A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn 9.20). Eram as vinhas conhecidas no Egito, como se pode compreender do sonho do copeiro-mor do Faraó (Gn 40.9 a 11), e da

VINHO. O sumo das uvas produzia diversas espécies de vinho. Pisadas as uvas no lagar, corria o sumo para uma cuba. A esse sumo chamavam "vinho novo"; e os judeus bebiam-no nesse estado; mas passado pouco tempo, principiava a fermentação. O vinho fermentad

VIRGEM (NASCIDO DA). Jesus Cristo foi "nascido da Virgem Maria". Em Mt 1.22, 23 se declara ser esse fato o cumprimento da profecia que está em Is 7.14. (*veja Emanuel.) A passagem tem uma dupla referência, pois que se trata de nascer então uma criança seg

VIRGEM. A virgem era, por determinação da lei, propriedade de seu pai, a quem um dote se devia dar quando ela se casava (Êx 22.16; *veja Gn 29.15 a 18). A honra da virgem era protegida contra a maledicência, mas o seu desvio da virtude era severamente castigado (Dt 22.13 a 21). Não há, no N.T., indício algum de alguma reconhecida ordem de virgens, embora se queira supor isso pela passagem de At. 21. 9. A questão do casamento da virgem é tratada por Paulo, à luz das circunstâncias do tempo, em 1 Co 7.25 a 38. A palavra "casto" é empregada a respeito do homem em Ap 14.4,5.

VISÃO (VALE DA). (Is 22.1,5.) A frase é ininteligível, mas deve referir-se a Jerusalém. Sendo assim, chama-se à cidade de Jerusalém um "vale", porque, embora edificada sobre montes, era dominada por alturas circurjacentes ainda maiores, com vales entre elas; ou talvez porque um vale é uma depressão solitária e tranqüila, no meio de montanhas. E, na verdade, era assim Jerusalém um lugar pacífico e abrigado, fechado para o mundo, mas sendo escolhido pelo Senhor para mostrar ali aos Seus profetas os segredos do Seu governo universal. O vale da Visão era como que um lugar onde se manifestava a presença de Deus.

VISÃO. Este termo é empregado tanto no A.T., como no N.T., no sentido de uma manifestação, ou por sonho, ou doutra maneira, pela qual vem ao homem uma mensagem divina, como aconteceu com Abraão (Gn 15.1), Jacó (Gn 28.12), Moisés (Êx 3.2), Balaão (Nm 24.4

VITUPERAR Tratar com dureza, insultar, repreender ou desaprovar.

VIÚVA. A viuvez, assim como a esterilidade, era como que qualquer coisa vergonhosa e censurável em Israel (*veja, p. ex., Is 54.4). Julgava-se que uma mulher de mérito e reputação podia realizar novo casamento, ou na família do seu falecido marido (Rute),

VOTO. Uma promessa em termos solenes, voluntária, feita a Deus por uma pessoa, que se obriga a realizar um ato para promover a Sua glória, ou a abster-se de qualquer ato com o mesmo fim em vista. Na dispensação do A.T. os votos eram atos comuns (Nm 30; Jz

ZABADE. 1. Um dos valentes de Davi (1 Cr 2.36,37: acha-se mencionado em 1 Cr 11.41 como descendente de Alai. Alai, como se pode ver pela genealogia em 1 Cr 2.31,34 a 36, era sua bisavó, descendente de Judá, que havia casado com Jará, um egípcio. O nome dela é mencionado, provavelmente, para indicar a relação com a tribo a que pertencia. 2. Um efraimita (1 Cr 7.21). 3. Um cúmplice de Jeozabade no assassinato do rei Joás (2 Cr 24.26). Foram ambos condenados à morte por Amazias, o filho e sucessor de Joás. Em vez de Zabade lê-se Jozacar em 2 Rs 12.21. 4,5 e 6. Israelitas, que haviam casado com mulheres estrangeiras (Ed 10. 27,33,43).

ZABDI. 1. Neto de Judá, e avô de Acã (Js 7.1,17,18). 2. Um benjamita (1 Cr 8.19). 3. Oficial que dirigia os trabalhos com respeito ao vinho das adegas de Davi (1 Cr 27.27). 4. O filho de Asafe, o trovador Zacur (Ne 11.17; 12.35) e Zicri (1 Cr 9.15).

ZACARIAS (LIVRO DE). A autoria deste livro é atribuída, nas suas primeiras palavras, a Zacarias, filho de Berequias, e neto de Ido. Era da tribo sacerdotal (Ne 12.4,6), e veio da Babilônia, ainda jovem, com Zorobabel e Josué. Ele principiou a sua missão d

ZACARIAS. Lembrado do Senhor. 1. Rei de Israel, o último da casa de Jeú, que reinou somente seis meses. Foi morto numa conspiração, de que Salum era chefe. Ele sustentou as práticas idólatras da nação (2 Rs 14.29; 15.8,11). 2. A mãe de Ezequias, Abi, era

ZACARIAS. O Senhor se lembra de nós. l. O autor do livro de Zacarias. 2. Porteiro do tabernáculo da congregação. Ele é julgado o "conselheiro prudente" (1 Cr 9.21; 26.2,14). 3. Príncipe de Judá no reinado de Josafá, que foi mandado a instruir o povo na Lei (2 Cr 17.7). 4. Filho do sumo sacerdote Joiada. *veja Zacarias l. É aquele a quem Jesus Se refere em Mt 23.35. 5. O capataz dos operários, empregados na restauração do templo (2 Cr 34.12). 6. Chefe do povo, associado com Esdras na volta de Babilônia e na leitura da Lei (Ed 8.16; Ne 8.4). 7. Sacerdote que tocava as trombetas na dedicação dos muros da cidade, efetuada por Esdras e Neemias (Ne 12.35,41). 8. Outras pessoas com o nome de Zacarias são mencionadas em diversos lugares, mas nada se sabe delas.

ZADOQUE. Reto. l. Um dos dois principais sacerdotes, no tempo de Davi (2 Sm 8.17), o qual se juntou com este rei em Hebrom (1 Cr 12.28), depois da morte de Saul. Zadoque permaneceu fiel a Davi, por todo o tempo em que este reinou, através de todas as agit

ZANZUMINS. O nome amonita de Refaim (Dt 2.20). Era um povo "grande, numeroso e alto", mas foi conquistado ou destruído pelos amonitas, que se apoderaram do seu território que ficava ao nordeste de Moabe (*veja Zuzins.)

ZAQUEU. Puro. O incidente em que figura Zaqueu é referido em Lc 19.1 a 10. A sua posição era a de superintendente dos cobradores de tributos, estando ele próprio sujeito a um superior romano. Zaqueu era judeu, e Jesus lhe chama "filho de Abraão", para nos fazer ver que mesmo a sua ocupação não o punha fora da comunidade de Israel. O vivo desejo de ver Jesus era mais alguma coisa do que simples curiosidade; doutra forma não teria ele tão prontamente respondido ao convite do Mestre. Jesus tinha chegado a Jericó, indo em direção a Jerusalém para a celebração da Páscoa. Jericó, pela razão das suas palmeiras e jardins de balsamina, era nesta ocasião um distrito muito florescente, provindo deste fato tornar-se Zaqueu um homem rico.

ZAREFATE. Lugar de fundição. É hoje Sarafend; cidade fenícia, entre Tiro e Sidom. Foi residência temporária de Elias (1 Rs 17.9,10; Ob 20; Lc 4.26). Os cruzados construíram uma capela no reputado sitio da casa da viúva. Sarepta (Lc 4.26) é a forma grega de Zarefate.

ZARETÁ. O lugar onde os israelitas atravessaram o rio Jordão, para entrarem na terra de Canaã (Js 3.16), e onde foram fundidos os vasos de cobre para o templo de Salomão. Em 2 Cr 4.17 o nome é Zeredá, que talvez seja o lugar que em Jz 7.22 se chama Zererá.

ZEBA. Um dos dois reis de Midiã, que foram mortos por Gideão. Eles tinham nas suas incursões assassinado alguns irmãos de Gideão. Depois da derrota dos midianitas, os dois reis puderam escapar, indo por Gileade até Carcor. E até este lugar os foi perseguindo Gideão, que afinal os aprisionou. Trouxe-os a Ofra, sua terra natal, e aí os matou (Jz 8.5 a 21; Sl 83.11).

ZEBADIAS. 1. benjamita que se juntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12.7). 2. Certo indivíduo que, com oitenta da sua família, voltou com Esdras (Ed 8.8). 3. Sacerdote que casou com mulher estrangeira, depois da volta de Babilônia (Ed 10.20). 4. Levita enviado a ensinar a Lei, nas cidades de Judá (2 Cr 17.8). 5. O que superintendia na casa de Judá sobre as coisas "que dizem respeito ao rei", no tempo de Josafá (2 Cr 19.11). 6. Outras pessoas com o nome de Zebadias são mencionadas em 1 Cr 8.15,17; 26.2; 27.7.

ZEBEDEU. Era pescador da Galiléia, pai de Tiago e João, discípulos de Cristo, e marido de Salomé. Estes dois filhos foram chamados por Jesus, na ocasião em que estavam no barco de seu pai, ajudando-o a consertar as redes. A família tinha bens suficientes para ter criados ao seu serviço. As relações entre João e o sumo sacerdote também nos sugerem a sua posição social (Mt 4.21; 27.M; Mc 1.20; 15.40; Jo 18.15).

ZEBEDEU. Era pescador da Galiléia, pai de Tiago e João, discípulos de Cristo, e marido de Salomé. Estes dois filhos foram chamados por Jesus, na ocasião em que estavam no barco de seu pai, ajudando-o a consertar as redes. A família tinha bens suficientes para ter criados ao seu serviço. As relações entre João e o sumo sacerdote também nos sugerem a sua posição social (Mt 4.21; 27.M; Mc 1.20; 15.40; Jo 18.15).

ZEBULOM. Foi o décimo filho de Jacó (Gn 30.20). Quando a tribo de Zebulom partiu do Egito contava 57.400 homens capazes de pegar em armas. Aproximadamente 40 anos mais tarde, o número de guerreiros elevava-se a 60.500. O território cedido a Zebulom, na Te

ZEDEQUIAS. Justiça do Senhor. l. O último rei de Judá antes do cativeiro. Quando Nabucodonosor tomou Jerusalém, levou para Babilônia o rei Jeconias (Joaquim) com as suas mulheres, filhos, oficiais, e os melhores artífices da Judéia, e em seu lugar colocou

ZELO. Nalgumas passagens bíblicas chama-se zelo ao terno amor de Deus para com a Sua igreja. S. Paulo diz aos coríntios que estava zeloso a respeito deles com zelo de Deus (2 Co 11.2). Esta linguagem simbólica é empregada para representar o vivo cuidado e constante amor de Esposo celestial pela sua noiva, a Igreja (Sl 78.58; 79.5).

ZELOTE. Zelote é o nome dado a Simão, um dos apóstolos (Mt 10.4; Mc 3.18): essa palavra é o equivalente aramaico do termo grego "Zelotes" (Lc 6.15 e At 1.13), que em algumas versões se acha traduzido por "zelador". Este nome lhe foi dado, ou porque ele era membro da seita judaica dos zeladores, os extremistas no repúdio da dominação romana, ou porque ele manifestava ardente zelo na obra da evangelização. (*veja At 22.3 e Gl 1.14, onde se emprega a mesma palavra "Zelotes".)

ZEMAREU. A tribo a que se faz referência em Gn 10.18 e em 1 Cr 1.16. Zemareu é mencionado entre os filhos de Canaã. Zemar era uma cidade do interior da Fenícia meridional. Foi sede de um governador egípcio, no tempo da décima-oitava dinastia, quando a Palestina e a Síria estiveram sujeitas ao Egito. Perdeu depois a sua importância, como outras cidades fenícias que não estavam situadas na costa.

ZERÁ. 1. Neto de Esaú, e um dos principais de Edom (Gn 36.13,17; 1 Cr 1.37). 2. Zera, ou Zara, e o seu irmão gêmeo Perez, eram filhos de Judá e Tamar (Gn 38.30; 1 Cr 2.6; Mt 1.3). Os seus descendentes foram chamados zeraítas ou ezraítas, e com estes nomes

ZEREDE. É o nome daquele ribeiro junto ao qual acamparam os israelitas, antes de passarem para a terra dos amorreus (Nm 21.12; Dt 2.13,14); supõe-se identificado com o Wady el-Hesi, que entra no mar Morto, a sueste, ou melhor, com o Wady Kerak, um pouco mais ao norte.

ZERES. A mulher de Hamã, que aconselhou seu marido a preparar a forca para Mordecai. Mas, quando ela soube que se tratava de um judeu, predisse que Hamã havia de realmente cair diante dele (Et 5.10,14; 6.13).

ZERUIA. Era irmã de Davi, e foi mãe de Abisai, Joabe e Asael, os três mais eminentes guerreiros do exército de Davi (1 Sm 26.6; 2 Sm 2.3; 1 Rs 1.7; 1 Cr 2.16). Não é feita qualquer menção do seu marido.

ZIBA. Foi, primeiramente, escravo do rei Saul; obtendo depois a sua liberdade, fundou uma família constituída por quinze filhos e vinte escravos (2 Sm 9.2 a 11). Ziba deu conhecimento a Davi da existência de Mefibosete, um filho aleijado de Jônatas. Davi tratou bem Mefibosete, e assentou-o à sua mesa; e também ordenou que Ziba, seus filhos e criados cultivassem em beneficio de Mefibosete a herdade que lhe tinha sido novamente dada. Parece isto dar a entender que Ziba deixou de ser o independente proprietário daquelas terras. Acusando falsamente Mefibosete de traição para com Davi, por ocasião da revolta de Absalão, alcançou Ziba metade da herança (2 Sm 16.1 a 4; 19.17 a 29).

ZICLAGUE. Cidade que ficava na extremidade meridional de Judá (Js 19.5) e que foi cedida a Simeão; esteve em poder dos filisteus, mas foi dada por Aquis, rei de Gate, a Davi, que ali mesmo recebeu notícias da morte de Saul. Foi reedificada e ocupada depois do cativeiro (Js 15.31; 19.5; 1 Sm 27.6; 30. 1,14,26; 2 Sm 1.1; 4.10; 1 Cr 4.30; 12.1,20; Ne 11.28).

ZICRI. Guerreiro efraimita do exército de Peca. Na batalha que tão desastrosa foi para o reino de Judá, caíram às mãos de Zicri o príncipe Maeséias, filho do rei, e Azicão, o mordomo do palácio, e Elcana, o segundo depois do rei (2 Cr 28.7). Outras pessoas com aquele nome são mencionadas em Êx 6.21; 1 Cr 8.19,23,27; 9.15; 26.25; 27.16; 2 Cr 17.16; 23.1; Ne 11.9; 12.17.

ZIFE ou ZIVE. Flores. O nome do segundo mês judaico (o mês das flores), que corre do meado de abril, mais ou menos, até aos meados de maio (1 Rs 6.1,37).

ZIFE ou ZIVE. Flores. O nome do segundo mês judaico (o mês das flores), que corre do meado de abril, mais ou menos, até aos meados de maio (1 Rs 6.1,37).

ZILPA. Uma mulher siríaca que Labão deu a sua filha Lia para a servir, e que por Lia foi dada a Jacó para sua concubina. Foi mãe de Gade e Aser (Gn 29.24; 30.9 a 13).

ZIM. Deserto ao sul da Palestina, entre Et-Tin ao ocidente e o Arabá ao oriente; limites indeterminados; talvez compreenda parte do deserto de Parã (Nm 13.21; 20.1; 33.36; 34.3,4; Dt 32.51; Js 15.1,3). Cades ficava no deserto de Zim, sendo nesta região a Iduméia limítrofe de Judá, e era Cades uma cidade da fronteira de Edom.

ZIMBRO, JUNÍPERO. Há, na Palestina e regiões limítrofes, 358 plantas leguminosas, ou de vagens. Entre estas, uma das mais belas e úteis é o 'rothem', uma espécie de giesteira, que nas Escrituras também se chama junípero. Os viajantes falam com prazer das

ZINRI. l. Um homem, dos principais da tribo de Simeão, que foi morto, juntamente com a princesa midianita Cosbi, por Finéias, filho de Arão (Nm 25.14). Nessa ocasião estavam os israelitas sofrendo de terríveis pragas por causa do seu impuro culto prestado a Baal-Peor. Zinri aproveitou esta situação para levar Cosbi para o campo israelita, na presença de Moisés e do povo. 2. Rei de Israel, que governou o país pelo espaço de oito dias somente. Ele usurpou o trono pelo assassinato do rei Elá, mas o exército aclamou o general Onri como seu rei. Marchou Onri imediatamente contra Tirza, a capital. Zinri refugiou-se na parte interior do palácio, pôs-lhe fogo, e pereceu nas chamas (1 Rs 16. 9 a 20). 3. Descendente de Judá (1 Cr 2.6). 4. Descendente de Saul (1 Cr 8.36; 9.42). 5. Uma tribo dos filhos do Oriente (Jr 25.25).

ZÍPORA. Filha de Jetro e Reuel, o sacerdote de Mídia, e primeira esposa de Moisés (Êx. 2.21) . mãe de Gérson e Eliézer (Ex. 18.1-6). Ver Moisés.

ZIZ. A ladeira de Ziz ficava acima de En-Gedi, e é hoje Wady Husasa. Por ali foram os moabitas e amonitas, desde o mar Morto até ao deserto de Judá, perto de Tecoa (2 Cr 20.16). Este mesmo caminho seguem ainda hoje os árabes nas suas expedições de pilhagem. O planalto que fica logo acima do desfiladeiro ainda é chamado el-Husasa (Haz-zis).

ZOÃ. É a moderna San e a clássica Tânis. Acha-se numa extensa planicie, ao oriente de um antigo ramo oriental do Nilo, perto da sua foz. Era Zoã uma antiquíssima cidade do baixo Egito e uma das principais residências dos Faraós. Foi edificada, ou pelo men

ZOAR. Pequeno. Este lugar deve, provavelmente, ser identificado com Tell Esh-Shaghur, por detrás do qual o terreno se vai elevando pelo espaço de 3 ou 5 km, existindo ali muitas cavernas. Era uma das cidades da planície, chamada Belá na sua origem (Gn 14.2,8); a qual foi poupada na destruição de Sodoma e Gomorra por intercessão de Ló, que ali achou abrigo. Tinha seu próprio rei. Na descrição da morte de Moisés, menciona-se Zoar, como sendo o lugar longínquo até onde se estendia a sua vista desde Pisga (Gn 13.10; 19.22,23, 30; Dt 34.3; Is 15.5; Jr 48.34).

ZOBÁ. Pequeno reino da Síria, que se estendia ao norte de Damasco e para o oriente de Hamate, até ao Eufrates. Foi hostil a Saul, Davi e Salomão; a pátria de um dos homens valentes de Davi (1 Sm 14.47; 2 Sm 8.3 a 12; 10.6 a 8; 23.36; 1 Rs 11.23; 1 tr 18.3 a 9; 19.6; título do Salmo 60). Pela narrativa da primeira campanha de Davi contra aquela nação se pode ver quanto era rica. Muitos dos oficiais do inimigo usavam escudos de ouro, e as cidades que Davi tomou forneceram-lhe grande quantidade de cobre. Num período posterior, Joabe e Davi derrotaram sucessivamente os exércitos de Zobá, com grandes perdas. Os régulos que até este tempo eram tributários do pequeno reino da Síria, transferiram a sua aliança para o rei de Israel.

ZOELETE. Pedra da serpente. É hoje Zahweileh; uma pedra sagrada perto da Fonte da Virgem - En-Rogel - no fosso a sueste de Jerusalém. Foi ali que Adonias levantou o estandarte da rebelião contra Davi (1 Rs 1.9). O costume de colocar pedras, e de lhes dar o nome de uma pessoa ou de um acontecimento, acha-se muitas vezes descrito nas Sagradas Escrituras (Gn 28.22; 31.45; 35.14; Js 4.9 a 20; 15. 6; 18.17; 24.26; 1 Sm 6.14,18; 7.11,12; 14.33).

ZORÁ. É hoje Surah. Na orla da região montanhosa, na extremidade meridional de uma crista que domina o Wady Surar, cidade de Judá, ocupada por Dã (Js 15.33; 19.41; Jz 18.2,8,11); pátria e lugar da sepultura de Manoá e Sansão (Jz 13.2, 25; 16.31); fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.10).

ZORATITAS. Eni 1 Cr 4.2, é mencionado o povo de Zorá como descendente de Sobal, um dos filhos de Judá que, em 1 Cr 2.52,53, se afirma ter fundado Quiriate Jearim, donde provieram os zoratitas e estaoleus.

ZOROBABEL. O chefe da tribo de Judá, que com grande número de judeus voltou do cativeiro de Babilônia no primeiro ano de Ciro, sendo intitulado Tirsata. Antes de principiar a sua jornada, recebeu os vasos sagrados, que Nabucodonosor tinha levado do templo

ZUR. Rocha. l. Um dos cinco príncipes de Midiã, que os israelitas mataram quando Balaão também caiu a um golpe de espada (Nm 31.8). Cosbi, filha de Zur, foi morta por Finéias, juntamente com o seu amante Zinri, o principal da tribo de Simeão (Nm 25.15). 2. Um benjamita (1 Cr 8.30; 9.36).

ZUZINS. Raça aborígene, que foi destruída por Quedorlaomer e seus aliados (Gn 14.5). Supõe-se que os zuzins habitavam o país dos amonitas, sendo identificados com os zanzumins ou refains, que foram exterminados pelos amonitas, ocupando estes depois o seu território (Dt 2.20).

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